Você está na página 1de 27

Economia Pública

 2. Fundamentos do Bem-Estar
Economico.
 2.1 Mercados Eficientes.
 2.1.1 A Mão Invisível nos Mercados Competitivos.
 2.1.2 Economia de Bem-Estar e Eficiencia de Pareto.
 2.1.3 Analise da Eficiência Económica

Docente: Mauro Silva, LEG 1


Mercados Eficientes
 Na maioria das economias industriais
modernas, a produção e a distribuição de
bens recai ao sector privado mais que ao
sector público.

 Os Mercados privados podem não gerar


resultados eficientes e como pode o estado
responder a estas falhas dos mercados.

Docente: Mauro Silva, LEG 2


A Mão Invisível nos Mercados
Competitivos
 Em 1776, Adam Smith afirmou em A Riqueza das
Nações, que a concorrência induzia os indivíduos, em
busca dos seus próprios interesses privados, a
fomentar o interesse público, como se fossem
conduzidos por uma mão invisível.

 Se existe algum bem ou serviço que os indivíduos


valorizam e que não esta sendo produzido, então os
empresários a caça de oportunidades irão satisfazer
essa necessidade, se o valor que o bem tem ao
consumidor é maior que o custo de produção.

Docente: Mauro Silva, LEG 3


A Mão Invisível nos Mercados
Competitivos
 A maioria dos economistas esta de acordo que as
forças competitivas geram um elevado grau de
eficiência e que a concorrência estimula em boa
medida a inovação.

Docente: Mauro Silva, LEG 4


Economia de Bem-Estar e Eficiência
de Pareto
 A Economia de Bem-Estar é o ramo da economia
que se ocupa das questões normativas.

 A questão normativa mais importante para a economia


de bem estar é como se deve gerir uma economia:
 O que se deve produzir, como se deve produzir, para
quem produzir, e como devem ser tomadas estas
decisões.

Docente: Mauro Silva, LEG 5


Eficiência em Sentido de Pareto
 Vilfredo Pareto (1848-1932): As atribuições de
recursos que a propriedade tem que não é possível
melhorar o bem-estar de qualquer pessoa sem piorar a
situação de alguma outra pessoa, são Eficientes no
sentido de Pareto ou óptimo no sentido de
Pareto.

 Exemplo: Construção de uma ponte ou uma estrada.

Docente: Mauro Silva, LEG 6


Eficiência em Sentido de Pareto e
Individualismo
 Não há sociedade acima e além do indivíduo. Assim,
ao efetuarmos julgamentos de valor, deveremos estar
interessados somente no bem-estar de indivíduos. E, a
sociedade é simplesmente a soma dos indivíduos.

 Os indivíduos são os melhores juízes de seu próprio


bem-estar e escolhem o melhor para si próprios.

 O bem-estar social pode ser dito como ter aumentado


se o bem-estar de uma pessoa melhorou sem ninguém
ter piorado o seu bem-estar. Não há ambiguidade
nesse tipo de julgamento de valor.
Docente: Mauro Silva, LEG 7
Teorias Fundamentais do Bem-Estar
Económico
Relação existente entre os mercados

competitivos e eficiência no sentido de Pareto

1. Toda economia competitiva é eficiente no sentido de


Pareto.

2. Toda distribuição de recursos eficiente no sentido de


Pareto pode ser alcançada por meio de um mecanismo
de mercado competitivo com a devida redistribuição
inicial, por meio de um mecanismo de mercado
descentralizado.

Docente: Mauro Silva, LEG 8


A Eficiência na Perspectiva de um Único
Mercado
 Podemos ver que a concorrência conduz a eficiência
económica utilizando as tradicionais curvas de oferta e
procura.

 Para decidir a quantidade demandada, cada individuo iguala o


benefício marginal que obtém consumindo uma unidade de
um bem, ao custo marginal que o compraria.

 Para decidir a quantidade que será produzida as empresas


competitivas igualam o beneficio marginal que obtém
produzindo uma unidade a mais, ao custo marginal de
produzi-la.
Docente: Mauro Silva, LEG 9
A Eficiência na Perspectiva de um Único
Mercado
Preço

Oferta

E*

Demanda

Quantidade
Docente: Mauro Silva, LEG 10
A Eficiência na Perspectiva de um Único
Mercado
 A eficiência requer que o beneficio marginal
correspondente a produção de uma unidade a mais de
um bem seja igual ao seu custo marginal, pois se:

 O benefício marginal for superior ao custo marginal,


melhoraria o bem estar social produzindo uma maior
quantidade.
 E se o benefício marginal for menor que o custo marginal,
melhoraria o bem estar da sociedade reduzindo a produção do
bem

BENEFÍCIO MARGINAL = CUSTO MARGINAL

Docente: Mauro Silva, LEG 11


Análise da Eficiência Económica
 Para realizar uma analise mais profunda, os
economistas consideram três aspectos da eficiência
necessários, todos eles para que haja eficiência no
sentido de Pareto.

1. Eficiência nas trocas;


2. Eficiência na produção;
3. Eficiência na combinação de produtos.

Docente: Mauro Silva, LEG 12


FPP ou Curva de Possibilidades de Utilidade
 Para entender os três aspectos anteriores, partimos da
analise da FPP ou FPU.

Fronteira de Possibilidades de
UA Utilidade ou Produção: Dado o
nível de utilidade de um indivíduo,
indica o máximo de utilidade possível
● W para outro individuo.
● X
Z: ineficiente
W e Y: eficientes à Pareto
● Z
● Y X: inacessível
De Z para W: movimento
de Pareto
UB
Docente: Mauro Silva, LEG 13
Eficiência nas trocas
 A eficiência nas trocas se refere a distribuição dos
bens.

 Dado um conjunto de dois bens, se distribuem de tal


forma que não é possível melhorar o bem estar de
nenhuma pessoa sem piorar de outra pessoa.

 Exige que não é possível realizar trocas que melhorem


o bem-estar de ambas as partes.

Docente: Mauro Silva, LEG 14


Eficiência nas trocas
Premissas
 Dois consumidores.
 Dois bens.
 Ambos os consumidores conhecem as preferências do outro.
 As trocas não envolvem custos de transação.

 A taxa marginal de substituição do bem A pelo bem B,


representado por TMS (B,A), mede a taxa à qual o
consumidor está propenso a substituir o bem A pelo bem B.

Docente: Mauro Silva, LEG 15


Eficiência nas trocas (Exemplo)
1. James e Karen podem dispor, juntos, de 10 unidades de alimento
e 6 unidades de vestuário.

Alocação inicial Trocas Alocação final


James 7A, 1V - 1A, +1V 6A, 2V
Karen 3A, 5V +1A, -1V 4A, 4V

 A TMS de James de alimento por vestuário é 3.


 A TMS de Karen de alimento por vestuário é 1.

A alocação eficiente do ponto de vista econômico ocorre


quando as TMS são iguais.

Docente: Mauro Silva, LEG 16


Edgeworth box

Docente: Mauro Silva, LEG 17


Edgeworth box

Docente: Mauro Silva, LEG 18


Alocações Eficientes
 Qualquer troca que leve a um ponto fora da área sombreada
reduzirá o bem-estar de um dos consumidores (que estará mais
próximo da sua origem).

 B corresponde a uma troca mutuamente vantajosa – ambos se


encontram numa curva de indiferença mais alta.

 O fato de uma troca ser vantajosa para ambos não significa que
ela seja necessariamente eficiente.

 As TMS são iguais quando as curvas de indiferença são


tangentes; nesse caso, a alocação é eficiente.
Docente: Mauro Silva, LEG 19
Curvas de contracto

Docente: Mauro Silva, LEG 20


Curvas de contracto
 O conjunto de todas as possíveis alocações eficientes de
alimento e vestuário entre Karen e James é dado pelos
pontos de tangência entre todas as suas curvas de
indiferença.

Docente: Mauro Silva, LEG 21


Eficiência na Produção
 A análise utilizada para descobrir se uma economia é
eficiente na produção é semelhante à que usamos
anteriormente para examinar a eficiência em troca.

 Se uma economia não é eficiente na produção, poderá


produzir uma quantidade maior de um bem sem
reduzir de outros.

Docente: Mauro Silva, LEG 22


Eficiência na Produção
 Isocusto – indica diferentes combinações de factores
com o mesmo custo para a empresa.

 Isoquantas - que representam as diferentes


combinações de fatores, capital e trabalho, com as
quais a mesma quantidade de produção é obtida.

 Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) -


mede a inclinacao de um isocuanta. É a quantidade de
capital necessária para compensar a redução da
quantidade de trabalho em uma unidade.
Docente: Mauro Silva, LEG 23
Eficiência na Produção
 Como a TMST é a inclinação da isoquanta da empresa,
ocorrerá um equilíbrio competitivo no mercado de
factores somente quando cada produtor utilizar
trabalho e capital de tal forma que as inclinações das
isoquantas sejam iguais entre si e iguais à razão entre
os preços dos dois insumos.

 Em consequência, o equilíbrio competitivo é eficiente


na produção.

TMST(lk) = w/r
Docente: Mauro Silva, LEG 24
Eficiência na Produção (Exemplo)
1. FPP mostra as diversas combinações de alimento e vestuário que
podem ser produzidas com uma quantidade fixa de insumos trabalho e
capital, mantendo-se a tecnologia constante.

 Para produzir mais alimento


eficientemente é necessário retirar
alguns insumos da produção de
vestuário, o que diminui seu nível
de produção.

 A Taxa Marginal de
Transformação (TMT), mede a
inclinação da FPP. Nos indica a
quantidade de vestuário a mais, se
reduzirmos uma unidade de
alimento.
Docente: Mauro Silva, LEG 25
Eficiência na combinação de produtos
 Para que uma economia seja eficiente, não basta que se
produzam mercadorias ao custo mínimo; deve-se também
produzir combinações de mercadorias pelas quais as pessoas
estejam dispostas a pagar. Para compreender esse princípio,
lembre-se de que:

 A taxa marginal de substituição (TMS) de vestuário por alimento


mede a disposição que o consumidor tem de adquirir menos
vestuários para adquirir uma unidade adicional de alimento.

 A taxa marginal de transformação (TMT), por sua vez, mede o custo


de uma unidade adicional de alimento em termos da menor
produção de vestuário.

Docente: Mauro Silva, LEG 26


Eficiência na combinação de produtos
 Uma economia estará produzindo eficientemente apenas
se, para cada consumidor:
Embora todos os pontos dessa
TMS = TMT fronteira sejam tecnicamente
eficientes, da perspectiva do
consumidor nem todos
envolvem a produção mais
eficiente de mercadorias

No ponto de tangência entre a


curva de indiferença e a FPP, a
TMS (ou seja, a inclinação da
curva de indiferença) e a TMT
(a inclinação da FPP) são
iguais entre si.

Docente: Mauro Silva, LEG 27

Você também pode gostar