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TRANSCRIÇÃO
além do próprio medo que ela tem, ela também tem medo do julgamento daquelas
pessoas que dizem: mas você não é nutricionista você vai comer isso? Não acredito que
nutricionista come pulo, sanduíche, pizza, refrigerante. Quem nunca? Então a
repercussão do transtorno alimentar junto ao nutricionista acaba sendo algo bem mais
forte. E como eu estava dizendo para vocês existe um manual que a gente pode chamar
de padrão-ouro, não é o único questionário que se avaliam transtornos alimentares, na
literatura existem diversos, os principais periódicos inclusive o Krause 2018 traz é que o
padrão ouro de avaliação de transtorno alimentar é o manual de diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais ou DSM5,e ele faz avaliação da anorexia nervosa,
bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar, que são os três e únicos tipos de
transtorno alimentar. A ortorexia não é reconhecida como transtorno alimentar centro
do manual porque ela ainda vem sendo bastante estudada com relação as
aplicabilidades, e os tipos de manifestações clínicas. Alguns materiais até trazem ela
como transtorno alimentar, porém o DSM-5 não.
ANOREXIA NERVOSA
Dentro da literatura anorexia nervosa é quando a restrição da ingestão
energética levando a uma massa corporal significativamente baixa. Existem alguns casos
onde há anorexia nervosa purgativa, alguns até confundem quando o indivíduo diz que
tem anorexia e utiliza meios purgativos, acham que ele tem anorexia e bulimia junto,
mas tem que ter cuidado porque são dois tipos distintos. Dentro da anorexia ele
restringe a ingesta energética, na bulimia não, na bulimia não há o medo intenso de
ganhar massa corporal ou engordar, na anorexia existe esse medo, o indivíduo não tem
foco de ter tanto o método purgativo, tanto que um dos tipos é o purgativo, quando de
fato ele está além desse medo, você olha para o seu corpo e ver uma distorção da
imagem principalmente quando você está muito magro e se vendo no espelho muito
gordo, você vê que na balança o seu peso está baixo mas no espelho há uma distorção
de imagem. Existe uma perturbação, as pessoas não dormem, não socializam, o tempo
todo ela fica se olhando e vendo se há uma distorção no seu corpo, é uma preocupação
de forma muito excessiva.
Os tipos de anorexia podem ser purgativa, no DSM existe o tempo mínimo de
aparecimento desses casos para ser considerado uma anorexia nervosa. Então para ser
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BULIMIA NERVOSA
Se caracteriza por pelo menos um episódio de compulsão alimentar por semana
nos últimos três meses. Pode ser que as pessoas acabem tendo aparecimento de
bulimia, começar com episódios de vômitos, mas não ser caracterizada como bulimia
nervosa, mas é necessário dar início a algum tipo de tratamento. E ele já vem com uma
mudança totalmente voltada para o comportamento, ele não tem aquele cuidado com
o que ele está comendo, nem de olhar para a sua imagem e achar que está gordo ou
magro demais, na bulimia nervosa é um comportamento inapropriado para evitar o
ganho de massa corporal. Isso quer dizer que vai envolver principalmente
comportamentos compensatórios, não só vômito, tem também outros métodos
purgativos como por exemplo tomar laxante, óleos, vários tipos de forma de compensar
esse ganho de massa corporal. Ele come de forma excessiva, ansiosa. A gente sabe que
existe o eixo intestino cérebro e não há tempo dessa mensagem ser enviada já que ele
está comendo de forma rápida e muito ansiosa, tanto é que quando ele para de comer
ele não está se sentindo saciado, mas rapidamente ele fica com a sensação de que
comeu demais, mas ele ainda quer comer mais então ele pode vir a vomitar, pode ter
sentimento de culpa por ter vomitado ou feito métodos purgativos, mas logo depois
tudo volta novamente, é como se fosse um ciclo vicioso.
O indivíduo compra uma barra de chocolate e pensa: vou comer essa barra hoje, vou
vomitar e amanhã eu não vou comer mais, porém amanhã ele compra/novamente e
come novamente e vomita novamente, vira um ciclo vicioso e ele não consegue se
controlar.
Semelhante anorexia existe um grau de gravidade, na anorexia a gente faz
avaliação de acordo com o IMC na bulimia nervosa você vai ver o grau de gravidade dela
de acordo com a quantidade de episódios de comportamentos compensatórios, que vai
envolver tanto os vômitos quantos métodos purgativos.
Leve: 1 a 3 episódios por semana.
Moderado: 4 a 7 episódios por semana
Grave: 8 a 13 episódios por semana
Extrema: 14 ou mais episódios por semana
Pode parecer estranho imaginar que uma pessoa possa mais de 14 vezes em 7
dias provocar vômitos, mas acontece e é mais comum do que você pode imaginar.
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que do paciente com bulimia porque o paciente com bulimia consegue colocar para fora
o alimento, então ele não sofre tanto achando que compensou a ingestão, o com
compulsão alimentar não, ele pode não fazer nenhum método compensatório então o
sofrimento é grande até que passe aquela sensação de inchaço. Ele não vai ser
necessariamente um paciente com sobrepeso, obesidade, porém geralmente ele é. Vai
haver uma maior ingesta do que a sua necessidade energética normal e ele pode vir a
ganhar mais peso, então além do sofrimento da compulsão vai haver o sofrimento de
ele ver que ele é um paciente com sobrepeso ou obesidade.
A prevalência ainda é maior em mulheres de 3,5% a nível mundial homens 2% é
isso está relacionada aos níveis de ansiedade e tem forte fator de recorrência familiar
porque já são pacientes que fazem esse tipo de compulsão por ansiedade, por estresse,
estresse dentro de casa, eles tem uma raiva dentro de casa e não tem para onde sair
então ele vai comer o que ele achar na geladeira, na cozinha de casa ou comer escondido
dentro do quarto por isso a recorrência familiar é muito maior.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Anorexia nervosa - caquexia, aparência pré-púbere, crescimento de pelos em
face e membros, cuidado para não confundir com mulheres que tem SOP, e ainda tem
alguns casos de algumas mulheres que tem aparecimento de pelos não por questões
hormonais, nem por anorexia, nem SOP, é realmente normal, intolerância ao frio já que
ele tem uma quantidade de tecido adiposo menor, amenorreia, insuficiência cardíaca,
arritmia, anemia, leucopenia, plaquetopenia, insuficiência renal e hepática
Bulimia nervosa - os sinais e sintomas clínicos são menos evidentes porque ele
não tem a restrição da comida, ele não para de comer, ele não tem uma distorção da
autoimagem então acaba consumindo vários tipos de alimento e não faz a restrição
alimentar, por mais que ele tenha um método purgativo compensatório como por
exemplo o vômito ele não vomita tudo, então o estado nutricional dele acaba não se
alterando. Os calos e feridas na mão tem o nome: sinal de Russell, crescimento das
parótidas, desgaste do esmalte dentário, as queixas gastrointestinais são mais comuns,
pode ter esofagite, algumas feridas, algum tipo de descontrole no esfíncter, refluxo,
esofagia. Não menos importante ele é o que mais pode levar à morte por conta da
broncoaspiração, desequilíbrios hídricos e ácido-base.
Síndrome de Russel
O calo acaba sendo o sinal dessa síndrome ou a própria ferida que é causada pelo
impacto dos dentes na mão, alguns ao tentar forçar o vômito tentam colocar a mão
dentro da boca de forma desesperada para tentar vomitar o máximo que puder
independente de ter consumido muito alimento ou não, então é por isso que ele corta
bastante amém.
arritmia, tudo o que a própria obesidade e a síndrome metabólica podem trazer; dor,
distenção abdominal, náuseas, vômitos não induzidos e diarreia.
ABORDAGEM DE TRATAMENTO
A gente tem nos casos mais graves a hierarquia, mas isso não quer dizer que não
vai haver o tratamento multidisciplinar, na maioria das vezes que forem necessárias
utilização de medicamentos nós vamos para psiquiatras, depois vamos para
profissionais de psicologia e terapia em especial a TCC, médicos como endocrinologista,
cardiologista para aqueles sinais e sintomas que são próprios da obesidade e o
nutricionista vai fazer o cálculo nutricional e trazer os alimentos que eles podem estar
consumindo que não vão ser alimentos muito energéticos, alimentos estimulantes, a
utilização de fitoterápicos também e existem alguns programas de tratamento tanto a
nível hospitalar quanto a nível ambulatorial. Hospitalar é quando é necessário fazer
algum tipo de intervenção cirúrgica.
TRATAMENTO PSICOLÓGICO
Temos que ter cuidado como nutricionistas para não tomar o lugar do psicólogo.
Eu sei que a gente fica querendo auxiliar aquele paciente, cuidar dele, mas tem coisas
que não é com a gente. É interessante que a gente saiba não só de transtorno alimentar
mais de comportamento alimentar. Existe um livro sobre comportamento alimentar e
eu vou citar aqui uma das técnicas que a gente precisa saber, mas o tratamento não é
como nutricionista.
O psicólogo vai avaliar o estágio, desenvolvimento cognitivo e psicológico do
paciente, história e dinâmica familiar, isso é muito importante. A gente fala muito,
principalmente quem trabalha com pesquisas em crianças sobre o ambiente
obesogênico, e isso é como um todo, se a rua é calçada, se existem mercados próximos,
se na escola vendem alimentos muito calóricos, as refeições principais quem prepara e
onde. Então toda essa parte de família influencia e muito principalmente na infância. A
condição psicopatológica também. E por qual objetivo a gente tem que fazer um
tratamento psicológico? Para reconhecer e ter uma cooperação dos pacientes em sua
reabilitação nutricional e física. Na fase aguda é bem mais difícil o psicólogo trabalhar
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porque essas pessoas estão mais negativas. Em primeiro lugar ela não quer assumir que
tem um transtorno, ela vai dizer que só está estressada ou que está com problemas em
casa e em último momento ela vai assumir que tem um transtorno alimentar que é a
fase da negação. E ele é um paciente obsessivo porque de fato ele não tem controle,
então é muito difícil o tratamento nessa fase aguda. E por isso é importante que ele não
pare, e junto com a TCC vão existirtécnicas que vão auxiliar junto com a terapia
cognitivo-comportamental, alguns psicólogos trabalham com a logoterapia, outros com
psicanalista, mas a TCC vai fazer algum tipo de atividades como próprio nome já diz,
avaliativas do comportamento que vão auxiliar nessa mudança de comportamento.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Ele vai fazer o tratamento como faz com todos os pacientes, vai fazer avaliação
nutricional, lembrando que avaliação nutricional não quer dizer só intervenção junto
com controle de peso e altura, vão para os exames bioquímicos também, vão para os
questionários, recordatório 24 horas, avaliação subjetiva global, tanto os métodos
retrospectivos quanto tentar fazer com que ele preencha os métodos prospectivos. O
que também vai ter a intervenção nutricional é o plano alimentar, a construção do plano
alimentar em si vai ter alimentos que não vão gerar picos de ansiedade como cafeína e
alguns chás, distribuir de forma igualitária os alimentos, jejum intermitente não se aplica
de forma nenhuma em pacientes ansiosos, falar para o paciente comer só quando tem
fome não pode ser feito com pacientes ansiosos já que ele nunca vai identificar o timing
de quando ele está com fome. Então tudo isso deve estar muito bem construído junto a
intervenção nutricional.
Acompanhamento: para nós nutricionistas é um pouco mais difícil conversar com
paciente para ver se ele está seguindo o plano alimentar, mas se ele vier até você ótimo
e se você tiver como ter o controle ótimo também, ver nos retornos da evolução
nutricional e ter a coordenação do cuidado não só nutricional. É você estar dando
retorno, dar a evolução nutricional aos outros profissionais e também buscar. Não só
levar esta informação ao psiquiatra, psicólogo, endócrino, outros profissionais que estão
nessa rede de tratamento do paciente com transtorno alimentar, é você levar quais são
e também buscar quais são os tipos de evoluções desse paciente.
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AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Como eu já tinha dito que ela é rara, a gente já viu naqueles sinais e sintomas de
bulimia e anorexia nervosa quais são os que acabam aparecendo. A gente viu por
exemplo que na anorexia as taxas de colesterol estão alteradas, na bulimia o equilíbrio
ácido-base também está alterado, então por mais que dificilmente se observe
anormalidades algumas acabam aparecendo, principalmente os casos de
hipercolesterolemia e hipoglicemia, principalmente em casos de anorexia, já que a
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gente viu que o consumo energético do paciente com anorexia nervosa chega ser menos
de 1000 calorias por dia.
GASTO ENERGÉTICO
Acaba sendo semelhante a qualquer um outro paciente que a gente vai avaliar,
mas em um paciente com anorexia nervosa o consumo é bem menor, como a gente viu
1000 calorias e na compulsão alimentar é o contrário, vai estar bem maior, já que ele
não tem episódios bulímicos. Tem perda de massa corporal e não só com relação à
gordura, a massa muscular está inclusa também, restrição energética, diminuição na
concentração de leptina, e vai se normalizando na fase de realimentação que é algo que
a gente tem que pontuar bastante.
Como a gente já estudou se nós estamos com um paciente que passou por uma
cirurgia bariátrica, a gente já vem com alimentação normal para ele? Não. A gente vem
realimentando aos poucos. Líquida, líquida de prova, leve, branda, e assim vai voltando
ao normal o consumo alimentar desses pacientes cirurgiados. Em alguns casos de
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paciente com transtornos alimentares em especial anorexia nervosa que não estão
consumindo alimentos ou passam a comer alimentos amassados porque é mais fácil
para ele conseguir fazer a digestão, você não pode prescrever nessa realimentação
alimentos de consistência normal, tem que vir progredindo. E acaba sendo mais variado
nos pacientes com bulimia.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Anorexia nervosa - ele normalmente vai ter desnutrição proteica energética de
forma grave, a gente fez isso principalmente nos marcadores bioquímicos, albumina,
albumina sérica, pré albumina; redução do tecido adiposo, elas estão perdendo peso,
mais magras; diminuição das proteínas somáticas; nas crianças vai haver retardo, o
próprio ciclo de vida nesta fase necessita maior consumo de alguns tipos de nutrientes
e a restrição desse consumo vai prejudicar principalmente a fase de desenvolvimento e
não só retardo de crescimento, em muitos vai causar alterações cognitivas. A gente tem
que usar tabelas padronizadas para estatura, massa, IMC da NCHS que é um tipo de
tabela que vai fazer esse acompanhamento.
TERAPIA MÉDICO-NUTRICIONAL
ANOREXIA NERVOSA - O Krause orienta ingestão energética de 30 a 40 kcal/kg/dia,
prescrições maiores que sejam monitoradas para que ele não pule essa refeição,
alimentos mais integrais, líquidos e se necessário sonda. A medida que for tendo ganho
de massa corporal, tanto de gordura quanto de músculo vai havendo aumento
progressivo, quando estiver na fase de ganho de massa no final do tratamento vai ser
de 70 a 100 kcal/kg/dia e na fase de manutenção os adultos de 40 a 60 kcal/kg/dia. A
ingesta proteica fica praticamente normal, de 15 a 20% da ingesta diária total, existe um
cálculo para ingestão mínima das proteínas porque por mais que a gente tem que
controlar já que eles acabam consumindo uma maior quantidade de proteína, tem as
necessidades mínimas para que ele volte a ganhar massa corporal de forma ideal, acaba
entrando também a necessidade de colocá-lo para fazer atividades físicas, já que a gente
sabe que o ganho de massa se dá por estímulo e o estímulo se dá por atividade física.
Carboidratos de 50 a 55% junto com a associação das fibras já que o paciente
anoréxico tem o intestino mais preso e o consumo de lipídios em 30% para os
hospitalizados utilizando aqueles módulos principalmente de TCM. Os micronutrientes
vão ser iguais a praticamente todos. Suplementação de 100% da QDR para vitaminas e
minerais, evitar suplementar ferro e ver necessidade de suplementação adicional de
tiamina e cálcio.
Ter cuidado com a densidade energética no paciente com anorexia já que ele não
estava consumindo alimentos e aí você vem querer dar alimentos muito distribuídos ele
acaba não consumindo em casa, colocar refeições bem completas para que ele faça
essas refeições altamente energéticas e o máximo possível e volte a ganhar peso de
forma ideal. A variabilidade da dieta deve ser alta para ele não enjoar. Anorexia é mais
fácil ter o enjoo do consumo alimentar do que em outros pacientes. O meu foco está
em estabilização da massa corporal e prevenir que eles percam novamente, depois vai
ter um controle de ganho de massa corporal e por último a manutenção dessa massa,
manter o peso adequado dentro da eutrofia avaliando isso através do IMC.
Ter cuidado com a síndrome de realimentação principalmente em pacientes que
estavam sem se alimentar ou só consumindo alimentos líquidos e pastosos, se ele voltar
a se alimentar com a consistência que ele não estava consumindo anteriormente pode
ser fatal, então a alimentação precisa ser progressiva. Se necessário fazer
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monitoramento nos níveis de fósforo, magnésio e potássio e se não for possível alcançar
essa ingesta por via oral mesmo que se faça suplementação, entrar com a sonda.
BULIMIA NERVOSA - Vamos estar realizando TCC para que se mude o comportamento,
para o nutricionista atuar tem que ser inexistentes os episódios de purgação e
compulsão, porque se isso não acontece é mais difícil fazer uma estimativa do que ele
está consumindo, para restaurar o comportamento alimentar desse paciente e haver a
manutenção da massa corporal. Se for um indivíduo obeso que se consiga diminuir e se
for um indivíduo com anorexia ele consiga se tornar eutrófico. As tentativas de restrição
alimentar para perda de massa corporal normalmente causam mais episódios de
compulsão e purgação. Eles são mais ansiosos então é necessário fazer uma dieta mais
distribuída.
Mesmo que eles sejam obesos e tenham foco de emagrecer a restrição pode
levar a essa compulsão. Dentro do cálculo de prescrição energética se a taxa metabólica
parecer normal você pode seguir pelas DRIs normalmente, se houver evidência do
hipometabolismo, metabolismo mais baixo, você vai seguir dieta de 1500 a 1600kcal
diários e vai aumentando lentamente. Aqui não é necessário ter um controle da
consistência alimentar como a gente viu na anorexia, não há o risco da realimentação,
mas é necessário que você vá aumentando aos poucos porque ele pode ficar muito
impressionado se você colocar 2000 calorias, vai achar que está consumindo muito e
acabar tendo métodos purgativos. Monitorar o ganho de massa e evitar dietas de
restrição de energia. Jejum intermitente aqui é algo que não combina. A distribuição dos
macros é 15 a 20% de proteína, 50 a 55% dos carboidratos, colocar fibras insolúveis já
que ele tem maiores episódios de diarreia, 30% dos lipídios e fornecer ácidos graxos
essenciais. Como os micronutrientes primeiro você avalia se há necessidade de
suplementação, solicitar exames laboratoriais para ver essa necessidade, e se não for
possível suprir a necessidade dele dentro da própria alimentação iniciar a
suplementação.
Evitar suplementar ferro principalmente se o paciente for constipado, ter um
controle na densidade energética e ofertar grande variedade de alimentos. A terapia
cognitivo-comportamental vai fazer essa mudança de comportamento, essa mudança
de hábito, estabelecer um padrão alimentar regular, avaliar e mudar crenças sobre a
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CNPJ: 35.322.112/0001-43