O documento descreve a experiência de um aluno de licenciatura em matemática em sua residência pedagógica. Ele inicialmente achou que bastava dominar o conteúdo matemático para ensinar, mas aprendeu que é necessário envolver os alunos no processo de aprendizagem e usar estratégias criativas para explicar conceitos. A residência mostrou a importância de se preparar para lidar com diferentes situações em sala de aula e de continuar aprendendo principalmente a ensinar.
O documento descreve a experiência de um aluno de licenciatura em matemática em sua residência pedagógica. Ele inicialmente achou que bastava dominar o conteúdo matemático para ensinar, mas aprendeu que é necessário envolver os alunos no processo de aprendizagem e usar estratégias criativas para explicar conceitos. A residência mostrou a importância de se preparar para lidar com diferentes situações em sala de aula e de continuar aprendendo principalmente a ensinar.
O documento descreve a experiência de um aluno de licenciatura em matemática em sua residência pedagógica. Ele inicialmente achou que bastava dominar o conteúdo matemático para ensinar, mas aprendeu que é necessário envolver os alunos no processo de aprendizagem e usar estratégias criativas para explicar conceitos. A residência mostrou a importância de se preparar para lidar com diferentes situações em sala de aula e de continuar aprendendo principalmente a ensinar.
As atividades da Residência Pedagógica proporcionam experiências únicas na
prática docente de seus residentes, elas contribuem para dar uma melhor formação inserindo os alunos de licenciatura no ambiente escolar, que participam e são responsáveis tanto na elaboração do trabalho docente quanto na prática de ensino em sala de aula, é claro que com a observação e acompanhamento de um professor da própria escola. “O principal objetivo de um aluno que ingressa em uma licenciatura é ser professor e estar dentro de uma sala de aula” parece bem óbvio, estudamos para ensinar aos nossos alunos, no caso, como aluno de licenciatura em matemática “devo” chegar em sala de aula pronto pra passar o conteúdo selecionado pra aquele dia, aula teórica, conceitos, exemplos, aplicações e alguns exercícios para eles treinarem e verificarem se aprenderam o assunto, porém as coisas não são tão simples assim, se fossem não teríamos a aprendizagem da matemática com índices tão baixos e tornando a disciplina tão assustadora pra maioria dos estudantes em qualquer nível de ensino, embora que, teoricamente, seja bem simples para os professores ensinar matemática: “basta dominar o conteúdo e repassar aos alunos’’, na prática vimos que somente isso não é suficiente devemos desenvolver algo mais importante pra sermos ‘’bons’’ professores, devemos saber fazer os alunos olharem para o horizonte do conhecimento, lembro-me de uma frase...de um texto...de um educador na disciplina de história da educação: ‘’Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, brincar com os conhecimentos.’’ Rubem Alves. Residência Pedagógica, ensinar matemática, horizonte do conhecimento...e um professor de matemática em formação. Bom, ao ingressar na residência meu principal interesse foi pela possibilidade de participar destas atividades tão valorizadas pela comunidade acadêmica, sabendo que meus estágios I e II tinham sido apenas na modalidade remota, por motivos já bem conhecidos, estava na hora de adentrar em uma sala de aula como professor pela primeira vez, algo maravilhoso e assustador ao mesmo tempo, bem tranquilo na verdade, pensei: só estudar os conteúdos, preparar a aula e ensinar aos alunos aquilo que eles devem aprender. Primeiros dias... acompanhar a professora e ajudar os alunos na solução de exercícios um tipo de ‘’ monitor’’ pra turma do nono ano, porém uma aula vaga de outro professor no oitavo ano, primeira oportunidade de assumir a sala de aula, porém sozinho, sem a minha supervisora na sala, uns 40 alunos, simples...era só resolver algumas questões de propriedades de potências, tudo ocorreu bem, alguns alunos da turma se sentiram confiantes até de irem ao quadro responder algumas das questões. Semana seguinte... mudanças de estratégias, deveria ensinar a ‘’ teoria do assunto’’, o conteúdo da vez: simplificação de radicais. Turma do nono ano, com a professora em sala de aula, minha aula preparada, conceito e alguns exemplos (os mais simples). Um medalhista da OBMEP não deveria ter medo de ensinar algum conteúdo de ensino fundamental. Aliás dominava o conteúdo muito bem, ter domínio do conteúdo já não bastava pra ser um bom professor? A residência me mostrou 3 que não...terceiro exemplo da aula simplifique o seguinte radical: 3 √24. Explico duas vezes: I- Fatoramos o 24 e obtemos a potência 23 . 3 3 II- Substituímos o 24 por essa potência e temos: 3√23 . 3 III- Observamos o índice da raiz (3) como é igual ao expoente (3) da potência no radicando, podemos tirar o (2) de dentro do radical(raiz) 3 3 IV- Por fim, temos: 3 . 2√3 = 6√3. Pergunto novamente se os alunos tinham entendido, o conteúdo era bem simples deviam entender de primeira, uma das alunas pede pra repetir de novo, aquilo não fazia sentido pra ela e outros diziam não entender porque o 2 pode ‘‘sair da raiz’’ e o 3 não pode, repeti a explicação dando ênfase ao passo III, nada de entenderem, a professora intervém e pede pra explicar esse exemplo: ‘’ Meninos! Imaginem que no lugar da raiz(radical) fosse um ônibus e os números(radicando) fossem os passageiros, o número acima da raiz (índice) é o preço da passagem e o número(expoente) acima dos passageiros é o tanto de dinheiro que eles têm, quando chegar no ponto de ônibus só quem pagar pode sair de dentro, quanto é a passagem? -3 reais professora- e quem vai poder sair do ônibus? e porquê? – só o (2) por que ele tem três reais ‘’ nem mais uma dúvida e a aula prosseguiu. Além da dúvida dos alunos a professora me fez entender a diferença de ‘’ morro aclive e declive para morro abaixo e morro acima’’. Saber matemática ajuda a dar mais confiança ao professor, porém devemos saber fazer o aluno se envolver no processo de aprendizagem da disciplina. Por um momento achei que era um problema somente meu, aliás estou no último período do curso de matemática, já devia ter aprendido a ser um bom professor ao invés de ter aprendido matemática em um nível mais avançado. Por coincidência, no curso de licenciatura que prepara professores pra educação básica, ensino fundamental e médio, devemos cumprir 660 horas do ciclo básico obrigatório, muito tempo para estudar as disciplinas pedagógicas, que as vezes os alunos não dão o devido valor e não se esforçam como deveriam nas mesmas, porém se comparar com a carga horária a cumprir do ciclo profissionalizante obrigatório de 2055 horas que é mais que o triplo do tempo, podemos ver que temos muito tempo para aprender ‘’Cálculo’’ e pouco tempo para aprender e tornar-se professor. Por isso a importância de participar de alguns programas como o PIBID e a Residência pedagógica. Como residente de matemática, aprendi muito sobre a dinâmica da sala de aula e a importância de estar preparado para lidar com diferentes situações, pois o papel do professor de matemática é fundamental para o sucesso dos alunos e do processo de aprendizagem, também passei a saber que tenho muito a aprender, principalmente aprender a ensinar e ajudar os alunos a deslumbrarem desse horizonte de conhecimento que é a matemática.