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Relatório do Estágio Escolar

I. IDENTIFICAÇÃO

Instituição: E.M.E.F. José Gaspart Ruas


Endereço: Rua Adelpho Quaiotti, nº476, Rosa Amarela
Telefone: (17) 3442-3273
Responsável: Ângela Maria Andre Ciccone
Estagiárias: Janayna Moreira Iashima
Priscila dos Santos

Data do Encontro: 05/09/2012


Horário: 7:30 h
Número do Encontro: 16º

II. RELATÓRIO DE ENCONTRO

Nesse encontro foi trabalhado o 2° Ano, e a atividade que já havia sido


previamente proposta foi o amigo secreto onde eles deveriam fazer o presente, não
poderia ser comprado. E nesse dia foi realizado as trocas dos presentes confeccionados
por eles.
Nessa data, estava marcado para que as psicólogas estagiárias recolhessem as 4
peças escritas de teatro do 5° Ano A..
E a retirada de fotos dos professores e alguns funcionários que estavam faltando
para o projeto de encerramento das atividades.

III. ANÁLISE DO ENCONTRO

O encontro com o 2° Ano foi muito proveitoso, assim que as psicólogas


estagiárias chegaram a porta da sala, as crianças já foram se aproximando e
verbalizando, “Tia, é hoje que vamos trocar os presentes?” (sic), “Eu trouxe meu
presente” (sic), “Eu não trouxe” (sic), “Olha o que eu fiz” (sic).
As psicólogas estagiárias adentraram a sala e pediram para que todos afastassem
suas carteiras para formar um círculo e todos se sentarem no chão. Durante o
afastamento das carteiras, foi possível perceber por uma de nós, que uma criança estava
afastando sua carteira de forma bruta, como se estivesse nervoso, então, foi perguntado
a ele se estava tudo bem, “Não! Eu esqueci de fazer o presente” (sic).
O círculo foi feito e foi iniciada a troca dos presentes. As crianças se
posicionavam no centro da roda e davam dicas de como era seu amigo secreto, e o que
tornou engraçado a brincadeira, é que as crianças olhavam diretamente para seu amigo
secreto e descreviam a roupa que estavam vestidos e como eram na sala de aula.
Os que não trouxeram presente, não receberam também, só recebiam o presente
quem tivesse feito o seu. (Ex.: A. saiu com B., mas B. não fez seu presente, então, o
amigo secreto de B. recebe o presente que deveria ser de B.). Essa foi uma forma que
nós encontramos para organizar, de forma que todos que se dedicaram a fazer o
presente do seu amigo secreto, recebessem um presente e quem não fez, também não o
recebesse.
Os presentes foram: um desenho de um dinossauro em uma cartolina, um gatinho
em um amaciante de roupas, uma caixa com várias coisas dentro, como um caderno de
desenho com colagem de desenhos para colorir, com caças-palavras para fazer (feito
pelo próprio aluno), um desenho em uma folha sulfite, um caixinha feita de garrafa pet,
e outros presentes.
Em alguns rostos foi possível perceber o desagrado ao receber o presente, já em
outros, a felicidade em forma de sorrisos, pulos e verbalizações.
No final do amigo secreto, nós colocamos a importância de pensar no outro, no
amigo, de se comprometer com o outro, de trazer o presente, de fazer. Alguns alunos
que não fizeram o presente foram conversar conosco, falando de sua chateação por não
ter trazido o presente e conseqüentemente, não ter recebido.
Criar o filho para que ele seja um bom profissional é um dos grandes desejos e
desafios dos pais. Mas já imaginou que, além de investir na educação escolar dos
pequenos, estimular a curiosidade e deixar que eles usem a imaginação pode ser
igualmente importante? É isso mesmo. A tão solicitada criatividade é algo que deve ser
alimentado durante a infância, desde cedo.
Como explica Claudia Siqueira, diretora do Instituto Sidarta, a criança tem,
naturalmente, muito potencial criativo. “Todos aqueles ‘porquês’ fazem parte do
primeiro passo para o desenvolvimento criativo”, diz Claudia.  Afinal, como diz a
especialista, a evolução humana acontece por que alguém não se conforma com alguma
coisa e tenta fazer diferente. A criatividade, portanto, significa sair do senso comum,
fazer algo de um outro jeito ou ter a capacidade de criar coisas novas - e os pequenos
estão muito próximos desses conceitos. “Naturalmente, as crianças não têm
preconceitos e, assim, possuem o instinto de transformar”, explica Mara Pusch,
consultora de imagem e psicóloga da Unifesp.
Durante o encontro com o 2° Ano, nós tivemos que ter muito “jogo de cintura”,
para colocar suas falas, pois a professora se colocava a todo momento, principalmente
para chamar a tenção das crianças quanto ao silencio.
Depois do amigo secreto, nós fomos recolher as peças escritas do teatro do 5°
Ano A. Dois grupos tinham feito, outros dois estavam terminando, devido a isso, foi
dado o prazo de mais uma semana. Começamos a ler as peças e percebemos que no
final da peça havia duas piadas sobre mãe e filho, tivemos uma idéia, para o dia do
evento. E a outra peça, não era uma escrita de peça de teatro, e sim, um texto e muito
bem escrito por sinal, por isso, fomos ao encontro do grupo e pedimos que se acaso eles
quisessem, podiam transformar aquele texto em uma peça de teatro, colocando
personagens e falas para eles. Ao perguntar se eles “topavam” tentar, um deles
verbalizou “Claro! Nós vamos tentar” (sic).
O sentimento foi de gratificação pois até então essa turma nos parecia resistente, e
agora parecem mais interessados na atividade proposta. A cada dia que passa, nosso
trabalho nos parece mais palpável e o retorno tem se convertido em energia e doação
afim de melhora em nossos trabalhos.
O desenvolvimento infantil tem se tornado, cada vez mais, uma questão relevante
tanto para profissionais que lidam diretamente com crianças, quanto para pais
preocupados em fornecer aos seus filhos uma educação consistente e um crescimento
saudável em termos físicos e psicológicos. Em um mundo onde as informações
circulam de forma livre e muito rápida, somos todos assolados por diversas teorias
acerca de como cuidar das crianças, o que fazer para estimulá-las, quais aspectos
relacionados a um atraso cognitivo. No entanto, tais informações chegam muitas vezes
desorganizadas, fragmentadas, favorecendo compreensões errôneas e pouco articuladas
com a complexidade relacionada ao desenvolvimento infantil, particularmente no que
diz respeito ao desenvolvimento da mente. Tal fragmentação acaba por abrir caminho
para rotulações e diagnósticos apressados, prejudicando mais do que contribuindo para
um bom entendimento do universo da criança.
O livro de Fabio Barbirato e Gabriela Dias surge nesse contexto, visando
fornecer informações de cunho científico, numa linguagem acessível. Como os próprios
autores afirmam, o objetivo é mostrar como educar filhos com boa saúde mental. O
grande mérito do livro está em conseguir resumir em poucas páginas, de forma clara e
articulada, diversos aspectos relacionados ao desenvolvimento que vai de zero aos seis
anos de idade.
Ao abordar questões como a neuroplasticidade e a consequente relevância dos
primeiros anos de vida da criança para o desenvolvimento cognitivo, os autores vão
tocando em aspectos como a importância da participação dos pais na rotina diária de
seus filhos e o estabelecimento de limites; o acolhimento, carinho e proteção da criança,
assim como o incentivo à autonomia e independência; o que faz parte do
desenvolvimento dentro dos padrões esperados e o que merece a avaliação de um
especialista; como lidar com comportamentos como birra e agressividade com firmeza
mas sem cercear a criança. Também apresentam os marcos do desenvolvimento que
devem ser observados desde o nascimento do bebê, oferecendo quadros com as
aquisições esperadas em cada etapa de vida do pré-escolar. Em um segundo momento,
tratam dos transtornos psiquiátricos da infância, buscando descrevê-los e diferenciá-los.
Em se tratando do desenvolvimento infantil, é preciso estar atento ao fato de que
a enorme complexidade envolvida na singularidade de cada criança não tem como ser
abrangida em apenas um livro. Embora os próprios autores demonstrem essa
preocupação, sinalizando por diversas vezes que cada criança possui suas
peculiaridades e que não existe um "manual de instruções", certos aspectos merecem
ser destacados.
A construção de subjetividade implica uma gama extremamente variada de
fatores, de modo que cada sujeito é único. Dicas de como criar os filhos são muito bem-
vindas; no entanto, torna-se necessário lembrar que pais ansiosos por um caminho
previamente traçado podem tropeçar na idéia de que cada dica significa um modelo
fechado a ser seguido. Estimular as crianças desde a mais tenra idade sem dúvida é
fundamental para um desenvolvimento cognitivo saudável, mas é preciso sempre
respeitar as individualidades, evitando a idéia de se formar "super-heróis", prontos para
enfrentar sem titubeios a competitividade do mundo atual. Essa abordagem está fadada
ao insucesso, podendo vir a causar sofrimento psíquico não só para as crianças como
para toda a família. Como os autores afirmam, é imprescindível a busca por um
equilíbrio. Se a criança não nasce com um manual, os pais também não recebem um
quando do nascimento de seus filhos. E será nesse encontro peculiar e único que a
criança se desenvolverá.

REFERÊNCIA

BARBIRATO, F.; DIAS, G. A mente do seu filho: como estimular as crianças e
identificar os distúrbios psicológicos na infância. Rio de Janeiro: Agir; 2009. 213 p.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
81232010000200037&script=sci_arttext>. Acesso em: 08/09/2012.

TINTI, S. Por que é importante estimular a criatividade das crianças. Disponível


em: <http://criancas.uol.com.br/para-os-pais/2011/09/26/por-que-e-importante-
estimular-a-criatividade-das-criancas.jhtm>. Acesso em: 08/09/2012.

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