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Segundo Olson e Zanna (1993, pág.

119), não se tem um consenso sobre a


definição de atitudes, apesar das pesquisas já realizadas na área. Uma das
definições mais aceitas é dada por Eagly & Chaiken (1993, p. 1): “Uma tendência
psicológica que se expressa avaliando uma entidade particular com algum grau de
favor ou desfavor.” As atitudes são trabalhadas como sendo compostas por três
componentes básicos e inter-relacionados: componente cognitivo (relacionado às
crenças); componente afetivo (relacionado com as emoções) e componente
comportamental (provável predisposição à ação) (Gade, 1998). Essas atitudes
podem ser relacionadas a objetos culturais, objetos abstratos e à conceitos.
Considerando a multiplicidade de objetos das atitudes, pode-se considerar a
atitude do trabalho como um aspecto central das atitudes sociais.

Um dos fatores que levam a este entendimento está na rotina desempenhada nos
dias de hoje, onde a maioria das pessoas passa ou irá passar a maior parte da sua
vida trabalhando, interagindo no ambiente de trabalho, desempenhando
atividades laborais e convivendo com colegas de trabalho. O entendimento de
como são estabelecidas essas relações, de como as atitudes dos trabalhadores
estão relacionadas ao desempenho de tarefas, à cidadania, ao desempenho
criativo e a lucratividade são possíveis por meio do estudo das atitudes de
trabalho. Dessa forma, essas atitudes são definidas como avaliações que o
trabalhador faz sobre o trabalho que expressam sentimentos e crenças em
relação ao trabalho. Essas atitudes são hierarquicamente organizadas (atitudes
gerais e específicas).

Os componentes cognitivos e afetivos são necessários para a compreensão das


atitudes no trabalho porque quando alguém pensa sobre o seu trabalho, tem
sentimentos sobre o que pensa. O conhecimento e o afeto estão intimamente
relacionados e essa relação ocorre nas atitudes de trabalho. O quanto o
trabalhador sabe, pensa, entende sobre o trabalho, os colegas de trabalho, a
rotina, a chefia, o pagamento, a possibilidade de promoção gera sentimentos que
poderão moldar suas atitudes. Sendo assim, a satisfação no trabalho pode ser
definida como um estado de avaliação que expressa contentamento e
sentimentos positivos sobre o trabalho.

Considerando ainda os componentes cognitivos e afetivos, o comprometimento


com a organização pode ser entendido como um vínculo psicológico do indivíduo
com a organização, representado por apego, internalização de seus valores e
objetivos, e um desejo de fazer esforço para apoiá-lo.

O estudo e a compreensão das atitudes no trabalho são fundamentais para que


seja possível um melhor entendimento e compreensão de todas as relações
estabelecidas no ambiente de trabalho. Entender a origem e o efeito das atitudes
dos trabalhadores proporciona uma melhora no ambiente de trabalho. As atitudes
no trabalho predizem muitos comportamentos organizacionais. A satisfação do
trabalhador irá determinar suas atitudes e essa satisfação pode ser fundamental
para o desenvolvimento e crescimento da empresa para a qual ele trabalha. Já
foram realizados diferentes estudos que têm com enfoque na satisfação dos
funcionários com práticas organizacionais, como remuneração e políticas de
promoção. Já a satisfação com supervisores e colegas de trabalho é explorado
enquanto contexto social para o trabalho.

Dessa forma, para que seja estabelecido um bom ambiente de trabalho,


considerando todos os atores e fatores envolvidos há necessidade da realização
de estudos que tragam como objetivo a compreensão das atitudes relacionadas
ao trabalho dos que ali estão.

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