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Aula 4

Cultura e Linguagem Conversa Inicial

Prof. Cícero Costa Villela

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Cultura e representação
Nosso objetivo é mostrar os processos de
linguagem que são mobilizados nesse retorno a
Freud feito por Lacan, mostrar seus
deslocamentos e as possibilidades de O retorno a Freud
compreensão do sujeito e do inconsciente por
meio dessas relações com a linguística
Passaremos pela reflexão sobre o retorno a
Freud, pela lógica do significante, pelos
processos de metáfora e metonímia, tendo por
base a leitura de Lacan, mas também buscando
em Freud os fundamentos dessa relação

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O retorno a Freud O retorno a Freud

“(...) é, antes de mais nada, referência a um


Tal retorno não é fortuito e busca ressuscitar certo modo de apreensão e de intelecção do
o debate sobre o sujeito e a linguagem no inconsciente e, ao mesmo tempo, a um certo
contexto dessa intervenção. Além disso, tal tipo de prática codificada em relação a um
retorno dá consistência a uma série de princípio de investigação que – hoje em dia –
elaborações de Freud acerca da linguagem dificilmente se prestaria a uma confusão
quanto ao corte que inaugura. (...)

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Lacan relaciona a linguística estrutural com
as dimensões de linguagem que dão suporte
(...) Trata-se de situar de imediato, sem ao inconsciente que “esclarecem o fato de
equívoco, o que é da ordem de uma prática que o fenômeno fundamental da revelação
autenticamente psicanalítica em relação a analítica é essa relação de um discurso a um
outros procedimentos de investigação do outro que o toma como suporte” (Auroux,
inconsciente que, embora se arvorem em 2001, p. 261). Dessa forma, ele vai recorrer
procedimentos psicanalíticos, parecem ter às descobertas da linguística para dar
perdido completamente esse sentido” fundamento à lógica do significante e a
(Dör, 1989, p. 11)
definição do “inconsciente estruturado como
uma linguagem”

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Com isso, Lacan vai produz um duplo movimento,


trazendo a dimensão da linguagem e da palavra
como elementos essenciais para a prática Lacan retoma elementos de A Interpretação
analítica, ao mesmo tempo que produz um dos Sonhos (1900), como as figuras da
deslocamento na linguística estrutural, ao trazer
condensação e do deslocamento, trazendo a
o sujeito do inconsciente para a reflexão sobre a
relação entre linguagem e desejo. Além
língua, especialmente a dimensão da fala. Como
ele mesmo vai dizer em seu seminário sobre as
disso, há a consideração sobre a relação de
psicoses: “A psicanálise deveria ser a ciência da transferência, que é central para a prática
linguagem habitada pelo sujeito. Na perspectiva analítica
freudiana, o homem é o sujeito tomado e
torturado pela linguagem” (Lacan, 2002, p. 276)

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Retomar os dois conceitos centrais de A


Interpretação dos Sonhos se faz fundamental
para o entendimento da leitura do retorno a
Freud proposto por Lacan. São as figuras do O trabalho do sonho
deslocamento e da condensação que vão
permitir a construção do edifício teórico que
relaciona linguagem e psicanálise pelo
psicanalista francês

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O trabalho do sonho

Em sua descrição do trabalho do sonho,


Freud se depara com o fato de que o
conteúdo manifesto nos sonhos possuía um O fenômeno da condensação se dá quando o
volume muito menor do que os pensamentos conteúdo manifesto do sonho se condensa
latentes. Dessa forma, lança-se a hipótese de em uma imagem, uma palavra, ou uma
que o sentido do sonho se disfarça, se junção de palavras, e de pessoas no sonho
esconde, fazendo com que sua manifestação
seja um fenômeno que possui duas ordens.
Tais ordens de fenômenos Freud vai chamar
de condensação e deslocamento

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Em primeiro lugar, a condensação por omissão,


de que temos o excelente exemplo na análise do Estamos aqui em um processo de linguagem,
sonho da “monografia botânica” (ver a no qual há relações entre significantes, que
Interpretação dos Sonhos), em que a restituição se fundem, mudam e aparecem de formas
dos pensamentos latentes é muito lacunar ao
variadas. Tal funcionamento também se dá
nível do conteúdo manifesto. Um outro tipo de
nos lapsos, nos chistes, nas tiradas
condensação procede por meio da fusão,
superposição do material latente. A ilustração
espirituosas e nos trocadilhos. Essas
mais espetacular desse tipo de condensação é dimensões revelam que o processo de
apresentada pela elaboração das pessoas linguagem no inconsciente só se revela de
coletivas ou pela criação de neologismos obtidos maneiras disfarçadas
por combinações e fusões sucessivas (Dör, 1989, p. 19)

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A segunda forma de manifestação do Somos, assim, conduzidos a pensar que no


inconsciente pela linguagem se dá pelo trabalho do sonho manifesta-se um poder
psíquico que, de um lado, despoja elementos de
processo de deslocamento. Esse processo se alto valor psíquico de sua intensidade e, por
dá por meio de um obscurecimento, ou de outro lado, graças à sobredeterminação, dá um
uma inversão de valor e sentido, entre os valor maior a elementos de menor importância,
de modo que eles possam penetrar no sonho.
conteúdos latentes e os manifestos. Sua Pode-se, desde então, compreender a diferença
descrição se aproxima da que fizemos do entre o texto do conteúdo do sonho e o texto dos
processo anterior, há um processo de pensamentos; houve, na formação do sonho,
transferência e deslocamento das intensidades
recalque que afeta a linguagem, fazendo com psíquicas dos diferentes elementos. Esse
que a sua manifestação no sonho seja processo é parte essencial do sonho. Ele pode ser
obscura, apareça como um enigma chamado de deslocamento (Freud, [1900] 1996, p. 265-266)

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A formulação dada por Lacan a cada um deles
vai se relacionar a dois processos de
linguagem: a metáfora e a metonímia. São
elas que vão permitir a relação de Freud e Nas tramas do significante
Saussure, por meio de Lacan, mas que
possuem como elemento central a releitura
que Lacan faz da linguística ao estipular o
primado do significante

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Nas tramas do significante


O grande deslocamento provocado por Lacan na
linguística diz respeito à forma como ele vai
olhar o signo linguístico. Vimos anteriormente
O signo pode ser representado por meiodo
que para Saussure o signo linguístico é seguinte algoritmo: Sa/Sg (em que Sa é o
constituído por uma relação arbitrária entre o significante, e Sg, o significado). Eles são
conteúdo/significado e a imagem separados por uma barra que estabelece a
acústica/significante. E o que determina seu relação arbitrária entre eles
sentido, ou sua delimitação enquanto elemento
de uma cadeia de signos, é a relação que ele
estabelece com outros signos dessa cadeia, o
que se chama de valor

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Lacan vai, com isso, inverter a ordem do


O primeiro gesto do psicanalista francês é ler algoritmo saussuriano: ao invés de uma
as duas cadeias de massas amorfas com base relação unívoca entre Sa e Sg, dá-se agora
na noção de corte. Pois “se o surgimento do maior destaque para o significante, não mais
significante provém de um tal corte, não preso a um significado, mas recortado de
existe, portanto, na realidade um ‘fluxo de uma relação com outros Sa. Além disso, o
significantes’. É a intervenção do corte que significante que vai governar o discurso do
faz nascer a ordem significante, ao mesmo sujeito, ou seja, o sujeito é dito pelo
tempo em que o associa a um conceito” significante que se recorta em sua fala e não
(Dör, 1989, p. 38)
nos conceitos que subjazem na mente dele

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Em geral, é sempre o significado que colocamos
no primeiro plano de nossa análise, porque
seguramente é o que há de mais sedutor e que,
numa primeira abordagem, parece ser a
dimensão própria da investigação simbólica da
A linguagem vai ser um elemento central
psicanálise. Mas, ao desconhecer o papel
mediador primordial do significante, ao para a gênese do sujeito na sua relação com
desconhecer que o significante é, na realidade, o o Outro. Isso pode ser visto no texto sobre o
elemento-guia, não somente desequilibramos a Estádio do Espelho
compreensão original dos fenômenos neuróticos,
a própria interpretação dos sonhos, mas também
tornamo-nos absolutamente incapazes de
compreender o que se passa nas psicoses
(Lacan, 2002, p. 250)

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Segundo Auroux, “a linguagem, que dá forma à Lacan vai dizer no seminário Mais Ainda: “o
gênese do sujeito (o ‘cenário familiar’) é o meio significante é signo de um sujeito. Enquanto
no qual o indivíduo é mergulhado desde o
nascimento. Um meio que o sujeito deverá suporte formal, o significante atinge um
subjetivar, onde ele deverá se reencontrar nele outro que não aquele que é cruamente, ele,
em sua própria história, e que Lacan designa como significante, um outro que ele afeta e
como o lugar do Outro. A linguagem é então, que é de fato sujeito, ou ao menos que passa
originariamente, menos um meio de por sê-lo. É nisso que o sujeito se encontra
comunicação do que uma função que permite a
identificação do sujeito no reconhecimento dos ser, e somente para o ser falante, um ente
traços que definem a condição de um ser ao cujo ser está sempre alhures como mostra o
mesmo tempo sexuado e mortal. O Outro, no predicado. O sujeito é sempre pontual e
qual o sujeito se aliena como Eu de um modo desvanecedor, porque ele é sujeito através
imaginário, é definido pelas leis próprias do de um significante, e para outro significante”
significante (2001, p. 266) (1985, p. 130)

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Além das relações em presença de um signo


com os outros na cadeia falada, temos o
chamado eixo dos paradigmas, que é
estabelecido por relações em ausência. São Metáfora e metonímia
possibilidades de substituição de um termo
por outro, em especial pelo caráter de
semelhança tanto do significado quanto do
significante

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Metáfora e metonímia A ideia da metáfora como constitutiva da
linguagem está associada àquilo que Saussure
Vimos, com isso, como Lacan estruturou sua chama de eixo dos paradigmas ou eixo das
similaridades. A metáfora vai ser definida por
leitura da primazia do significante, da Lacan como um processo de substituição de uma
imagem-acústica, da forma, como elemento palavra por outra, ou, para sermos mais precisos,
central para a leitura das figuras da a substituição de um significante por outro.
condensação e do deslocamento propostos Segundo Dör (1989): “na medida em que a
por Freud. Vamos agora ver como esse metáfora mostra que os significados extraem sua
coerência unicamente da rede de significantes, o
processo funciona com base nas noções de
caráter dessa substituição significante
metáfora e metonímia, como postos pelo demonstra a autonomia do significante em
psicanalista francês relação ao significado” (p. 43)

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O processo metafórico
Processo metafórico

S1

S1 Imagem acústica: “psicanálise” s1


S2 s2
s1 conceito de psicanálise
S1
s1
S2 Imagem acústica: “peste” S2

s2 conceito de peste s2

Fonte: Dör (1989) Fonte: Dör (1989)

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Observem que, no processo de produção da Esse eixo da metáfora funciona pelas


metáfora, o que ocorre é uma passagem dos similaridades, sejam de som, sejam de
significantes S2 e S1 para cima da barra que semântica, e somente a retomada das
os separam dos respectivos significados em cadeias associativas podem ser capazes de
seus signos originais. É importante perceber evidenciar como se opera a metáfora na
condensação dos conteúdos manifestos. O
que não se trata de uma substituição de um
importante em termos em mente quando
signo por outro, mas de um significante por pensamos a metáfora é que ela mostra que o
outro. As imagens acústicas de psicanálise e significante governa a rede de significados, é
de peste se encontram sobre o significado da sempre a cadeia das palavras que abarca ou
psicanálise, fazendo com que o significado de exclui determinado significante em
peste, enquanto doença, seja excluído detrimento de outro

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Já na metonímia, temos um outro processo Processo metonímico
nos eixos da linguagem. Se a metáfora opera
por uma substituição significante no eixo das
substituições, a metonímia funciona no eixo
dos sintagmas, ou das combinações. Uma S1 Imagem acústica: “análise”

metonímia é um processo de transferência de s1 Ideia de estar em análise

denominação, no qual se podem estabelecer S2 Imagem acústica: “divã”

relações de designação de determinado s2 Ideia de divã

objeto com base em uma parte dele como o


olhar “uma vela no horizonte” para designar
um barco que se afasta do cais Fonte: Dör (1989)

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Processo metonímico Percebam que, diferentemente da metáfora,


em que o significante substituído não passa
para a parte de cima da barra que separa
S1
s1 s2 significado e significante, na metonímia as
S2 (.. .. .. .. S1) relações são mantidas entre os significantes,
s1 mas também em associação a um significado
S2
s2 que sustenta tão relação, enquanto o outro é
excluído. Ela sustenta as relações sem a
produção de um novo sentido
Fonte: Dör (1989)

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A metonímia está, com isso, associada ao


processo de deslocamento proposto por Freud.
No processo de deslocamento metonímico, são
sempre importantes as relações estabelecidas
entre os significantes, mas que podem apontar
para relações que não produzem mudança de
significação. Tal processo se dá tanto no sonho, Real, simbólico e imaginário
como inversão de valores, quanto no processo de
livre associação do paciente. O que ela coloca em
causa é o fato de que há resistência à produção
de novos sentidos e que novas articulações nem
sempre representam a produção de algo novo,
mas que os significantes se articulam sob um
mesmo significado

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Real, simbólico e imaginário Podemos perceber que a relação entre esses
três registros está na base da realidade
humana, e que realidade aqui possui um
O pensamento lacaniano acerca desses três sentido muito específico, que extrapola uma
elementos é a linha-mestra de sua leitura do mera definição empírica de realidade
inconsciente e do sujeito freudianos, como enquanto percebida em sua “pureza”. A
ele mesmo afirma: “o confronto desses três realidade se estrutura já enquanto uma
registros que são registros essenciais da relação dessa tríade, já com significado, já
realidade humana, registros muito distintos e subjetivando o indivíduo e sempre com
que se chamam: o simbólico, o imaginário e o elementos que escapam ao sujeito. Tal
real” (Lacan, 1953, n.p.) afirmação nos permite passar à definição
específica de cada um desses elementos

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O que é o real? Em Lacan o real é tudo aquilo do O simbólico pode ser aproximado às questões
sujeito que escapa de uma ordem, que não está culturais, mas principalmente ao significante e à
linguagem, pois é ele que produz o laço, a
na ordem da possibilidade de controle pelo relação com o outro. Ele é da ordem da lei
sujeito. O real acontece para além das vontades subjetivada pelo indivíduo por meio dos símbolos
ou desejos, ele produz um furo na ordem do e da linguagem, é ele que articula as relações
sujeito. Além disso, ele é impossível de ser com o real e o imaginário. O simbólico, podemos
simbolizado e retorna sempre ao mesmo lugar. dizer, é o que procura preencher o buraco
deixado pelo real, muitas vezes sem sucesso,
Podemos associar o real ao trauma, o podendo apenas lhe fazer borda, mas que insere
acontecimento intempestivo que abala a a linguagem no cerne do sujeito. Lacan vai dizer
realidade do sujeito e, ao mesmo tempo, que, “quando se trata do simbólico, isso diz
possibilita uma reordenação de significantes nas respeito àquilo no qual o sujeito se compromete
numa relação propriamente humana (...)” (Lacan,
cadeias estruturantes desse mesmo sujeito 1953, n.p.)

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O imaginário está na ordem das imagens, surge


para descrever o ciclo instintual dos animais em Quando falamos da relação entre psicanálise
suas relações. Ele comparece no humano como
e linguagem, há um reinterpretação profunda
um elemento que precede a simbolização, já
que coloca em questão a relação de dois, os sobre o papel da linguagem. Ela agora não é
elementos que aparecem em uma disputa, mais um meio de comunicação, no qual os
na marcação do sujeito enquanto “eu”. O “erros” os “ruídos” seriam problemas
imaginário, podemos dizer, está na ordem do resolvidos; em Lacan a linguagem não
ego, do ideal do eu. Somente a inserção do serve para comunicar, ainda que nos
sujeito no simbólico, enquanto um terceiro,
permite a entrada na comunidade humana, pois
comuniquemos por ela. Ela serve para
se desloca a relação de “dois” para uma relação produzir reconhecimento
de “três” que tem a linguagem como mediadora

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E quando falamos em produzir
reconhecimento estamos colocando no cerne
do pensamento não mais a comunicação que
alcança seu alvo, mas o processo em que o Na Prática
sujeito é produzido nas tramas desses
significantes. A linguagem aqui, portanto,
é da ordem do desentendimento, traz
consigo o real, de elementos que escapam,
mas que produzem algo

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Na Prática

Vá até o livro A Interpretação dos


Sonhos, de Freud. Nele leia dois sonhos,
o da injeção de Irma e da Monografia Botânica.
Com base nessa leitura, busque aplicar os Finalizando
conceitos de condensação/metáfora e
deslocamento/metonímia. Com isso, busque
a trama de significantes que sustenta as
possibilidades de análise desses sonhos e
identifique pelo menos um processo metafórico
e um processo metonímico em cada um deles

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Finalizando
Esse processo vai também deslocar o
Pudemos ver que Lacan retorna a Freud por pensamento linguístico: Lacan vai dar
meio dos elementos de análise dos sonhos: primazia ao significante, à palavra, e dela vai
condensação e deslocamento. Deles ele vai tirar as consequências teóricas em relação ao
aproximar as noções de metáfora e sujeito, já que é na trama dos significantes,
metonímia provenientes da linguística em suas articulações, que se situa o sujeito.
estrutural, que os definem como elementos Não é mais o signo linguístico o central, mas
fundamentais de qualquer língua. Tal leitura a sua materialidade, a sua forma, mas
vai permitir a Lacan descrever processos sobretudo a sua articulação com os outros
inconscientes, com base em noções da
significantes
linguística, relidas no campo da psicanálise

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Por fim, esses elementos estão sempre
relacionados à realidade, isto é, ao processo
que articula real, simbólico e imaginário. Tais
processos nunca se dão isoladamente: a
entrada no simbólico é a entrada no campo Referências
do outro, do terceiro que media a relação
entre dois permeada pelo imaginário. O real á
aquele que escapa, a falha, o tropeço, aquele
elemento que funda a ordem do mundo para
além dos sujeitos

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AUROUX, S. A filosofia da linguagem.


LACAN, J. O Seminário, livro 20: mais, ainda.
Campinas: Ed. da Unicamp, 1998.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1985.
DOR, J. Introdução à leitura de Lacan – o
LACAN, J. O Seminário, livro 3: as psicoses.
inconsciente estruturado como linguagem.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
LACAN, J. O Simbólico, o Imaginário e o Real.
FREUD, S. A Interpretação dos Sonhos. Vol.
Versão online. 1953. Disponível em:
IV - Obras Psicológicas Completas de
https://docero.com.br/doc/8010811
Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

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