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4. Ser honesto.
Quando algo é explicado com clareza, sem omitir detalhes que possam
comprometer a confiança do cliente em nosso produto, se cumprirmos os combinados
e se não utilizarmos truques, mentiras, blefes e subterfúgios na hora da negociação,
certamente estaremos construindo relações duradouras com nossos clientes, o que
hoje representa um grande diferencial diante do ambiente competitivo em que
vivemos. Lembre-se sempre de que o cliente enganado nunca volta e que a
concorrência o está esperando de braços abertos.
ESTUDO DE CASO
O dito popular afirma: “a mentira tem pernas curtas”, Foi o que aconteceu com
o supervisor. Se mentir no cotidiano já representa um enorme gasto de energia,
imagine nas relações comerciais. Uma vez descoberta a fraude, no mínimo vamos
perder nosso cliente. No caso, foram perdidos tanto o cliente quanto o emprego do
supervisor de vendas.
Viver com os outros nem sempre é coisa fácil. Mais difícil ainda é trabalhar com
pessoas estranhas, em contato quase que diário, sobretudo quando não se está
preparado para isso (Weil, 1992, p. 47).
Aristóteles nos ensinou que o homem é um animal político que realiza seu viver
ético pela prática das virtudes, e que a vida social é o lugar em que essas virtudes se
manifestam. A boa conduta somente se realiza na vida social, Assim, muitas vezes é
necessário ceder e renunciar ao nosso egoísmo em prol da coletividade, ou seja, dos
ambientes em que vivemos (família, escola, empresa etc.).
Toda pessoa que trabalha em coletividade está sujeita a interagir com outras
pessoas, portadoras das mais diversas características individuais, consequentes de
suas experiências de vida; em outras palavras, cada indivíduo carrega consigo uma
“bagagem” de experiências que utiliza para reagir de forma diferenciada diante de
determinada situação.
Assim, para que uma pessoa se sinta bem com as demais, é preciso antes de
tudo que ela esteja satisfeita consigo mesma. Outro aspecto importante é conhecer
os colegas de trabalho.
O relacionamento com indivíduos dessa índole faz com que o clima ético da
organização fique abalado e acaba por nos trazer transtornos psicológicos, como
nervosismo, ira ou mágoa.
Não é raro encontrar nas empresas pessoas com esse perfil, que, a despeito
dos rígidos e competentes processos de recrutamento e seleção praticados
atualmente, conseguem penetrar na organização e, certamente, causarão muitos
problemas. São tipicamente indivíduos que têm desprezo por normas sociais e
indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. São pessoas egocêntricas, que não
têm empatia para com os outros seres humanos e não sofrem de remorso pelo seu
mau comportamento.
O PAPEL DA LIDERANÇA
Quanto mais alto o executivo está na hierarquia da empresa, mais ético deve
ser seu comportamento. O presidente de uma organização é o espelho dos valores
que ela preserva. Ele é o exemplo para todos na organização e sua conduta deverá
estar acima de qualquer suspeita para que sua reputação e, consequentemente, a da
empresa não sofram desgastes (Stukart, 2003, p. 75).
No entanto, definir liderança talvez não seja uma tarefa tão simples assim.
Antes de um aprofundamento no tema, cabe entender que o líder fundamentalmente
trata com seres humanos, pessoas que têm desejos e necessidades, sonhos e
motivações. Ao interagir de forma equivocada com as pessoas sob sua liderança, o
líder não somente compromete o desempenho da empresa, mas também pode dar
espaço a sérios problemas de relacionamento interpessoal.
Para o psicólogo norte-americano Abraham Maslow (2000), existe uma
hierarquia das necessidades humanas, dispostas em uma espécie de pirâmide, em
ordem de importância e de força de influência sobre o comportamento humano. Na
base da pirâmide, estariam as necessidades básicas e, no topo, as mais sofisticadas
e intelectualizadas. Essa hierarquia de necessidades se relaciona às necessidades-
fim dos seres humanos, as quais traduzem todas as suas outras necessidades.
O autor não quis dizer com isso que qualquer necessidade é sempre
completamente satisfeita, Ele afirmou, sim, que é preciso obter um mínimo de
satisfação para que determinada necessidade deixe de prender a atenção da pessoa.
Quando isso ocorre, a pessoa está livre para experimentar as tensões associadas à
necessidade seguinte, mais alta, e para exercitar os novos comportamentos para
alcançá-la (Maslow, 2000).
Teoria X e Y
Mario Sergio Cortella (2009, p. 94-101), no seu livro Qual é a tua obra? aponta
algumas competências que um líder deve ter no sentido de uma liderança produtiva e
ética. Para esse autor, o líder precisa ter a mente aberta, estar atento aquilo que muda
e sempre disposto a aprender. Ele também deve ser capaz de fazer sua equipe
crescer, pois um “líder que não eleva a equipe, que só pensa no próprio crescimento,
não é um líder, é um chefe, no sentido hierárquico do termo”. Só seremos líderes
inspiradores quando formos capazes de, ao subir, levarmos junto nossos
subordinados.
Outra característica apontada por Cortella (2009) é a obrigação que o líder tem
de criar um ambiente de trabalho alegre, pois as pessoas passam muito tempo no
trabalho e precisam se sentir bem onde estão. Não se trata de um ambiente de
baderna, mas alegre. Sem alegria, não há motivação. Liderar também pressupõe
capacidade de inovação - a busca de novos métodos e soluções - e visão de futuro.
Todo líder deve ser capaz de reunir sua equipe e discutir (troca de ideias) de forma
digna e ética os passos a serem dados na condução das tarefas.
Por fim, Hitt menciona o líder transformador, aquele que, por meio da
motivação, procura retirar o melhor de cada pessoa. É um tipo de líder que percebe o
potencial de cada pessoa e tem prazer no crescimento dos colaboradores. Sua ética
é, de acordo com Hitt, personalíssima e justificada por fortes virtudes morais, as quais
transmite pelo seu exemplo (Mattar, 2004).
Para finalizar este tópico sobre liderança e seus desdobramentos éticos, cabe
reproduzir, literalmente, os Dez mandamentos do líder, de acordo com Pierre Weil
(1992, p. 75), que, de certa forma, têm muita relação com o líder transformador
apresentado por Hitt.
I. Respeitar o ser humano e crer nas suas possibilidades, que são imensas.
IV. Estar sempre dando o exemplo em vez de ficar criticando o tempo todo.
Vl. Dar a cada um seu lugar, levando em consideração seus gostos, seus
interesses e suas aptidões pessoais.
IX. antes de agir, explicar aos membros do grupo o que vai fazer e por quê.
X. Evitar tomar parte nas discussões quando presidir uma reunião; guardar
neutralidade absoluta, fazendo registrar, imparcialmente, as decisões do grupo.
a. Fisiológica.
b. Estima,
e. Segurança.
d. Social.
a. V-F-V-F-V.
b. F-V-F-V-F.
c. F-F-V-F-V.
d. V-F-F-V-F.