Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alimentos Completo
Alimentos Completo
Alimentos e
Alimentação
Animal
SUMÁRIO
Introdução a Alimentação Animal p.1
Características Anatomofisiológicas de Monogástricos e Ruminantes p.4
Classificação dos Alimentos p.14
Vidrarias e Equipamentos p.18
Matéria Seca p.24
Particularidades do Uso de Fibra na Alimentação de Ruminantes p.27
Proteína p.30
Ureia p.35
Determinação da Proteína p.40
Aditivos na Alimentação de Ruminantes p.40
Própolis na Alimentação Animal p.45
Deficiências de Minerais p.48
Metabolismo de Lipídios p.52
Alimentação de Cães e Gatos p.56
Manejo e Alimentação de Equinos p.63
Distúrbios Metabólicos p.67
os aminoácidos (são pequenas moléculas que quando
aglomeradas formam as proteínas).
os flavorizantes (ajudam a intensificar um aroma e um
As necessidades alimentares do homem criaram uma
sabor mais gostoso, tornando o alimento mais
preocupação acerca da obtenção dos alimentos,
palatável).
acontecendo pelo início da domesticação dos animais
(surgindo os primeiros pets e as carnes destinadas ao facilita a digestão de proteínas, absorção de nutrientes
consumo), com isso, adotaram a estratégia de confinar os no intestino, diminui o pH estomacal, melhora o trânsito
animais e resultou em alguns problemas. intestinal.
O confinamento permite deixar esses animais presos, Proteínas
porém, essa mudança de hábitos resulta em estresse,
provocando problemas nutricionais. proteases
Os alimentos não são completos em todos os nutrientes,
sendo que alguns alimentos possuem mais proteínas, quebra
outros mais carboidratos e assim por diante, não sendo
possível sobre apenas com um único nutriente, portanto,
os alimentos sozinhos não são balanceados, pois cada aminoácidos (aa’s)
alimento tem uma taxa de nutriente diferente.
Com isso, é realizado uma mistura de alimentos que
resulta em uma alimentação balanceada.
onívoros: se alimentam de fonte vegetal e animal.
herbívoros: comem apenas vegetais. É toda matéria que é transformada e aproveitada pelo
A é o quanto que o animal precisa animal, fornecendo nutrientes (proteínas, carboidratos,
para sobreviver, para desempenhar suas funções. A lipídios), sendo que nenhum alimento é completo de todos
é a fase em que o animal se encontra. os nutrientes, ou seja. nenhum alimento contém tudo o que
é necessário.
Entre 1913 a 1915, Mc Collun descobriu a vitamina A,
fazendo a distensão de vitaminas lipossolúveis (que “É toda matéria susceptível de ser transformada e
precisam de lipídios para serem absorvidas, as vitaminas aproveitada pelos animais (Teixeira, 1998).”
são A, D, E e K) e as vitaminas hidrossolúveis (solúveis em
água). Os nutrientes são entidades químicas dos alimentos.
Em 1970, foi descoberto os ácidos orgânicos (ajudam na
digestão de proteínas e são ácidos, tendo um pH baixo,
impedindo a proliferação de alguns microrganismos que É o estudo da composição dos alimentos, conforme
proliferam em pH alcalino/básico). Teixeira (1998) é a exigência nutritiva.
as enzimas (ex. tripsina, pepsina.. , são catalisadoras, Pode também referir-se a ingestão ou administração do
aceleram a reação quebrando os compostos, como as alimento que visa suprir os animais, sendo o estudo dos
proteases que quebram as proteínas, as lipases que alimentos.
quebram os lipídios).
A alimentação representa de 60% a 80% do custo de
minerais quelatados (são elementos inorgânicos, não produção, fazendo com que consiga montar uma melhor
apresentam carbono na sua estrutura, sendo a sua ração para o animal com custo menor, selecionando os
digestão mais difícil, por isso, é adicionado alguma melhores nutrientes.
substância em carbono para facilitar a absorção).
1
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
todos os alimentos são substituíveis, sendo adaptada à % = é formado por proteína digestível + (%
especificidade da espécie. extrato etéreo X 2,25) + (fibra digestível +
O estresse nos animais pode fazer comerem mais %extrato não nitrogenado digestível.
gerando uma intoxicação ou diminuírem a quantidade da extrato etéreo: quantidade de lipídios/gordura.
ingestão.
fibra digestível: uma parte é digerida e a maior
parte é eliminada.
extrato não nitrogenado digestível: sem
Associação de processos físicos, químicos e biológicos
pelos quais os animais assimilam o alimento, ou seja, no nitrogênio.
qual o alimento vai ser fornecido e absorvido os nutrientes, Quanto maior é a quantidade de NDT mais energia será
sendo nutridos. produzida, os animais atletas tem uma dieta rica em NDT.
2
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Capacidade de um alimento se converter em uma unidade insuficiência/inexistência + sinal clínico = CARÊNCIA
de produto animal (equivale a 1 kg, sempre). NUTRITIVA.
É a quantidade de ração que o animal precisa ingerir
para produzir 1 kg de carne, é o tanto de alimento que
foi convertido em produto, sendo dependente da
quantidade de ração e da eficiência alimentar.
C.A. = consumo de alimento
ganho de peso Quantidade de cada nutriente requerida por determina
espécie e categoria animal, por exemplo, o gato precisa
C.A. = 4.250 (g) = 1,8 Kg
2.360 (g) de mais proteínas.
Precisou comer 1,8 Kg de ração para produzir 1 Kg de A exigência nutritiva depende da espécie dentro da
categoria animal.
carne.
A categoria animal é o estágio que está, por exemplo, vaca
Quanto maior a conversão alimentar pior é, significando em lactação X vaca seca.
que precisou comer mais para produzir 1 kg de carne. a fase da gestação que necessita de uma maior
exigência nutritiva é o final, para manter a mãe, o feto
e produzir leite.
Quantidade de produto animal obtida por uma quantidade
unitária de alimento.
É o quanto o animal foi suficiente para conseguir fazer a Sistema de exigência nutritiva elaborada pela Academia
conversão alimentar para engordar, sendo a quantidade Nacional de Ciências e Conselho Nacional de Pesquisas dos
de produto que foi obtido (a fórmula é oposta à da E.U.A.
conversão alimentar). Tem um livro com todas as exigências, apresentando
É a eficiência/capacidade do animal, quanto maior a dados conforme a necessidade para cada categoria
eficiência alimentar, melhor é. animal, ou seja, o que cada animal necessita.
E.A. = ganho de peso X 100
consumo alimentar
E.A. = 2.360 (g) X 100 = 55,53%
4.250 (g)
6
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Vesícula biliar 3. DENTES: realiza a digestão física, ajuda na apreensão
do alimento, ex. ovinos e caprinos, favorece a mastigação.
Equinos: não tem vesícula biliar, a bile é produzida e 4. GLÂNDULAS SALIVARES: realiza a digestão
liberada constantemente em pequenas quantidades. enzimática, produção de saliva que ajuda na digestão, em
umedecer o alimento, a quantidade varia em cada espécie.
exemplos: parótida, sublingual e submaxilar.
Os ruminantes não tem os dentes incisivos, possuem a
Seu estômago possui quatro cavidades: almofada dentária ou pulvino dentário. Os lábios nos peixes
1. RÚMEN: é a maior porção do trato digestório, contém são diferentes entre si, os que possuem dentes são
microrganismos, sendo eles as bactérias, fungos, carnívoros, dentro de uma mesma espécie ocorrem
leveduras e protozoários. Sua digestão é microbiana. variações.
Ajuda na digestão.
Contém 4 grupos acessórios:
1. LÁBIOS: realiza a digestão física, onde o animal pega o
alimento pelos lábios (apreensão), como no caso dos Cavalo, gato e cachorro não possuem a amilase salivar,
equinos. dessa forma, a digestão química começa no estômago.
2. LÍNGUA: realiza a digestão física, auxilia na apreensão
do alimento (como no caso dos bovinos), ajuda na mistura
e deglutição do alimento, esta localizada as papilas
gustativas que ajudam no paladar. Função de umedecer os alimentos ingeridos.
7
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Na saliva não tem a produção de mucina (muco) que O estômago possui:
lubrifica os alimentos, facilitando a digestão, também tem 1. Glândulas oxínticas/gástricas: localizadas na região da
os íons bicarbonatos funcionando como tampões, cárdia.
ajudando a regular o pH do estômago, o tampão serve
apresentam as células epiteliais de superfície (realizam
para neutralizar o pH, como no estômago tem ácido
o revestimento), as células mucosas (produzem muco),
clorídrico que proporciona o pH ácido, esses íons
as células parietais (produzem ácido clorídrico e fator
bicarbonatos irão ajudar a neutralizar o pH.
intrínseco) e as células principais (produzem
pepsinogênio).
o fator intrínseco forma um complexo com uma
Local que ocorre os movimentos peristálticos que auxiliam molécula grande (ex. vitamina B12 no íleo, permitindo
na digestão física. sua absorção), esse fator intrínseco é produzido pelas
células e caso não ocorra a produção, não acontecerá
a absorção de moléculas grandes, principalmente da
vitamina B12, sua função é favorecer a absorção.
Realiza o armazenamento temporário do alimento. 2. Glândulas pilóricas: produção de muco e gastrina,
A presença de alimento no estômago induz a produção de localizadas na região do piloro.
suco gástrico (contém água, ácido clorídrico e
pepsinogênio).
O alimento é armazenado até sofrer a ação do suco
gástrico, o pepsinogênio é uma enzima inativa que quando
entra em contato com a acidez estomacal, se torna uma
enzima ativa que é a pepsina, auxiliando a digestão.
A secreção do ácido clorídrico possibilita a manutenção do
pH estomacal (pH 2,0), o ácido clorídrico diminui o pH e o
que vem para neutralizá-lo são os íons bicarbonatos.
O material que sofreu a ação do suco gástrico e deixa o
estômago é denominado quimo.
O material entra no estômago como alimento e sai na O estômago produz o pepsinogênio que ao entrar em
direção do duodeno na forma de , ou seja, a partir contato com o HCl (ácido clorídrico) se transforma em
do momento que o alimento sofre a ação do suco gástrico pepsina, que realiza a digestão de proteínas.
e deixa o estômago na forma de quimo.
Os ácidos orgânicos também ajudam a neutralizar o pH,
impossibilitando a proliferação dos microrganismos.
8
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
A digestão de lipídios é pouco significativa, possuindo poca
absorção, contendo partículas grandes que geram os
ácidos graxos.
lipídios emulsionados – pequena superfície de ataque. Precisa da ação dos sais biliares (constitui a bile) para a
emulsificação das gorduras, tornando-a mais solúvel para
a quebra dos lipídios pela lipase.
A bile começa a quebrar essa gotícula lipídica grande em
É dividido em três porções: gotículas menores, permitindo que a lipase quebre essa
gotícula em ácidos graxos para a sua absorção.
1. duodeno: ocorre principalmente a digestão química e
biológica e, a absorção. As lipases são enzimas presentes nos sais biliares.
2. jejuno: faz mais absorção.
3. íleo: porção caudal do intestino delgado, faz absorção e
reabsorção de água. Enzimas proteolíticas intestinais e pancreáticas são
secretadas sob a forma inativa, e depois são ativadas.
Apresentam projeções papilares que são o vilos e os
microvilos, cuja função é aumentar a superfície de Inativas Ativadas
absorção. Cada vilo contém uma arteríola, uma vênula e tripsinogênio tripsina
um vaso linfático que aumentam a superfície de absorção.
quimotripsinogênio quimotripsina
pro-dipeptidases dipeptidades
pro-amino amino
pro-carboxipeptidases peptidases
10
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
que comer em grande quantidade e rapidamente para sair
e se salvar, proporcionando um grande armazenamento
Digestão de enzimas que ainda não atuaram (ex. pâncreas) do alimento pelo rúmen.
e absorção dos nutrientes, sendo semelhante aos ex.: cabras, ovinos, bubalinos e bovinos.
mamíferos.
O desenvolvimento ruminal acontece por meio da
Não secreta lactase, enzima que quebra o açúcar alimentação dos filhotes, tem tanto os alimentos fibrosos
presente no leite, por isso, não ingerem leite. (digestão lenta) e os alimentos concentrados (oferece
Primeira porção do intestino delgado, faz digestão e para os filhotes pela alta quantidade de grãos, que batem
absorção. na parede ruminal e estimulam a formação das papilas
ruminais).
Os alimentos fibrosos estimulam menos por serem
É pequeno (5 a 10 cm) e tem dois cecos, desemboca na maiores e bater em poucos lugares do rúmen, sua
cloaca. superfície de contato é menor.
A cloaca é onde será eliminado as excretas (nas aves
chamamos de guano – urina + fezes).
Os dois cecos e o intestino grosso absorvem água, PARTICULARIDADE: não possui dentes incisivos
realizam a fermentação e a digestão de fibras (pouca superiores.
digestão). LÍNGUA: bastante importante no papel de apreensão
de alimentos.
BOVINOS: pastejo mais elevado (mais longe do chão),
utilizam a língua.
CARNEIROS: pastejo mais rasteiro (próximo ao chão),
utilizam o lábio superior.
12
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Fermentação: digestão que os microrganismos fazem, é
uma digestão anaeróbica, os microrganismos utilizam os
substratos (alimento ingerido) como fonte de energia ou
nitrogênio para formar a proteína microbiana.
10 bilhões de bactérias/ml de líquido ruminal – 200
espécies.
1 milhão de protozoários/ml de líquido ruminal – 100 –
espécies.
2/3 digestão da parede celular. Aspecto folhoso que ajuda nos movimentos peristálticos,
favorecendo a quebra de partículas grandes.
Os protozoários ocupam mais espaço do que as bactérias.
Realiza a maior parte da absorção de água, pois a
Os fungos atuam em carboidratos mais fibrosos e superfície de contato é maior.
lignificados.
Recebe o alimento ruminado.
Carboidratos
13
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Delgado e grosso: semelhante aos mamíferos, a contração O leite é transportado via goteira esofágica para o
é maior do intestino grosso em ovinos e caprinos fazendo abomaso para ser digerido.
com que as fezes fiquem no formato de “pellets, O rúmen é colonizado conforme o animal vai tendo contato
bolinhas”, isso ocorre por absorver mais água. com animais adultos, com o ambiente e alimentos.
No duodeno temos a digestão e absorção, ocorre também
a digestão microbiana no ceco, produzindo ácidos graxos
voláteis.
Pouca água, menos de 14% de umidade. Também pode causar a doença da vaca louca/scrapie
(encefalopatia espongiforme), pois a proteína
Ex.: feno, palhas, cascas de cereais (casca de soja). modificada (príon) estará na ração, por isso, jamais utilizar
ração de origem animal para ruminantes.
Vaca louca: quando acomete bovinos.
Mias de 14% de água. Scrapie: quando acomete ovinos.
Ex.: capim, pastagens, raízes (batata inglesa, rabanete e
mandioquinha) e tubérculos (batata doce, cenoura e
mandioca).
Análises físicas, químicas e biológicas.
16
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
A hemicelulose é a mais digestível e com detergente digestão lenta e parcialmente disponíveis, ocupam
neutro consegue fazer a solubilização, para fazer a espaço no trato gastrointestinal proporcionando a
digestão em laboratório da lignina e da celulose é usado um sensação de saciedade (em ruminantes ocupa o rúmen).
detergente ácido. CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS (CNF): fonte
Altas concentrações de FDN são correlacionadas de energia para o crescimento de microrganismos, estão
negativamente com a ingestão de matéria seca, ou seja, no conteúdo celular (ex. amido e pectina), rápido e
se tem mais FDN o consumo diminui, pois a fibra ocupa completamente digeridos no trato gastrointestinal. Em
espaço no rúmen, diminuindo o consumo. relação a nutrição dos ruminantes é imprescindível a
Altas quantidades de fibras aumentam a sensação de adaptação da dieta devido aos microrganismos.
saciedade, demorando mais tempo para digerir, fazendo tanto energético quanto proteico.
com que o animal não absorva todos os elementos Alto CNF na dieta -> acidose ruminal = alta
necessários e não sinta fome ao mesmo tempo.
concentração de carboidratos de rápida fermentação
FDA ruminal.
se oferece muito alimento de rápida digestão, a
Fibra solúvel em detergente ácido, é a proporção da fibra fermentação irá aumentar formando mais ácidos
menos digestível. graxos que não serão absorvidos e possuem um pH
Preparação para determinar: celulose e lignina. ácido, causando o quadro de acidose ruminal.
Porção fibrosa que não é válida como fator nutricional: se os microrganismos não estão acostumados com
essa digestão rápida, os ácidos graxos acabam
lignina digest ibilidade ocupando o rúmen sem serem absorvidos, causando a
acidose ruminal.
Pensa em quantidade de energia, relacionado com a
celulose e a lignina, quanto maior FDA menor a os microrganismos tem que estar adaptados para
digestibilidade. O FDA está dentro do FDN. conseguir fazer a digestão e absorção dos ácidos
graxos para não acumularem, já que são os
Quando o alimento é novo apresenta uma quantidade maior
microrganismos que fazem a digestão e a acidose
de conteúdo celular, sendo mais digestível. Para ter uma
ruminal pode matá-los.
boa nutrição tem que ter menos FDN e menos FDA.
o pH baixo começa a matar os microrganismos, dessa
O animal não consegue digerir esses nutrientes, impedindo
forma, não ocorre a digestão e o alimento passa direto.
que ele coma mais.
inclusão de fontes proteicas de alta digestão e média
Sistema Cornell concentração no rúmen -> sincronizar liberação de
energia e nitrogênio.
Fracionamento de carboidratos e proteínas de acordo 3. FRAÇÃO INDISPONÍVEL (C): praticamente não
com a digestão dos ruminantes, classifica carboidratos e sofre a digestão, tipo a lignina, quanto maior a quantidade
proteínas conforme sua digestão ruminal, levando em de lignina menor é a digestão. É a porção da parede celular
consideração o animal, sua classificação permite formular indigestível.
dietas com diferentes níveis de fermentação ruminal (ex.
lignina: 5 a 25% da parede celular.
gado leiteiro), ou seja, formula a dieta para os diferentes
animais.
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
DETERMINAÇÃO QUÍMICA DAS FRAÇÕES DE CONFORME TAXA D EDEGRADAÇÃO
CARBOIDRATOS 1. NÃO ESTRUTURAIS: conteúdo celular, maior
CARBOIDRATOS FIBROSOS (CF): localizada na digestão.
parede celular (celulose e hemicelulose), são carboidratos fração A (alta degradação): açúcares.
estruturais. fração B1 (degradação intermediária): açúcares
solúveis.
17
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
2. ESTRUTURAIS: fibras (parede celular). exemplo: a ureia ao chegar no rúmen começa a ter a
fração B2 (degradação lenta): carboidratos da produção de amônia, sendo estocada ocasionando uma
parede celular disponíveis. intoxicação e morte.
3. FRAÇÃO C: carboidratos da parede celular indisponíveis, altas concentrações de fração A nos alimentos ->
porção da lignina que não digere. perda de amônia ruminal, os microrganismos não
conseguem utilizar essa fração.
FRAÇÃO B: proteína verdadeira degradável.
FRAÇÃO C: porcentagem de proteína bruta insolúvel
em detergente ácido, indisponível. Demora ou quase não é
degradada, proteínas ligadas à lignina.
b1: fração solúvel em borato-fosfato (mais rápida).
b2: fração degradada pelo aquecimento.
PROTEÍNAS DEGRADADAS NO RÚMEN b3: lentamente degradável.
Nitrogênio não proteico (NNP): fração A, ex.
DIFERENTES FRAÇÕES DAS PROTEÍNAS NOS
ureia, não é proteína, mas tem alta quantidade de
nitrogênio, então a fermentação e absorção são rápidas. PERMITEM CLASSIFICÁ-LAS EM:
Proteína verdadeira: fração B, B1, B2 e B3 -> PDR (proteína degradada no rúmen):
taxa de degradação, a B1 é mais rápida que a B2 e B3. peptídeos, aminoácidos livres e amônia (também engloba a
Nitrogênio indisponível: fração C, porcentagem ureia).
de proteína que está junto com a lignina. PNDR (proteína não degradada no rúmen):
Proteínas: 16% de N. não é atacada pelos microrganismos, absorvidas no
intestino delgado. Proteína by pass (não precisam de
período de adaptação), passam direto pelos
CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS CONFORME microrganismos, é importante para a fase de adaptação,
TAXA DE DEGRADAÇÃO mais difícil apresentar uma intoxicação.
FRAÇÃO A: fração instantaneamente
absorvida/solubilizada, alta taxa de degradação ruminal.
19
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Não dá a medida, sem graduação. Utilizado para armazenar
ou esquentar o líquido dentro, também agitar.
Tubos de ensaio mais aparador de tubo de ensaio para
fazer várias amostras.
Dá um volume exato.
Possui ponteiras, consegue ter várias ponteiras para
realizar várias amostras.
Para cultivo.
20
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
É abaulado, utilizado para realizar pesagens. Levar amostras na mufla (chega até 100ºC), usa lápis
para marcar.
Cápsula de porcelana
21
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Avalia a coloração.
Determinação da proteína.
Mensura a quantidade de oxigênio.
22
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Retira a umidade da amostra esquentando-a, resultando
na matéria seca.
23
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Para o milho, a matéria seca abaixo de 28% a umidade é
muito alta, já a matéria seca acima de 35% significa que
a forragem começou a envelhecer (começando a
IMPORTÂNCIA: preservação do alimento depende do apresentar mais lignina).
teor de umidade.
Porção de matéria seca que contém os nutrientes.
MATÉRIA SECA: peso do material livre da água, Somente os princípios nutritivos que integram a matéria
possibilita o cálculo da dieta (kg MS/animal/dia). seca são aproveitados pelos animais.
Permite a comparação de amostras de diferentes Princípios para determinação de matéria seca:
laboratórios ou diversos anos de produção.
eliminação da água livre por meio do calor (através da
Retirada de toda a água deixando apenas o nutriente, é estufa), seguida de determinação do peso do resíduo. Tem
importante porque consegue verificar o tanto de alimento dois processos.
que sobrou, conseguindo determinar a quantidade que 1. Pré-secagem (60º C).
cada animal necessita.
2. Secagem definitiva (105º C).
Se tem mais água a porcentagem de matéria seca cai (ex.
milho úmido), quando não tem uma alta concentração de A pré-secagem é realizada em alimentos com alto teor
água tem um percentual maior de matéria seca, tendo de umidade, como as forrageiras, silagem e etc. Fazendo
uma silagem melhor e sendo melhor para os animais. primeiro a pré-secagem e posteriormente, a secagem
Quando tira toda a água, elimina qualquer interferência que definitiva.
possa vir a ter, como por exemplo, a umidade. Alimentos com baixo teor de umidade com os grãos de
Qualquer alimento com mais umidade a vida útil será menor. leguminosas (soja, ervilha, guandu) e cereais (milho, trigo,
Quando ira a água/umidade conserva mais o alimento. sorgo) são moídos e levados para a secagem definitiva,
matéria seca consumo ex. 80% de MS.
Quanto menor a porcentagem de matéria seca, maior
será o consumo. São dependentes do tipo de alimento, em forragens ou
silagens, fazemos os dois processos, só com alimentos
Quanto maior a quantidade de matéria seca, maior será a
mais concentrados (ex.: ração), fazemos apenas a
sensação de saciedade no animal.
secagem definitiva.
Quanto mais FDA menor é a digestibilidade.
Matéria seca ideal: porcentagem do alimento que vai
ser bom para o animal, para o consumo, produção (ex. de
silagem) e conservação. Balança analítica.
ex. milho -> 28 – 35%. Estufa de secagem com circulação forçada de ar – 60ºC.
24
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Estufa de secagem – 105ºC. % =
Dessecadores (esfria o cadinho para não pegar umidade).
Cadinhos/pesa filtro (pesa os sólidos que não pode pegar EXEMPLO: = 320,30 g.
umidade).
Pinças e espátulas. = 144,50 g.
pesa filtro: pesagem de sólidos higroscópicos ou % 144,50g X 100 = 45,11%
voláteis. 320,30g
Essa tara não precisa secar antes de usar.
25
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
% = º Significado nutricional quase nulo -> Ca, K, P, Mg, Cu, Al..
Determinação das cinzas pelo processo de incineração
peso da amostra inicial: valor da ASA em alimentos simples.
muito úmidos, se já é muito sexo e só precisa da ASE,
Calcinação do cadinho com amostra em bico de Bunsen ou
é o valor que começou, ou seja, que colocou no cadinho.
na mufla (lentamente até 500- 600ºC).
EXEMPLO: = 39,700 g. Para evitar fumaça cobrir amostra com glicerina líquida
+ = 43,5624g. quando faz no bico de Bunsen.
(43,5624 – 39,700) = 3,8624g.
Entra como ASE e sai como cinzas.
+ = 43,1406g.
(43,1406 – 39,700) = 3,4406g.
% 3,4406 X 100 = 89,08% 1. Colocar os cadinhos de porcelana em forno mufla para
3,8624 queimar por quinze minutos - 550ºC, depois colocar no
dessecador para resfriar, durante 1 hora.
2. Retirar os cadinhos do dessecador (um a um) e tarar,
anotando o peso em ficha adequada.
3. Pesar, a seguir, de 1 a 3 g da amostra.
4. Proceder à incineração durante 4 horas, a 550ºC, até
obter a cor cinza clara. Ao incinerar as amostras, colocar
à temperatura inicial em 200°C; após 1 hora aumentar a
temperatura para 550°C -> evitar a queima brusca do
material e, consequentemente, as perdas.
5. Retirar as amostras do forno mufla e colocá-las em
dessecador para resfriar por 1 hora.
6. Pesar as amostras, anotando-se o peso em ficha
adequada.
% =
26
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Conceito de fibra: fração lentamente digestível ou B = fração potencialmente degradável.
incompletamente disponível dos alimentos, que ocupa B1 = amido, amilopectina e pectina.
espaço no trato gastrointestinal dos animais.
B2 = celulose e hemicelulose.
FDN – (PB+Cinzas na FDN + C)
C = fração indegradável (2,4 X lignina).
FDN: fração que tem relação com a ingestão de
alimentos (hemicelulose, celulose e lignina), relacionado ao Taxa de degradação.
consumo, controla a ingestão -> ideal: 35 a 50%. Tempo de colonização.
FDA: capacidade de digestão do alimento (celulose e Degradabilidade potencial.
lignina).
Degradabilidade efetiva.
CHO’S TOTAIS: 100-(PB+EE+MM).
HEMICELULOSE: FDN-FDA.
CELULOSE: FDA- lignina.
CHO’S FIBROSOS: FDN.
Fibra em detergente neutro (FDN): altamente
CHO’S NÃO FIBROSO: CHO’s totais – CHO’s relacionada com o consumo de forragem.
fibrosos.
consumo de matéria seca.
CMS (%PV) = 120/% FDN (MS)
Gramínea nova:
baixa FDN = alta ingestão.
baixa FDA = alta energia.
Gramínea velha: Quimiostático no sangue: o cérebro ajuda a regular o
alta FDN = baixa ingestão. consumo, alta energia no sangue.
alta FDA = baixa energia. Efeito térmico: a alta temperatura regula o consumo.
Concentrações dos níveis dos AGV`s: gera energia,
absorvido na parede ruminal, manda o sinal quimiostático.
Fracionamento: Efeito do enchimento: distensão do estômago por
A = fração solúvel (glicose). alimentos.
27
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Utilizam fonte de NNP para a síntese de aminoácidos,
sintetizam vitaminas, tornando o hospedeiro independente
de fontes dietéticas (exceção vitamina A e D).
acetato: 54 a 74%
propionato: 16 a 27%
Parte do alimento passa direto pelo rúmen para sofrer
ações nas outras porções do trato digestivo e, a outra butirato: 6 a 15%
parte sofre degradação, formando massa microbiana e Formato: 0 a 2%
passando pelo rúmen, a outra porção vira AGV para a Isobutirato: 1 a 4,5%
absorção.
Valerato: 1 a 1,7%
Isovalerato: 0,5 a 4%
AGV’s: formato, acetato, propionato, butirato, Coelho da Silva e Leão, 1979
isobutirato, valerato, isovalerato. os produtos finais da fermentação são similares em suas
Proteína microbiana. proporções molares nas diferentes espécies de ruminantes
Lactato.
Etanol.
Vitaminas B e K.
Acetato
CH4, CO2.
29
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Pequena quantidade de acetato absorvido e utilizado pelo Metabolizado pelos epitélios ruminais e fígado, maior parte
fígado. é removida do sangue absorvida pelo fígado.
Tecido adiposo – grande utilizador de acetato, amplamente Principal precursor da glicose em ruminantes –fornece de
utilizado na glândula mamária (forragem -> acetato -> 50 a 75% do requerimento de glicose do animal (restante:
gordura no leite). aa, glicerol, lactato.
Tem relação com a gordura no leite. A glicose sanguínea é o principal precursor da lactose.
Participa da gliconeogênese, principal precursor da glicose
Propionato (energia) no sangue.
30
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
não precisa ingerir esses aminoácidos porque o próprio proteína que o animal consegue aproveitar, quanto maior
organismo produz em quantidades suficientes. o valor biológico melhor é a qualidade da proteína.
aa’s essenciais digestibilidade absorção TGI valor
biológico aa’s e nitrogênio o organismo terá
Para ruminantes não se cogita o fornecimento de
aminoácidos, ou seja, quando fala de ruminantes não se
fala de aminoácidos essenciais pois o rúmen não consegue
aproveitar eles.
Suínos e aves: fornecimento de aminoácidos essenciais
Formação de tecidos: pele, pelos, ossos, penas, unhas,
e não essenciais.
chifres e músculos. A fêmea prenha tem uma exigência
Fornecimento de aminoácidos para os monogástricos. de proteína alta porque tem que formar o feto.
Precisa ingerir, sua fonte é na dieta, varia a espécie animal Manutenção e reparo: está em constante manutenção, faz
e a exigência nutricional conforme a idade do animal.
a renovação dos tecidos, variando segundo o
ESSENCIAIS: dieta consumida, espécie animal e idade desenvolvimento e a categoria do animal.
do animal.
40 – 60% da matéria seca é proteína bruta. VARIAM QUANTO: solubilidade ruminal e taxa de
degradação.
As bactérias utilizam 50% da matéria seca para produzir
as proteínas microbianas. Utilizam proteína da dieta ou Dieta adequada em proteína degradável no rúmen (PDR)
NNP para a síntese proteica. maximiza a atividade microbiana que aumenta a produção
de proteína microbiana.
Carboidratos de rápida digestão tem que ingerir proteínas
de rápida digestão. Carboidratos com alto FDN é proteína Fontes proteicas brasileiras:
lenta. farelo de soja (mais utilizado no Brasil, 70% PDR).
Os protozoários utilizam 40% da matéria seca, utilizam farelo de algodão (quando metabolizado libera gossipol,
apenas a proteína da dieta para a síntese proteica. que intoxica o animal, 30% PDR).
Proteínas de rápida digestão com carboidratos de lenta farelo de girassol.
digestão acontecerá um excesso de reabsorção, absorve NNP: ureia, baixo custo.
mais do que excreta, intoxicando o animal, a partir do
33
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Baixo teor de proteína não degradável no rúmen, sendo Não é recomendado como fonte de energia por
70% de proteína degradável no rúmen. apresentar custo elevado.
Fonte proteica básica para ser comparada com outras Intoxicação.
fontes de proteínas.
46% de proteína bruta.
É a fonte de proteína mais utilizada no Brasil. A falta de aminoácidos provoca um retardo no
desenvolvimento, ou seja, os animais apresentam um
crescimento lento.
O caroço de algodão quando realizado a extração libera o As aves têm seu empenamento retardado. Podem
gossipol (tóxico), não sendo metabolizado no rúmen. O apresentar o canibalismo.
gossipol forma um complexo com molécula de ferro e
impede sua absorção.
28 e 38% de proteína bruta.
Quando o animal está ingerindo ele está consumindo
Fonte de alta disponibilidade de nitrogênio para a
proteína bruta, onde parte dessa proteína bruta será
microbiota ruminal.
eliminada via fezes e a outra parte se transformará na
Degradabilidade ruminal da proteína bruta de 50%. proteína digestível.
A proteína digestível também sofre perda, sendo parte
eliminada pela urina e a parte que sobra será metabolizada
Fonte de nitrogênio não proteico (NNP). se tornando a proteína líquida (é o que sobra).
Alto teor de proteína degradável no rúmen (PDR) de Para ser metabolizada irá depender da TEP.
100%. Parte da proteína líquida será destinada para que o animal
Substituto de fontes de proteínas verdadeiras (FS, FA...). se mantenha, ou seja, para a mantença (se manter) e a
Fonte de NNP mais utilizada na nutrição de ruminantes por outra parte para a produção de lã, pelo, carne, leite, ovos
ter um baixo custo. e etc.
A ureia se transforma em amônia sendo utilizada na
síntese de proteína microbiana.
Apropriada para dietas com alto teor de grãos que possui
alta degradação do amido no rúmen.
34
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
A ureia é um tipo de nitrogênio não proteico (NNP), sendo
rica em nitrogênio (46%) sem ligações peptídicas, pode
substituir uma parte considerável do nitrogênio da dieta.
Composição da ureia na pecuária no Brasil.
Quem quebra a ureia é a uréase (enzima), é produzida
Ureia (adubo) mais higroscópica e pode conter nitrato
pelas bactérias ruminais.
nitrito metahemoglobina incapaz de transportar O2.
Deficiente em minerais.
Não possui valor energético.
Poder de toxicidade.
Suprir deficiência de proteína da dieta, na época de
Baixo custo. estiagem tem um melhor desempenho dos animais.
A ureia é cristalina, branca, com um sabor amargo, solúvel Promover economia de farelos proteicos.
em água, álcool e benzina. É higroscópica.
Quando você fornece ureia é na intenção de pegar o
nitrogênio, a ureia é solúvel em água, a água é absorvida
por ser higroscópica.
1770 – identificada. Misturamos a ureia com algum alimento, essa ureia possui
um sabor amargo e podemos fornecê-la de diversas
1828 – sintetizada pela primeira vez. formas.
1870 – fabricada industrialmente pela síntese do gás
carbônico e da amônia.
1879 – NNP para a formação de proteína microbiana.
O ciclo da amônia acontece no rúmen, ela é ingerida
através da ração como ureia exógena, no rúmen a ureia
é quebrada pela uréase liberando a amônia + CO2. A amônia
CO2 + NH3 (amônia) aumenta a temperatura e forma a junto com a fonte de carboidratos que libera energia
ureia, para quebrar usa a uréase. forma as proteínas microbianas, no abomaso acontece a
liberação do nitrogênio das bactérias e forma as proteínas
corporais.
Tem alta digestibilidade e é rápido, quando a ureia cai no
rúmen forma a amônia e CO2, quando damos a ureia temos
que dar um carboidrato de rápida digestão para dar
energia.
Cuidado em oferecer as leguminosas com a ureia pois elas
já têm ureia.
A ureia tem alta digestibilidade, tendo que fornecer
carboidratos de rápida fermentação, esses carboidratos
são amidos e concentrados energéticos.
CO(NH2)2.
Para produzir a proteína microbiana precisa de: NNP,
MO (bactérias e protozoários) e energia.
Tem que haver sincronismo.
Muito NNP e concentrado lento causa intoxicação, onde
vai absorver mais do que excretar, os microrganismos
35
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
sem energia não conseguem sintetizar a amônia, onde alta população de microrganismos faz com que tenha
essa amônia cai na corrente sanguínea, indo para o fígado uma alta digestibilidade de fibra.
e formando a ureia endógena que vai ser tóxica em altas alta taxa de passagem.
quantidades.
favorece o consumo de matéria seca.
O carboidrato é eliminado através da eructação e
eruptação. CARBOIDRATOS de lenta fermentação limitam a
síntese de proteínas e diminuem a utilização da ureia. Dieta
Só aproveita a amônia enquanto estiver fornecendo os rica em FDN faz com que ocorra uma menor velocidade e
carboidratos, parte não é aproveitada. quantidade de formação de cetoácidos, levando a uma
Na proteína microbiana, a bactéria engloba o nitrogênio absorção de amônia ruminal e posteriormente, a uma
formando a proteína microbiana, que é encaminhada para intoxicação.
o abomaso onde tem muito ácido clorídrico (HCl) rompendo Quantidades adequadas de energia e proteína degradáveis
a proteína microbiana e liberando as moléculas de no rúmen resultarão na obtenção da produtividade animal
nitrogênio, onde pode ter função estrutural, genética, desejada.
regulação de pH, o nitrogênio é absorvido no intestino
delgado. PROTEÍNAS:
nível de proteína na ração afeta a conversão de NNP
em proteína microbiana
altos níveis de proteína reduzem utilização de amônia
Parte da amônia livre no fluído ruminal será absorvida pela pelas bactérias (mais de 14% de proteína bruta).
parede do rúmen, caindo na circulação sanguínea e sendo
qualidade da proteína da ração: muito degradada
metabolizada no fígado e se transformando na ureia
fornece alta quantidade de amônia, prefere-se
endógena, parte dessa ureia irá voltar para a saliva, a
proteína pouco degradada.
outra parte volta ao rúmen e o restante é eliminada pela
urina.
1 Kg ureia = 0,460 Kg N.
1 Kg N = 6,25 para estimar o % de PB.
0,460 Kg N X 6,25 = 2,88 Kg PB.
1 Kg ureia = 288% PB.
Os animais ingerem mais, porém, não tem risco de Fica uma semana fornecendo pouca ureia, depois de 15
intoxicação pois a digestão do melaço é rápida. dias, aumenta e assim por diante.
Boa aceitação pelos animais. 15 dias: 13g de ureia para 100kg.
Aproveitamento de resíduos agrícolas grosseiros. +15 dias: 20g de ureia para 100kg.
Fonte de energia-nitrogênio para MO ruminais, possui um +15 dias: 40g (máximo) de ureia para 100kg.
maior ataque das fibras e melhor aproveitamento. Se quebrar a ordem da adaptação, voltamos e fazemos
9Kg melaço:1Kg ureia - sem diluir em água (armazenada). novamente.
Os microrganismos estão produzindo a uréase
que quebra a ureia exógena em amônia (NH3) e
gás carbônico (CO2), o gás carbônico é
eliminado através da eructação e eruptação. Manutenção ou aumento de peso.
Parte da amônia será absorvida, cai na
corrente sanguínea e é encaminhada ao Aumento na produção de leite.
fígado, onde é metabolizada e resulta na ureia Maior regularidade no cio e redução do intervalo entre
endógena.
partos.
A outra parte através da energia e NNP forma
a proteína microbiana que vai para o Obtenção de crias mais pesadas.
abomaso e entra em contato com o ácido Redução dos custos na produção de leite.
clorídrico (HCl) se rompendo, libera os
nitrogênios que são absorvidos no intestino Maior taxa de natalidade.
delgado e forma todas as outras proteínas do
organismo.
Parte da ureia endógena volta para o rúmen,
a outra parte é destinada para a saliva e para Consumo paralelo de alimentos que forneçam proteína
a urina. Quando a ureia endógena vai para a verdadeira e energia.
saliva, ela segue o mesmo caminho que a
exógena. A que volta para o rúmen sofre todo o Nível máximo: 40 g/ 100 Kg PV/dia.
processo do ciclo da ureia novamente.
A produção excessiva de ureia endógena causa
uma intoxicação, onde parte da amônia volta
para o rúmen e os microrganismos não dão Reduz concentração plasmática de P4.
conta de produzir as proteínas microbianas,
podendo ser pela falta de energia suficiente Altera composição iônica e fluido uterino.
para sintetizar a proteína microbiana.
Aumenta secreção de PGF2α.
Excesso de energia e pouca proteína causa
acidose. O excesso de amônia sobrecarrega o Presença de amônia ou ureia na secreção de órgãos
fígado. A ureia é uma molécula básica, reprodutivos.
fazendo com que o pH suba e aumente a
permeabilidade do rúmen, isso resulta numa
absorção da amônia que é direcionada para a
corrente sanguínea.
Nesses casos, o animal com intoxicação de
ureia, é oferecido o vinagre para neutralizar o
pH.
39
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Para obter a proteína conseguimos só através da matéria Depois disso, é resfriado e fazemos a determinação de
seca. nitrogênio, realizado através do destilador de nitrogênio.
0,1500 – 0,1550 (quantidade da amostra). NaOH – 5ml, conhecido como soda cáustica, tem que estar
15g de mistura digestora. a 50%. Mistura com aproximadamente 3 a 5ml de água
destilada.
3 ml de H2SO4 PA (ácido sulfúrico), o PA significa que é
100%. Colocamos no tubo de ensaio, liberando NaOH depois que
chega no destilador de nitrogênio.
Após essa mistura, é levado ao biodigestor, onde
colocamos: Ácido bórico no Erlenmeyer com 10ml.
100ºC – 1h
O conteúdo no tubo de ensaio começa a evaporar
percorrendo pelo destilador de nitrogênio caindo no
200ºC – 1h Erlenmeyer, até chegar a 50ml.
300ºC – 1h
400ºC – 4h
Utilizamos a bureta, onde dentro colocamos H2SO4 a 0,2
(2%), misturamos até a cor ficar rosa.
Antibiótico.
40
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Aumenta a eficiência alimentar: animal come a mesma diminui a incidência de doenças metabólicas como
quantidade, mas tem um aumento de peso (mantém o acidose e timpanismo.
mesmo consumo, mas aumenta o ganho médio diário). Maximiza a fermentação do lactato.
Promotores do crescimento: aumenta o número de Aumenta a conversão de nitrogênio não protéico (NNP) em
microrganismos, resulta em uma maior eficiência proteína microbiana.
alimentar, favorece o desenvolvimento do rúmen,
favorece o aumento dos microrganismos benéficos e NNP para a formação de proteínas microbianas, essas
diminui os maléficos. proteínas serão utilizadas para a formação de
proteínas corporais. Ocorre uma menor absorção da
Aditivos que são promotores do crescimento: antibióticos, amônia onde mais nitrogênio será disponibilizado para
ionóforos, probióticos, ácidos graxos, enzimas, extratos a formação da proteína microbiana.
naturais de plantas, própolis e ácidos orgânicos.
diminui a chance de intoxicação e aumenta a produção
relacionados com a microbiota intestinal ou ruminal, de proteínas corporais.
favorece o desenvolvimento dos microrganismos
benéficos e retardam os maléficos. Diminui a produção de metano, a degradação de proteína
verdadeira e a absorção de amônia.
Aumenta a eficiência alimentar.
Retardam o desenvolvimento de bactérias maléficas,
Melhora a conversão alimentar, come a mesma reduzem a quantidade de bactérias metanogênicas
quantidade, mas ganha mais peso pois mexe na microbiota (produtoras de metano), diminui a liberação de gás
ruminal. carbônico, menor absorção de amônia diminuindo o risco
de intoxicação.
Melhorar a estabilidade, conservação e outros aspectos
Aditivos para ruminantes se fala nos microrganismos pertinentes à ração.
ruminais (protozoários, fungos, leveduras e bactérias). Antioxidantes.
Manipulação ruminal: substâncias introduzidas na Antifúngicos.
ração ou naturalmente presentes nos alimentos. Flavorizantes.
Aumentar a eficiência de utilização das dietas consumidas Corantes.
pelos ruminantes. Aglutinantes.
Tamponantes.
41
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
1. Terapêuticos: para o tratamento de doenças. Dosagens Os ionóforos facilitam o fluxo de íons através da
de antibióticos acima da concentração inibitória mínima membrana celular das bactérias.
(CIM), a fim de que o problema seja rapidamente Favoráveis as bactérias gram negativas (benéficas), são
controlado. produtoras de propionato.
2. Profiláticos: para prevenção, sendo a metade da dose Exemplo de ionóforos (permitidos no Brasil):
terapêutica (50% ou menos). monensina sódica, lasalocida e salinomicina.
3. Promotor de crescimento: dosagem inferior a CIM, são Atuam na permeabilidade da membrana, carrega cátions
doses muito baixas. Controlar o crescimento exacerbado (+) para dentro da célula, sendo um transporte ativo, ou
e indesejado de determinadas populações microbianas. seja, aumenta a concentração de íons dentro dos
FUNÇÕES: evitar o crescimento desordenado de microrganismos maléficos, fazendo com que ocorra a lise
bactérias maléficas, reduzir a secreção de substâncias (morte).
tóxicas por estes microrganismos e reduzir a inflamação Monensina sódica:
do epitélio intestinal, evitando a ocorrência de diarreias, carreiam cátions para dentro das células – através da
etc. membrana plasmática – rompem o equilíbrio osmótico
Problemas na utilização: - célula se rompe.
resistência as certas cepas de bactérias (muito tempo proibidos na União Europeia desde 2006.
usando o mesmo antibiótico); Atualmente, são conhecidos mais de 120 tipos de
intoxicação dos animais ou do ser humano que ionóforos resultantes da fermentação de vários tipos de
consome o produto. Actinomicetos.
prejuízo da indústria: leite apresenta resíduos de Somente a monensina, lasalocida e salinomicina são
antibiótico (resíduos no leite para bezerros e ser aprovados para uso em dietas de ruminantes.
humano);
Os ionóforos promovem mudanças na população
resíduos na carne indo para o ser humano. microbiana: seleciona bactérias Gram negativas –
Recomendações para o uso correto: produtoras de ácido succínico ou que fermentam ácido
lático e inibe as Gram positivas – produtoras de ácidos
utilizar antibióticos que não tenham aplicação como
acético, butírico e H2.
agente terapêutico em homens e animais, por causa
da resistência;
Benefícios dos ionóforos
trocar os antibióticos periodicamente;
a União Europeia proibiu o uso de antibióticos como Aumento da eficiência do metabolismo de energia das
promotores de crescimento nos animais destinados ao bactérias ruminais e/ou do animal – alterando a
consumo humano, permitindo seu uso apenas para o proporção de AGV e diminuindo metano.
tratamento de enfermidades específicas. Melhoria do metabolismo de nitrogênio – diminuindo
absorção de amônia e aumentando a proteína verdadeira
que chega ao intestino.
São antibióticos carboxílicos poliéster ionóforos Diminuição das desordens resultantes da fermentação
(favoráveis aos íons): anormal do rúmen, como acidose e timpanismo.
aves: coccidiostáticos (forma profilática ou de
Efeitos dos ionóforos
tratamento, mata os microrganismos causadores da
coccidiose). Aumentam a proporção de ácido propiônico.
ruminantes: funcionam como promotores de
Menor produção de gás metano.
crescimento.
Melhora a eficiência energética.
não usa ionóforos em equinos porque é tóxico.
Há um melhor controle dos distúrbios gastrintestinais.
42
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Deprimem o consumo, mas não o ganho de peso em bactérias, que produzem mucopolissacarídeos –
rações com alto concentrado. aumentam a viscosidade do líquido ruminal, dificultam a
Em rações com alta fibra a conversão alimentar é separação do gás no conteúdo ruminal.
melhorada, mas o consumo é mantido.
Toxidez e resistência
Bactérias metanogênicas são inibidas (não tanto pelo
ionóforo, mas pela falta de substrato (H+)). Ionóforos também são tóxicos.
Diminui a população de protozoários: diminuição da simbiose Muito tóxico para equinos.
com as bactérias metanogênicas.
Bovinos também podem se intoxicar em doses elevadas.
Diminui a população de bactérias utilizadoras de proteína
Proibidos na União Europeia desde 2006.
verdadeira: aumentando a proteína dos alimentos no
intestino delgado e diminuindo a concentração de amônia Evitar o desenvolvimento de cepas bacterianas
ruminal. resistentes.
Uso prolongado de ionóforos: adaptação da microbiota EUA e Brasil – permitido.
ruminal com efeitos diminuídos.
–
Aumenta a eficiência alimentar.
Efeitos no ganho de peso e no consumo de alimento tem O termo probiótico significa “a favor da vida”.
sido variáveis. Fuller (1989) os definiu como “Um suplemento alimentar
Alto concentrado: redução no consumo de alimento, de microrganismos vivos que podem afetar
aumento ou sem alteração no ganho de peso e aumento beneficamente o hospedeiro ao melhorar o equilíbrio
na eficiência alimentar (Consumo/ganho). intestinal”.
Pastagem: não reduz o consumo de alimento, ganho de Probiótico: aditivo contendo células vivas de
peso é aumentado, aumento da eficiência alimentar microrganismos e /ou seus metabólitos - Age prevenindo
o estabelecimento de microrganismos indesejáveis ou
Em média, para bovinos, recomendam-se 33 ppm ou 200
restabelecendo a microflora normal do trato digestório.
mg/dia de monensina como dose ótima para a obtenção
São microrganismos que atuam na mucosa intestinal, deixa
da: melhor resposta no desempenho, na eficiência a parede (mucosa intestinal) mais fina, fazendo com que
alimentar, no padrão de fermentação ruminal, menor aumente a absorção.
produção de metano e menor incidência de timpanismo. A imunidade melhora, aumentando, ajudando a
reestabelecer a microbiota intestinal.
Controle de distúrbios nutricionais Aumenta o número de bactérias benéficas e diminui o de
bactérias maléficas.
Certas doenças, como acidose, cetose e timpanismo são
Utilização de Aspergil us orizae na dieta tem gerado muito
causadas por distúrbios na fermentação animal.
interesse, mas existem poucas informações.
Esses sintomas são atenuados quando os ionóforos são
Efeito dos Aspergillus – presença de celulase e xilanase
fornecidos aos animais.
nos extratos – degradação da parede celular.
Devido à ação sobre as bactérias produtoras de lactato,
Estudos – administrando fungos anaeróbios no rúmen de
os ionóforos tem sido usado para reduzir problemas de
ovinos – aumentou a digestibilidade dos nutrientes e
acidose.
retenção do nitrogênio, por meio do aumento no número
O aumento da produção de propionato pela adição do de bactérias e fungos no rúmen e alteração no perfil dos
ionóforo, contribui para a diminuição dos corpos cetônicos AGV`s.
em vacas recém paridas, prevenindo a cetose.
Há indicações que o Aspergillus pode facilitar a aderência
Timpanismo - excessiva produção de gás, principalmente de bactérias celulolíticas à fibra.
CO2 – com ionóforo é diminuída pois atua na população de
43
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Probiótico – levedura ruminantes Modo de ação dos ácidos graxos: teoria do efeito
antimicrobiano - revestimento da partícula do alimento.
Saccharomyces cerevisae.
o ácido graxo inibe o contato direto das células
fermentação do açúcar para consumo humano. microbianas ao substrato ou a ligação das celulases
aumenta a produção de leite e GMD (+ 7 a 8%). bacterianas à celulose, causa uma diminuição na
aumenta a concentração de AGV: aumenta propionato, digestão de nutrientes e diminuição do crescimento
diminui ácido. lático – menor variação de pH e amônia microbiano.
pós refeição. bactérias celulolíticas e G(+) são mais sensíveis que as
observou-se uma tendência de estabilização ruminal em amilolíticas e G (-).
termos de pH ruminal, concentração de lactato e efeito tóxico nos protozoários: consequentemente
relação acetato:propionato. diminui bactérias metanogênicas (simbiose – ficam
o aumento no número de bactérias viáveis e de aderidas aos protozoários).
bactérias celulolíticas parece ser o efeito mais Lipídeos na dieta: decréscimo no número de
consistente em resposta ao uso de leveduras. protozoários, aumento no número de bactérias ruminais,
diminuição na concentração de amônia, aumento da taxa
– de passagem de sólidos, aumento na eficiência de síntese
microbiana e seus efeitos persistem mesmo após longos
Vem dos lipídios. períodos de suplementação.
Funcionam como aditivos em ruminantes.
Aumenta a densidade energética da ração (baixo custo). Lecitina
Manipular a fermentação ruminal através da alteração na Lecitinas são misturas complexas de diferentes
digestão e absorção de nutrientes. fosfolipídeos, de resíduos de triglicerídeos e de outras
Efeitos: diminui a concentração de protozoários, aumenta substâncias polares (Processamento de oleaginosas).
a concentração de AGV e diminui a produção de metano Experimento in vitro observou-se que a suplementação
no rúmen. com lipídeos na forma de óleo ou de lecitina provocou:
Ação como aditivo depende da quantidade e da fonte redução na produção de amônia, em decorrência da menor
lipídica – ácido graxo insaturado e ácido graxo de cadeia taxa de desaparecimento da proteína bruta, maior
curta. proporção de propionato e menor produção de metano.
canola (oléico C18:1).
soja (linoléico C18:2).
Auxiliam o processo digestivo: melhora a digestibilidade dos
linhaça (linolênico C18:3).
nutrientes presentes na dieta.
óleo de coco (ac. láurico C12:0).
Objetivo de melhorar o desempenho dos animais e sua
óleo de palma (ac. palmítico C16:0). rentabilidade.
Diminui a produção de microrganismos maléficos Proteinases, celulases, lipases..
(protozoários) e aumenta a produção de microrganismos
benéficos. É um exemplo de aditivo já presente no
alimento.
Lipídios são quebrados formando ácido graxo + glicerol. O
ácido graxo é utilizado como aditivo. Inibidoras do crescimento de protozoários ruminais, bem
Aumenta a taxa de passagem de alimentos sólidos, facilita como moduladoras da fermentação ruminal em bovinos.
o fluxo em baixas quantidades, em altas quantidades o Ação detergente (saponinas): morte dos protozoários.
animal tem diarreia.
Óleos essenciais – Ruminantes.
44
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Metabólitos secundários de algumas plantas. Diminuem a taxa de produção de amônia e o número de
Timol: Tomilho, Orégano. bactérias hiperprodutoras de amônia: aumentando o
escape ruminal de nitrogênio para o intestino.
Limoneno: Polpa cítrica.
Poucos trabalhos sobre o assunto.
Guaiacol: Guaiaco, Cravo da índia.
Pólen 5%
Detritos (terra, 5%
madeira, etc.)
Vem da abelha, mas própolis e mel não estão associados.
PRÓPOLIS: pró – em favor; polis – cidade. É a defesa Composição altamente variável: flora, método de colheita,
da cidade das abelhas. técnica de colheita, espécie da abelha..
é uma substância resinosa produzida a partir da cera Dificulta o uso como fitoterápico
e resinas de plantas, onde a abelha produz para O jeito que tira o própolis e a frequência vai alterar a
proteger a colmeia/cidade. produção e qualidade.
ATUA COMO UM ANTISSÉPTICO: proteção da Resinas vegetais: seiva que as abelhas coletam.
colmeia (insetos e microrganismos) e assepsia para o
desenvolvimento dos ovos. Utilizado nas rações por eliminar
ou diminuir os microrganismos.
Aristóteles (~350 A.C. – Catálogo Animal): ”Se O forrageamento é a ordenha do própolis, quando
conceder as abelhas, uma colmeia vazia em um ar puro, consegue retirar.
elas coletam as “lágrimas” que saem das árvores, as quais Sazonalidade:
são resinas de vários tipos de vegetações, para construir a temperatura (as abelhas não gostam de um ambiente
colmeia.”
quente e seco).
insolação.
Localização do apiário:
A abelha coleta a resina de plantas terapêuticas, cada tipo sombra (as abelhas não gostam do sol penetrando na
de árvore tem uma seiva diferente para a abelha coletar. colmeia);
Então a resina coletada é depositada nas frestas da umidade.
colmeia. Genética: melhoramento genético.
A própolis é retirada cuidadosamente da colmeia. Pico na produção: abril – maio.
Com o trabalho incessante das abelhas, as frestas da Nutrição: 20 a 25% de proteína bruta, ração mais cara,
colmeia são fechadas com a própolis. é tipo um concentrado bem farelado. O tipo de alimento
que a abelha pegou vai variar a coloração.
Frequência de coleta: “ordenha”.
Produção média/colônia: 35g a 3 kg/colmeia/ano.
Componente Quantidade
Aves
46
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Favorece e a população de bactérias gram negativa. “INOCUIDADE”.
Diminui a eliminação de metano e a quantidade de bactérias
gram positiva. Outros efeitos
Bactérias proteolíticas diminui a quebra de proteínas, com
isso, menos amônia é formada, diminuindo a absorção pela ANTI-OXIDANTE: aumento da vida de prateleira.,
corrente sanguínea e reduzindo o risco de intoxicação pela retarda o envelhecimento dos produtos.
formação de ureia endógena. leite/carne.
Gram negativa favorece mais propionato que aumenta a ALTERAÇÃO NO PERFIL DE A.G.
energia. CONTROLE DE HELMINTOSES
Baixa incidência de acidose. GASTRINTESTINAIS (principalmente em ovinos):
agv: acetato, butirato, propionato (energia) e lactato. potencializa alguns vermífugos, aumento do aporte de
proteína by-pass e efeito direto sobre os helmintos.
Ácido lático favorece uma produção maior de lactato e
REDUZ A PERCA NA FORMA DE AMÔNIA.
aumentam a chance de acidose e timpanismo, porém a
produção de propionato compensa a produção de lactato. CUSTO-BENEFÍCIO É BOM.
EFEITO DE TRANQUILIZAÇÃO DOS
Consequências ANIMAIS: metabolismo minerais/cofatores
enzimáticos.
Aumenta valor biológico das proteínas (quantidade de
proteína aproveitada pelo animal). BEM-ESTAR ANIMAL.
diminui a quebra de proteína, reduz a amônia na MELHORA DA PRODUÇÃO/QUALIDADE DO
LEITE.
corrente sanguínea e o risco de intoxicação, a quebra
das proteínas produz amônia, então absorve mais CONTROLE DE MASTITE: in vitro 90 % das cepas
proteína na parede ruminal. dos agentes bacterianos foram sensíveis à própolis.
não ocorre perda da proteína na forma de amônia. Recuperação completa de 86 % das vacas com mastite
Redução da relação acetato:propionato. aguda.
47
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Catalítica: enzimas, cofator e hormônios (T3 e T4, iodo
na produção desses hormônios).
Não tem carbono na sua estrutura, mas são encontrados
em todos os animais, relacionados a diversos sistemas
indispensáveis.
DEFICIÊNCIA: inexistência ou insuficiência de um
Minerais: elementos químicos inorgânicos, encontrados mineral.
em todos animais e plantas, em proporções variáveis. CARÊNCIA: quadro sintomático apresentado pelo
Participantes ativos em várias reações enzimáticas e animal como consequência da deficiência de minerais.
constituintes estruturais de órgãos e tecidos e presentes
nos fluidos corporais.
Participam de funções: enzimáticas (proteases são
dependentes de alguns minerais), compondo órgãos (como Interação entre minerais.
o cálcio nos ossos) e etc. sinergismo: trabalham juntos, ex. fósforo sinérgico ao
Atualmente 25 elementos são essenciais para as formas cálcio, um ajuda o outro, o aumento de um pode
superiores de vida. contribuir com o aumento do outro.
Quando o mineral é exigido em altas quantidades são antagonismo: o aumento de um diminui o outro, ou
chamados de macrominerais, em pequenas seja, eles se atrapalham. O aumento de um atrapalha
quantidades de microminerais. o aumento do outro, se unem e formam uma molécula
complexa.
Estes, normalmente são designados macrominerais e
microminerais (ou elementos traços), de acordo com a Baixa suplementação.
quantidade em que são encontrados no organismo. Baixa fertilidade do solo: baixa concentração do mineral (o
cálcio e fósforo (ossos), potássio, animal come a forragem que precisa dos minerais do solo
para se desenvolver), lixiviação (a água da chuva leva todos
magnésio, sódio, enxofre, cloro.
os nutrientes embora, inclusive os minerais), o solo pode
(ou, minerais traços): cobalto, cobre, ser muito ácido ou apresentar alguma substância tóxica
iodo, ferro, manganês, zinco, molibdênio, selênio, cromo, como o alumínio (utilização de calcário e gesso para
níquel, flúor, sílica, arsênio, boro, cádmio, lítio, estanho, correção do solo).
vanádio. Baixos níveis dos minerais nas forragens.
Mais fácil ter deficiência de macromineral. A produção e qualidade da forrageira depende:
Gênero, espécie e cultivar.
idade fisiológica (alguns minerais estão em maiores
Estrutural: ossos, dentes, músculos (principalmente, quantidades em forrageiras novas).
cálcio). propriedades químicas e físicas do solo.
Fisiológica: equilíbrio ácido – básico (para manter o pH condições climáticas.
do sangue constante, para o animal não ter acidose ou manejo do pastejo e da pastagem.
alcalose metabólica), estabilização de membranas, Suplementação mineral (ausente ou inadequada): apenas
osmolaridade nos fluidos corporais. 40% dos bovinos criados a pasto recebem suplementação
Regulatória: sinais de transcrição e transdução. mineral regularmente. Diluição das fontes de alguns
elementos e estrutura inadequada dos cochos.
48
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Falta de suplementação de alguns minerais resultam em Ingestão excessivas de fósforo provoca uma reabsorção
deficiência, o sal é higroscópico, ou seja, absorve água, por óssea (começa a ser depositado nos ossos), aumenta a
isso a importância das estruturas do cocho. quantidade de fósforo no plasma e favorece a formação
de cálculos urinários.
Relação cálcio: fósforo tem que ser 2:1. A inversão faz
a formação de cálculos urinários.
DEFICIÊNCIA DE FÓSFORO: crescimento lento,
diminuição da produção de leite, prejuízo na reprodução e
letargia (cansado, apático).
Baixa concepção em fêmeas em idade de reprodução.
Apetite pervertido (ingestão de algo que não é alimento)
pode culminar em botulismo.
Baixo desempenho, se for animais mais jovens tem
problemas maiores, em animais mais velhos ocorre um
baixo desempenho em ganho de peso. O cálcio é o mais abundante mineral no organismo.
Cerca de 98% de cálcio - esqueleto e dentes.
2% do peso corporal do animal.
Problemas reprodutivos: anestro (a fêmea não
cicla), cio irregular, ovários pequenos e lisos (atrofiado, não O restante está amplamente distribuído nos tecidos moles
sente o folículo). e fluidos extracelulares. Presente nos músculos, na
transmissão de impulsos nervoso (falta de cálcio =
problemas neurológicos), contração muscular, regulação
cardíaca (sem cálcio não tem contração para bombear o
sangue). Coagulação sanguínea (o animal pode apresentar
hemorragia), ativação e estabilização de enzimas.
Os ossos são fonte de reserva de cálcio para trocas como
o tecido mole. Ossos puro cálcio ficam quebradiços.
“Em todo o mundo, a deficiência de fósforo é a
DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO NOS ANIMAIS
carência mineral mais difundida e mais importante
JOVENS: atraso no crescimento e desenvolvimento, o
economicamente na criação de bovinos à pasto”. raquitismo pode ser causado por deficiência de cálcio,
86% do fósforo no bovino: esqueleto e dentes. fósforo e vitamina D.
14 %: tecidos moles. DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO: calcificação indevida da
matriz orgânica dos ossos (ossos moles), inchaço,
Sistemas tampões. articulações sensíveis, extremidades ósseas
Encontrados principalmente nos ossos e dentes, mas, enlarguecidas, dorso arqueado, rigidez das pernas, níveis
estão presentes também, nos ácidos nucléicos, de cálcio e fósforo estão sujeitos à fraturas espontâneas.
membranas celulares (fosfolipídios) e compostos
energético (ATP).
O animal com deficiência de fósforo tem os ossos fracos,
não tem energia.
A falta de fósforo faz com que ele vá atrás de fontes
de fósforo, o problema nisso é que, ele pode ir atrás de
carcaças contaminadas, adquirindo assim, o botulismo ou a
encefalopatia espongiforme (vaca louca).
49
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Quantidade suficiente de cálcio a vaca consegue lactar, Sistema imunológico (cloro e cromo associado, sua ausência
quando diminui o nível de cálcio resulta em febre vitular, a causa uma queda na imunidade).
quantidade de leite diminui. Se falta cálcio a contração Produção de melanina.
muscular diminui, se a vaca está para parir ela não terá
força para a expulsão do feto, ocorre uma retenção de Queratinização do pelo e da lã (animal com deficiência
placenta. possui uma lã sem brilho).
Perde o apetite tendo um balanço energético negativo, ou Integridade do SNC e da musculatura cardíaca.
seja, gasta mais do que consome, perda da condição Formação óssea.
corporal pois não come. Baixa produção de leite pois o
Pode ter deficiência primária, que falta cobre na ingestão.
animal não consegue se manter, diminui glicose no
organismo, diminui insulina e aumenta ácidos graxos Deficiência secundária: excesso de enxofre faz com que
causando a cetose (falta de cálcio na maioria das vezes). se uma ao cobre, formando um composto que não é
utilizado.
Cara inchada: falta de cálcio acontece a reabsorção óssea,
apresentando cara inchada, retira cálcio para colocar na antagonistas: molibdênio, ferro e enxofre.
corrente sanguínea. DEFICIÊNCIA DE COBRE: anemia hipocrômica
(associado as hemácias, falta ferro por falta de cor na
hemácia, ou seja, falta hemoglobina na hemácia).
Manutenção do balanço dos fluídos corporais (sistema neutropenia (queda dos leucócitos, especificamente dos
tampão, pode fazer o animal apresentar acidose ou neutrófilos), impede a síntese da hemoglobina, principal
alcalose). componente das hemácias.
Regulação da pressão osmótica e balanço acidobásico. diarreia: associada com a deficiência de cobre direta
Transmissão nervosa (bomba de sódio e potássio). ou induzida (toxidez de molibdênio e/ou enxofre).
deficiência: perda da cor natural dos pelos e pele.
declínio da fertilidade pela falta ou retardamento do
tremores.
cio.
incoordenação. sequelas neurologicas.
deformidade e enfraquecimento dos ossos longos:
debilidade. fraturam com facilidade.
arritmia cardíaca. ataxia enzoótica em bezerros: dificuldade na
morte. locomoção, por má formação da bainha de mielina,
sendo que não ocorre a transmissão de impulsos
com adequada suplementação de sal, as vacas podem nervosos.
recuperar-se completamente e rapidamente.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA POR COBRE: comum
em ovinos, pois oferecem sal de bovinos para ovinos.
ingestão de mistura mineral ou ração para bovinos.
Geralmente associado com sódio (cloreto de sódio = sal).
bovinos e ovinos possuem exigência semelhante de 5
Supõem-se que o requerimento de cloro seja
ppm. No entanto, os bovinos toleram níveis de 100 ppm
frequentemente satisfeito se o requerimento de sódio for
enquanto ovinos suportam níveis de até 25 ppm.
atendido.
apatia, anorexia, crise hemolítica e hemoglobinúria
Quando o sódio é suplementado na forma de bicarbonato
(hemácia na urina).
de sódio ou algumas outras fontes.
Paraqueratose. Esqueleto,
Crescimento
FÓSFORO dentes e tecidos
lento, letargia...
moles (ATP...)
60% do Fe corpóreo compõe a hemoglobina e 3 a 7% a Esqueleto,
Dorso arqueado,
mioglobina. CÁLCIO dentes e tecidos
inchaço.
Relacionado com as hemácias, falta de ferro o animal tem moles.
anemia. Arritmia
Transmissão
Bezerros alimentados somente com leite podem SÓDIO cardíaca,
nervosa.
apresentar anemia, menor ganho de peso e incoordenação.
susceptibilidade a infecções.
Associado com o
CLORO -
sódio.
Formação do
É o terceiro elemento mineral mais abundante nos tecidos
tecido ósseo e Anemia
animais.
COBRE conjuntivo, hipocrômica e
Regulador da pressão osmótica. sistema neutropenia.
Condução de impulsos nervosos. imunológico...
51
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Depressão do Desenvolvimento
apetite ZINCO do tecido ósseo e Paraqueratose.
Síntese de
COBALTO (emagrecimento cérebro.
vitamina B12.
e crescimento Condução de
lento) Redução de
impulsos
peso vivo e
Síntese de T4 e Bócio, aborto, POTÁSSIO nervosos,
IODO ingestão de
T3. alopecia... pressão
alimentos.
FERRO Hemácias Anemia osmótica...
biohidrogenação
mecanismo de auto defesa que converte ácidos graxos
insaturados em ácidos saturados (menos tóxicos).
Acontece nos ruminantes, quando ingerem em Método Goldfish
excesso ácidos graxos insaturados.
Ocorre a transformação dos ácidos graxos insaturados Refluxo contínuo de solvente à quente.
em saturados. Solvente em contato direto com a amostra ->
O excesso de ácido graxo instaura causa uma intoxicação degradação da gordura da amostra.
nos microrganismos ruminais. Utiliza menor quantidade de solvente e é mais rápido.
Glicerídeos.
Fosfolipídeos.
Cerebrosídeos.
Caroteno.
Clorofila.
Cantofila. Solvente
Resinas.
ÉTER ETÍLICO ANIDRO
Ponto de ebulição: 34,6°C.
Estes compostos são extraídos com éter, a alta
temperatura faz uma volatilização -> condensar. Mais eficaz.
circular pela amostra e arrastar a fração gordurosa ÉTER DE PETRÓLEO
-> depositar no fundo do recipiente.
A gordura pode ser determinada a partir de vários Ponto de ebulição 40 – 60°C.
métodos. Mais barato.
Alimentos que apresentam baixo teor de água: Soxhlet e Não absorve umidade durante a extração.
Goldfish. Não requer preparação especial.
Método Soxhlet A gordura extraída é calculada por diferença.
55
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Dificuldade de nutrição adequada:
diversas raças.
CARÊNCIA HUMANA: vida estressante, diminuição no diversos pesos.
número de filhos, expectativa vida, desenvolvimento diferentes padrões de crescimento.
personalidade infantil.
diferentes padrões de comportamento.
ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS DE COMPANHIA:
até a década de 80 era por restos comida.
aumento do poder aquisitivo.
sofisticação dos padrões de consumo. Gato doméstico (Felis catus):
INSERIDO NA FAMÍLIA: fazem parte da estrutura ordem carnívora.
econômico-financeira da família, consumindo produtos e superfamília Felídea.
serviços que gira um segmento econômico de mais de estritamente carnívoro.
R$9.000.000.000,00 (9 bilhões de reais).
Cão (Canis familiaris):
DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA ALIMENTOS:
ordem carnívora.
alimentação sadia e equilibrada.
superfamília Canoidea.
grande variedade de produtos disponíveis no mercado.
carnívoro com tendências onívoras.
praticidade.
alimentos nutracêuticos -> prevenção de doenças.
PROPRIETÁRIOS ATUAIS BUSCAM:
balanceados.
Carboidratos
qualidade da matéria-prima e palatáveis.
ausência de aditivos químicos condenados na
CÃES
alimentação humana.
QUALIDADE DA INDÚSTRIA DA ALIMENTAÇÃO Fisiologicamente e metabolicamente adaptados aos
PET: indústria de alimentos humanos. carboidratos.
inspeção das matérias-primas. GATOS
linhas de produção automatizadas.
Menor tolerância aos carboidratos pouca amilase
BPF – boas práticas de fabricação. pancreática (5% dos cães).
APPCC – análise de perigos e pontos críticos de
Não produz amilase salivar.
controle.
Proteína e aminoácidos
Superalimentação. GATOS
Ociosidade.
Maior requerimento do que cães.
Obesidade.
Necessidade de proteína bruta maior que os cães.
Necessidade dietética de taurina (miocárdio e retina).
56
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Não convertem triptofano em niacina (B3) Dependente da alimentação oferecida pelos humanos
necessidade de niacina 4 x cães. (monodietas cárneas).
Dietas sanitariamente perigosas.
Lipídios
Passou a ter problemas nutricionais.
Gatos não sintetizam ac. araquidônico através ácido
linoleico -> ômega 6.
Dietas devem conter gordura animal.
Deficiência: problemas reprodutivos, dermatite, Começou na década de 70.
paraqueratose e hemorragia subcutânea. Alimentos balanceados comerciais.
Vitaminas
1800 (Inglaterra).
Gato começou a integrar com a sociedade.
Passou a receber carne e outros alimentos.
Ocasionalmente o animal caçava e compensava a Alimentação caseira: sobras de comida ou preparados
alimentação desequilibrada.
a base de milho e aparas de carne.
Pobre em vitaminas e minerais: deficiência de cálcio –
hiperparatireoidismo.
Década de 50 Viver dentro de casa e assumiu o papel de
animal de estimação.
Ad libitum
Seco.
Semi sólido. Deve existir quantidade extra de alimento disponível a
Enlatado: qualquer momento.
comodidade. Alimenta-se a qualquer momento do dia.
relação preço-qualidade. Alimento seco é o mais indicado para este regime.
segurança alimentar. Requer quantidade mínima de trabalho e conhecimento do
proprietário.
alimento e água renovados uma vez ao dia.
Estilo de vida. Cães em canil no momento da alimentação proporcionam
Estado fisiológico. grande barulho este manejo elimina isto.
Idade. Presença constante de alimento ajuda a aliviar o estresse
do confinamento e minimiza comportamentos indesejáveis
Nível de atividade. (coprofagia e latir excessivo).
Estado reprodutivo. Assegura que cães subordinados são capazes de consumir
uma quantidade adequada de alimento.
59
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Tendem a consumir quantidades pequenas e frequentes Rações são formuladas para conter quantidades
de alimento/dia. adequadas de nutrientes.
melhor aproveitamento alimento. equilíbrio atendimento energético outros
Problemas como anorexia passam desapercebidos. nutrientes essenciais.
Problemas de obesidade. Quantidade a ser fornecida.
Cães e gatos consumirão mais que o necessário quando Quantidade de alimento
submetidos pela primeira vez a um regime ad libitum.
Com o tempo ocorre um ajuste no consumo. Função do desenvolvimento do peso do animal.
No início deste método mostrar o prato cheio de comida Através das instruções dos rótulos:
imediatamente após a refeição. estimativa como ponto de partida.
conhecimento do proprietário e resposta dos animais
Alimentação regular
a alimentação.
Controle de ração ou do tempo que o animal tem acesso deve-se fazer ajustes sobre estas estimativas.
a comida.
No momento da refeição quantidade abundante de
alimento come durante período fixo de tempo.
Cães e gatos adultos sem estresse consomem em 15 a Idade.
20 minutos comida necessária. Estado reprodutivo.
Uma única refeição pode ser suficiente. último período de gestação aumenta de 1,25 a 1,5
Problemas de dilatação do estômago. vezes a exigência energética em relação a
manutenção.
IDEAL: duas refeições ao dia.
diminui fome entre refeições e problemas Estado do organismo.
comportamentais (roubar e mendigar comida). Nível de atividade.
Animais exigentes podem não comer o suficiente no Raça.
tempo permitido. Temperamento.
Exacerbar a gulodice. Condições ambientais.
Alimentação com controle de ração
esforço.
forrageira.
Os equinos são herbívoros monogástricos, eles têm objetivo fixado.
que comer várias vezes ao longo do dia em pequenas ALFAFA: rica em proteína.
quantidades. FORRAGEIRA NOVA: baixo FDN, podendo levar
quanto mais fraciona melhor será, pensamos na a desordens metabólicas.
quantidade ideal de nutrientes. FORRAGEIRA VELHA: alto FDN e diminui o
consumo.
Alimentação equilibrada: fórmulas estáveis, matérias
primas nobres e rotina.
pequena mudança na rotina faz com que esse equino
apresente cólica. Preensão do alimento: feita pelos dentes, sendo
Necessidades: importante avaliar os dentes primeiramente para ver se
raça. o animal consegue se alimentar e também, para saber a
idade do equino.
idade.
Mastigação: 10 – 20L saliva/dia.
peso.
sódio, potássio, bicarbonato e cloreto.
63
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
a saliva apresenta o bicarbonato que é importante
para o tempo de digestão do alimento.
Lipídeos.
Carboidratos. Complementar e corrigir as necessidades do animal.
Proteínas.
Extrusada
Fibras solúveis.
Fibras insolúveis. Vantagens
Maior tempo de mastigação: salivação. Qualidade da ração.
Trânsito intestinal. Ausência de pó.
Cíbalas: consistentes e saúde do animal. Armazenamento.
65
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Última refeição -> volumoso por ficar mais tempo fazendo Repor minerais perdidos pelo suor.
a digestão. Após exercícios, temperatura elevada, competições e
animal fica menos tempo ocioso. treinamentos.
Mudanças graduais na alimentação. Pó dissolvido, pasta, líquido, extrusado.
Nível energético. Se só eliminar eletrólitos e não ingerir causa uma
animais estabulados não precisam de muita energia. deficiência. Repõe com uma solução venosa de eletrólitos
Microrganismos vivos.
Regulação da microbiota intestinal. Carnitina.
Facilitar a absorção de nutrientes. Creatina.
756 g PB
500 Kg – trabalho leve.
10 Kg MS.
Ganho de peso: 13 – 18%. 550 Kg – trabalho médio.
Maior exigência na fase final. 12,4 Kg MS.
1 – 8 meses: 400 Kg – trabalho intenso.
2% MS. 10 Kg MS.
12,6% PB. 450 Kg – muito intenso.
9 – 11 meses: 11,3 Kg MS
67
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Fermentação mais lenta com alto FDN produzindo menos
AGV e reduzindo o risco de acidose, pensa mais no lactato
Indigestão Aguda por Carboidratos em Ruminantes.
por ele diminuir mais o pH ruminal.
Sobrecarga Aguda por Grãos.
Impactação Ruminal Aguda.
Alimentos concentrados
Sobrecarga Ruminal.
Acidose Láctica. Alta fermentação ruminal.
Queda no pH
68
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Forma subaguda ou crônica
SARA
Forma aguda
CONSISTÊNCIA
Ligeiramente viscosa.
CONTAMINAÇÃO POR SALIVA: maior viscosidade.
ACIDOSE: aquoso.
ODOR
Odor típico.
“Aromático”.
ACIDOSE: cheiro ácido.
cheira milho.
PH
Varia com o tipo de alimentação.
Fisiológico.
forrageiras: 6 – 7.
concentrados: 5,5 – 6,5.
Análise de suco ruminal
após a refeição: níveis superiores.
Coloração.
depende de qual alimento está comendo.
Odor. imediatamente avaliados
Consistência.
pH.
Sedimentação e flutuação.
70
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Alcalinizantes: hidróxido de Mg/bicarbonato de sódio ->
1g/Kg.
Alimentação forçada.
Antibiótico: eritromicina.
Bicarbonato de sódio.
Óxido de Mg.
Antibióticos na ração
Alta motilidade.
MAIORES: mais susceptíveis.
COLORAÇÃO DE GRAM: Gram +. Meteorismo ruminal
71
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
alta concentração de
grãos, alfafa e trevo
Produção de espuma estável que apreende os gases do
rúmen.
leguminosas
(mucopolissacarídeos) Incapacidade de expulsar os gases.
Aumento da pressão interna do rúmen-retículo.
espuma Grãos finamente triturados. mucopolissacarídeos
Ingestão de alfafa e trevo.
Ovinos.
Caprinos.
Nova Zelândia e Austrália. Secundário à ingestão excessiva de grãos.
reduz a produção leiteira em 1Kg/dia. aumenta a produção de AGV´s.
mortalidade: 50.000 animais/ano. redução no pH.
Canadá. bactérias produtoras de ácido láctico.
mortalidade: 0,05 – 0,2% Abscessos na região abdominal ou umbilical.
(BERCHIELLI et al., 2006) Retículo-peritonite.
Processo inflamatório no trato respiratório.
Afetam ramificações do nervo vago - motilidade do trato
Mucopolissacarídeos -> forragens ou bactérias. digestório.
Processo inflamatório no TGI ou respiratório.
Ingestão excessiva de leite -> dilatação do abomaso.
Produção de saliva. Sinais clínicos.
Formação de carcinomas -> samambaias. distensão da fossa paralombar esquerda.
Paralisia de faringe -> raiva, listeriose, botulismo. Histórico de alimentação.
Lesões ou compressão na parede do esôfago. Palpação retal.
72
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral
Fossa paralombar esquerda distendida. alteração na microbiota ruminal.
Animal pouco inquieto e estressado. menor produção de gases.
reduz viscosidade do líquido ruminal.
Timpanismo moderado
Óleos na ração.
Distensão mais evidente do abdômen.
Animal ansioso e desconfortável.
Timpanismo grave
Retirada da causa.
Expulsão dos gases.
Estabilidade da espuma.
sonda.
trocater.
ruminotomia.
Promover a salivação.
bastão na boca.
agentes alcalinizantes -> bicarbonato de sódio.
Movimentação dos animais.
eructação.
Antiespumantes.
óleos: 100 – 400 ml/@.
(Blood & Henderson, 1978).
a base de glicerina: puros ou diluídos.
laxativos.
Alimentação balanceada.
Adaptação gradual a dietas com maior quantidade de
grãos.
Antibióticos ionóforos na ração.
reduz ingestão de matéria seca.
73
O presente conteúdo é com base nas aulas da Prof.ª Amanda de Freitas Pena Maria Eduarda Cabral