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VOCABULÁRIO GOREANO

“A escrava bárbara, nascida da Urth caminhou até a servery e começou a preparar o que era
necessário para a cerimônia do chá.”

Uma frase tão pequena e tão cheia de erros.

Urth é uma palavra que não existe no vocabulário Goreano para se referir à Terra. A palavra
‘servery’ não aparece uma vez sequer nos Livros. E nem a famigerada (e sonolenta) cerimônia do
chá. Assim como outras palavras não existem, ou são mal utilizadas, nos RPs da vida virtual.

‘Ai’ ou ‘Aie’ aparece nos Livros como uma exclamação, e não como uma palavra Goreana
significando ‘Sim’. Assim como ‘Ki’ é usado no sentido de negação, de oposição, e não como
significando uma palavra Goreana para ‘não’.

‘Ko-lar’ aparece nos Livros apenas uma vez, quando uma garota da Terra é ensinada a pronunciar
em Goreano a palavra ‘collar’ na língua geral da Contra-Terra. E, de quebra, ainda recebe de Tal
Cabot a explicação de que “é a mesma palavra da Terra.” E por ai vai.

Outras palavras e expressões são mal utilizadas. Exemplos.

‘Kajira’ é uma das palavras Goreanas que significa ‘escrava’. O plural de ‘kajira’ é ‘kajirae’ e não
kajiras, como é usual vermos por ai afora. E a explicação é simples. Norman cria essa palavra
brincando com o latim e, no latim puro, o plural não é feito pelo uso da letra ‘s’. Assim como a
palavra para o escravo, homem, é ‘Kajirus’ cujo plural é ‘Kajiri’. Os arqui-inimigos dos Reis
Sacerdotes são s ‘Kurii’, cujo singular é Kur.

A semana Goreana é nomeada por ‘hand’. Mas cuidado ao usar essa palavra. A semana Goreana não
tem a mesma duração da semana da Terra. Enquanto nossa semana tem sete dias, a de Gor tem só
cinco.

A mesma coisa se dá com a marcação de horas. Ahn (hora), Ehn (minuto) e Ihn (segundo) em Gor
não tem a mesma duração que aqui. Aliás, o dia não tem a mesma duração. Enquanto nosso dia tem
24 horas, o de Gor tem 20, apenas.

O alfabeto Goreano tem 28 caracteres, provavelmente, derivados de vários alfabetos da Terra, como
o grego, o romano, o oriental e até mesmo alguma influência de Creta, dentre outras. Mas apenas
quatorze letras são nomeadas nos Livros. Um exemplo é a letra Kef, a primeira letra da palavra
‘Kajira’.

E por falar em kajira, a expressão ‘La Kajira’ não é uma saudação. Quem leu o Livro 4, publicado
em português viu a primeira vez em que essa expressão aparece. Quando Elizabeth está sendo
encoleirada da tenda de Kutaituchik, ela é obrigada a dize-la. E Tarl a orienta. Ele a ensina que ‘La
Kajira’ significa simplesmente ‘eu sou uma escrava’ em Goreano. Portanto, se você é livre, cuidado
ao usar essa expressão. Corre um sério risco de ser encoleirada (o). Um Goreano de verdade não
exitaria em colocar um colar no seu pescoço e, dependendo da sua resistência, até com uma certa
dose de violência.

Uma expressão que está quase em esquecimento, mas que é muito importante em Gor é a palavra
‘civitatis’. Novamente Norman brinca com o latim. ‘Civis’ em latim é cidadão. Norman cria uma
palavra para expressar ‘pertencente a uma Home Stone.’
Por fim, mas não menos importante, existe uma palavra em Goreano de saudação – e só uma – que
é a palavra ‘Tal’. Não existe outra forma de saudação Goreana. Puntualmente, existem fórmulas de
saudação como a longa conversa Tuchuk de bosks, quivas e rodas de carroça (ver Livro 4) e a
fórmula ‘que sua bolsa sempre esteja cheia de água’ do Tahari. Mas pela leitura dos Livros, me
parece claro que essas fórmulas não são corriqueiras, do dia a dia, mas utilizadas em situações
especiais, que requeiram uma certa dose de formalidade ou deferência à pessoa saudada.

Para se despedir, só há uma – e só uma – expressão Goreana. Não existe outra a não ser…

Eu lhes desejo o bem.

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