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Ângelo Arnaldo

Jossefa Armando Mote

Maila Joaquina Matsimbe

Mauro Brito Caciano

Miragem Huate

Nicolau Rodrigues Chitlhango

Locais de interesse histórico e suas potencialidades

Licenciatura em Ensino de História com habilitação em ensino de Geografia

4º Ano-Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
Ângelo Arnaldo

Jossefa Armando Mote

Maila Joaquina Matsimbe

Mauro Brito Caciano

Miragem Huate

Nicolau Rodrigues Chitlhango

Locais de interesse histórico e suas potencialidades

Licenciatura em Ensino de História com habilitação em ensino de Geografia

4º Ano-Laboral

Trabalho a ser entregue à Faculdade de


Ciências Sociais e Filosóficas,
Universidade Pedagógica - Maputo, no
âmbito de avaliação na cadeira de
Didactica de Historia IV, tendo como
docentes:

Mestre Jose Sumburane;

Mestre Regina Caminho.

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
Índice
0. Introdução.............................................................................................................................4

0.1. Objectivos.........................................................................................................................5

0.1.1. Objectivo Geral.............................................................................................................5

0.1.2. Objectivos específicos...................................................................................................5

0.2. Metodologia......................................................................................................................5

1. Conceito de locais de interesse histórico..............................................................................6

1.1. Exemplos de locais de interesse histórico........................................................................6

2. Relação a entre didáctica e locais de interesse Histórico.....................................................8

2.1. Os objetivos da didactica nos locais de interesse histórico..............................................8

3. Função didáctica dos locais de interesse histórico...............................................................9

4. Preservação dos locais de interesse Histórico....................................................................10

5. Considerações finais...........................................................................................................11

6. Referencias bibliográficas..................................................................................................12
0. Introdução

.
0.1. Objectivos

O presente trabalho apresenta os seguintes objectivos:

0.1.1. Objectivo Geral

 Compreender os locais de interesse histórico: suas potencialidades didátcicas.

0.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar os locais de interesse histórico;
 Exemplificar os locais de interesse histórico em Moçambique;
 Sintetizar a relação entre a educação e locais de interesse histórico;
 Descrever as funções de didáctica nos locais de interesse histórico.

0.2. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho baseou-se nos seguintes métodos: método


bibliográfico.

 O método bibliográfico permitiu a elaboração de instrumentos de auxílio, como fichas


de leitura e fichas de resumo, que serviram de base para a compilação da parte teórica
do trabalho, dando ênfase ao material relacionado com os locais de interesse histórico.
1. Conceito de locais de interesse histórico

Conforme de Ghirardello & Spisso (2008, p.13), os locais de interesse histórico são aqueles
que pela sua natureza, representam um marco ou contribuição para a reconstituição da história
de um povo. Trata- se de locais, onde ocorrerem acontecimentos dignos de lembranças de todo
o povo e muitas vezes protegidas.

Na concepção de Silva (2017), os locais de interesse histórico constituem os bens de natureza


material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores de uma dada sociedade.

Contudo, locais de interesse histórico é composto por monumentos, conjuntos de construções,


e sítios arqueológicos de fundamental importância para a memoria, a identidade e a
criatividade dos povos.

1.1. Exemplos de locais de interesse histórico

Locais de interesse histórico podem ser: Museus, Fortalezas, Arquivos históricos, Ruínas
antigas, Sítios de pinturas rupestres, Sítios de escavações arqueológicas, Monumentos.

a) Museus:

Enquanto instituições de relevância cultural, social e educativa, têm como funções estudar,
preservar e divulgar diferentes tipologias de património cultural tangível e intangível. Os
museus têm uma importante função didáctica que se vem consolidando através da aposta em
projectos e acções de educação patrimonial, que validam o museu como espaço educativo,
espaços de descoberta, onde as crianças e jovens possam aprender, descobrir e experimentar
(CORDOVIL, 1993, p.22).

Na perspectiva de Brandão (1996, p.73), a utilização dos museus como centro de recurso para
o ensino é ainda algo a que não tem sido dada a sua devida atenção. Nesse sentido, os alunos
deviam ser ensinados e incentivados a recorrerem aos museus da mesma forma que por
exemplo, são incentivados a recorrerem às bibliotecas e mediatecas.
Figura 01: Museu Nacional da Moeda. Fonte: https://hpip.org/pt/heritage/details/95

b) Fortalezas:

A Fortaleza de Maputo é um monumento histórico caracterizado pelas robustas paredes em


alvenaria de tijolos vermelhos (pedra e cal) e com alguns componentes em betão.

Figura 02: Fortaleza de Maputo. Fonte: http://novomoc.blogspot.com/2011/04/fortaleza-de-


maputo.html?m=1

c) Monumento: São marcos construídos para perdurar traves de tempo a fim de manter
vivo os significados que carregam, tendo como objectivo principal de serem vistos por
todos os que visitam ou frequentam o determinado lugar.

Figura 03: Monumento de Eduardo Chivambo Mondlane. fonte:


https://www.alamy.es/imagenes/africa-mozambique-maputo-sculpture-portuguese.html?
sortBy=relevant
2. Relação a entre didáctica e locais de interesse Histórico

Os locais de interesse histórico são uma ferramenta importante na construção da cidadania,


por ser uma prática pedagógica onde o educando desempenha papel ativo no processo de
construção do conhecimento, aprendizagem. Tal educação deve estar comprometida com a
transformação social e para tanto precisa criar cidadãos de fato, capazes de ler, interpretar,
questionar e intervir no seu meio sociocultural e político, para além do seu patrimônio cultural
(SILVA, 2017).

Conforme Paoli (1992), a didáctica nos locais de interesse histórico, fornece elementos que
possibilitem a percepção do espaço cultural pela população, se tornando um dos subsídios para
o desenvolvimento do turismo cultural, ao mesmo tempo em que se constitui numa ação
estratégica para que o turismo possa contribuir no sentido de valorização das culturas locais e
desenvolvimento social.

2.1. Os objetivos da didactica nos locais de interesse histórico

 Tornar acessível, aos indivíduos e aos diferentes grupos sociais, os instrumentos e a


leitura crítica dos bens culturais em suas múltiplas manifestações, sentidos e
significados;
 Propiciar o fortalecimento da identidade cultural individual e coletiva, reforçando o
sentimento de auto-estima, considerando a cultura brasileira como múltipla e plural;
 Estimular a apropriação e o uso, pela comunidade, do local de interesse historico que
ela detém e pelo geral é também responsável;
 Estimular o diálogo entre a sociedade e os órgãos responsáveis pela identificação,
proteção e promoção do local de interesse historico, propiciando a troca de
conhecimentos acumulados sobre estes bens;
 Experimentar e desenvolver metodologias de educação ligado a locais de interesse
histórico, que permitam um processo contínuo de conhecimento e compreensão e
avaliação dessas ações;
 Promover a produção de novos conhecimentos sobre a dinâmica cultural e seus
resultados, incorporando-os às ações de identificação, proteção e valorização dos locais
de interesse histórico no nível das comunidades locais e das instituições envolvidas.
3. Função didáctica dos locais de interesse histórico

Na concepção de Medeiros e Surya (2012), citado por Silva (2017), para que a comunidade
escolar possa produzir sentido de locais de interesse histórico é necessário acções educativas
que visem despertar o interesse sobre a memória, as manifestações e produções do local. O
trabalho com o saber histórico local possibilita atividades investigativas dos usos do espaço
geográfico, dos recursos naturais, das manifestações artísticas, religiosas e sociais locais e
permite um rompimento com um ensino de história mecânico que se atém a currículo
petrificado da história dos grandes heróis nacionais que foi muito praticado no passado e que
não muito raramente ainda encontramos nas escolas.

Um dos importantes objectivos do ensino da História é que esse conhecimento seja integrado
às demais dimensões da vida quotidiana. Em outras palavras, ele deve fazer sentido e ser
percebido na vida prática das pessoas. Desse modo, o conhecimento histórico pode estabelecer
um feixe de relações com a vida social e simbólica das pessoas fortalecendo os vínculos da
comunidade com o seu património cultural (SILVA, 2017).

No sentido de tornar esse saber histórico mais próximo dos interesses do dia-a-dia, o
património incentiva a participação social e cultural como ato essencial ao processo
educacional mais amplo que a escolarização, considerando que em determinados contextos a
instituição escolar não é o único agente educativo. Assim, antes de cair em um “localismo
esterilizante” (BRANDÃO, 1996, p. 73), onde todos os processos de aprendizagem se
realizam em seus limites e com seus exemplos, o património cultural dialoga com a História a
partir das referências culturais locais para compreender e reflectir acerca de processos sociais
e culturais mais amplos e abrangentes.

Na perspectiva de Ribelo (2014, p.17) acrescenta que os locais de interesse histórico conferem
oportunidades para reforçar ou exprimir as indicações que constam do currículo escolar dos
alunos, permitindo que estes aprendam para além do que o currículo recomenda.
O local de interesse histórico tem um impacto positivo no desenvolvimento de aprendizagens,
pois possibilita aos alunos aprenderem de forma divertida, proporcionando lhes aprendizagens
facilmente recordadas e promovem aprendizagem ao longo da vida ao mostrar-lhes que é
possível aprender para além do contexto da sala de aulas, através de visita de estudos.

4. Preservação dos locais de interesse Histórico

Em Moçambique, edifícios e monumentos históricos degradam-se. Frequentemente, por falta


de dinheiro para a sua recuperação, mas também há pouco interesse em fazê-lo e porque
legislação não sai do papel.

De acordo com Jopela (2014, p.12). A deterioração dos bens do património cultural imóvel é
um processo natural e irreversível que pode ser retardado, mas não se pode evitar. Os bens
imóveis estão constantemente a deteriorar-se devido a mudanças físicas, biológicas e
químicas, que ocorrem ao longo do tempo (deterioração natural), ou seja, os bens patrimoniais
materiais estão sujeitos a um processo de deterioração natural. Contudo, a velocidade com que
a deterioração dos bens imóveis ocorre deve- se em grande medida as acções humanas
(deterioração artificial).
5. Considerações finais
6. Referencias bibliográficas

 BRANDÃO, José Manuel. Acção cultural em museus. Lisboa: Cadernos de Socio


museologia. Centro de Estudos de socio museologia. Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, 1996
 CORDOVIL, Maria Madalena. Novos Museus Novos Perfis Profissionais. Cadernos de
Museologia Nº 1, 1993
 GHIRARDELLO, Nilson & SPISSO, Beatriz (Coord). Património histórico: como e
porque preservar. Bauru, São Paulo: Canal 6. 2008
 JOPELA, Albino. “Significado Cultural do Património Cultural Imóvel: Definição de
conceitos-chave”. In: JOPELA, A. (Coord.). Manual de Conservação do Património
Cultural Imóvel em Moçambique. Maputo: Ministério da Cultura-Direcção Nacional
do Património Cultural.
 PAOLI, Maria Célia. “Memória, história e cidadania: o direito ao passado”. IN:
Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo/ DPH (org). O Direito a
Memória: Patrimônio Histórico e Cidadania. São Paulo: DPH,1992.
 RIBELO, Barbara Joana. Visitas de estudo: uma estratégia de aprendizagem, Lisboa:
Instituto de educação, 2014.
 SILVA, Aletícia Rocha Da. “Patrimônio Cultural e ensino de História: A educação
patrimonial como estratégia de ensino De História local e regional”. In: XXIX Simpósio
de História Nacional, Universidade Federal do Tocantins, 2017.

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