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Disciplina: Introdução à Filosofia do Direito (DIR03042)

Professor: Guilherme Boff


Aluno: Renan Ziglioli de Sousa

Resenha do livro “Política”, de Aristóteles, Livro 1

Aristóteles inicia o seu livro “Política” definindo que toda cidade é uma comunidade, e que
todas as comunidades visam algum bem. De certa maneira, relata que as comunidades, assim
como a família a as aldeias surgem naturalmente, havendo funções específicas para cada membro
(ou cidadão) que as compõem. Em sua visão, os que estão mais aptos a pensar e prever acabam
se tornando governantes enquanto os que são mais fortes fisicamente, acabam se tornando escra-
vos (servos) e governados. De maneira sucinta, temos que a partir do casal surgem as famílias, das
famílias se formam as aldeias e, por fim, a união de diversas aldeias poderá resultar numa cidade
(comunidade maior de pessoas). Ressalta também um dos aspectos já referidos durante a primeira
aula da disciplina, que nas aldeias e tribos, o costume era a liderança do ancião. O filósofo refere
ainda que a cidade subsiste para assegurar a vida boa (conceito visto nas aulas anteriores) e que
o ser humano é um ser político, ou seja, que visa a sociabilidade. Assim, quando o ser humano vive
de maneira isolada, tende a se tornar vicioso, mas o que vive na cidade, tem maiores chances de
se tornar virtuoso. Nesse ponto destaca Aristóteles: a justiça é a própria cidade, visto que a justiça
é a ordem da comunidade e busca discernir quanto ao que é justo.

Aristóteles também trata da Economia, novamente retrocedendo a ideia inicial de economia


na casa (ou família, oikos) para então explicar o conceito de economia da cidade. De maneira re-
sumida, pode-se dizer que há certas funções e papéis sociais nas cidades, atinentes ao governo e
administração da cidade, sendo algumas de cunho senhorial e outras de cunho servil (obediência).
Trata também da arte de adquirir bens, referindo que as famílias têm propriedades (instrumentos
de ação) e instrumentos de produção (desde ferramentas inanimadas aos escravos, tidos por eles
como instrumentos vivos). Justifica ao longo de seu primeiro livro por quais motivos seria razoável
supor que algumas pessoas são senhores por natureza enquanto outros são escravos por natureza.
Contudo, refletindo chega a elencar alguns motivos pelos quais a escravidão não seria natural ao
homem, bem como os critérios distintos aplicados aos gregos e aos bárbaros para definir quem
seria ou não escravo. Posteriormente, adentra a questão das trocas e uso da moeda. Refere que
as coisas que possuímos possui duplo uso, como a Sandália, que pode servir como calçado ou
como objeto de troca. Desenvolvendo seu raciocínio, aponta que o acúmulo de bens permite ao ser
humano saciar suas necessidades, mas que o acúmulo em excesso, visando saciar os prazeres de
maneira ilimitada e insaciável, o que seria contrário à natureza.

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