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SEJAM MUITO BEM-VINDOS, PROFESSORAS E PROFESSORES!

Depois de um período intenso de pandemia, com muitos desafios e descobertas


de um mundo de novos hábitos, voltamos às salas de aula presenciais. Nestes
quase dois anos, as salas de aulas cruzaram os muros da escola e levaram uma
grande maioria da comunidade educacional de um extremo a outro: do modelo
de ensino tradicional ao remoto, muitas vezes mediado por tecnologia.

Inicialmente de forma emergencial, vivemos a experiência da tecnologia na


educação em larga escala e aprendemos que ela pode ser uma propulsora de
novas conexões e de novas possibilidades. Estes aprendizados podem servir para
somar à experiência de professores e alunos, de forma poderosa, e levar o
processo de ensino e aprendizagem a um novo patamar: com mais engajamento
e desenvolvimento de novas habilidades demandadas para o Aprendiz do século
XXI.

De forma a apoiá-los, criamos com ajuda dos GEG (Grupo de Educadores


Google) este e-book de professor para professor, para que as ferramentas de
tecnologia sejam efetivamente adotadas nas práticas pedagógicas dentro da
sala de aula. Convidamos você a explorar também outros materiais gratuitos que
ajudam educadores a desbravar infinitas possibilidades no uso de soluções
Google no ensino e aprendizagem: GEG On Air, YouTube na Sala de Aula, Série
Google Classroom e Chromebooks.

Um excelente proveito destes recursos!

Abraços,
Equipe Google for Education
A SALA DE AULA HÍBRIDA NA PRÁTICA: DICAS E MODELOS

Tem Escape para suas aulas! Monte seu escape room com
atividades online e offline

A sala de aula invertida no ensino fundamental e EJA

Tem mais de um caminho! Escolha sua própria aventura

Hyperdocs: criando uma trilha de aprendizagem para sua turma

Um cardápio para sua turma: personalização com menu de


aprendizagem

 -2-1 Lançou! O jogo do lançamento totalmente adaptável para


3
suas aulas

Rotação por estações mundo que sentimos

Lista da geral: como engajar seus alunos na resolução colaborativa


de problemas

Metodologia da problematização: criando soluções e resolvendo


problemas
“Verificar o conhecimento ou aprendizado dos alunos não
precisa ser algo chato ou cansativo para nós professores nem
para os alunos. Aliás, pode ser divertido e desafiador! Quando
utilizamos atividades como o “escape room”, conseguimos
aliar a diversão e o compromisso de uma forma leve e sem
perder a qualidade. Escape do que é chato e cansativo e
permita que seus alunos façam o mesmo!”
Tipo de estratégia: Escape room mesclando online/offline

Ferramentas e plataformas digitais: Formulários Google e


Apresentações Google

Autor: Ana Laura Avila Queiroz

Líder GEG Joinville, Google Trainer

Confira o vídeo da autora: https://youtu.be/uwG27i33tD0

Instrução para professores

O que é esse modelo de “escape room”?

Antes de falarmos como esse modelo veio parar na sala de aula, vale a pena
explorarmos um pouco a sua história. Escape room, em tradução livre, “salas de
fuga” é um jogo que, apesar de ter caído no gosto dos brasileiros há pouco
tempo, já tem história no mundo desde 1976. Os primeiros registros contam com
um espaço digital, no qual o jogador - normalmente em primeira pessoa -
precisa resolver um enigma para sair do ambiente em que está (o que
exemplifica bem o nome “salas de fuga”) e seguir com a história. Geralmente, o
jogo começa com uma história, a qual apresenta o contexto de como o
jogador/personagem foi parar onde está no momento e onde precisa
chegar/missão principal. Aliás, para saber um pouco mais da história desse tipo
de jogo e suas variações, vale a leitura rápida aqui.

Apesar do escape room ter “nascido” no universo virtual, desde 2015, têm surgido
diversas salas de escape room presencial (offline) espalhadas pelo Brasil. A
dinâmica nos escapes presenciais é similar ao online: normalmente jogados em
equipe, os participantes entram em uma sala e, para sair dela, precisam resolver
os desafios. Assim, cada detalhe conta, desde a posição de um objeto até
alguma charada. Em geral, a competição entre os grupos de participantes se dá
por resolver o desafio e sair das salas no menor tempo possível.
Já deu para imaginar como esse jogo pode ser um modelo aplicado nas práticas
pedagógicas, não é mesmo? Quando pensamos no escape room como uma
estratégia para a aula, assim como nos jogos, também haverá um tema geral,
com um enredo/história; desafios e problemas a serem resolvidos dentro de um
tempo pré-determinado. Nesse tipo de prática, como você já deve estar
percebendo, os alunos aplicarão não somente o conteúdo aprendido em sala,
mas também habilidades, como resolver problemas, trabalhar em equipe,
flexibilidade, comunicação, dentre outras que podem ser recrutadas
dependendo dos desafios que você propor.

Como eu crio uma atividade de “escape room”?

Certamente, enquanto você lia a descrição de como o escape room é jogado, já


se perguntava como poderia utilizá-lo na sala de aula e como criaria o seu
próprio escape. Apesar do jogo estar bem difundido pelo Brasil (e mundo), ainda
são poucos os professores que o adaptaram para as práticas pedagógicas.
Aliás, mais um motivo para você criar o seu a partir do modelo que
disponibilizaremos a seguir e difundir essa prática pedagógica.

Fique tranquilo(a)! Vamos ensinar cada etapa para você criar o seu escape
room utilizando os Formulários Google e lançar os desafios e charadas, que
poderão ser intercalados entre atividades online e offline. Mas, para isso, você
precisará sair do desafio “Domine o escape room”. Assim, terá a experiência de
usuário com o escape room.
Agora que você já teve a experiência de jogar um rápido escape room, chegou a
hora de entender como ele foi criado e como você pode criar o seu. Para isso,
assista a este vídeo no YouTube em que mostramos todo o processo de criação
e apresentamos ideias de como colocar em prática o escape em uma aula
sobre Machado de Assis.

Uma ideia para aproveitar ainda melhor o vídeo? Pegue um papel e uma caneta
e já anote:

● tema geral/conteúdo (será o seu guia para criar a história/enredo);


● objetivos que deseja alcançar com essa aula (eles serão o seu guia para
criar os desafios);
● defina se seu escape room será online, offline ou ambos;
● tempo - quanto tempo seus alunos terão para resolver os desafios?

Tem um modelo para ver se eu entendi?

Como você já deve estar imaginando, temos o modelo prontinho aqui. Basta
clicar para fazer a sua cópia e, em seguida, editar com as suas perguntas e
respostas.

Para criar esse escape room, você deve ter percebido que utilizamos duas
ferramentas do Google Workspace:

● o Formulários Google, utilizando a opção de seções e validação de


respostas, bem como, editando a mensagem de envio final para que o
aluno receba a “palavra-chave”, que destrava a próxima etapa no offline;
e
● o Apresentações Google, para criar as imagens de interação que
colocamos no decorrer do escape room. Faça uma cópia do nosso
modelo da fábrica de selos que deixamos aqui e adapte para o seu
contexto.

Com as suas anotações sobre o conteúdo e os objetivos que você quer alcançar
na aula, vamos à criação do seu escape room.
Para começar, eis algumas perguntas que guiarão a criação.

1. Que tipo de perguntas você quer fazer? Apenas para completar com uma
palavra/expressão ou de assinalar?
2. Qual o tempo que os alunos terão para resolver o escape room?
3. O escape room será alternado com outras atividades? Quando e como
será proposto para os alunos?
4. Você criará uma história na qual os alunos são os personagens presos
dentro dela ou o escape room será para “concluir” uma aula, após
explicações teóricas?

Feito isso, você pode escolher se prefere fazer um escape room apenas online ou
com interação offline.

No nosso modelo, preferimos mesclar o online (escape room no formulário


google) e o offline (aulas com teoria e leituras): começamos as aulas com uma
apresentação sobre o autor e a leitura de livros selecionados. Após o prazo
combinado de ter finalizado a leitura dos livros, organizamos a turma em
equipes. Para avançarem, ao próximo autor e movimento literário, as equipes são
informadas que precisarão comprovar que sabem os detalhes da vida e obra de
Machado de Assis. Então, os alunos recebem um QR code para acessar o
Formulário Google no qual organizamos o escape room e uma caixa
lacrada/cadeada com materiais do próximo movimento literário. Ao resolver os
enigmas do escape room e “fugir” de Machado de Assis, receberão uma
“palavra-chave/senha” que permitirá abrirem a caixa lacrada e avançarem,
como prometido, na Literatura.

Mas isso tudo pode ser adaptado de acordo com seus objetivos, tempo
disponível e a faixa etária dos alunos.

Optamos por coletar o nome do aluno, turma e e-mail, para facilitar a


identificação de quem participou da atividade. Mas, caso você não precise
desses dados, basta excluir essas perguntas iniciais.

Em seguida, escrevemos as perguntas, divididas em seções. Para as perguntas


abertas, utilizamos a opção de “Validação da resposta”.
Para ativar a opção “Validação da resposta”, você precisa apenas clicar sobre os
três pontinhos, no canto inferior direito, diante da opção “Obrigatória”.

Lembre-se de cadastrar a resposta tal como você deseja que o seu aluno
responda e sempre edite a mensagem de erro. Caso contrário, acabará
aparecendo uma dica de resposta para ele!

Nesse caso, o avanço só acontecerá quando o aluno acertar a resposta que


você cadastrou. “Você avançou”.

Para as perguntas objetivas, com uma alternativa correta, utilizamos a opção de


“ir para a seção com base em uma resposta”.
Ao clicar nos três pontinhos, no canto inferior direito, diante da opção
“Obrigatória”, clique sobre “Ir para a seção com base na resposta”. Dessa
maneira, você poderá selecionar o próximo caminho que o aluno seguirá ao
escolher uma alternativa ao invés de outra.

Para deixar o escape room no Formulários Google mais interativo, utilizamos


“selos” identificando se o aluno deveria avançar ou tentar novamente. Você
também pode inserir gifs, memes ou, até mesmo, um vídeo seu!
Fizemos esses selos utilizando o Apresentações Google, e você pode fazer a sua
cópia para editá-los, como preferir, neste arquivo aqui. Depois que editar o selo
como desejar, basta realizar o download de cada um dos slides como “jpg” e, em
seguida, utilizá-lo no seu escape room.
Ah, e não se preocupe! No modelo de escape room que deixamos preparado
para você usar, os caminhos, que direcionam de uma seção para outra, estão
todos configurados, como pode ser observado nas imagens a seguir. Logo, para
editar o seu escape room, você apenas precisará substituir pelas suas perguntas
e respostas.
Para finalizar e fazer a entrega da “palavra-chave/código”, editamos a
mensagem de envio do formulário e deixamos lá mesmo o código que o aluno
utilizará para “abrir o cadeado” para a próxima aula.
Ihh… mas como vou usar isso na minha área?

Como o escape room é dinâmico e sem a necessidade de estar conectado a um


conteúdo específico, mas sim apenas ter uma história e desafios, fica muito fácil
adaptar para as mais diferentes áreas e níveis de atuação.

Além de trabalhar com a história da vida e trechos de livros de autores como


fizemos no exemplo, é possível explorar o escape room utilizando apenas
imagens de obras de arte ou, ainda, contar uma história sobre um jogador de
futebol que caiu, bateu a cabeça e agora precisa relembrar as regras do jogo.

E não fica só por aí! As áreas com números também têm vez nesse jogo! Afinal,
poderiam ser colocados desafios de cálculos de Física, conexões de elementos
químicos ou, ainda, contas de Matemática. Assim, ao invés de textos, os alunos
colocam os números como resultados.

Se quiser deixar mais complexo, você pode fazer conexões com vídeos e links
externos ou com tarefas presenciais, como fizemos no nosso exemplo, em que o
aluno precisava ler algumas obras de Machado de Assis, ou até mesmo tê-las
em mãos, para serem resolvidas e depois lançadas no formulário.

E se eu não tiver internet em sala ou ela estiver ruim?

O legal do escape room é que não precisamos usar apenas as ferramentas


apresentadas neste material e a internet. Contanto que você crie os desafios e as
regras para avançar, poderíamos utilizar o Apresentações Google no modo
offline e fazer hiperlink de um slide para o outro, conforme a resposta escolhida;
ou, ainda, escrever as perguntas e respostas em uma Planilha Google, também
no modo offline, utilizando a validação de dados e a formatação condicional
para deixar o aluno avançar ou não no jogo.
Eu quero mais!

Gostou, não é? Então, para ter mais dicas e inspirações, deixamos alguns outros
modelos abaixo como referência e artigos publicados por professores que usam
o escape room em suas práticas pedagógicas.

➔ Artigo: Escape room no ensino de química


➔ Artigo: Escape room: aprendizagem pela descoberta guiada aplicada em
objetos de aprendizagem para cursos corporativos online
➔ Aprenda a criar hiperlink no Apresentação Google
GEG On Air #22 | Gamificando suas Aulas com Ferramentas Google for…
➔ Aprenda a fazer a validação de respostas nas Planilhas Google:
GEG On Air #44 | Série Aprendizagem Ágil | Usando o Google Planilhas …
➔ Aprenda a trabalhar com as ferramentas Google no modo offline
“Valorizar o conhecimento prévio do estudante é requisito
básico para tornar as suas aulas experiências únicas para os
estudantes! Por isso, é necessário criar condições de
investigação e com as aulas invertidas isso é possível.
Antecipar o conteúdo por meio de vídeos, textos, imagens irá
oferecer um ambiente de discussões, aprofundamentos e,
claro, reconhecimento das individualidades de cada
estudante. E aí, preparados para criar um espaço rico de
dúvidas e debates? Vamos lá!”
Tipo de estratégia: Aula invertida

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações


Google, YouTube, Documentos Google

Autor: Rodrigo Baglini

Google Innovator, professor da rede municipal e estadual


de São Paulo de Educação Digital e Geografia

Confira o vídeo do autor: https://youtu.be/dV0Ijy4VkN8

Instrução para professores

Olá, professor e professora, tudo bem com vocês?

Antes de mais nada, traçaremos aqui alguns cenários nos quais a sala de aula
invertida acaba sendo uma solução de prática pedagógica extremamente
viável e aplicável em diferentes contextos. Vamos lá?

Mas? Qual é o contexto em que utilizarei a proposta?

Ferramenta utilizada para a proposta: YouTube e Documentos

Só (re)começa o que começou, se não começou…

A professora Carla está bastante aflita, seus estudantes do terceiro ano do


fundamental estão com sérias dificuldades no processo de alfabetização, pois
durante dois anos ficaram afastados da escola devido à pandemia da COVID-19.
Além disso, a escola em que ela leciona não conta com muitos dispositivos
eletrônicos que poderiam ser utilizados como suporte pedagógico para suas
aulas.

Esse é um dos cenários mais comuns encontrados por professoras e professores


dos anos iniciais. Por isso, as aulas invertidas, nesse contexto, podem ser
grandes aliadas no apoio ao desenvolvimento das aprendizagens.
Como trabalhar a sala de aula invertida nesse cenário?

É necessário realizar uma sondagem inicial sobre os diferentes aprendizados


das crianças/estudantes. Procure utilizar uma roda de conversa para promover
uma escuta sobre as expectativas de aprendizado dos estudantes. Vale destacar
que, nessa faixa etária, o silêncio é um instrumento de defesa das crianças e elas
devem ser respeitadas caso não queiram falar, o que também denota uma
observação mais atenta do professor.

Para essa primeira atividade, é importante que cada estudante esteja com seu
caderno sobre a mesa e registre a condução da conversa de acordo com seu
nível de aprendizagem. O professor pode avisá-los que esses registros podem
ser a partir de desenhos ou com a escrita de palavras.

Perguntas disparadoras para a roda de conversa

O que vocês sabem que pode ser muito legal contar aos outros colegas da
sala de aula?

Motivo da pergunta: fazer com que os estudantes se sintam valorizados a partir


das suas referências sociais. Ao propor essa pergunta, você induz a pensarem
em características positivas que podem ser compartilhadas, valorizando as
expectativas de cada indivíduo na composição do coletivo.

De que maneira os seus pais e/ou responsáveis ajudam vocês com as


atividades da escola?

Motivo da pergunta: essa pergunta tem o objetivo de compreender qual é o


suporte que as crianças possuem em casa. Ao propor as atividades iniciais, você
terá a oportunidade de observar em qual cenário o estudante está imerso. A
autonomia, nessa faixa etária, ainda está em processo de construção, sendo
necessário o acompanhamento de um responsável para o desenvolvimento da
tarefa.

Depois dessas perguntas iniciais, entregue para os estudantes esta atividade de


sondagem que tem como objetivo levantar alguns conhecimentos prévios. Você
pode circular entre os alunos e analisar os registros feitos no caderno.

Colocando a sala de aula invertida em ação

Antes de mais nada, vamos aqui recapitular um pouquinho sobre o que é a aula
invertida.

Na aula invertida, o professor e a professora antecipam o conteúdo para que o


estudante se aproprie, a partir de suas referências, do assunto/conteúdo que
será trabalhado em sala de aula. Com isso, há uma valorização do
conhecimento prévio do aluno. Na aula, o professor busca ampliar e aprofundar
as dúvidas que surgem durante o percurso.

A antecipação da aula pode ser realizada a partir de videoaulas, filmes, livros,


textos, fóruns, análise de imagens, entre outros.

Que tal, agora, colocar a mão na massa nesta supersugestão de trabalho de


aula invertida com seus estudantes, considerando todo o diagnóstico inicial
realizado com eles?

Você pode escolher um vídeo do YouTube a partir da sondagem inicial realizada.


E foque nos seguintes pontos:

● deixe claro quais são os objetivos que pretende atingir com os estudantes,
nesse caso;
● inclua todos os alunos na trilha de aprendizagem que está desenvolvendo;
● oriente o que deverá ser realizado com os vídeos que os estudantes
assistirão. Você pode ter um roteiro com perguntas a serem respondidas,
desenhos a serem elaborados, pequenos parágrafos para redigirem;
● lembre-se de que o território em que você está inserido é muito singular.
Por isso, faça de acordo com suas possibilidades.
Tem um modelo para ver se eu entendi?

Claro! Confira aqui algumas sugestões de trabalho a partir daquela sondagem


inicial que foi proposta pela atividade de sondagem.

Olha que legal, temos um modelo/sequência pronto para você!

Confira aqui a estrutura que preparamos para você. Copie o seu modelo da
sequência de aula invertida. Acompanhe toda a ideia neste vídeo que
preparamos para você.

Dica

Você pode seguir a mesma sequência para trabalhar as sugestões de atividades


dos vídeos dois e três e, claro, adaptar para sua realidade. Vamos lá?
Vídeo 01
Proposta para Língua Portuguesa

Palavra Cantada | Linhas e Letrinhas

Peça aos estudantes para assistirem ao vídeo. Em seguida, eles respondem às


perguntas seguintes de acordo com suas habilidades (pode ser um desenho,
uma escrita, um recorte de revista). Aqui, é importante o acompanhamento da
família.

● Quantas letras aparecem no vídeo?


● No meio do vídeo, aparece o nome: Gutemberg? Quem foi ele?
● Por que as letras estão nas linhas?
Vídeo 02
Proposta para Ciências e Geografia

Mundo Bita - Fazendinha [clipe infantil]

Peça aos estudantes para assistirem ao vídeo. Em seguida, eles respondem às


próximas perguntas de acordo com suas habilidades (pode ser um desenho,
uma escrita, um recorte de revista). Aqui, é importante o acompanhamento da
família.

● Por que o Sol vem dar “bom dia” para a fazendinha?


● O que é uma fazenda? Você imagina/pensa que nossos alimentos vêm
do espaço rural?
● No meio do vídeo, aparecem: o bezerro e a vaquinha, o que quer dizer
isso?
Vídeo 03
Proposta para Matemática (coordenação final)

Toquinho - Aquarela

Peça aos estudantes para assistirem ao vídeo. Em seguida, eles respondem às


perguntas seguintes de acordo com suas habilidades (pode ser um desenho,
uma escrita, um recorte de revista). Aqui, é importante o acompanhamento da
família.

● Tem um momento na música em que ele diz “com cinco ou seis retas é
fácil fazer um castelo”. E você, o que faria com cinco ou seis retas?
● Na música, ele gira um compasso e consegue circular o mundo.
Desenhe o mundo utilizando um copo de plástico.
Passei o vídeo para realizarem a tarefa em casa. E agora, o
que eu faço?

Na aula seguinte à proposta do vídeo, inicie suas discussões a partir das


perguntas e produções que os estudantes fizeram ao assisti-lo em suas casas. A
aula invertida pressupõe a antecipação do conteúdo para que o estudante se
aproprie dele antes da aula. A partir daí, o professor faz a mediação dessa
aprendizagem tendo como ponto de partida o que cada um vivenciou e
produziu.

No contexto que trouxemos aqui, aquela sondagem inicial antes de começarmos


com uma estratégia de aula invertida, é muito importante para valorizar as
individualidades de aprendizado e tornar o conhecimento cada vez mais
personalizado.

Que tal pensar, agora, num cenário que pode ser utilizado tanto na Educação de
Jovens e Adultos quanto no Ensino Fundamental anos finais?

“Os anos passaram… passaram… passaram… escola, aqui estou!”

Imagine que, após longos anos, uma senhora de 72 anos retorna às aulas, com
todos os aflitos pedagógicos possíveis, carregando consigo a memória de uma
escola que ela havia presenciado quando tinha ainda seus sete anos de idade,
no interior da Bahia, e, devido às várias incongruências da vida, teve que largar e
seguir outro rumo que afastava o conhecimento escolar de seu cotidiano.

Ao mesmo tempo que essa senhora chega ao ambiente escolar, um jovem de 17


anos, que há cinco anos havia largado a escola por não ter tempo de estudar
para garantir a alimentação de seus irmãos mais novos, dava licença para a
senhora sentar na carteira logo à sua frente. Os dois aguardam, ansiosamente, o
início da aula.

Essa é uma realidade presente em muitas escolas do Brasil que atendem a


Educação de Jovens e Adultos. São faixas etárias, níveis de aprendizagem e
histórias de vida completamente diferentes sentados no mesmo espaço.

Mas aí vem o desafio e, com ele, inúmeras provocações.


● Como desenvolver uma estrutura de ensino híbrido para a EJA e, ao
mesmo tempo, valorizar os diferentes saberes dos atores que
compõem esse quadro tão diverso?
● Como utilizar as tecnologias digitais num cenário em que um
estudante sabe ligar o celular e outro nunca sequer teve contato
com algum dispositivo eletrônico?
● Como solicitar atividades híbridas em espaços que carecem de
infraestrutura digital?

Acompanhe até o final, porque temos algumas sugestões para tornar a sua aula
no EJA e, também, nos anos finais do ensino fundamental superengajadora.

Dentre as inúmeras possibilidades que se anunciam no ensino híbrido, a sala de


aula invertida é uma das mais possíveis e viáveis, considerando os diferentes
contextos que emergem em sala de aula.

Tem um modelo para ver se eu entendi?

Claro que sim! Vamos lá?

● Encaminhe este material aos estudantes e peça para que, em casa,


identifiquem e registrem, no caderno, algumas palavras que podem fazer
parte de seu vocabulário.

Dica adaptação online/offline

O modelo anterior tanto pode ser usado online com os alunos quanto
offline. Basta imprimir cópias para eles levarem para casa.

● Convide os estudantes para escreverem uma autobiografia inspirada no


material enviado. Para isso, é importante, durante a entrega do material,
explicar para os estudantes o que é uma biografia e sua importância para
o desenvolvimento da história! Você pode fazer isso durante a aula. Eles
supercurtem!
Levaram o material para casa e voltaram com as atividades
feitas, e agora?

Agora, como toda aula invertida, é o momento do aprofundamento e ampliação


das discussões. Vamos lá?

Caso a escola possua computadores e acesso à internet, encaminhe este slide


aos alunos e peça para colocarem uma foto1 que melhor os representa, no
próprio material, e registrarem ao menos três características de sua vida.
Procure, durante a realização da atividade, solicitar que retornem sempre ao
material que elaboraram em casa.

● No modelo apresentado para você, nós utilizamos a figura de Dom


Pedro.
● Procure, nesse primeiro momento, evitar falar o nome de Dom Pedro
I que se encontra no mesmo slide no qual os estudantes colocarão
suas fotos.
● A intenção, ao não falar o nome da figura histórica num primeiro
momento, é valorizar o conhecimento prévio do estudante, visto
que, durante o percurso estabelecido na aula invertida, o
conteúdo/disciplina deve trazer a investigação como pauta de
aprendizado de modo a ampliar o repertório do estudante.
● Após esse primeiro momento em que os estudantes anexaram suas
fotos, amplie a discussão de quem foi Dom Pedro I e algumas
características/feitos dele sempre procurando valorizar os
elementos registrados no material enviado para casa dos
estudantes.
● A atividade pode ser realizada a partir de qualquer figura histórica
que melhor se adeque à sua disciplina e ano/série. Pode, por
exemplo, utilizar a imagem de Marie Curie visando discutir suas
contribuições para a ciência ou, até mesmo, utilizar a imagem da
escritora Carolina Maria de Jesus e sua importância para a
Literatura.
● Essa atividade pode ser adaptada para diferentes contextos e, ao
mesmo tempo, inserir o estudante como dono de sua própria voz.

1
É importante solicitar as fotos dos estudantes com antecedência. Para isso, procure
utilizar o WhatsApp, o Google Fotos ou o Google Drive para receber as fotos.
Organize a sala de tal modo que possam trabalhar em grupo. A troca de
informações aqui sempre é muito rica, devido à grande diversidade de faixas
etárias presentes na EJA.

Mas a minha escola não tem dispositivos eletrônicos e nem


acesso à internet! Como farei?

Você pode imprimir o material e entregar aos estudantes. A diferença é que os


registros não ficarão disponíveis online para que os pares possam ver. Então, fica
a dica offline.

Dica para atividade offline


Que tal criar um varal com as características e fotografias2 dos estudantes
em algum espaço visível da escola, para que parte da comunidade possa
visualizar a importância histórica de cada estudante que frequenta aquele
espaço?

2
Nesse caso, é importante solicitar a impressão das fotografias dos alunos para que o
varal possa ser elaborado.
Fiz todo o passo a passo e a aula acabou! E agora, como
conduzirei as discussões com os estudantes relacionando o
currículo e as características pessoais que eles me
apresentaram?

A partir de todos os registros elaborados pelos estudantes, você, enquanto


professor(a), traz as informações sobre a figura histórica que escolheu, nesse
caso Dom Pedro I. Para isso, realize uma pequena explicação de quem foi Dom
Pedro I e relacione com diferentes assuntos de modo a aprofundar a discussão.

Exemplo
Este é Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil e um dos responsáveis
pela independência do país. Foi com ele que o Brasil conseguiu deixar de
ser colônia e passou a ser um país regulado por leis a partir da
Constituição de 1824.

Assuntos/provocações que podem ser abordados a partir dessa pequena


explicação.
O que é constituição?
O que é ser independente?
Por que imperador e não presidente?
Por que éramos colônia de Portugal?
E agora? Expliquei sobre a figura histórica, mas os
protagonistas são meus estudantes, como relacionar a
história deles ao conteúdo que estamos estudando?3

Abaixo, você observará a atividade realizada por um estudante.

Convide o estudante para explicar suas caraterísticas para a turma.

Exemplo:

Meu nome é Ribamar e estou aqui em São Paulo tem 45 anos! Nasci no
interior de Pernambuco, mas com 10 anos, acompanhando os meus
pais, tive que me mudar para São Paulo. Trabalhei em diversas
profissões até me encontrar como pedreiro que me deu a possibilidade
de sustentar cinco filhos.

Relato do seu Ribamar após ter realizado a atividade.

Assuntos/provocações que podem ser abordados a partir deste relato.


O que é a migração?
Qual é a regionalização do Brasil?
Como é o mercado de trabalho nas grandes capitais?
A desigualdade social do Brasil é um problema isolado da região
Nordeste?
O crescimento demográfico do Brasil é um fenômeno recente?

3
Num contexto de Ensino Fundamental anos finais, a atividade pode ser adaptada de tal
modo que os estudantes escrevam características de suas famílias para serem
exploradas como currículo escolar.
Ihh… mas como posso adaptar a estratégia de sala de aula
invertida para o meu contexto?

O material apresentado aqui é apenas uma sugestão curricular. Você pode


adaptar para qualquer conteúdo cuja premissa seja reconhecer as
individualidades de seus estudantes de tal modo a favorecer o protagonismo de
cada um.

Sabemos dos muitos desafios que você tem em sala de aula, mas também
sabemos do seu amor por educar e construir pontes que teçam cada vez mais o
aprendizado. Por isso, caso não consiga utilizar algumas das ferramentas que
que sugerimos para a aula invertida, fique em paz, utilize o que você tem em
mãos. Seguem algumas outras sugestões, utilizando a lógica da aula invertida
de forma bem prática.

➔ Você pode antecipar uma imagem e indicar um caminho de leitura


para os estudantes.
➔ Você pode antecipar perguntas para serem realizadas com a
família.
➔ Você pode antecipar um texto de algum material disponível na
escola.
➔ Você pode antecipar um áudio em grupos de WhatsApp.

O mais importante, é deixar instruções claras para seus estudantes, ao antecipar


um conteúdo. Por isso, respeite o território em que você está inserida (o)!

Um abraço bem quentinho para você, professor e professora!


“Quem disse que uma atividade em sala de aula não pode ser
mágica, repleta de mistérios, desafios, engajadora e ainda
permitir que os seus estudantes criem a própria jornada?
Pode sim! E o modelo ‘Escolha sua própria aventura’ traz tudo
isso, pois permite aos seus estudantes exercitarem o
protagonismo e serem os autores da própria história com uma
atividade superdiferenciada e personalizada. Use este modelo
em sala e se encante com a criatividade dos seus
estudantes!”
Tipo de estratégia: Escolha sua própria aventura

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google,


YouTube e áudio

Autor: Eduardo Sousa

Líder GEG Conceição das Alagoas, Google Trainer, Google Coach

Confira o vídeo do autor: https://youtu.be/l6WRS-I4PCU

Instrução para professores

O que é esse modelo de “escolha sua própria aventura”?

Nós, educadores, temos o desafio pedagógico de fazer com que os alunos


acompanhem os estudos de forma online por vários motivos. Muitas vezes, falta
acesso à Internet, faltam equipamentos adequados, há dificuldade para eles
terem um "cantinho de estudo" onde moram e há, até mesmo, a falta de
interesse e motivação.

Cada vez mais é evidente a necessidade de se trabalhar de uma forma mais


diferenciada, personalizada e sobretudo engajadora. Entra em cena, então, as
estratégias de metodologias ativas e ensino híbrido que têm se fortalecido cada
vez mais como repertório variado na rotina de aprendizado dos alunos.

Fazer com que o estudante participe ativamente das aulas e tenha a


possibilidade de escolher como quer aprender são os princípios da dinâmica
“Escolha sua própria aventura”.

Baseado na série de livros infantis “Choose your own adventure” em que o leitor
se torna autor da própria história, escolhendo o caminho que quer percorrer
mediante seleção das páginas, essa estratégia também já foi adaptada para
vídeo, pela Netflix, por meio de histórias interativas em que o próprio usuário
determina o final.
Em sala de aula, esse tipo de atividade interativa permite ao professor criar um
ambiente de aprendizagem personalizado, fazendo com que o estudante seja
parte integrante das histórias e das rotas, baseadas nas suas decisões, e
aprenda no seu ritmo e da forma como prefere.

Como eu crio uma atividade de “escolha sua própria


aventura”?

Vamos ensinar a montá-la, já utilizando a própria dinâmica. Quer aprender como


funciona na prática? Então, assista a este vídeo no YouTube e defina os
caminhos da sua própria aventura!

Viu como você pode criar esse tipo de atividade até mesmo com vídeos,
utilizando os recursos do YouTube?

Você percebeu que tem dois caminhos a percorrer? Mas nada impede de seguir
os dois! Esse poder de escolha pode aguçar a curiosidade dos seus estudantes,
fazendo com que queiram explorar os diferentes caminhos da atividade e os
ajudando a consolidar ainda mais a aprendizagem.

Além de usar o YouTube, você pode criar essas atividades utilizando o


Apresentações Google (que nós preferimos, por dinamizar mais as cores, as
imagens e os textos) ou até mesmo o Formulários Google (configurando a opção
de ir para a seção com base na resposta). Se quiser aprender como elaborar
esse tipo de atividade também no Formulários, deixamos três ideias para você
na seção “Eu quero mais!”
Tem um modelo para ver se eu entendi?

Temos sim! Tire um momento para navegar por este modelo já pronto. Percebeu
como as suas escolhas definiram a sua história? Pois, agora, vamos lhe dar um
modelo em branco, para você criar essa mesma experiência com os seus
estudantes. Clique em “Usar modelo” para ter a sua cópia salva no seu Google
Drive.

No segundo slide, para iniciar a atividade, desperte a curiosidade dos


estudantes! Engaje-os com uma pergunta bem diferenciada! Ex.: Como uma
maçã pode ter influenciado na descoberta de uma das leis mais importantes da
natureza? Você sabia que nosso Cristo Redentor não é 100% brasileiro?

Ao lado, insira perguntas motivadoras para deixá-los ainda mais curiosos e servir
de guia para saberem quais informações interessantes devem ser pesquisadas.
Ao avançar, os alunos encontram o slide três: Explore a sua aventura. Eles só
conseguem acessar a atividade se clicarem no botão “Clique para iniciar”. Neste
primeiro momento, vamos lhe mostrar a versão para uma boa conectividade.
Mas se você possui problemas com baixa conectividade, nós temos uma opção
adaptada para essa realidade também logo abaixo.

Perceba que o slide quatro é para você, professor(a). Ele não aparece no modo
apresentação e lhe mostra todas as possibilidades que os estudantes podem
seguir! Funciona como um índice para guiá-lo(a) no momento da edição.

Ao clicar em cada retângulo, é possível descobrir em qual slide aquela opção


está e você será levada(o) até ele. Nossa sugestão é rascunhar o caminho que
quer propor, conforme esse esquema e, depois, alterar os slides. Não se preocupe
com a navegação, ela já está toda configurada!

Para os estudantes, a atividade começa no slide três, clicando no botão branco,


que irá direcioná-lo para o slide cinco com a primeira pergunta. Por isso, os slides
de cinco a vinte estão ocultos durante a apresentação. Eles irão aparecer de
acordo com a escolha do estudante. Você pode editá-los inserindo uma imagem
sobre o tema, um texto explicando a consequência da ação e os fatos que
levarão o estudante a uma nova escolha e, nos botões, as escolhas que eles
possuem.

Incentive-os a irem sistematizando o conhecimento, anotando no caderno ou


criando um mapa mental das descobertas que fizeram.
Após incentivar a curiosidade, navegando pelas opções, chegamos ao slide vinte
e um: Em busca de mais pistas. É aqui que vamos para o momento de
exploração e contextualização da realidade. Peça aos alunos que retomem as
perguntas motivadoras. Incentive-os a explorarem mais sobre o assunto. A ideia
é escolher como continuar, utilizando as diversas estratégias sugeridas. Essa
atividade pode ser desenvolvida em casa.

E, finalmente, chegamos à hora do show! É agora que iremos descobrir como


cada um vivenciou a sua experiência de aprendizagem! Os alunos precisam
colocar a mão na massa e criar uma forma de apresentar a aventura
desenvolvida. Nesse momento, vale tudo: um vídeo, uma música, poesia,
escultura etc. Lembre-se de que cada estudante é o autor da própria história!
Então, deixe-o escolher como quer fazer isso!
Ihh… mas como vou usar isso na minha área?

Se você é um professor da área de Linguagens, esse modelo permite fazer com


que os alunos naveguem por diferentes histórias, criem atividades em que eles
podem escolher os livros que querem ler, estudem os artistas que chamam mais
a atenção ou, até mesmo, criem as suas próprias aventuras!

E por que não trabalhar a importância de se checar a fonte por meio de uma
atividade com bifurcações baseadas nas decisões dos estudantes,
apresentando notícias reais e as famosas fake news?

Na área de Ciências Humanas, incentive os alunos a estudarem diferentes


períodos da História, diferentes países ou continentes, ou pensadores famosos.
Deixe-os explorarem e, depois, sistematizarem a aprendizagem para
apresentarem aos colegas da forma como preferirem, dentro desse modelo de
escolhas e caminhos diversos.

Na área de Ciências da Natureza, você pode incentivá-los a viajar pelos biomas


brasileiros, pensar em uma atividade ambiental em que o comportamento com
o meio ambiente poderá levá-los a um futuro saudável, ou a um problema
ambiental. Quem sabe um laboratório virtual onde precisam escolher, de forma
correta, qual composto químico ou força devem utilizar?

E se você é da área de Matemática, crie atividades em que os alunos precisam


descobrir a “senha” correta para cada caminho, solucionando os cálculos e
destravando novos caminhos. É uma ótima oportunidade para você, inclusive,
adicionar explicações em vídeo, por exemplo, caso escolham a “senha” errada.
E se eu não tiver internet em sala ou ela estiver ruim?

Se você está trabalhando com os seus estudantes de forma offline ou com baixa
conectividade, temos um modelo adaptado para você! Já com todas as dicas de
como usar.

Primeiramente, apresente o modelo para os seus estudantes e explique como


irão funcionar todas as etapas, assim eles já podem se preparar para o grande
final! Você pode passá-lo no quadro, projetá-lo em uma tela ou imprimir os
slides na forma de pranchas (vários em uma mesma página).

A maior diferença, aqui, é no momento das escolhas. Como a conectividade é


limitada ou inexistente, pensamos em uma estratégia mais simples, mas que
ainda dá o poder de escolha ao estudante.

No slide três, eles possuem três opções e devem escolher uma. Sugerimos o uso
de textos (ou reportagens), áudios (ou podcasts) e vídeos. A ideia é que o
estudante escolha a maneira como prefere aprender um novo conteúdo: lendo,
ouvindo ou assistindo. Se você tiver alguma conexão e for usar no formato de
slides, pode deixar os recursos que escolher linkados na apresentação.

Se você estiver totalmente sem internet, pode providenciar ilhas de escolha e já


deixar separados os recursos. Sugerimos, inclusive, que esse momento possa ser
feito em grupo, devido à baixa conectividade. Dessa forma, você poderá ter três
ilhas, e os estudantes devem fazer a sua primeira escolha. Eles querem ler um
texto, escutar um áudio ou assistir a um vídeo?

Sugestão de organização:

1. Ilha de texto: com o texto/reportagem que selecionou de forma impressa


ou em um computador.
2. Ilha de áudio: o áudio selecionado por você pode ser disponibilizado por
meio de um aparelho de som, em um celular, ou até mesmo em um outro
computador. Recomendamos o uso de um fone de ouvido. Podem ser
aqueles que vêm no celular mesmo!
3. Ilha de vídeo: grave o seu próprio vídeo e disponibilize em um computador,
ou utilize os vídeos do YouTube. Deixar o vídeo carregar antes pode ajudar
se a conexão não for muito boa. Também recomendamos o uso de um
fone de ouvido.
As demais etapas devem seguir o mesmo processo já citado na versão com boa
conectividade.

Eu quero mais!

Gostou, não é? Então, para ter mais inspiração, deixamos algumas outras dicas
abaixo como referência. Nelas, foram usados o Formulários Google para criar as
dinâmicas. Aproveite e aprenda outra forma de inovar em sala de aula com
atividades de “Escolha a sua aventura”.

➔ Educanvas - Washington Lemos - A biblioteca do sonhar


➔ GEG On Air #24 - Ana Laura - Un cuento y dos finales
➔ Tríade Educacional - Vitor Belotto - Uma aventura pela atmosfera
terrestre

“O aprendizado por meio de trilhas é uma das formas mais
bem-sucedidas de engajar estudantes de todas as idades. Os
hyperdocs levarão essas trilhas para outro nível, estimulando
a investigação, a reflexão e o trabalho colaborativo, com o
acompanhamento direto do professor.”
Tipo de estratégia: Trilha de aprendizagem com Hyperdocs

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google,


Documentos Google e YouTube.

Autor: Estêvão Zilioli

Líder GEG Ourinhos, Google Trainer, Google Innovator

Confira o vídeo do autor: https://youtu.be/NhT_6KDd0Uw

Instrução para professores

O que é um hyperdoc?

Um hyperdoc é uma maneira de criar atividades digitais usando documentos,


apresentações ou até mesmo planilhas digitais. É uma trilha de aprendizagem,
com textos, imagens e links.

Você pode estar pensando: "mas eu crio documentos com hiperlinks para os
meus alunos, só não sabia que o nome disso era hyperdoc". Na verdade, um
hyperdoc é muito mais do que um documento com links, já que a atividade é
feita diretamente no documento (ou slide, ou planilha). Outra vantagem é que
ele pode ser um trabalho em grupo, no qual todos os estudantes colaboram
simultaneamente, mesmo ocupando diferentes espaços físicos.

Os hyperdocs podem ser um excelente veículo para o ensino híbrido e devem ser
criados para promover o engajamento dos alunos e conduzir investigação,
reflexão, criação e colaboração.
Como eu crio um hyperdoc?

Os editores de texto, slides e planilhas do Google são ferramentas ideais para a


criação de hyperdocs. Primeiro, porque você pode inserir textos, links, imagens e
vídeos que servirão de apoio aos estudantes e, segundo, porque têm um recurso
que cria automaticamente uma cópia para cada aluno, tanto pelo Google Sala
de Aula quanto usando uma pequena modificação no endereço do documento,
que ensinaremos para você. Como a ideia de um hyperdoc é possibilitar ao
aluno a produção no próprio arquivo, criar uma cópia para cada um é
fundamental (e muito simples usando o Google Workspace).

Tem um modelo para ver se eu entendi?

Claro! Pensando nas habilidades que serão trabalhadas no novo ensino médio,
criamos um hyperdoc sobre empreendedorismo social, que você acessa
clicando aqui. Esse tema pode ser desenvolvido em diversos contextos e, com
pequenas adaptações, pois essa atividade funciona para qualquer faixa etária. O
arquivo é uma Apresentação Google que já tem todas as instruções que os
estudantes precisam para completar as etapas, com vídeos, links para leituras e
campos para respostas e reflexões.

Perceba que você não acessa o documento logo de cara, o link o(a) leva a uma
página para criação da sua própria cópia do hyperdoc e essa é uma das
maneiras de entregar esse tipo de atividade para os seus alunos. Não é
necessário (nem desejável) converter ou baixar esse documento, mas lembre-se
de que os arquivos do Workspace funcionam muito bem offline, então a conexão
com a internet só é fundamental no momento de criá-lo. Seus alunos podem
fazer boa parte do trabalho com uma conexão baixa ou mesmo sem conexão.
Para mais informações sobre como trabalhar com documentos offline, acesse
esse link.

Olhando nosso modelo, você deve ter notado que, ao invés de uma aula
expositiva, o hyperdoc deve ser utilizado em uma atividade exploratória,
apresentando os conteúdos de forma variada, com uma sequência lógica de
atividades que culmina com um pedido de criação. Não é uma leitura, nem uma
lista de exercícios, é muito mais do que isso. É uma maneira de oferecer
instruções diferenciadas e direcionadas, de incorporar tecnologia às suas aulas e
de atender igualmente tanto os alunos que estão com você quanto aqueles que,
por algum motivo, não podem estar na sala de aula. Os hyperdocs também são
ferramentas poderosas para recuperações paralelas e projetos
extra-curriculares.

Curti, mas será que eu dou conta de criar meu próprio


hyperdoc?

Fique tranquilo(a). Você pode usar nosso modelo para uma primeira atividade,
adaptá-lo para outro conteúdo ou mesmo criar um hyperdoc do zero. Várias
dicas de criação, adaptação e entrega dos hyperdocs estão neste vídeo.

Depois de adaptar nosso modelo ou criar seu próprio hyperdoc, entregar a


atividade para o aluno é bem simples.

Opção 1 - usando o Google Sala de Aula, você pode criar uma atividade e clicar
no botão "Adicionar um arquivo do Google Drive". Escolha o arquivo modelo e, em
seguida, escolha a opção "Fazer uma cópia para cada aluno". Pronto! Seus
alunos receberão uma cópia criada automaticamente, com o nome deles e você
pode corrigir tudo dentro da própria plataforma do Sala de Aula.

Opção 2 - você pode gerar um link que leva o aluno a criar uma cópia do seu
modelo de hyperdoc com uma dica: todos os arquivos do Google Workspace
(Documentos, Apresentações e Planilhas) têm um endereço, ou URL, que você vê
na parte de cima do seu navegador. Não se assuste, é um endereço grande e
cheio de letras e números, mas no final dele sempre tem um /edit (às vezes, com
algo a mais após o "edit"). É só você apagar tudo que estiver depois da barra e
substituir pela palavra "copy". Veja este exemplo:
O endereço do nosso arquivo modelo, sobre empreendedorismo social é:

https://docs.google.com/presentation/d/1I88HhsoB6ZAz0siZjRb6V_NPzyEpLQKE
Nn2QXWRElOM/edit

Substituindo o final da URL do arquivo para criar o link de cópia, o endereço


vai ficar assim:

https://docs.google.com/presentation/d/1I88HhsoB6ZAz0siZjRb6V_NPzyEpLQKE
Nn2QXWRElOM/copy

IMPORTANTE: para que esse link de cópia funcione, você precisa liberar a
visualização do seu arquivo para qualquer pessoa, o que não é um padrão dos
arquivos do Google Workspace, mas é simples de alterar.
1. Clique em Compartilhar ou Compartilhar Gerar link.
2. Em "Copiar link", clique na seta para baixo .
3. Escolha a opção "Qualquer pessoa com o link" e selecione a opção "Leitor".

Parece mágica, não é mesmo? E, depois que você fizer a primeira vez, vai
perceber como é simples e intuitivo.

Eu quero mais!

Gostou, não é? Então, para ter mais dicas e inspirações, deixamos alguns outros
modelos abaixo como referência.

➔ Modelo Básico de Hyperdoc | Traduzido de hyperdocs.co


➔ HyperDoc Pandemias
➔ https://hyperdocs.co/ (em inglês, mas fica ótimo no Google Tradutor)
“O menu de aprendizagem possibilita ao professor conhecer
mais os seus alunos, a partir de suas escolhas. A oferta de
atividades diversificadas, recursos ou até mesmo de
conhecimentos diversos, no menu, permite que o aluno
desenvolva diferentes habilidades que, muitas vezes, não
conseguimos explorar com tanta riqueza por outros meios. O
mais incrível de tudo isso é a possibilidade de desenvolver um
menu de aprendizagem tanto online como presencialmente!”
Tipo de estratégia: Personalização com menu de aprendizagem

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google,


Documentos Google, Google Sites

Autora: Mariana Peixoto Feyh

Profª de Ciências, Google Innovator, Google Trainer, Google


Coach, líder GEG Porto Alegre

Confira o vídeo da autora: https://youtu.be/R_XmF28Yg-8

Instrução para professores

O que é “Menu de Aprendizagem”?

O Menu de Aprendizagem é um guia para que o aluno conheça todas as


possibilidades de escolha e desenvolva a sua autonomia. É uma ferramenta que
oferece diversas opções de atividades para alcançar um determinado objetivo
pedagógico. Existem diversas formas de Menus de Aprendizagem. Por meio da
utilização de diferentes ferramentas, tornamos o menu interativo e dinâmico
para o aluno, atendendo os diferentes níveis de aprendizagem que temos em
uma turma e desenvolvendo diferentes habilidades.

Os itens apresentados no menu podem ser: temáticas de trabalhos,


possibilidades de áreas, de caminhos a seguir dentro da própria disciplina, dicas
de estudo, conteúdos, atividades etc.

Talvez, a sua primeira impressão quando viu a palavra “menu” tenha sido
lembrar-se do cardápio que está sobre a mesa no seu restaurante favorito. A
ideia é bem parecida! É poder dispor para o seu aluno uma série de recursos,
ideias, possibilidades para que ele possa exercer a autonomia e você, como
professor, possa conhecer ainda mais sobre o universo do seu aluno a partir das
escolhas realizadas por ele, no Menu de Aprendizagem.
Como eu crio um “Menu de aprendizagem”?

1. A ideia de um cardápio de alimentos é uma ótima escolha para iniciar a


montagem do seu Menu de Aprendizagem. Clique aqui e conheça a nossa
sugestão de preparação.

2. Agora, pense em quais “ingredientes” você consegue apresentar no cardápio e


quais possibilidades o seu aluno pode realizar. Assim como um restaurante,
escolha previamente os ingredientes/alimentos que serão oferecidos, mas deixe
que o usuário escolha a combinação ideal de acordo com as preferências dele.
Faça um esboço de como será esse menu no papel ou no digital, para
auxiliá-lo(a) a visualizar as possibilidades de montagem!

3. Separe essas ofertas de produtos em categorias. Exemplo: entradas, pratos


principais, doces e sobremesas, adicionais.

Em cada categoria alimentar, escolha uma categoria pedagógica.

Exemplos:

● entrada - temática a ser escolhida (sistema digestório, respiratório,


nervoso etc.);
● pratos principais - metodologia utilizada (pesquisa bibliográfica,
experimental, estudo de caso etc.);
● doces e sobremesas - forma de apresentação do conteúdo (vídeo,
oratória, lapbook etc.);
● adicionais - como o conteúdo se encontra no mundo em que vivemos?
(Notícias, estudos etc.).

4. Escolha a ferramenta na qual o seu menu estará: Apresentações Google,


Google Sites, ou Documentos Google. Escolha a ferramenta com a qual se sinta
mais confortável para criar o seu menu.

5. Use a sua criatividade e adicione os detalhes, imagens, cores, use, abuse e


inspire-se no MenuEdu!
Como posso usar o Menu de Aprendizagem na minha área?

O Menu de Aprendizagem pode ser utilizado:

- como um guia com referências de materiais (artigos, reportagens, notícias


etc.) para o seu aluno utilizar como consulta em atividades de aula;

- de forma digital, em ferramentas Google como Google Sites, Google Drive,


Documentos Google, etc. (online);

- como fichas em papel plastificadas, nas quais o aluno realiza a escolha


dos “ingredientes” em sala de aula (offline) - até mesmo com a ideia de
categorias de escolhas por diferentes estações na sala de aula;

- como um guia de dicas de formas de organizar os estudos;

- com temáticas à escolha do aluno para a criação de um trabalho ou


projeto;

- como um guia no desenvolvimento de uma pesquisa/projeto pelo método


científico, em que cada item do menu passa por uma etapa do método
científico;

- e muito mais!
Tem um modelo para ver se eu entendi?

Temos sim! O MenuEdu é um cardápio digital, que o aluno pode acessar pelo
computador ou celular, criado no Google Sites e gratuito!

Clique na imagem abaixo para entrar no MenuEdu.

Adorei! Mas por onde eu começo para criar o meu?

Clique aqui para realizar uma cópia do MenuEdu e editar conforme a sua
preferência.

Eu quero mais!

Gostou, não é? Então, para ter mais dicas e inspirações, deixamos alguns outros
modelos abaixo como referência.

➔ Menu de Aprendizagem - Fundação Vivo


➔ Menu de Aprendizagem com Wakelet - Amplifica
“Nós somos professores de gamers, essa é a realidade! Os
gamers funcionam melhor quando sabem exatamente onde
estão, para onde precisam ir e quem está à frente deles. Eles
são bons em realizar trabalhos em equipe, muitas vezes
jogam em grupos. Eles aprendem uns com os outros, não com
um instrutor ou professor. A ideia é: ‘ensinar’ apenas
introduzindo um problema e, em seguida, saindo do caminho.
Posicione-se como alguém que já esteve lá e pode dar dicas.
Os gamers adoram guias de estratégia.”
Tipo de estratégia: Jogo

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google

Autor: Mr. Peter Wiggins

Professor Maker, Google Trainer

Confira o vídeo do autor: https://youtu.be/CDn9FI0oitg

Instrução para professores

O que é o Jogo do Lançamento?

É um jogo em que os alunos irão navegar por uma rota de desafios ou estágios
de desenvolvimento de um projeto até alcançar o objetivo final, que pode ser a
apresentação de um trabalho, a conclusão de uma lista, a
montagem/confecção de um protótipo/produto, ou o que você preferir!

O Jogo do Lançamento é um modelo produzido no Apresentações Google, 100%


editável, ou seja, você pode alterar os textos e imagens nele para adequar ao seu
projeto. Ele é totalmente adaptável ao seu contexto educacional.

Clique aqui para acessar o modelo do Jogo do Lançamento.


Por que utilizar o Jogo do Lançamento?

● Acompanhar o desenvolvimento dos alunos em um projeto


específico de curto ou longo prazo.
● Estimular a colaboração entre os alunos e as equipes.
● Motivar o foco e engajamento dos alunos com o projeto até o final
de seu ciclo.
● Desenvolver a autonomia do aluno.
● Facilitar a medição do desempenho dos alunos.

Como utilizo o Jogo do Lançamento? Tem um modelo para ver


se eu entendi?

Defina os estágios do jogo

O jogo é um mapa/rota em que as equipes precisam evoluir para chegar até o


foguetinho, navegando de baixo para cima, movendo seus emblemas mediante
os estágios. Cada estágio do jogo, uma etapa de desenvolvimento do projeto, é
separado por uma linha horizontal no mapa. Para conhecer um pouco mais
sobre esse jogo, assista ao nosso vídeo.

Neste modelo de exemplo, o projeto é um vídeo sobre o aquecimento global.


Para lançar o vídeo, os alunos devem começar desenvolvendo um script, então
constroem os objetos (personagens e cenários) e, em seguida, executam a
filmagem. Depois, editam, e só então estão prontos para lançar.

Dica
Pode ser, ainda, mais divertido e engajador definir os estágios do jogo com os
alunos. Assim, eles terão clareza de quais são as etapas de desenvolvimento do
projeto.

Defina as equipes

O próximo passo é distribuir emblemas para as equipes. Permita que os alunos


escolham o emblema que melhor lhes representa. Faça cópia dos
emblemas/peças do jogo. Há 20 emblemas disponíveis para você imprimir ou
fazer com que os times movam as peças em seus tabuleiros virtuais.

Vai funcionar assim: à medida que as equipes avançam nos estágios, os alunos
vão lá e movem o emblema/peça um nível acima.

Por isso, o arquivo no Apresentações Google deve ficar disponível e acessível o


tempo todo e os alunos devem ter permissão de edição. Não se preocupe, cada
clique fica registrado e é possível rastrear qualquer alteração. Uma outra opção
é você fazer as alterações e exibir num projetor ou, até mesmo, imprimir o mapa.

Líder da rodada

Você vai notar que na página dos emblemas tem a figura de uma coroa. Ela
pode ser usada para incrementar o jogo como uma forma de identificar a equipe
que chegou primeiro àquele estágio.

Podem ser atribuídas recompensas ou responsabilidades aos líderes da rodada.


Exemplos: a equipe líder pode escolher as músicas que vão ser tocadas
enquanto todos realizam o projeto; ou a equipe líder deve ajudar quem está mais
para trás.
Ihh… mas como edito o modelo do tabuleiro no Apresentações
Google?

● Textos
Clique nos textos para editá-los, na borda da caixa de texto, e
reposicione-os.

● Imagens
Clique com o botão direito nas figuras e, depois, em “substituir imagem”.
Em seguida, clique em “pesquisar na web”.

● Linhas
Após clicar na linha, você pode copiar e colar para criar mais linhas. Clique
nelas para movê-las.

● Tamanho
Para alterar o tamanho do documento e inserir mais estágios, clique em
“Arquivo” > “Configurações da Página” > Altere o valor de “Altura” >
“Aplicar”.

● Emblemas
Você ou os alunos podem copiar e colar para o slide do mapa e movê-los
apenas clicando e arrastando. Para redimensioná-los, clique no emblema
e, depois, em um dos quadrados azuis das diagonais.
E como observo e meço o desempenho dos alunos e equipes?

Procure observar quem são as equipes mais ágeis e quais são as mais lentas.
Busque equilibrar o jogo, dando responsabilidades aos mais ágeis e suporte aos
mais lentos.

Com a observação, estabeleça metas plausíveis. Reforço positivo e recompensas


sempre são bem-vindos.

Esse modelo traz cinco níveis de progresso, mas é possível escalonar para
projetos de curto ou longo prazo, removendo ou adicionando níveis.

Se os alunos fizeram parte do processo de elaboração dos estágios do jogo, você


pode aproveitar isso para sondar suas expectativas no início e comparar com
suas reflexões no fim do jogo ou da rodada. Tenha tudo documentado para
auxiliá-lo(a) a medir o desempenho da turma no futuro.

E se eu não tiver internet em sala ou ela estiver ruim?

Simples! Podemos imprimir o jogo, recortar os emblemas e brincar assim,


totalmente offline.

Faça uma cópia da versão para impressão aqui. Baixe o arquivo como PDF. No
menu superior, acesse “Arquivo” > “Fazer download” > “Documento PDF''.
"Trabalhar educação socioemocional é uma demanda
urgente da sociedade e da escola, mas, muitas vezes, nós,
professores especialistas, nos vemos sem saber qual
estratégia usar. A rotação por estações ‘Mundo que sentimos’
traz boas ferramentas para o tema ser trabalhado de forma
assertiva e leve na sala de aula! Trabalhamos competências
importantes, como autoconhecimento, cooperação e
empatia. Recursos possíveis de serem trabalhados em
turmas de diferentes tamanhos, online ou presencialmente."
Tipo de estratégia: rotação por estações

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google,


Documentos Google, YouTube e Formulários Google

Autora: Rafaela Lima

Profª de Ciências, Educadora Google nível 1, edutuber no canal


Mais Ciências

Confira o vídeo da autora: https://youtu.be/H-SknFUNLRY

Instrução para professores

O que é rotação por estações?

A rotação por estações é uma ótima forma para envolvimento ativo dos
estudantes com o conteúdo, em um trabalho em equipe, na otimização de
conteúdos em tempo reduzido e na revisão de temas.

O modelo de rotação por estações é baseado em um circuito criado em sala de


aula (presencial ou virtual) em que os alunos são organizados em grupos e
revezam-se nas estações com tarefas distintas, tendo atividades diferentes e
independentes.

As atividades propostas, geralmente, têm um único tema e são independentes,


não havendo, assim, uma sequência obrigatória para realização e abordagem
dos conteúdos/atividades. Após um tempo determinado, os grupos de
estudantes fazem o revezamento das estações, de forma que todos passem por
todas as estações.
O que devo estar atento na rotação por estações?

O professor deve estar atento:


- aos objetivos de aprendizagem;
- ao tempo disponível;
- às habilidades a serem trabalhadas;
- ao feedback dos alunos;
- em deixar orientações claras aos alunos (roteiro escrito, monitores,
áudio/vídeo explicativo);
- às ferramentas tecnológicas a serem utilizadas;
- ao nível de colaboração das atividades (grupo, dupla ou individual).

Mas e essa rotação por estações mundo que sentimos?

É uma ferramenta para que você, professor, possa trabalhar a educação


socioemocional em sua sala de aula.

A educação socioemocional refere-se ao processo de entendimento e manejo


das emoções com empatia e para tomada de decisão responsável. A fim de que
isso ocorra, é fundamental a promoção da educação socioemocional nas mais
diferentes situações, dentro e fora da escola.

Nessa rotação, trabalharemos algumas competências gerais da BNCC:


autoconhecimento e autocuidado, comunicação, empatia e cooperação.
Tem um modelo para ver se eu entendi?

Deixamos aqui para você sugestões de atividades para cada estação e um


vídeo com a explicação geral da dinâmica.

Você, também, tem livre acesso aos modelos editáveis para cada estação!
Basta clicar em “Usar modelo” e ter a sua cópia salva no seu Google Drive.

Esse modelo de atividade de rotação por estações foi pensado para ser
desenvolvido em dois tempos de aula de 45 minutos, com a realização anterior
de uma introdução ao tema e um encontro posterior para uma conversa sobre o
que foi desenvolvido, com a utilização do Apresentações Google disponível no
guia para professores. Vamos, então, conhecer as estações? Bora!

Estação A : Sentindo a música

Objetivo: ler e interpretar, reconhecer emoções e sentimentos.

Nessa estação, os jovens:


- terão acesso à lista de emoções e sentimentos e deverão escolher três
termos que desconhecem, pesquisar o significado e anotar as definições;
- irão ouvir/ler a letra de duas músicas e, em duplas, serão convidados a
identificar emoções e sentimentos nelas observados.

As duplas devem comparar as respostas.

Estação B: Diferentes mas iguais

Objetivo: autoconhecer e respeitar as diferenças.

Opção com versão impressa


Os jovens recebem na versão impressa cards com diferentes características de
personalidade. Devem escolher seis com as quais se identificam e juntos
responder às seguintes perguntas.
A. Quais características você tem em comum com seus colegas?
B. Alguém assumiu que tem muitas características iguais às que você
escolheu?
C. Quais colegas são muito diferentes de você?
D. Os colegas concordam com a sua escolha?
E. Você percebeu que mesmo com as diferenças a maioria tem
características em comum?

Opção com versão online em dispositivos móveis


Ou podem receber um link para realizar a atividade com os cards no celular,
tablet ou Chromebook. https://bit.ly/cardspersonalidade

Estação C: Reaja!

Objetivo: reconhecer emoções e sentimentos, comunicar e respeitar as


diferenças.

Opção com versão impressa


Os jovens recebem impressos emojis representando emoções e sentimentos e
seis manchetes de jornais e/ou revistas.

A. Um estudante deve ler e mostrar as notícias ao grupo. Cada um do


grupo deve reagir com alguns emojis.
B. Cada aluno deve expor uma situação do seu cotidiano que o leva a ter
alguma daquelas reações.
C. Observem e conversem: as reações dos membros do grupo foram iguais
ou diferentes? Por que as diferenças e semelhanças?

Opção com versão online para grupos


Cada líder de grupo faz a cópia desta Apresentação Google com emojis
representando emoções e sentimentos e seis manchetes de jornais e/ou revistas.

Os grupos trabalham colaborativamente nos slides, lendo as manchetes,


copiando e colando os emojis ao lado de cada notícia e, depois, conversam.

A. Cada aluno deve expor uma situação do seu cotidiano que o leva a ter
alguma daquelas reações.
B. Observem e conversem: as reações dos membros do grupo foram iguais
ou diferentes? Por que as diferenças e semelhanças?
Estação D: Emoções animadas

Objetivo: reconhecer emoções e sentimentos, comunicar e autoconhecer.

Os jovens assistem às curtas animações e anotam as emoções e sentimentos


percebidos.

Animação de amizade entre dois meninos


https://www.youtube.com/watch?v=4Uq-wJy6FTw 02:20

Animação sobre a relação de duas irmãs


https://www.youtube.com/watch?v=W_B2UZ_ZoxU 03:05

Eles podem receber os vídeos por meio de um formulário Google ou de modo


offline.

Ihh… mas como vou usar isso na minha área?

Considerando que o tema é interdisciplinar e uma competência geral da BNCC,


qualquer disciplina pode utilizar a atividade. Como essa é uma atividade modelo
e de inspiração, o professor pode realizar as alterações desejadas para qualquer
disciplina, escolhendo novas músicas, acrescentando ou reduzindo as questões
reflexivas, bem como expandindo uma das estações em uma atividade maior.

Ela também é superindicada para o início/fim do ano letivo e para os períodos


entre as avaliações, quando os alunos precisam ter um momento mais
autorreflexivo.

E se eu não tiver internet em sala ou ela estiver ruim?

Se você está trabalhando com os seus estudantes de forma offline ou com baixa
conectividade, adapte as estratégias! Realize impressões prévias ou compartilhe
arquivos via Bluetooth. Leve as músicas em um celular ou aparelho de som e
utilize vídeos do YouTube deixando-os carregar previamente, pois ajuda quando
a conexão não está muito boa.
Eu quero mais!

Deixamos aqui alguns conteúdos que podem ser boas referências para a sua
prática pedagógica.

➔ http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=downloa
d&alias=15891-habilidades-socioemocionais-produto-1-pdf&Itemid=30192
➔ http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno
-de-praticas/aprofundamentos/195-competencias-socioemocionais-co
mo-fator-de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullying
➔ http://www.publicacoes.ifba.edu.br/ensinoemfoco/article/view/548
➔ https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8804
➔ https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7768691
➔ https://cieb.net.br/que-tal-planejar-uma-aula-em-rotacao-por-estacoes
-de-aprendizagem/
➔ https://www.16personalities.com/br/descricoes-dos-tipos
“Listas de exercícios são uma das ferramentas mais antigas e
tradicionais para fixação de conteúdos e checagem de
aprendizado, mas o quanto elas atendem ao contexto e aos
interesses dos estudantes? A lista da geral é um convite para
professores compartilharem o controle e a responsabilidade
pela experiência de aprendizado com suas turmas. Ao invés
de entregar pronta uma lista com um gabarito estático, por
que não criar junto, abraçar o erro como oportunidade de
aprendizado e extrapolar os limites da sua disciplina?”
Tipo de estratégia: Resolução colaborativa de problemas

Ferramentas e plataformas digitais: Documentos Google

Autora: Tiago Bevilaqua

Profº de Matemática, Google Innovator

Confira o vídeo do autor: https://youtu.be/WB7emdBTpg8

Instrução para professores

O que é a lista da geral e por que utilizar essa estratégia em


sua sala de aula?

Todo mundo que concluiu o ensino tradicional sabe o que é uma lista de
exercícios. Nas mais diversas áreas e níveis, há até professores que são
conhecidos entre os estudantes por elaborar listas mais difíceis, mais fáceis, mais
divertidas, melhores para estudar para a prova etc. Porém, a lista deveria mesmo
ser do professor? De quem é a aula?

Em um contexto de educação democrática, a voz do estudante deve ser sempre


parte integrante do planejamento das aulas. Além disso, especificamente em
Matemática (talvez a "dona" da maioria das listas que você viu na escola), a
elaboração de problemas consta em diversos objetivos da BNCC (Base Nacional
Comum Curricular), nos mais diversos anos.

“Convém reiterar a justificativa do uso na BNCC de ‘Resolver e elaborar


problemas’ em lugar de ‘Resolver problemas’. Essa opção amplia e aprofunda o
significado dado à resolução de problemas: a elaboração pressupõe que os
estudantes investiguem outros problemas que envolvem os conceitos tratados;
sua finalidade é também promover a reflexão e o questionamento sobre o que
ocorreria se algum dado fosse alterado ou se alguma condição fosse
acrescentada ou retirada." [FONTE: BNCC]

(EF01MA08) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo


números de até dois algarismos, com os significados de juntar, acrescentar,
separar e retirar, com o suporte de imagens e/ou material manipulável, utilizando
estratégias e formas de registro pessoais.

(EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração,


envolvendo números de até três ordens, com os significados de juntar,
acrescentar, separar, retirar, utilizando estratégias pessoais.

(EF03MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e a


equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de
compra, venda e troca.

(EF04MA25) Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e


venda e formas de pagamento, utilizando termos como troco e desconto,
enfatizando o consumo ético, consciente e responsável.

(EF05MA09) Resolver e elaborar problemas simples de contagem envolvendo o


princípio multiplicativo, como a determinação do número de agrupamentos
possíveis ao combinar cada elemento de uma coleção com todos os elementos
de outra coleção, por meio de diagramas de árvore ou por tabelas.

(EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e


de divisor.

(EF07MA18) Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por


equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à forma ax + b = c, fazendo uso das
propriedades da igualdade.

(EF08MA09) Resolver e elaborar, com e sem uso de tecnologias, problemas que


possam ser representados por equações polinomiais de 2º grau do tipo ax2 = b.

(EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de


proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas, inclusive
escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos
socioculturais, ambientais e de outras áreas.

(EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas


determinadas pela razão ou pelo produto de outras (velocidade, densidade
demográfica, energia elétrica etc.).

Dar a oportunidade para seu estudante propor um problema não é interessante


apenas para a Matemática. Isso abrirá portas para que os interesses e o contexto
de seus estudantes invadam os momentos de aula enriquecendo a experiência
para todas e todos, além de tirar da sua mão o controle e alterar o eixo de
protagonismo na autoria de suas aulas.

Cada estudante não só promove uma solução para um problema da lista, mas
também sugere um novo problema. A resolução, correção e formatação da lista
é responsabilidade do grupo inteiro e, além da disciplina em questão, eles
aprenderão também sobre criação colaborativa e responsabilidade
compartilhada.

A lista de problemas/exercícios não é sua e nem da disciplina que você está


ensinando, ela é dos alunos também, é uma lista da geral.

Como eu crio uma lista da geral? Tem um modelo para ver se


eu entendi?

A preparação para aplicação de uma lista da geral é, sem dúvida, a parte mais
sensível centrada no professor. Para que sua turma assuma o controle, as regras
precisam estar claras e o documento organizado. Mas, por mais organizada que
possa estar a lista e, por mais vezes que tenha repetido as instruções, é possível e
provável que você tenha desafios. Mas siga adiante! Vai valer a pena.

A lista da geral é uma atividade democrática. Então, não tenha medo de pedir
ajuda para seus estudantes a fim de decidirem o que fazer quando uma
resolução for postada no lugar errado ou o mesmo problema for proposto mais
de uma vez. A interação de todos os envolvidos na criação é uma oportunidade
de desenvolver habilidades, como argumentação e negociação, além de
proporcionar reflexões a respeito de que tipo de postura um aprendiz para a vida
inteira tem quando "o previsto dá errado".

Antes de criar sua lista, você precisa decidir por onde seus estudantes vão
começar: resolvendo ou elaborando um problema? Eu gosto de sugerir para
meus colegas e minhas colegas que, pelo menos na primeira vez, apresentem a
lista com um problema para cada estudante. Aqui, tem um modelo começando
com questões propostas pelo professor e, também, um outro modelo já
começando pela elaboração.

Depois de escolher seu template e fazer uma cópia, você precisa adaptá-lo para
a sua quantidade de estudantes, além de incluir as questões de sua escolha, se
for o caso.

Os modelos estão considerando até 45 estudantes. Digamos que sua turma


tenha 27 estudantes. Você vai excluir da questão 27 até a 45 e, também, da
questão 73 até o final. Assim, sua lista ficará com 54 questões.

Você pode corrigir a numeração, mas eu sugiro que faça isso com seus
estudantes. É um jeito de checar rapidamente se todo mundo consegue editar o
documento. No nosso exemplo, a diferença entre 45 e o número de alunos é 18,
então, o comando seria algo do tipo:

"Por favor, localize sua segunda questão (as maiores do que 45) e corrija o
número subtraindo dezoito unidades."
Você vai precisar fazer a atribuição das questões. Gosto de fazer
randomicamente (o famoso sorteio) e incluir os nomes dos estudantes, mas isso
é algo que pode ser feito tanto previamente quanto em sala de aula, junto com a
turma. Para cada nome, você (ou o próprio estudante) vai:

1. procurar Estudante##;
2. clicar nos três pontos para acessar as opções;
3. substituir todas as ocorrências de Estudante## pelo nome.
Hora de criar uma atividade no Google Sala de Aula anexando a sua lista da
geral e sem se esquecer de dar permissão de edição para todos os estudantes.

Agora sim! Está na hora da mágica acontecer.


E como inicio a atividade com os estudantes?

Primeiro momento de instruções para estudantes: resolução

Será preciso fornecer o link para a sua turma e, supondo que você tem acesso ao
Sala de Aula, no momento de apresentação, todo mundo já vai ter acesso de
edição à lista da geral.

Eu sugiro, fortemente, que você inclua seu nome na lista e comece modelando
como adicionar uma resolução. Aí vai depender muito da sua área/disciplina e
do tipo de problema que está sendo proposto. As possibilidades são muitas:

● resolver no caderno e inserir como foto no documento;


● resolver na lousa e inserir como foto;
● digitar a resposta ao problema;
● inserir um desenho diretamente no documento que pode ser um esquema
ou mapa mental;
● gravar um áudio ou vídeo, subir no Google Drive e inserir o link.

Minha sugestão é: comece pelo mais simples. Como professor de Matemática,


sempre apliquei essa estratégia primeiro resolvendo um problema na lousa e
adicionando a foto com meu celular diretamente na lista, para que todo mundo
visualizasse como é a versão mais simples do processo. Depois que isso
funcionar, você terá mais segurança para alçar voos mais altos.

Segundo momento de instruções para estudantes: proposta

Agora é hora de propor um novo problema. Mais uma vez, sugiro que o professor
comece modelando. Se você for trabalhar com questões de vestibulares ou
fontes externas, deixe claro para sua turma que a fonte deve ser fornecida. Além
disso, antes de partir para a próxima fase de resoluções, faça uma verificação
por questões duplicadas ou muito fora da proposta. Mais uma vez, melhor ainda
se puder incluir seus estudantes no processo.

Verifique a questão acima e a questão abaixo da sua questão e deixe


comentários caso enxergue algo a ser melhorado. Depois disso, verifique, na lista
inteira, se a sua questão e suas duas vizinhas não estão repetidas. Não se
esqueça de ser sempre gentil e específico quando deixar comentários.

Terceiro momento de instruções para estudantes: checagem

A checagem dessa atividade é responsabilidade da turma inteira. E a checagem


por questões duplicadas ou fora da proposta ao final do momento de
elaboração e escrita das novas questões é um ótimo aquecimento.
Para concluir, a sugestão é que cada estudante faça a verificação das questões
que resolveu e propôs e de suas duas "vizinhas" (questão acima e questão
abaixo). Assim, nenhuma questão terá uma única camada de verificação.

Cabe orientar quanto à qualidade do feedback, que sempre deve ser gentil,
específico e útil.

E depois?

Qual é a qualidade da melhor lista que você já fez? Mesmo que todos os seus
estudantes que já tiveram contato com ela tenham resolvido todas as questões
com excelência, dificilmente terão praticado muitas habilidades envolvidas na
lista da geral.

Além disso, a lista da geral tem uma função de legado. As listas de anos podem
servir de exemplo, modelo ou simplesmente material de referência para outros
estudantes em outros anos, sempre abertas a serem melhoradas e
transformadas.

E como posso adaptar para a minha área?

Além da variação quanto ao momento de execução das tarefas da lista da geral


(em sala ou em casa/dispositivo da escola ou com o dispositivo de cada
estudante), ela é superaberta a pequenas e grandes variações. Tenho certeza de
que você vai encontrar as suas formas de remix da lista da geral.

● Você pode pedir para que as resoluções sejam gravadas em vídeo e


inseridas como um link de arquivo do Google Drive.
● A lista da geral pode ser uma maneira de levantar perguntas para guiar
pesquisas sobre um ou mais tópicos, em qualquer disciplina. Observe
alguns exemplos.
○ Grandes migrações
■ Quais são os primeiros registros de migrações?
■ Há relação entre movimentos migratórios de animais e de
humanos?
■ Quais as causas da migração de nordestinos?
■ Por que o homem migra?
○ Biomas
■ O que é um bioma?
■ Dê um exemplo de biomas que não poderiam ser vizinhos e
explique o porquê.
■ Qual seria o bioma ideal para Thanos viver?
■ Se você fosse um animal, qual animal seria? Como as ações
humanas no seu bioma impactariam o seu dia a dia?
○ Cultura e racismo
■ Quem foram os primeiros artistas negros a aparecer na
televisão?
■ Quem são e quais são as cores das pessoas mais ricas do
mundo?
■ Quais são os programas que você conhece protagonizados
por negras ou negros?
■ Liste autores negros de livros que você já leu.

● Você pode incluir questões elaboradas por alunos para a lista da geral a
fim de ilustrar suas aulas ou mesmo compor avaliações.

E como faço se eu não tiver internet em sala ou ela estiver


ruim?

Tudo vai depender da sua intenção, da disponibilidade de dispositivos e internet


e se você pretende aplicar como estratégia de sala ou lição de casa.

A estratégia da lista da geral vai funcionar melhor em computadores com


internet de boa qualidade, é claro, mas pode ser aplicada com a utilização dos
celulares e dispositivos dos estudantes. Caso eles acessem a internet apenas na
escola, há a opção de ativar a edição offline, que não é ideal para números
grandes de editores em um mesmo documento, mas pode ser uma camada de
acesso a mais quando os recursos são limitados.
“Uma das habilidades mais requisitadas em todas as áreas é
a resolução de problemas. E cabe a nós, educadores, utilizar
estratégias para desenvolvê-la nos estudantes. Resolver
problemas mobiliza competências, como o raciocínio lógico, o
pensamento científico, crítico e criativo, responsabilidade e
muitas outras. O desafio da rota utiliza a metodologia da
problematização para criar soluções e resolver problemas
que podem ser reais ou fictícios.”
Tipo de estratégia: Metodologia da problematização

Ferramentas e plataformas digitais: Apresentações Google, YouTube,


Pesquisa Google, Formulários Google, Google Jamboard

Autora: Vânia Flores

Líder GEG Varginha, Google Innovator, Google Trainer

Confira o vídeo da autora: https://youtu.be/Ovt7xNdfopw

Instrução para professores

O que é o desafio da rota?

O desafio da rota utiliza a metodologia da problematização, na abordagem do


Arco de Maguerez (BORDENAVE E PEREIRA, 2011), que aplica um modelo muito
próximo ao design thinking (pensamento de design) para criar soluções e
resolver problemas que podem ser reais ou fictícios. A atividade proposta deverá
ser desenvolvida no formato de sequência didática para aproximadamente
cinco aulas presenciais, usando atividades online e offline.

Como eu elaboro a minha rota?

1. Ao planejar a sua aula, selecione as competências da BNCC, para o


componente curricular, para os objetos de conhecimento e respectivas
habilidades a serem desenvolvidas. Faça a seleção do que pretende ampliar,
conforme seu planejamento.

2. Pense nas possíveis situações desafiadoras que o conhecimento produzido a


partir do componente curricular selecionado poderá contribuir para o
desenvolvimento das habilidades e para boas respostas a questões/problemas
da sociedade.
3. Busque por vídeos curtos, textos, posts, músicas, tirinhas ou outros recursos
que possam gerar oportunidade de desafiar a turma a resolver um
desafio/problema. Faça perguntas desafiadoras. Mostre antagonismos entre
pontos de vista sobre o assunto.

4. Utilize o modelo do Arco de Maguerez (Esquema 1) para criar as estratégias e


atividades, passando pelas fases da rota proposta no arco, iniciando com uma
atividade desafiadora, lembrando-se de que deve ser flexível, caso no decorrer
da realização das atividades surjam novos elementos que possam valorizar a
sua sequência didática.

5. Escolha os recursos materiais e as ferramentas digitais que possam facilitar o


formato para a realização das atividades, de forma que os estudantes
percebam e visualizem todo o processo de produção deles. Google Jamboard,
Apresentações Google e Google Sites são ótimos para isso.

6. Crie um layout em uma ferramenta digital (Apresentações Google ou Google


Sites) para provocar a participação e simular a rota, demonstrando visualmente
o processo de caminhada na resolução do desafio. Vá apresentando as
atividades (slides ou páginas do Google Sites) com os links a cada aula, à
medida que for liberando as atividades propostas. Optando pelo Apresentações
Google, compartilhe com os estudantes o link da versão “Publicar na Web”, o que
promoverá uma experiência mais interativa com as atividades propostas.

7. Avalie todo o processo com os alunos: a noção de processualidade que a


construção do conhecimento deve ter é indispensável, assim como é essencial
perceber que as informações apresentadas e elaboradas são logicamente
encadeadas, correlacionadas entre si, levando os estudantes a perceberem que
o produto criado é parte de todo um processo e será avaliado por inteiro.
Portanto, é preciso deixar explícito para os estudantes que cada etapa da rota
possui atividades que serão analisadas e avaliadas pelo professor, considerando
que, em alguns casos, não há certo ou errado, pois a participação, o crescimento
e a mudança de postura, na maioria das vezes, é o que se objetiva com a
aplicação da metodologia. Essa é uma atividade de metacognição, que levará
o estudante a compreender como se deu o seu aprendizado.
As etapas de planejamento para criação da rota na abordagem da
metodologia da problematização (Arco de Maguerez)

Esquema 1
Fonte: a autora. Baseado no Arco de Maguerez (Bordenave e Pereira, 2011)

1. Observação da realidade (contextualização)


A entrada na rota pode surgir a partir de um problema levantado pelos alunos
em sala de aula ou pode ser instigada pelo professor a partir da seleção de
materiais para detonar a atividade. Vídeos curtos e engraçados, matérias
jornalísticas, tirinhas, posts reflexivos ou virilizados, visitas, fotografias, gráficos de
situações reais são ótimos para dar esse pontapé inicial e entrar no desafio da
rota. Chamaremos essa etapa de observar.

O que usar:
● textos impressos, revistas, jornais;
● slides;
● sites de notícias;
● YouTube;
● redes sociais;
● fórum de discussão.
2. Pontos-chave
Nesta etapa da rota, o professor deve instigar a turma a falar o que pensa sobre
a temática detonada no primeiro ponto da rota e levantar tópicos importantes
da discussão, explorar os aspectos da realidade que se quer salientar para
construir um modelo simplificado do problema. Chamaremos essa etapa de
explorar.

O que usar:
● fórum de discussão;
● criação de diagramas ou mapas mentais;
● paralelos para levantamento de pontos positivos e negativos (pode usar
post-it no quadro);
● atividades com ferramentas digitais ou não.

3. Teorização
É o ponto da rota mais abstrato do raciocínio e, para isso, a proposta do
professor é a busca pela pesquisa em livros, sites confiáveis, ouvir opiniões de
outros profissionais que estudam sobre a temática abordada (aproveitar e
apresentar estratégias de como fazer pesquisa confiável), ver vídeos com
explicações teóricas e científicas sobre o assunto. A partir disso, levar os
estudantes a analisar, entender e formular uma explanação lógica e
argumentativa. Chamaremos essa etapa de entender.

O que usar:
● pesquisa em sites confiáveis;
● trabalho em times, em duplas ou trio;
● livros, revistas, vídeos, textos de pesquisas e artigos científicos (dentro do
nível de compreensão dos estudantes);
● registro de pontos relevantes da pesquisa;
● direcionar perguntas que respondam à questão: com base nos nossos
estudos, como podemos contribuir para um entendimento melhor sobre a
questão?
4. Hipóteses de solução e teste de aplicabilidade

A partir da questão levantada na fase anterior, o professor deve direcionar para


uma segunda questão: o que podemos criar para compartilhar e divulgar um
melhor entendimento sobre essa questão?

Neste ponto da rota, os times devem discutir e propor hipóteses de solução,


usando a estratégia de Brainstorm. Os estudantes listam as possibilidades para
criação de diferentes recursos/produtos, mas, se for necessário, o professor
poderá sugerir a criação de gêneros textuais diversos para o compartilhamento
das descobertas, como: posts para redes sociais, dicionários, ebooks, podcast,
vídeos, dentre outros, deixando os times livres para fazerem suas escolhas. Após
produzirem, realizam os testes de aplicabilidade com a própria turma, visando a
avaliação pelos pares e, depois aprovados, serão utilizados em contextos reais.
Chamaremos essa etapa de propor e criar.

Regras básicas para o Brainstorm


● Não julgar nenhuma das proposições;
● Não procurar esclarecimentos sobre as proposições;
● Ser acolhedor(a) com ideias aparentemente despropositadas e
engraçadas;
● Permitir que os participantes desenvolvam as ideias dos outros;
● Escutar cada uma das proposições;
● Evitar atacar os nomes atribuídos às ideias. (GOMES e SILVA, 2016, p.102)

O que usar:
● ferramentas de criação e produtividade para trabalho coletivo
(Apresentações Google, Desenhos Google, aplicativos de criação de
vídeos);
● ferramentas de criação de posts para redes sociais, dicionários, ebooks,
podcast, vídeos, dentre outros.
5. Aplicação à realidade

Após a criação dos produtos, é hora de implementar as soluções criadas e


praticar todas as ações necessárias à sua aplicação. Os times podem, por
exemplo, optar por fazer uma apresentação sobre suas descobertas na escola,
compartilhando os materiais criados ou os achados da pesquisa e suas
produções em canais de comunicação, como as redes sociais da escola,
promovendo um melhor entendimento da temática e finalizando, assim, o
desafio da rota. Chamaremos essa etapa de compartilhar a criação.

O que usar:
● Apresentações Google para divulgação das construções para outras
turmas;
● Google Sites para disponibilizar e divulgar os materiais criados e estudos
realizados;
● redes sociais da escola para compartilhamento dos materiais.
Tem um modelo para ver se eu entendi?

Sim. Nesta proposta trazemos como sugestão a temática “Estrangeirismos na


Língua Portuguesa”, uma questão que gera críticas e pontos de vista diferentes e
tem abertura para ser utilizada em vários componentes curriculares,
dependendo do objeto de conhecimento a ser estudado. No link disponibilizado
acima, você passa pela atividade e simula sua participação. Assim, já vive a
experiência do aluno e pode ir imaginando como adequar a metodologia ao
contexto do seu componente curricular. Pensando na temática desenvolvida
sobre estrangeirismos, você, por exemplo, seleciona palavras estrangeiras
comuns no seu componente curricular, ou seja, não é uma proposta exclusiva
para Língua Portuguesa, podendo, inclusive, propor uma interdisciplinaridade
com outros professores.

Ferramentas utilizadas
● Documentos Google;
● Formulários Google;
● Google Jamboard;
● Apresentações Google.

Resumo do desafio da rota com estratégias didáticas e ferramentas utilizadas


(modelos com links para leitura)

Competências Gerais da BNCC selecionadas.

1. Conhecimento: discussão de ideias. Compartilhamento e construção coletiva de


conhecimento. Compreensão e respeito a valores, crenças e contextos sociais,
políticos e multiculturais que influenciam na produção do conhecimento.

2. Pensamento científico, crítico e criativo: interpretação de dados e informações


com base em critérios científicos, éticos e estéticos. Posicionamento crítico.
Testagem, combinação, modificação e geração de ideias para atingir objetivos e
resolver problemas.
Resumo das atividades propostas
Sequência didática: O desafio da rota
(Veja a experiência completa aqui na versão publicada na web. Os links para cópia estarão disponíveis mais abaixo.)

Observação da Pontos-chave Teorização Hipóteses de solução Aplicação à realidade


realidade e teste de
aplicabilidade (1 aula)
(1 aula) (1 aula) (1 aula) (1 aula)

- Iniciar a aula - Retomar o - Pesquisa individual - Brainstorm no - Preparação para


instigando a turma resultado da enquete em fontes confiáveis, Google Jamboard: apresentação do
com o Vídeo do e levar a turma a no Google Pesquisa e que podemos criar material produzido,
YouTube (até 1min e refletir sobre eles. Bibliotecas públicas e para um melhor podendo ser
5 seg.); - Criar mural coletivo da escola. entendimento sobre compartilhado com
- Depois de uma de pontos positivos e - Utilização de vídeos essa questão? outras turmas e, para
conversa sobre o negativos quanto ao para estudo. - Orientar estudantes isso, o professor deve
vídeo, liberar a uso de Sugestão: sobre as regras organizar esse
enquete que irá levar estrangeirismos na https://youtu.be/d3Q básicas para o momento na escola.
a turma a observar o Língua Portuguesa. 21hlpHes brainstorm. - Compartilhamento
seu contexto e a (Usar post-its para - Elaboração de - Trabalho em times. dos materiais (posts)
levantar casos de registro); mapas mentais para - Levantamento e em canais de
estrangeirismos na -Tirar uma foto da sintetizar as registro de ideias. comunicação.
sua realidade. atividade do mural e descobertas (saber Com a lista de ideias - Outra sugestão:
Enquete no compartilhar com a ouvir, argumentar, em mãos, eles são criar um portfólio
Formulários Google. turma. etc). convidados a criar o digital no Google
Fórum de discussão - Conduzir a turma a - Construção produto/ protótipo. Sites com todo o
a partir do relatório criar uma colaborativa de - Produção de um material produzido
de respostas da representação registros individuais “Dicionário pelos estudantes,
enquete. simplificada do das pesquisas em colaborativo de registrando todo o
problema. documento estrangeirismos”, processo do trabalho
-Atividade individual: compartilhado. utilizando o realizado e servindo
registro dos pontos - Socialização das Apresentações de consulta para
importantes no sínteses construídas. Google. outros estudantes.
caderno. - Apresentação do
Dicionário de
estrangeirismos.

Avaliação
Avaliar todo o processo. Para isso, crie uma planilha e registre a participação dos estudantes nas atividades propostas.
Fazer uma retrospectiva com os estudantes passando pelo desafio da rota, de forma que eles possam perceber
visualmente todo o processo de construção do conhecimento por meio do trabalho realizado. Perguntas como: “O que
você sabia sobre o assunto?” “O que mudou em relação ao seu conhecimento do assunto?” devem ser exploradas. Para
registro, use um Formulário Google contendo essas questões e outras que julgar necessárias.

Quadro 1 - Resumo das atividades propostas. Fonte: A autora


Observação
A criação do Dicionário colaborativo tem como objetivo a divulgação em contextos
reais e não apenas como forma de pontuar no componente curricular. Portanto,
alguns pontos devem ser considerados.
● Você pode optar por entregar um layout que garanta o alinhamento de
todo o material, uma vez que será feito colaborativamente, ou acordar
com a turma pontos que devem ser observados em todos os slides, como
margens, fontes, tamanhos, estilos de imagens (e que devem ser de
bancos gratuitos), além de passar por uma revisão geral de Língua
Portuguesa etc.
● Também poderá conversar com a turma para a escolha de alguns alunos
que cuidarão desses pontos, após terminarem, mas lembre-se de
destacá-los para todos, que ganham com esses conhecimentos.
● Como é um documento que será publicado, vale a pena trazer para a
turma dicas de layout, de produção visual para produtos digitais e tudo
que considerar necessário a fim de enriquecer o trabalho e torná-lo
profissional. Afinal, é isso que se espera da escola, não é mesmo?
Desenvolver competências para a vida!

Links dos modelos para cópias (force copy).

➔ Sequência Didática “O desafio da rota”:


https://docs.google.com/presentation/d/1_634XTKJph8eBB7zlK4Ggda_7vx
FSYMhf438kpmzb24/copy#slide=id.g1205b4d6e37_0_6
➔ Vídeo para problematizar (YouTube): https://youtu.be/GVl_Q3OZE7E
➔ Enquete “O que você sabe sobre estrangeirismos?”:
https://docs.google.com/forms/d/1fJCohQGNscemAwZQ1XP2nLZowWa1XH_
hoGMRSVtaJMA/copy
➔ Vídeo para estudo(YouTube): https://youtu.be/d3Q21hlpHes
➔ Documento colaborativo para escrita coletiva:
https://docs.google.com/document/d/1hQPps9WzmvlezUqG1HXDphFrgdar
ZS1BEn6lvd1_I5o/copy
➔ Brainstorm Estrangeirismos:
https://jamboard.google.com/d/1kHvq8-bt5idsJSj5w1VySGDSAW7FKpUTZ6Fi
Ti28v5A/copy
➔ Dicionário “Estrangeirismos”:
https://docs.google.com/presentation/d/18M7ni_pct-SVVqWsgIJy9363BG5
8qjMLSUd1EsjSHvo/copy#slide=id.p
➔ Avaliação:
https://docs.google.com/forms/d/17CX6f8ORb1mIHU4JJzqi7-ghp9Tn57bVgf
nS5grBzGE/copy
Ihh… mas como vou usar isso na minha área?

O desafio da rota pode ser adaptado para qualquer assunto/tema e, também,


para qualquer ano/série e segmento de ensino, respeitando as devidas
proporções, os objetos de conhecimento e as habilidades propostas para eles.

Apresentamos o exemplo com estrangeirismos na Língua Portuguesa, mas você


pode explorar a metodologia de forma interdisciplinar e não temos dúvidas da
riqueza que esse trabalho trará para todos. Se você é professor dos Anos Iniciais
fica mais fácil promover a interdisciplinaridade, porque, na maioria das vezes, é
um professor para vários componentes curriculares. Mas se é dos Anos Finais ou
Ensino Médio, convide um ou dois professores para desenvolver essa experiência
com você. É imensurável a riqueza do trabalho interdisciplinar, porque os alunos
percebem que o conhecimento não é fragmentado. Um exemplo, é o trabalho
com tema sustentabilidade e, se você buscar por questões e problemas reais,
então, não tem erro: engajamento dos estudantes e aprendizagem na certa.

Então!
Vamos ao desafio da rota numa proposta interdisciplinar?

Vou propor uma sequência didática.

1. Observar

● A partir de assuntos relacionados ao alto custo de vida, aumento da


inflação que pode ser um meme ou uma reportagem, no componente
Matemática, peça aos alunos que tragam as contas de energia elétrica e
promova uma roda de conversa sobre os dados contidos nelas. Como
todos sabem, com os altos valores da energia, todos os lares têm um
grande desafio na promoção de hábitos de consumo inteligente, tanto
pela economia quanto pela sustentabilidade.
● Busque por algum vídeo ou texto que trate dos desafios que temos, quanto
ao consumo de energia, e apresente aos alunos, criando uma discussão
nesse aspecto.
2. Explorar
● Explorando as contas de energia, façam um levantamento do consumo
mensal dos lares dos estudantes, quantas pessoas na casa, quantos
eletroeletrônicos etc.
● Elaborem tabelas com esses dados, que são reais, e aproveitem para
fazer comparações e suposições. O Planilhas Google poderá ajudar nisso.
Vai gerar uma tabela comparativa incrível.
● Trabalhem com gráficos desses valores e explorem os objetos de
conhecimento da Matemática relacionados ao assunto.

3. Entender
● Hora de buscar conhecimento e entender alguns pontos sobre o assunto.
E, nesse percurso da rota, vale ir um pouco mais longe e pegar carona no
componente de Ciências para conhecer os vários processos de criação
de energia, os meios energéticos mais ecológicos, os impactos
econômicos e sociais em um mundo com e sem as práticas sustentáveis
etc. E onde essa energia é criada é uma ótima oportunidade de promover
a pesquisa individual ou coletiva, conduzindo os estudantes na utilização
de mapas, que podem ser impressos ou apresentados em slides
(Apresentações Google) pelo professor ou, se tiver uma boa conectividade
de internet na escola, fazer uso pedagógico do Google Maps para os
estudantes saberem onde se situam as hidrelétricas do Brasil. E, então,
esse percurso fica compartilhado com a Geografia, que terá muito a
contribuir com seus objetos de conhecimento.

4. Propor e criar
● E já que existe um desafio, é hora de usar a problematização e indagar
aos estudantes: “o que podemos fazer para contribuir com as famílias a
fim de que possam usar a energia de forma consciente e, de quebra, fazer
uma economia financeira?” Aqui, você pode usar o Google Jamboard para
registrar as ideias, mas, se tem baixa conectividade ou não tem internet
na escola, entregue “post-its” para eles e peça-lhes que escrevam as
ideias e selecionem com eles as mais viáveis e atrativas.

● Já vão algumas sugestões. Que tal planejar, em Língua Portuguesa, a


escrita de uma carta à família, relatando um pouco do que aprenderam e
listando atitudes e estratégias que possam contribuir com a promoção do
consumo consciente? E será muito bacana acompanhar os gastos de
energia das famílias dos estudantes por, pelo menos, uns três meses.
Nossa! É possível imaginar o quanto os diálogos serão proveitosos.
Novamente, Matemática em cena, e as ações implementadas pelas
famílias que conseguiram reduzir o consumo merecem destaque nessa
atividade. Propor a criação de memes e tirinhas ilustrativas demonstrando
o conhecimento adquirido sobre esse assunto vai deixar a turma animada.
Arte e Língua Portuguesa se unem nesse percurso do desafio da rota.

5. Compartilhar a criação
● É tanto aprendizado que não deve ficar apenas entre quatro paredes de
uma sala de aula e entre as famílias dos estudantes. Aproveite e leve a
turma a compartilhar esse conhecimento nas redes sociais da escola. E a
função social da escrita se efetiva, uma vez que será usada em contextos
reais, para utilização prática, o que lhe dá o status de experiência
significativa. Lembre-se de que, nas redes sociais, a produção dos
estudantes deve tomar um outro formato. Aproveite novamente a Língua
Portuguesa para apresentar quais gêneros textuais são mais propícios
para as redes. E, se você trabalha com alunos dos Anos Finais, explore o
Desenhos Google para isso. O componente curricular Arte finaliza a rota
demonstrando a criatividade dos estudantes nas atividades propostas.
● Quer ir mais longe? Crie o Clube de Blogueiros usando o
https://www.blogger.com/ e proponha a escrita de textos semanais ou
quinzenais para alimentar o blog da turma, com temáticas relevantes.

E se eu não tiver internet em sala ou ela estiver ruim?

● É possível realizar as atividades propostas sem internet. As atividades que


sugerem o uso de computador, como as pesquisas, podem ser feitas em
bibliotecas públicas ou da própria escola. Outro caminho é levar para a
sala materiais de pesquisa para os estudantes utilizarem.
● Uma outra estratégia superbacana é convidar algum profissional da área
para falar sobre o assunto. O professor pode propor, antes, a elaboração
coletiva das perguntas das quais gostariam de obter respostas do
profissional. Promover encontros com especialistas sobre determinado
assunto traz ricos aprendizados para os estudantes. E, depois, novamente,
a criação coletiva do relatório da entrevista.
● Também é superbacana criar uma enquete e solicitar aos estudantes que
peçam aos vizinhos e parentes para respondê-la. Nessa enquete, eles
podem apurar dicas de consumo racional, testar essas dicas e os
materiais que serão produzidos podem resultar desses levantamentos,
após serem selecionados a partir de uma verificação científica. A
produção de panfletos é uma ótima opção para essa atividade.
● E os posts para as redes sociais? Esses podem ser ilustrados pelos alunos,
o professor tira fotos e publica nas redes sociais da escola. Mas não perca
a oportunidade de levar os estudantes a criarem a legenda que vai
acompanhar o post junto com a turma.
● Ah! E lembre-se de imprimir imagens dos ícones da rota com as etapas.
Vá colando em um cartaz na medida em que vocês avançarem. Assim, os
alunos visualizam todo o processo de construção do trabalho, em uma
atividade de metacognição.

Legal, não é?

Eu quero mais!

Saiba mais sobre a metodologia da problematização/Arco de Maguerez no Livro:


BORDENAVE, Juan Díaz & PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de
Ensino-Aprendizagem. 30. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. (31ª Edição, p. 225-243).

➔ Artigo: A problematização e a aprendizagem baseada em problemas:


diferentes termos ou diferentes caminhos? Disponível em
https://www.scielo.br/j/icse/a/BBqnRMcdxXyvNSY3YfztH9J/?lang=pt.
Acesso 27 de mar 2022.
➔ Para criar o Blog da turma:
https://support.google.com/blogger/answer/1623800?hl=pt
➔ https://blog.layers.education/midias-na-educacao-utilizando-sites-ou-bl
ogs-em-sala-de-aula/
➔ Referências para estudo sobre Estrangeirismos:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=loanwords&a
ct=list
➔ https://nmp.pt/notas/estrangeirismos/
Execução: Amplifica Experiências de Aprendizagem
Núcleo acadêmico: Carla Arena e Samara Brito
Autores: Ana Laura Avila Queiroz, Eduardo Sousa, Estêvão Zilioli, Mariana Peixoto
Feyh, Peter Wiggins, Rafaela Lima, Rodrigo Baglini, Tiago Bevilaqua e Vânia Flores
Identidade visual: Tarol Design & Branding
Revisão linguística: Cristiane Imperador
Imagens: Storyset
Você tem o direito de: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em
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qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o
apoia ou aprova o seu uso. Não Comercial — Você não pode usar o material para
fins comerciais. Sem Derivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir
do material, não pode distribuir o material modificado. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que
restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita. (CC
BY-NC-ND 4.0)

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