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SUGESTÕES DE TEMAS
4. INDICADORES DE DESEMPENHO
5. COMPETITIVIDADE
7. INDICADORES DE CUSTOS
8. INDICADORES DE INOVAÇÃO
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15. METODOLOGIA DE GESTÃO PARA ADENSAMENTO DE CADEIAS
PRODUTIVAS
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37. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
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59. ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A GESTÃO DE CUSTOS E A GESTÃO
DO PREÇO DE VENDA: um estudo das práticas adotadas por empresas
industriais
61. CUSTO E DESEMPENHO: administre seus custos para ser mais competitivo
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79. A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NAS SITUAÇÕES CONFLITIVAS NAS
ORGANIZAÇÕES
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100. LIDERANÇA E OS DESAFIOS DA MUDANÇA
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123. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PROFISSIONAL
141. BECHMARKING
142. LIDERANÇA
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145. RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
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165. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: auxílio para micros e pequenas
empresas
178. EMPREENDORISMO
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186. COOPERATIVISMO DE TRABALHO: alternativa de geração de trabalho e
de renda
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206. RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS COM
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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242. COMÉRCIO EXTERIOR: SISCOMEX
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262. PLANEJAMENTO FINANCEIRO E SUAS FERRAMENTAS
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281. A GESTÃO DE ESTOQUE COMO FATOR GERADOR DE LUCROS PARA
EMPRESA
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ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO FONTE
OU REFERENCIA
Introdução:
Conceitos, Definições e Áreas de atuação A Logística Reversa tem sido citada
com freqüência e de forma crescente em livros modernos de Logística Empresarial,
em artigos internacionais e nacionais, demonstrando sua aplicabilidade e interesse
em diversos setores empresariais e apresentando novas oportunidades de negócios
no Supply Chain Reverso, criado por esta nova área da Logística Empresarial. No
Brasil, mais recentemente, seu interesse empresarial tem sido demonstrado por
inúmeras palestras, seminários e consultas que temos realizado em associações,
empresas e universidades e o interesse acadêmico pela sua inclusão como
disciplina curricular em cursos de especialização em Logística Empresarial.
Após uma série de artigos nesta revista sobre o Canais de Distribuição Reversos1 é
oportuno, portanto, considerar o escopo da Logística Reversa, suas áreas de
atuação nestes canais reversos, os objetivos estratégicos empresariais em sua
implementação, o seu relacionamentos com outras áreas das empresas e com
outras áreas de conhecimento, bem como e principalmente, mostrar o seu “estado
de arte” atual no nível internacional e nacional, que pretendemos com esta nova
série de artigos.
Inicialmente para posicionar o leitor destacamos de fuma forma sintética a evolução
de definições da Logística Reversa:
Em C.L.M. ( 1993:323): “Logística reversa é um amplo termo relacionado às
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retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso
de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura....”2
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diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa,
entre outros.
Sendo a literatura ainda escassa e dispersa nesta área, o foco principal desta série
de artigos é o de apresentar uma sistematização e estruturação dos principais
conceitos, resumindo não só a literatura existente como os exemplos, casos e
aplicações da Logística Reversa em empresas internacionais e nacionais, fruto de
um intenso trabalho de pesquisa que temos realizado nos últimos anos.
Para este fim elaboramos o esquema da Figura 1 onde reunimos duas grandes
áreas de atuação da Logística Reversa, que têm sido tratadas independentemente
até então pela literatura, diferenciadas pelo estágio ou fase do ciclo de vida útil do
produto retornado. Esta distinção se faz necessária, embora existam inúmeras
interdependências que serão examinadas a seguir, pois o produto logístico e os
Canais de Distribuição Reversos pelos quais fluem, bem como os objetivos
estratégicos e técnicas operacionais utilizadas em cada área de atuação são, via de
regra, distintos.
Figura 1: Logística Reversa – Área de Atuação e Etapas Reversas
LOGÍSTICA REVERSA
DE PÓS – CONSUMO
RECICLAGEM
IDUSTRIAL
DESMANCHE
INDUSTRIAL
REUSO
CONSOLIDAÇÃO
COLETAS
LOGÍSTICA REVERSA
DE PÓS – VENDA
SELEÇÃO/DESTINO
CONSOLIDAÇÃO
COLETAS
Bens de Pós-
Consumo
Bens de Pós
Venda
Consumidor
Cadeia de
Distribuição Direta
pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de
distribuição direta, que se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual
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fluem estes produtos. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto
logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos
pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no
produto, avarias no transporte, entre outros motivos. Este fluxo de retorno se
estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta dependendo do
objetivo estratégico ou motivo de seu retorno .
Denominaremos de Logística Reserva de Pós – Consumo à área de atuação da
Componentes”.
Figura 2 – Foco de Atuação da Logística Reversa
Bens de Pós–Consumo
Comerciais
Disposição Final
Reciclagem
Conserto
Reforma
Mercado Secundário de Bens
Fim de Vida Útil
Em Condições de Uso
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Desmanche
Componentes
Mercado Secundário de Componentes
Mercado de 2ª Mão
Mercado Secundário de Matérias Primas
Comercio
Indústria
Retorno ao Ciclo de Negócios
Bens de Pós–Venda
Resíduos Industriais
Remanufatura
Retorno ao Ciclo Produtivo
Substituição de Componentes
Reuso
Qualidade
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A classificação “Substituição de Componentes” decorre da substituição de
componentes de bens duráveis e semi – duráveis em manutenções e consertos ao
longo de sua vida útil e que são remanufaturados, quando tecnicamente possível, e
retornam ao mercado primário ou secundário, ou são enviados à reciclagem ou para
um destino final, na impossibilidade de reaproveitamento.
A Logística Reversa de Pós- Consumo deverá planejar, operar e controlar o fluxo de
retorno dos produtos de pós – consumo ou de seus materiais constituintes
classificados em função de seu estado de vida e origem: “Em condições de uso”,
“Fim de vida útil”, e “Resíduos Industriais”.
A classificação “Em condições de uso” refere-se às atividades em que o bem durável
e semi - durável apresenta interesse de reutilização sendo sua vida útil estendida
adentrando no canal reverso de “Reuso” em mercado de 2ª mão até ser atingir o “fim
de vida útil”, constituindo o “looping” apresentado na Figura 2.
Nas atividades da classificação “ Fim de vida útil” a Logística Reversa poderá atuar
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aplicação, motivada pela redução de custos em geral e em particular os logísticos,
além de outras razões.
Em 1970 foram lançados 1.365 novos produtos nos Estados Unidos, em 1986 este
número foi de 8.042 novos produtos, em 1991 este número cresceu para 13.244 e
em 1994 alcançou a marca de 20.074 novos produtos lançados de acordo com
dados de New Products News 1
Exemplos clássicos de bens com ciclo de vida rapidamente decrescentes são o dos
computadores e seus periféricos, que se revelam expressivos na visão da Logística
Reversa quando observamos alguns dados do Instituto Gardner Group estimando
em 680 milhões as vendas de computadores no ano de 2005 e de 150 milhões o
número deles que serão descartados somente nos Estados Unidos. O nível de
obsolescência atual nos Estados Unidos é de 2:3, ou seja, a cada três computadores
produzidos dois tornam-se obsoletos, com tendência de que esta razão de
obsolescência se torne 1:1 nos próximos anos.
Em 1960 a produção mundial de plásticos era de 6 milhões de toneladas por ano e
em 1994 passou a 110 milhões de toneladas. No Brasil a produção de plásticos teve
um aumento de cerca de 50% entre os anos de 1993 e 1998, valores altos quando
comparados com o crescimento dos metais mais comuns. Ainda no Brasil, o
consumo de garrafas descartáveis de PET( denominação da resina constituinte –
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O esquema da Figura 3 sintetiza a idéia de como a crescente descartabilidade dos
produtos tende a tornar mais expressiva a atuação da Logística Reversa, tanto no
setor de pós-venda como no de pós - consumo. Tecnologia, Marketing, Logística e
outras áreas empresariais, através de redução de ciclo de vida de produtos, geram
necessidades de aumento de velocidade operacional de um lado e provocam
exaustão acelerada dos meios tradicionais de destinos dos produtos de pós
consumo.
1 in Martins e Blecher ( 1996)
em relação aos seus produtos após serem vendidos e consumidos, o que costuma
ser identificado como “EPR”( Extend Product Responsability) a chamada “ Extensão
de Responsabilidade ao Produto”.
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LOGÍSTICA REVERSA
1.INTRODUÇÃO
A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao
cliente.
Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e devem retornar ao
seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou
reaproveitados.
Outra questão refere-se a produtos adquiridos pela internet, em que o consumidor
tem o direito de arrepender-se da compra em até sete dias a contar da data de
recebimento do produto.
Temos também o caso de retorno de embalagens, em que acontece basicamente
em função da sua reutilização - fator econômico ou devido a restrições legais – fator
ambiental.
2. LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa é a área da logística empresarial que tem a preocupação com os
aspectos logísticos do retorno ao ciclo de negócios ou produtivo de embalagens,
bens de pós venda e de pós consumo, agregando-lhes valores de diversas
naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre
outros.
e semi durável apresenta interesse de reutilização, sendo sua vida útil estendida
adentrando no canal reverso de „reutilização‟ em mercado de segunda mão até
atingir o “fim de vida útil”.
Nas atividades da classificação de “fim de vida útil”, a logística reversa poderá atuar
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pregos, pedaços de madeira, que precisam ser separados, no caso de uma
reciclagem;
· O custo total do fluxo reverso é desconhecido, de difícil avaliação. (LIMA)
· Custos de transporte e armazenagem de produtos tóxicos;
· O custo de transporte a tarifa é a mesma para entregar e para buscar o produto;
· Os custos da operação de troca são elevados.
Apesar dos problemas citados acima, se as empresas se estruturarem para as
práticas reversas na cadeia de suprimentos e buscarem parceiros, a relação custo
benefício será vantajosa.
A estruturação das empresas no sentido de melhorar o atendimento aos clientes é
de grande importância. A implantação de tecnologias de informação na logística
reversa, centros de distribuição, faz com que as empresas obtenham enormes
economias pela redução de perdas e pela possibilidade de redistribuição.
A redução crescente da diferenciação entre produtos concorrentes faz com que a
decisão de compra por parte do cliente fique influenciada não só pela relação entre o
valor percebido do produto e seu preço, mas também pela comparação entre o valor
do serviço oferecido e seu custo ao cliente. A satisfação que um produto proporciona
não é relacionada apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que
o acompanha e manter um bom relacionamento com os clientes é, hoje em dia, um
fundamento básico no mundo dos negócios.
uma logística reversa os benefícios ( ambientais , boa imagem no mercado, etc.) são
positivos;
5. Aumento significativo nos lucros da empresa – uma vez bem estruturada a prática
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Existem variantes com relação ao tipo de reutilização que os materiais podem ter –
8. CONCLUSÃO
Usualmente pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de materiais do
seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, existe também um
fluxo logístico reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser
gerenciado.
Por outro lado, observa-se que o escopo e a escala das atividades de reciclagem e
reaproveitamento de produtos e embalagens têm aumentado consideravelmente nos
últimos anos pela importância crescente das questões ambientais, da concorrência -
diferenciação de serviço e a busca pela redução contínua de custo.
As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos
para as empresas. Além disto, os esforços em desenvolvimento e melhorias nos
processos de logística reversa podem produzir também retornos financeiros, de
imagem corporativa e de nível de serviço consideráveis que justificam os
investimentos realizados.
No tocante ao projeto de logística Reversa, os pontos de maior concentração de
esforços e particulares neste caso são os estudos de Viabilidade (parcerias e
alianças, financiamento, aspectos ambientais), processo de Coleta de materiais,
Processamento do material e canais de Reutilização.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESPONSABILIDADE SOCIAL NA CADEIA LOGÍSTICA: uma visão
integrada para o incremento da competitividade
Lilian Aligleri
Resumo
O desequilíbrio imposto pela globalização exige novas configurações e habilidades
organizacionais. A capacidade de interagir de forma cooperativa com outras
empresas e com a sociedade é fundamental para a sobrevivência, a legitimidade e a
competitividade no mercado. Neste sentido, o presente artigo objetiva discutir a
necessidade de se pensar a empresa como parte de um sistema mais amplo, onde a
responsabilidade social é uma vantagem competitiva dinâmica porque protege
insumos básicos na produção, o meio ambiente produtivo e humano no longo prazo.
Para tanto, é abordado a responsabilidade social em uma visão de cadeia,
enfocando a logística empresarial no contexto da produção de bens de consumo.
Discute-se a busca pela vantagem competitividade empresarial, o conceito de
responsabilidade social de forma sistêmica e multidimensional, a gestão
socialmente responsável numa visão de cadeia. Apresenta-se a indústria
automobilística como um exemplo de interação empresarial e suas possíveis
políticas de envolvimento com o social. Finalmente, destaca-se consideráveis
transformações nas práticas produtivas, no comportamento dos gestores e dos
consumidores que este novo paradigma de gestão traz consigo, sugerindo novos
campos de pesquisa ainda não explorados.
Introdução
A economia mundial está sofrendo grandes transformações com a globalização.
Diversos reflexos estão sendo sentidos em vários segmentos industriais que vão
desde o aumento da competitividade, o acesso a novas tecnologias gerenciais até a
mudança comportamental do mercado consumidor, que se mostra cada vez mais
exigente e informado (Ching, 1999). As novas características do mercado fazem
com que as empresas passem a buscar particularidades que diferenciem os seus
produtos dos concorrentes, de modo a criar maior valor percebido a seus clientes
(Milagres et al, 1999).
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Todavia, as vantagens competitivas adquiridas, resultantes de “novos” métodos de
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geográfico – com a construção de alianças estratégicas para a exploração de novos
mercados.
A habilidade de compartilhar atividades na cadeia de valor é a base para a
competitividade empresarial, porque a partilha realça a vantagem competitiva por
aumentar a diferenciação (Porter, 2001). Nesse sentido, a produtividade, a qualidade
e a redução de custos, embora não devam ser ignorados pelos gestores, não são
mais geradores de vantagem competitiva, pois tornaram-se o mínimo requerido para
a sobrevivência da empresa.
É importante observar que o processo de globalização que acarretou a abertura de
mercado e o aumento da concorrência externa, além de gerar profundas
transformações tecnológicas, econômicas, financeiras e sociais, também fez com
que novas variáveis macroeconômicas permeassem de forma ainda mais intensa a
competitividade das empresas. É fato que condições sociais precárias existentes em
determinados países (baixo padrão educacional, precária condição de saúde,
elevado nível de pobreza, alto grau de desigualdade, etc.) contribuem para restringir
o crescimento econômico e ganho de produtividade e competitividade das empresas
ali instaladas. Macedo (1999) destaca três níveis de fatores econômicos-sociais,
todos relacionados ao macro-ambiente organizacional, que interferem na
competitividade empresarial:
• Fatores do nível meta, que contemplam as estruturas básicas de organização
Quintella, 2001).
O conceito de responsabilidade social das empresas vem se consolidando de forma
multidimensional e sistêmico, buscando interdependência e interconectividade entre
os diversos stakeholders ligados direta ou indiretamente ao negócio da empresa
(Ashley et al, 2000; Ashley, 2001). Portanto, ele perde a relação com ações e
projetos, filantrópicos e assistenciais, direcionados à comunidade, sendo substituído
por uma visão de redes de relacionamento desenvolvida a partir de padrões de
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conduta aplicáveis à totalidade das atividades da empresa, ou seja, do planejamento
e da implementação das atividades existentes inerentes ao negócio.
Neste novo contexto, a responsabilidade social associa-se a um conjunto de
políticas, práticas, rotinas e programas gerenciais que perpassam por todos os
níveis e operações do negócio e que facilitam e estimulam o diálogo e a participação
permanentes com os stakeholders, de modo a corresponder com as expectativas
dos mesmos. Há interação entre os diversos agentes sociais, abarcando os
aspectos econômicos, como vêm acontecendo classicamente na administração e
também relações de confiança e normas éticas (Ashley, 2001). Kreitlon e Quintella
(2001:06) ressaltam que “... cada grupo de interesse tem direito a não ser tratado
como um simples meio, mas deve, ao contrário, participar ou pelo menos ser levado
em conta por ocasião das decisões relativas aos rumos da firma na qual ele tem um
interesse”.
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A redução dos custos de produção ocorre na medida em que as ineficiências diretas
dos recursos utilizados e as falhas no processo produtivo começam a ser
identificadas e corrigidas devido a um posicionamento mais socialmente
responsável, como por exemplo, a redução no consumo de energia, papéis e água,
a diminuição do absenteísmo no trabalho devido a acidente ocasionado pela
melhoria da segurança no trabalho e o reaproveitamento e reciclagem de materiais e
embalagens anteriormente descartados, entre outros. Nesse sentido, Porter e Linde
(1999) chegam a afirmar que sob a abordagem da produtividade dos recursos, a
melhoria da questão social e da competitividade andam juntas.
Embora muitos dos novos posicionamentos socialmente responsáveis adotados
pelas empresas tenham sido provocados por novas leis e regulamentos de âmbito
federal, como é o caso da lei 9.605/98 que se refere aos crimes ambientais, a lei
8.078/89 conhecida como o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da
Criança e do Adolescente e a lei 6.321-76 que regula a segurança e saúde de
trabalhador, é evidente que também os clientes estão atribuindo maior valor às
empresas mais eficientes na adoção de políticas de responsabilidade social.
Devido à grande quantidade de informações que os consumidores dispõem, fica
cada vez mais criteriosa a análise de qual opção de compra mais lhe convém, haja
vista, a pesquisa sobre a “Percepção e Tendências do Consumidor Brasileiro”,
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Todavia, é possível perceber que o debate sobre essa relação tem sido conduzido
de forma incorreta. Na grande maioria das vezes, tem se focalizado na progressão
dos custos decorrentes da adoção de um posicionamento socialmente responsável,
ignorando os efeitos compensadores mais importantes que impulsionam a
competitividade, resultantes da inovação (Porter e Linde, 1999). O novo paradigma
que vem se impondo, entrelaça a melhoria social e a competitividade, uma
adequação às novas realidades em conformidade à ordem social que se configura.
Um exemplo é o Dow Jones Sustainability Group Index, criado em setembro de
1999, que disponibiliza um indicador geral das empresas que criam valor a longo
prazo para os acionistas, considerando o desenvolvimento econômico, ambiental e
social nas decisões sobre novas oportunidades de negócio e no gerenciamento das
empresas. O índice vem revelando a existência de um grande mercado em
ascendência formado principalmente por fundos públicos e privados dispostos a
investir em empresas com elevada conduta social. Segundo estudos do Social
Investment Forum - entidade que representa o setor de investimento socialmente
responsável nos EUA - estima-se que, em fins de 1999, um em cada oito dólares de
ativos administrados nos EUA era investido com algum critério de responsabilidade
social (Seabra, 2001; Stivaletti, 2002).
Dessa forma, o desempenho social inadequado e a falta de políticas bem
elaboradas de cunho social podem ter sérias implicações organizacionais,
acarretando prejuízos materiais e morais de modo a aumentar os custos e perder
oportunidades de mercado (Borger e Aspertedt, 1999). Não há como ignorar a
responsabilidade social na gestão da empresa, pois a questão não é parte apenas
de uma sensibilização social e ética, mas, principalmente, de uma sensibilização
econômica, institucional e mercadológica (Layrargues, 2000).
A necessidade das empresas tornarem-se mais pró-ativas na definição de
relacionamentos simbióticos com os stakeholders institui um complicado xadrez
organizacional que exige o desenvolvimento do processo em cadeia, já que cada
agente depende do perfeito funcionamento do outro para atingir seus objetivos. Aí
esta a importância da integração das políticas e ações de responsabilidade social
com a cadeia logística (Ching, 1999; Wood Jr e Zuffo,1997).
FONTES
FABRICANTE
VAREJISTAS
DISTRIBUIDORES
CONSUMIDORES
FORNECEDORES
FLUXO DE PRODUTOS E/OU SERVIÇOS
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FLUXO DE INFORMAÇÃO
atuação em conjunto com os outros stakeholders para cada uma das fases do
processo produtivo.
Antes da fabricação, envolvendo todo o sistema de suprimentos, isto é, o processo
produtivo dos fornecedores primários (agrícola ou extrativista) e secundário
(transformador), deve-se observar todas as atividades que impactam negativamente
na imagem do produto. Salienta-se que os fornecedores que competem com uma
estratégia de alta qualidade são, com freqüência, mais sensíveis aos insumos que
adquirem, monitorando com maior intensidade os fatores que lhes transferem
prestígio para reforçar sua estratégia de qualidade. Alguns aspectos a serem
observados com relação à responsabilidade social dos fornecedores são a
conservação dos recursos naturais, a utilização de tecnologia de menor impacto
social e a produção sustentada.
Políticas sociais inovadoras no que diz respeito ao relacionamento com os
fornecedores pode ser observada tanto na Van den Bergh Alimentos, uma divisão da
Gessy Lever, quanto na Natura. A Van den Bergh busca junto aos produtores de
tomate soluções para minimizar o impacto ambiental da produção, implantando a
irrigação por gotejo nas plantações que, além de provocar uma diminuição do
consumo de água e energia na ordem de 25%, também reduz pela metade o uso de
agrotóxicos utilizados na produção. Já a Natura, incluiu em seus contratos com os
fornecedores, uma cláusula que estabelece a possibilidade de rompimento de
relações comerciais caso haja desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente
(Rittner, 2000).
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No processo produtivo, ou sistema de fabricação, a empresa transformadora deverá
gerir seus processos internos aproximando as fronteiras funcionais com questões
ligadas a responsabilidade social, de forma a exigir dos stakeholders uma
continuidade das políticas delineadas. Nesse sentido, as áreas de vendas, marketing
e manufatura devem estar atentas as imposições dos clientes quanto a variáveis
éticas, sociais e ambientais do produto, reivindicando aos distribuidores e varejistas
tal postura de atuação. As áreas de compra, pesquisa e desenvolvimento e
distribuição/despacho devem atuar na integração de suas políticas com as
atividades e processos dos fornecedores.
Após a fabricação, no sistema de distribuição que envolve atacadistas e varejistas,
bem como clientes finais, é importante que tais agentes compreendam o processo,
para trás, que envolve a fabricação do produto de forma a criar políticas e processos
que venham a sustentar o posicionamento anteriormente adotado pelos outros
stakeholders.
É importante enfatizar que a responsabilidade social da cadeia produtiva não se
encerra com a venda do produto ao consumidor final. A cadeia deve assumir para si
a preocupação com a vida útil do produto e o seu destino após o consumo,
abarcando inclusive as embalagens que o compõem, caso existam. Só assim a
cadeia conseguirá atingir níveis elevados de responsabilidade social e contribuir
para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Todavia, para que a cadeia seja percebida como socialmente responsável é
fundamental salientar a importância do consumidor nesse processo. É ele que,
através do seu poder de compra, irá legitima-la como tal. Dessa forma, é
imprescindível que todas as funções e processos de negócio tenham visibilidade
corrente acima. Dar visibilidade às informações ajuda todos os participantes a
gerenciar os pontos falhos da cadeia de forma mais precisa, reduzindo
substancialmente os riscos de perda de credibilidade no plano político e
competitividade, no econômico (Dowbor, 1999).
Segue abaixo uma figura-resumo com os principais assuntos abordados. A partir do
topo, encontram-se os seguintes elementos:
• Primeiro, o novo contexto empresarial, marcado pela globalização e pelo
Um Exemplo
Discutir a responsabilidade social na cadeia logística é algo extremamente complexo
devido à amplitude e ao encadeamento das relações estabelecidas entre os diversos
stakeholders. Além disto, as cadeias produtivas diferem-se intrinsecamente,
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possuindo uma especialização única, principalmente no que se refere aos agentes
participantes e àquele com maior poder de coerção sobre a cadeia (Ching, 1999).
Desta forma, estabelecer tecnicamente um modelo de responsabilidade social a ser
apropriado por qualquer cadeia poderia resultar em pouca eficiência. Há
necessidade de analisar separadamente cada processo produtivo e delinear
políticas específicas para as atividades desenvolvidas. Isto não significa que uma
mesma política de responsabilidade social não possa ser delineada para outras
cadeias produtivas, entretanto, há uma grande diferenciação no conjunto global das
diretrizes sociais traçadas pelos stakeholders.
Nesse sentido, para exemplificar a responsabilidade social no processo logístico,
tomou-se como base uma cadeia produtiva específica: a indústria automobilística
(Figura 3). Optou-se pelo setor automobilístico já que é um dos objetos de estudo
mais presente no cenário industrial e, com freqüência, apresenta inovações que
posteriormente se convertem em paradigmas para outros setores produtivos
(Venanzi, 2000). Também porque a indústria automobilística é uma das mais ricas
da economia, geradora de grande impacto social, que se deve principalmente à
complexidade do bem produzido (Pinheiro e Motta, 2001).
No mundo, o setor automobilístico passa por uma forte transformação decorrente do
processo de globalização associado à revolução tecnológica, que vem alterando as
relações e processos nas várias partes da cadeia produtiva – montadoras,
Fontes de
Insumos
Fornecedores
Fabricante/Transformador
Distribuidor/Varejista
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Consumidor Final
Ind. De Extração
INSUMOS
Concessionária
Ind. Automobilíst.
Ind. Sider./Metalurgica
P. Física
P. Jurídica
BENEFICIADORA
SERVIÇOS
MONTADORA
Motor Company, they come first through the doors of our dealerships. (2000 Annual
Report – Building Relationship, p.15)vii
Pode se perceber que embora anunciado o público interno como uma das três áreas
fundamentais de envolvimento social das cadeias, ela não aparece nas descrições
seccionadas da cadeia. Isto se deve ao fato de questões como contratação de
mulheres, minorias étnicas e deficientes, cumprimento das leis de trabalho infantil,
segurança e higiene no trabalho, compromisso com o desenvolvimento profissional,
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entre outros, devam ser tratadas com igual importância por todos os agentes,
devendo ser contemplada em toda a cadeia, pois é a partir da responsabilidade
social interna e do reconhecimento do próprio funcionário que a empresa alcançará
reconhecimento junto à comunidade.
Nesse sentido Carlos Mazzonin, vice-presidente da Ford do México, ressalta que:
The Human Rights Code of Conduct that we will be developing with our leading
supplier partners will have a tremendous impact on the long-term sustainability of
Ford’s business. In this growing global economy, human rights are fundamental and
POLÍTICAS
Ind.
Ind. Metalur/Ind.
Serviços/Extrativa
Siderúrgica Automotiva Concession.
MEIO AMBIENTE
Impacto Ambiental
Redução da produção de lixo tóxico
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Controle de poluição em veículos próprios/terceiros
Certificado ISO 14000 ou outra norma ambiental
Destinação dos produtos pós-consumo
Fornecimento ao consumidor de inform. detalhadas
Manutenção da qualidade do ar elevada
Descarte de produtos tóxicos
Fabricação e utilização de poluentes
Uso de Recursos
Design para reutilização e reciclagem dos produtos
Reutilização de materiais e estoque obsoleto
Coleta seletiva dos materiais consumidos
Reutilização dos resíduos
Redução do consumo de água e energia
Redução de danos ao solo
Redução de poluição sonora
Redução de poluição visual
Educação Ambiental
Participação em projetos de conservação ambiental
Participação em campanhas de educação ambiental
ÉTICA
Cumprimento de contratos (durabilidade, segur., garantia)
Prática de preços honestos
Restrição à prática de lobbys políticos em benefício próprio
Restrição ao oferecimento de suborno
Inibição ao uso de práticas anti-monopolistas
Proibição do uso de técnicas comerciais desleais
Criação de um código de ética
Combate a fraude em licitações
Combate a espionagem empresarial
Restrição a prática de dumping e cartéis
Divulgação dos valores culturais da empresa
Cumprimento dos deveres legais
PÚBLICO INTERNO
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Impacto sobre o Emprego
Contratação de mulheres, minorias étnicas e deficientes
Comportamento frente a redução do quadro e demissão
Participação nos resultados da empresa
Cumprimento as leis de trabalho infantil
Condições de crescimento profissionais iguais H/M
Qualidade de Vida no Trabalho
Segurança e higiene no trabalho
Compromisso com o desenv. profissional e a empregabilidade
Estimulo a prática esportiva, cultural e humanitária
Auxilio familiar (plano de saúde, educ. p/ os filhos, financ., etc.)
Prevenção e tratamento de dependentes químicos
Particip./desenvolvim.de campanhas de conscientização
Considerações Finais
É fato que o acirramento da crise social, bem como a maior conscientização dos
indivíduos num contexto mundial, vêm envolvendo novos agentes sociais no
processo de busca por soluções dos problemas sociais. Deste modo, as empresas
estão passando, nos últimos 50 anos, de pouca ou nenhuma exigência social, para
níveis cada vez mais elevados de inserção social, tornando-se tomadoras de
decisões econômicas e não-econômicas, responsáveis por equilibrar os interesses
de diversos grupos impactados por suas atividades.
Paralelamente a este novo papel, é possível perceber no contexto atual que as
atividades interorganizacionais tornam-se cada vez mais freqüentes e intensas de
modo que fica cada vez mais difícil compreender de quem é a responsabilidade
sobre determinada ação ou processo. A idéia de unidade de negócio isolada não é
mais facilmente visualizada e a competição dos mercados começa a acontecer mais
freqüentemente entre as cadeias produtivas.
Neste sentido, há necessidade de que as empresas assumam também um novo
comportamento organizacional, a nível macro, no que se refere ao seu papel social.
A responsabilidade social deve, de forma análoga, partir para uma abordagem
baseada na teoria de sistemas, de modo que as políticas e ações estejam
integradas à cadeia produtiva.
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Este novo paradigma de responsabilidade social traz consigo a vantagem da
diferenciação do produto que ocorre na medida em que a cadeia como um todo
assume condutas singulares com o intuito de alcançar uma melhoria social,
ampliando o grau de sustentabilidade das empresas e a competitividade em caráter
dinâmico. Caminhando, desta forma, de uma vantagem estática, conseguida com a
redução de custos, para outra dinâmica que se amplia juntamente com as pressões
sociais. É evidente que este novo modelo de gestão traz consigo consideráveis
transformações nas práticas produtivas, no comportamento dos gestores e dos
consumidores, bem como necessita de uma nova visão de mundo, sugerindo novos
campos de pesquisa ainda não explorados.
Com relação às práticas produtivas é importante ressaltar três aspectos instigantes:
1º Nem todos os stakeholders do processo produtivo estarão preparados para
assumir este novo posicionamento social, de forma que muitos deles serão
desqualificados pelo agente mais forte da cadeia.
2º Há uma grande dificuldade em quantificar monetariamente os resultados
alcançados com as políticas de responsabilidade social delineadas pelas empresas.
Não existe um modelo amplamente aceito que consiga mensurar os ganhos embora,
acredita-se que seja possível dimensiona-los dentro de projetos específicos
realizados em cadeias singulares. Todavia, é importante ressaltar outras vantagens,
que não do plano econômico, estão implícitas as empresas da cadeia como o
incremento da credibilidade frente à sociedade, o reforço positivo da imagem
organizacional e a diminuição substancial do custo social da cadeia.
3º Nem sempre a inserção das cadeias em políticas de responsabilidade social
envolve o aporte de investimentos, variando de cadeia para cadeia. Em alguns
casos, como na cadeia química, pode haver necessidade de tecnologias e insumos
mais caros, já em outros, como na cadeia agroalimentar orgânica, a tendência é
reduzir os custos ligados à questão ambiental e o impacto na qualidade de vida dos
empregados.
O comportamento dos gestores também é abalado uma vez que a reestruturação
que se propõe deve começar no nível micro, isto é, com o administrador da
organização. É ele quem deverá assumir a postura de empreendedor social, estando
no início ou no fim da cadeia, tornando-se o principal agente responsável pela
transformação. Desta forma, abordar e implementar políticas de responsabilidade
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social, conforme apresentado não significa apenas uma mudança no comportamento
ético, mas no âmbito cultural, de maneira que a decisão de enfocar o bem estar
coletivo, só pode resultar de uma reflexão madura, bem como de valores, crenças e
plano de negócio que suportem a atuação.
Mas é o consumidor, com o seu poder de compra, quem tem o principal papel neste
ambiente sistêmico. È ele quem puxa a conduta a ser adotada pelas empresas,
impulsionando, ou não, novos patamares de responsabilidade social às cadeias
produtivas. O comportamento do consumidor não é homogêneo uma vez que reflete
identidades culturais, sociais e ligadas a renda, de modo que os atributos
considerados na concretização da compra, sejam eles tangíveis ou intangíveis,
modificam-se de produto para produto e sociedade para sociedade.
Desta forma, um mesmo consumidor, em alguns mercados, pode ter uma avaliação
voltada para o preço e em outros, onde o custo social de produção é mais evidente,
pode estar disposto a sacrificar-se monetariamente para priorizar o comportamento
empresarial socialmente responsável. Com relação à renda é importante destacar,
principalmente no Brasil, que o consumidor pode até ter uma consciência da
necessidade do consumo responsável, entretanto o seu poder aquisitivo para
compra não acompanha tal desejo. Logo, nem todas as cadeias produtivas que se
organizarem estrategicamente do ponto de vista social, serão bem sucedidas na sua
intenção de fomentar a competitividade com a atração dos consumidores. Haja vista
que, em muitas cadeias, a adoção de políticas sistêmicas de responsabilidade social
implica em um incremento no custo final do produto.
Portanto, é fundamental a educação do consumidor e do gestor para que novos
patamares de responsabilidade social comecem a ser engendrados nas cadeias
produtivas. Educação esta que deverá estar inserida, além da célula familiar, nas
disciplinas e conteúdos do ensino básico e médio. E, principalmente, no ensino
universitário, formador da elite decisora das empresas, moldando um gestor mais
sensível quanto aos impactos das atividades da empresa na sociedade e seu papel
como solucionador destes problemas. Desta forma, há necessidade de uma
reestruturação, não apenas profissional, mas também cidadã, fazendo com que a
responsabilidade social venha a ser parte dos valores básicos dos indivíduos.
A sugestão de um novo paradigma, entretanto, em momento algum intencionou
eliminar o padrão de atuação social vigente na grande maioria das empresas. As
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diversas formas de inserção e de comprometimento das organizações com questões
sociais continuarão a existir já que o processo de superação de um paradigma pelo
outro é um processo lento por envolver transformação humana e empresarial,
todavia a transformação estrutural para as cadeias socialmente responsáveis já está
em gestação, conforme revelou a experiência da Ford mundial.
Entretanto, por ser um processo de mudança cultural de todos os agentes, não
basta a colaboração e o compartilhamento de informações entre as empresas, por
meio de parcerias, esquemas de incentivos e treinamentos técnicos. É
imprescindível o desenvolvimento moral das organizações, isto é, alcançar
competitividade com políticas de responsabilidade social, requer um novo conceito
de empresa assim como um novo modelo mental quanto as relações sociais,
econômicas e políticas que se estabelecem entre as empresas e a sociedade. Urge
então, realizar estudos específicos, em cada cadeia produtiva, para proporcionar
informações mais detalhadas com relação a atitudes, políticas e ações de modo a
identificar as facilidades e as limitações do envolvimento social e a existência de
sintonia na filosofia de trabalho permitindo a sustentação para a atuação focada e
coordenada entre os agentes parceiros.
O propósito deste artigo foi discutir a responsabilidade social, em uma visão de
cadeia, tendo como foco à logística organizacional na produção de bens de
consumo. A partir da contextualização histórica do conceito de competitividade, foi
possível perceber a empresa cada vez mais envolvida com uma cadeia complexa de
agentes tomando decisões em processos interdependentes, o que acarreta em
novos posicionamentos e habilidades organizacionais.
Em seguida, discutiu-se a inserção de uma nova sensibilidade social, de cunho cada
vez mais sistêmico e ampliado, que impulsiona uma maior complexidade na gestão
organizacional, deslocando o conceito de responsabilidade social para uma visão de
redes de relacionamentos, que perpassa por todos os níveis e operações do
negócio. E finalmente, evidenciou-se que, devido ao contexto sistêmico, a nova
compreensão de responsabilidade social extrapola os limites da empresa,
permeando toda a cadeia produtiva, uma vez que o produto final só será legitimado
como socialmente responsável pelo consumidor final.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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ALIGLERI, L.; BORINELLI, B. Responsabilidade social nas grande empresas da
região de Londrina. In: Encontro da ANPAD, 25, 2001, Campinas, Anais…, Rio de
Janeiro: Associação nacional dos programas de pós-graduação em administração,
set. 2001.
FORD MOTOR COMPANY. 2000 Annual report: building relationship. New York, NY:
Avanti/Case-Hoyt Corporation of Rochester, 2000.
STIVALETTI, T. Mercado paga para ter dados sobre conduta social. Jornal Valor
Econômico, São Paulo, ano 1, n. 52, 13 de julho de 2000. Disponível em:
<http://www.valoronline.com.br/valoreconomico >. Acesso em: fev., 2002.
ii O primeiro fundo do gênero no Brasil é a carteira Ethical, criada pelo ABN Amro
Bank. Fonte: Valor Econômico, 12/09/2001 – “Fundo aplica em empresas
socialmente reponsáveis”.
iii New York Times, 8 de outubro de 2001, p. A3. Extraído do site do Instituto Ethos
(15/11/2001): “Protesto em fornecedor desencadeia campanha contra a Nike”. –
www.ethos.org.br
iv O Grupo Ford Motor Company está constituído pelas empresas Ford, Lincoln,
Mercury, Mazda, Hertz-Aston Martin, Jaguar, Volvo e Land-Rover.
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v Livre tradução da autora: “O compromisso sistemático do stakeholder é um
componente essencial da estratégia de cidadania da Ford. O diálogo com os
stakeholders internos e externos ajudam a empresa a compreender as
conseqüências de suas decisões, antes de serem tomadas, e ganhar conhecimento
para fazer os resultados dessas decisões altamente valiosos para a empresa, a
sociedade e o meio ambiente.”
vii Livre tradução da autora: “Nossos distribuidores são o primeiro meio, através do
qual, nós vivemos nossas metas de manter o cliente como primeira prioridade (...)
Nós nunca devemos esquecer que quanto melhores ganhos chegam a Ford Motor
Company, eles vêm pelas portas dos nossos distribuidores.”
viii Livre tradução da autora: “O Código de Conduta para Direitos Humanos que nós
estaremos desenvolvimento com nossos principais fornecedores-parceiros terá um
impacto tremendo a longo prazo na sustentabilidade da Ford. Neste crescer da
economia global, direitos humanos será um elemento crítico, fundamental e
necessário na gestão de qualquer empresa.”
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ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A GESTÃO DE CUSTOS E A
GESTÃO DO PREÇO DE VENDA: um estudo das práticas adotadas
por empresas industriais conserveiras estabelecidas no RS
Resumo
Este artigo tem como objetivo identificar quais práticas gerenciais estão sendo
adotadas pelas empresas de forma a lhes possibilitar, sob um enfoque sistêmico, a
eficaz gestão do preço de venda e dos custos demandados pelas suas operações.
O estudo foi desenvolvido no contexto da reconhecida limitação das empresas em
impor um preço de venda ao mercado, uma decorrência da crescente influência do
mercado comprador em estabelecer o preço que está disposto a pagar pela
aquisição de bens e serviços. Os dados da pesquisa, caracterizada como
exploratória e descritiva, foram obtidos por meio de entrevistas presenciais
realizadas com executivos de nove das onze empresas industriais conserveiras de
médio e grande porte, localizadas no RS, selecionadas a partir do cadastro da
FIERGS. Constatou-se que as indústrias desse segmento utilizam como fonte de
informações a contabilidade tradicional, destacando-se o uso do método de custeio
por absorção e o sistema de pré-determinação de custo-padrão, enquanto que as
práticas gerenciais mais contemporâneas pesquisadas não encontram aderência
prática, com exceção da pequena representatividade da utilização do custo-meta. O
estabelecimento e a gestão do preço de venda são práticas majoritariamente
amparadas na sistemática de custo mais margem.
Palavras-chave: Contabilidade Gerencial, Gestão de Custos, Gestão do Preço de
Venda.
Área Temática: Gestão Estratégica de Custos
1 Introdução
As organizações, inseridas num ambiente econômico de mercado caracterizado por
acirrada concorrência, necessitam direcionar maiores esforços ao planejamento e
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controle dos seus fatores de produção, geradores de custos e receitas. Nesse
ambiente, o recurso informação adquire conotações de cunho estratégico e
operacional. No conjunto de tais informações incluem-se, entre outras, aquelas
referentes a preços e custos.
As questões que tratam do atual ambiente de atuação das empresas têm sido
fartamente abordadas pela literatura. Berliner e Brimson (1992), Shank &
Govindarajan (1997), Iudícibus (1998), Kaplan e Cooper (1998), Atkinson et al.
(2000), entre outros autores que tratam da gestão empresarial, expõem uma série
de fatores que caracterizam esse ambiente. Dos diversos aspectos tratados, a
crescente influência do mercado comprador em estabelecer o preço pelo qual está
disposto a pagar pela aquisição de bens e serviços e a conseqüente perda de poder
das empresas em estabelecer o preço pelo qual desejam vender tem sido uma
constante. Trata-se, portanto, da Gestão do Preço de Venda. Além disso, também é
reconhecido que a limitação das empresas em impor um preço de venda ao
mercado as têm obrigado a voltar-se mais acentuadamente à gestão da sua
eficiência operacional, no que se refere ao planejamento e controle do consumo dos
recursos demandados pela realização de suas operações. Trata-se, portanto, da
Gestão de Custos.
Partindo-se da premissa de que estes focos da gestão empresarial, a Gestão do
Preço de Venda e a Gestão de Custos, não podem ser tratados isoladamente, tendo
em vista as relações existentes entre eles, este procura responder a seguinte
questão: Quais práticas gerenciais, dentre as recomendadas pela literatura, estão
sendo adotadas pelas empresas de forma a possibilitar, sob um enfoque sistêmico,
a eficaz gestão do preço de venda e dos custos demandados pelas suas
operações? Procura-se identificar a adoção, ou não, das práticas gerenciais mais
difundidas pela literatura. O objetivo de diagnosticar a atuação das empresas com
referência a tais práticas é uma forma de verificar a aderência delas em relação à
prática empresarial. As práticas de gestão de custos estudadas foram os métodos
de custeio, o custo-meta, o custo-padrão, custeio por ciclo de vida, análise de custo
da logística integrada, análise da cadeia de valor, gestão baseada em atividades e
formação do preço de venda, entre outros.
2 Referencial teórico
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2.1 Gestão de custos
Na última década, fruto do acirramento da concorrência de um mercado globalizado,
profundas mudanças têm ocorrido no modus operandi, nas estratégias e nas
práticas gerenciais das organizações, com reflexos na gestão de custos. Nesse
contexto, o eficaz processo de gestão de custos, passa, necessariamente, pela
eficiência e eficácia das atividades de planejamento, execução e controle. As
empresas estão buscando a redução de custos e aumento da produtividade de
diversas formas. Porter (1989) coloca a liderança em custos como uma das
alternativas estratégicas, ou ainda, a diferenciação de produto. O papel que a
informação contábil exerce dentro de uma empresa é o de facilitar o
desenvolvimento e a implementação das estratégias competitivas.
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2) o método de custeio pleno, por evidenciar os gastos totais, se caracteriza como
um bom instrumento gerencial para cálculo do preço de venda referencial, pois
indica o resultado livre de todos os custos e despesas;
3) se o foco de análise recai sobre a eficiência dos trabalhos desenvolvidos pela
empresa, então o ABC é o mais específico para atender a esse objetivo e, ainda, se
a alocação dos custos indiretos de fabricação precisam de uma informação mais
acurada, o ABC também poderá contribuir;
4) se o objetivo for atender a legislação contábil, tributária-fiscal e às publicações
dirigidas aos usuários externos, então o custeio por absorção é o mais indicado.
Método
Características do método
Custeio por absorção
Atribui todos os gastos relativos ao esforço de fabricação aos produtos, total, ou
parcialmente, prontos. Os custos de produção fixos são alocados aos produtos por
meio de rateio e os custos variáveis são alocados diretamente aos produtos e as
despesas são levadas diretamente ao DRE.
Custeio pleno
Também conhecido como RKW, atribui aos produtos todos os gastos da empresa,
não só os custos, mas também as despesas operacionais, inclusive as financeiras e
ainda os juros do capital próprio (custo de oportunidade), objetivando fornecer o
montante gasto pela empresa no esforço de obter receitas, evidencia o valor
adicionado.
Custeio variável
Atribui apenas os custos e despesas variáveis em nível de unidade do produto,
evitando as distorções causadas por rateios arbitrários de alocação dos custos fixos
aos produtos; evidencia a margem de contribuição; e trata os custos variáveis como
relevantes para decisões de curto prazo. Os custos e as despesas fixas são
considerados integral e diretamente no resultado do período.
Custeio direto
Os custos indiretos de fabricação e as despesas operacionais, ambos fixos
específicos são apropriados aos respectivos objetos de custeio e não aos produtos
como um todo.
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Dessa forma têm-se a margem direta, (MD=MC–CDFE) margem de contribuição
menos custos e despesas fixas específicas, enquanto que a margem de contribuição
é igual a preço de venda menos custos e despesas variáveis (MC=PV–CDV).
Custeio baseado em atividades – (Activity Based Costing - ABC)
Razão Social
Município
Nº Empregados
Albino Neumann & Cia Ltda
Morro Redondo
259
Ângelo Auricchio & Cia Ltda
Pelotas
150
Conservas Oderich S/A
São Sebastião do Caí
769
Conservas Ritter S/A Indl e Coml
Cachoeirinha
150
Enfripeter Com Armaz.Ind.Prod.Alim.Ltda
Pelotas
130
Ind Conservas Alimentícias Leon Ltda
Pelotas
150
Ind de Conservas Minuano S/A
Morro Redondo
103
Ind de Conservas Schramm Ltda
Pelotas
117
Oderich Irmãos Ind. Alimentos Ltda
Pelotas
340
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Schiller Ind Com Alimentos Ltda
Pelotas
400
Vega Indl. e Mercantil Prod. Alim. Ltda
Pelotas
400
Fonte: Cadastro da FIERGS (2001).
Tabela 1 – Indústrias gaúchas da atividade de produção de conservas
✓ Exportadoras:
1 a 20 anos = 22%
21 a 40 anos = 56%
81 a 100 anos = 22%
Das empresas pesquisadas, 33% são de médio porte e 67% são de grande porte, de
acordo com a classificação dada pela Lei Federal 10.165/2000, que trata em seu
artigo 17°, da classificação do porte das empresas pelo faturamento. Pelo número
de funcionários as empresas mantiveram a mesma classificação de porte
encontrada com base no faturamento. O número mínimo encontrado foi de 150
funcionários e o máximo foi de 900, sendo que as empresas somadas possuem
atualmente 4.620 funcionários na atividade industrial.
De acordo com as entrevistas 33% da amostra fatura também para o mercado
externo, para até 34 países, sendo e Uruguai e a Argentina os mais citados. As
demais (67%) faturam somente para o mercado interno, abrangendo vários estados
brasileiros. Devido a forte concorrência, mencionada pelos entrevistados, há uma
busca constante para manter o nicho de participação de cada empresa no mercado,
buscando o atendimento às necessidades dos consumidores brasileiros e
estrangeiros. O tempo de atividade das empresas pesquisadas evidencia que elas
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possuem considerável experiência. A empresa que possui menos tempo, tem 7 anos
e a que tem mais tempo, 96 anos, ambas de grande porte.
b) Análise das Características dos Entrevistados.
Identificou-se o perfil dos entrevistados, descritos a seguir:
Formação
contábeis 56%
administração 22%
outros 22%
Função
contadores 55%
demais gestores 45%
Figura 1 – Formação dos entrevistados
Figura 2 – Função dos entrevistados
entrevistados.
Para finalidades fiscais 100% das empresas utilizam o custeio por absorção, pois a
legislação do Imposto de Renda é respeitada por elas de forma a evitar penalidades
fiscais. Para finalidades gerenciais, ou seja, para suprir os usuários internos com
informações que visam a subsidiar a tomada de decisões, inclusive quanto a preços,
oito empresas utilizam o mesmo método de custeio, e somente uma utiliza o método
de custeio variável de forma ampla e formal. Essa preferência pela adoção do
método de custeio por absorção também foi identificada por outras pesquisas
consultadas. Souza (2001) ao pesquisar 49 subsidiárias brasileiras de empresas
multinacionais, também constatou a preferência pelo método de custeio por
absorção, utilizado por 73,5% das empresas pesquisadas; em segundo lugar se
encontra o custeio variável, utilizado por 14,3% das empresas.
Na pesquisa efetuada por Miranda e Nascimento Neto (2003), com 81 indústrias
brasileiras, ficou constatado que 35,5% das empresas pesquisadas utilizam somente
o custeio por absorção e 32,8% o utilizam combinado com outros métodos, de forma
a suprir as informações gerenciais e atender a legislação. Segundo os autores, a
referida pesquisa verificou que fatores como a estrutura de custos da empresa, tais
como: maiores ou menores custos fixos, o fato de serem, ou não multinacionais,
assim como fatores externos, tais como a origem da empresa, número de
concorrentes, exportação de produtos etc, não influenciam na escolha do método de
custeio. Isso corrobora a pesquisa de Souza (2001).
Também, nos Estados Unidos em pesquisa realizada por Govindarajan e Anthony
(1983), nas 505 maiores empresas, das 1000 divulgadas na Revista Fortune, foi
comprovado que 82% dos preços de seus produtos são baseados no custeio por
absorção, e que apenas 17% delas confiam no custeio variável para decisões de
preço. Outra pesquisa realizada no mesmo país em 1994, por Shim e Sudit,
revisando a pesquisa de 11 anos antes com 141 empresas, concluiu que 70% das
empresas continuavam a utilizar o custeio por absorção, 12% no custeio variável e
18% basearam-se apenas no mercado, apontando uma mudança em direção ao
custo-meta.
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Ott (1997) também constatou que o método de custeio por absorção é o mais
utilizado, embasado em sua pesquisa com empresas industriais de médio e grande
porte estabelecidas no Brasil, assim como em empresas industriais estabelecidas na
Comunidade Autônoma do país Vasco. A conclusão de Ott ratifica aquela
apresentada por Miranda e Nascimento Neto (2003). Verifica-se, portanto, que o
método de custeio por absorção, apesar das falhas e limitações para fins gerenciais,
destacadas na literatura, é o mais utilizado até o presente momento.
Questão 2: Que sistema de planejamento e controle de custos é utilizado?
Objetivo: Identificar a efetiva utilização de sistemas de planejamento e controle de
custos, como práticas de gestão.
Sistema
Qde
%
custo-padrão
5
56
custo-meta
0
0
custo-meta + custo-padrão
3
33
Nenhum
1
11
Total
9
100
Tabela 3 – Sistema utilizado para planejamento e controle de custos
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ou médio prazo nenhuma das práticas citadas. Identificou-se, também que somente
dois dos entrevistados conheciam essas práticas gerenciais.
Questão 6: Base utilizada para formação do preço de venda:
Objetivo: Identificar com base em qual custo a empresa forma o preço de venda.
Nas entrevistas constatou-se que o custo de reposição é utilizado por 100% das
empresas.
Alguns entrevistados afirmaram que as empresas adquirem boa parte da matéria-
prima e embalagem na entressafra, período no qual diminui a procura e,
conseqüentemente, o preço de compra desses componentes. Todos entrevistados
manifestaram a necessidade de atualizar os seus custos para não incorrerem em
erros na formação do preço de venda. Percebe-se que as empresas utilizam o custo
orçado, ou o custo-padrão, mesmo sem conhecê-lo formalmente, visto que o custo
de reposição se constitui num tipo de orçamento.
Pelas respostas obtidas fica evidente que as empresas utilizam-se, para formação
do preço, a tradicional metodologia de custo mais margem.
Questão 7: O preço de venda praticado é o mesmo calculado originalmente?
Objetivo: Identificar a efetiva aplicabilidade do preço original.
Prática do preço calculado
Qde
%
sim
3
33
não
6
67
Total
9
100
Tabela 5 – Prática do preço calculado
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No caso do preço de venda da empresa ser superior ao do concorrente principal ou
da média do mercado, 89% das empresas afirmaram reduzir a margem de lucro no
momento da negociação, ou seja, de imediato. Somente 11% das empresas
afirmaram manter o seu preço de venda, mesmo sendo maior, oferecendo um prazo
maior para pagamento que os concorrentes. Nota-se, portanto, que a adoção final
do preço de mercado (via preço do concorrente), que a princípio poderia induzir ao
entendimento de que a empresa utiliza-se de conceitos do custo-meta, é, na
realidade, uma ação reativa via sacrifício da margem de lucro.
Ou seja, não há um efetivo e formal planejamento do custo permitido. Isso não
significa, entretanto, que as empresas não tomam ações, mesmo que isoladas, de
forma a viabilizar reduzir seus custos. Algumas dessas ações constam da Tabela 7.
Técnicas, instrumentos e procedimentos utilizados
Qde
%
Manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, prevenindo falhas e
dispêndios com substituição das mesmas
7
78
Otimização da produção pela produtividade/fruta, procurando reduzir as perdas no
processo
9
100
Recálculo do padrão na tentativa de achar um valor mais baixo
5
56
Terceirização de transporte, alimentação, recrutamento, seleção, treinamento de
pessoal, serviços de manutenção
3
33
Utilização do custeio-meta, revisando a engenharia do produto
3
33
Tabela 7 – Técnicas, instrumentos e procedimentos utilizados na redução de custos
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Constata-se, assim, que essas práticas não são aplicadas de forma sistêmica pelas
empresas.
Cada uma é tratada como foco específico para esse processo de redução de custos.
Questão 9: Na empresa utiliza-se cálculo de custo marginal para preços mínimos de
venda?
Objetivo: Identificar como a empresa decide aceitar pedidos a preços diferenciados.
Utiliza calcular o custo marginal
Qde
%
sim
4
44
não
5
56
Total
9
100
Tabela 8 – Utilização do custo marginal
5 Conclusão
Constatou-se que na maioria das empresas pesquisadas são utilizadas práticas de
contabilidade societária como fonte de informações, não havendo a adoção das
práticas contemporâneas recomendadas na literatura, foi identificada a utilização do
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custo-meta, de forma parcial e em pequena proporção, dentre as práticas
pesquisadas.
Quanto às suposições assumidas preliminarmente como possíveis respostas à
questão de pesquisa, constatou-se o seguinte:
A suposição S1 não se confirmou, pois as empresas, na realidade, formam o seu
preço de venda baseado em custos mais margem, apesar de tentar validá-lo
posteriormente no mercado.
Quando o mercado não aceita o preço calculado, elas reduzem o preço de venda,
sem maiores preocupações.
A suposição S2 foi confirmada, pois as empresas pesquisadas não estão
amparadas com procedimentos que permitam uma análise prévia sobre a interação
entre esses três elementos (custos-preços-resultado); quando não conseguem impor
o seu preço de venda no mercado, de imediato o reduzem com efeito direto no
resultado.
A suposição S3 foi confirmada, pois as empresas não utilizam as práticas
gerenciais contemporâneas na gestão de seus custos e preços de vendas. Foi
identificado, apenas, o uso de práticas de gestão tradicional, como o método de
custeio por absorção para mensuração de custos, e o sistema de controle e pré-
determinação de custo-padrão. Dada a constante preferência pela metodologia do
custo mais margem, o custo-meta, consequentemente, teve uma pequena
representatividade.
O resultado da pesquisa permite concluir que as empresas pesquisadas não
reconhecem, no momento, a validade e utilidade prática dos mais recentes
desenvolvimentos teóricos quanto à gestão de custos e gestão de preço de venda.
Por outro lado, também se confirma que as empresas não estão buscando
profissionalização por parte dos seus gestores, de modo a obtenção de
conhecimento por parte dos mesmos para a adoção das práticas gerenciais
recomendadas pela literatura, para assim contribuir no alcance da eficiência e
eficácia na gestão de custos e preços de venda.
Por meio da pesquisa de campo foi possível conhecer a realidade da prática
adotada na gestão dos custos e gestão do preço de venda, bem como a interação
entre essas práticas. De forma geral as conclusões desta pesquisa ratificam os
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resultados verificados em diversas pesquisas consultadas, apesar de desenvolvidas
com amostras diferentes.
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custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998.
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PRESSUPOSTOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS:
evidências de estudos sobre a indústria automobilística
Resumo
O desenvolvimento de abordagens para estudo de cadeias de suprimentos é
relativamente recente e vem sendo tratado em periódicos científicos, de modo
sistemático, apenas a partir do final dos anos 80. Neste artigo, são apresentados,
inicialmente, os principais pressupostos da abordagem que ficou conhecida como
Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS). Em seguida, procura-se ilustrar, a partir
de uma revisão parcial de trabalhos realizados sobre a indústria automobilística, em
que medida tais pressupostos podem, ou não, ser verificados. Constatando que
apenas em alguns casos o conjunto de pressupostos tende a se tornar realidade,
sugere-se que seja desenvolvida uma etapa metodológica inicial para a verificação
de tais pressupostos ou para a avaliação das características estruturais e relacionais
da cadeia de suprimentos a ser estudada. Procurando contribuir para o
desenvolvimento dessa primeira etapa metodológica, faz-se uma breve síntese de
algumas correntes teóricas que podem oferecer subsídios para a análise das
características estruturais e relacionais principais da cadeia de suprimentos. Tal
análise auxilia a avaliar o contexto em que princípios e técnicas da GCS poderão ser
propostos e implementados e, também, pelo menos parcialmente, os resultados que
poderão ser alcançados.
Palavras-chave: cadeias de suprimentos, pressupostos da gestão da cadeia de
suprimentos, indústria automobilística.
v.11, n.3, p.275-288, set.-dez. 2004
1. Introdução
São relativamente recentes os esforços para desenvolvimento de abordagens para o
estudo de cadeias de suprimentos. Apenas no final da década de 80, lastreado pelo
amplo desenvolvimento da logística, o assunto começa a ser sistematicamente
tratado em periódicos científicos nas áreas de Administração e Engenharia de
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Produção no ocidente, concomitantemente à difusão do novo padrão de
relacionamento entre empresas, oriundo da indústria automobilística japonesa.
A partir de então, cresceram exponencialmente tanto a literatura mais prescritiva
quanto aquela que analisa as situações e as práticas implementadas para a
coordenação ou gestão de cadeias de suprimentos, tendo sido abordada uma
variedade de temas cuja amplitude vai além dos limites definidos pelos fluxos de
bens e pelos correspondentes fluxos de informações. É também evidente a difusão
acelerada do conjunto de ferramentas e a multiplicação de aplicações, em diversos
setores da economia, do que se convencionou denominar “Gestão da Cadeia de
Suprimentos” (GCS), um corpo de conhecimentos ainda em construção que pode
alinhadas.
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2.3 Estrutura da cadeia
Na mesma linha de argumentação e ainda sustentado pelo primeiro pressuposto, um
terceiro grupo pode ser divisado, focalizando aspectos importantes das estruturas
das cadeias. Neste terceiro grupo, podem-se incluir aspectos relacionados a como
os papéis das empresas ou unidades produtivas estão distribuídos nas cadeias, ou,
em outras palavras, como o trabalho está dividido entre as empresas ou unidades
produtivas, entre os elos da cadeia de suprimentos, e como atividades e processos
são realizados.
A literatura propõe inicialmente que haja uma organização hierárquica, com papéis
bem definidos, em que os fornecedores estão organizados em níveis, estabelecendo
relações cooperativas – com fornecedores no mesmo nível e com fornecedores nos
demais níveis –, e são coordenados (em parte pelo menos) pelos fornecedores nos
níveis superiores (mais próximos dos clientes ou mais importantes, na definição dos
negócios na cadeia).
Com a introdução das modernas práticas de gerenciamento, como o Just In Time e
o TQM – Total Quality Management – , passou a ser fundamental o estabelecimento
cruciais: (1) A gestão individual em cada empresa e a gestão coletiva na cadeia são
contingentes das características contempladas nos pressupostos mencionados e,
eventualmente, de outras características aqui não consideradas? Seria necessário,
então, abandonar a lógica da abordagem única para que alternativas de GCS
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pudessem ser desenvolvidas conforme fossem as características das cadeias? e (2)
O alinhamento, a integração, a cooperação e a gestão individual, conforme as
necessidades do conjunto das empresas, constituirão sempre a melhor alternativa
para todas as empresas (e para cada uma das empresas) na cadeia?
Os problemas principais identificados em uma parte da literatura sobre GCS são: (1)
a proposição da abordagem única de GCS, bastante apoiada nos pressupostos
apresentados, o que pode ser verificado especialmente na literatura de cunho
prescritivo; e (2) a apresentação de casos de cadeias de suprimentos, em que o
modelo é apresentado como referência única de avaliação. Desse modo, quando os
pressupostos, princípios e práticas são adotados, à cadeia é atribuída uma avaliação
positiva; quando não são adotados, a avaliação é negativa.
Relações
Ganhos e Alinhamento
Alinhamento
Estratégico
Benefícios
Distribuídos
Competição entre cadeias
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Cooperação e Parceria
Relações de Longo Prazo
Estrutura
Número Reduzido de Fornecedores
Hierarquizados
Atividades e Processos
Integrados
Fluxo Bidirecional de Materiais e Informações
Eficiência
Cumulativa
Gestão da Cadeia de Suprimentos
Figura 01
Figura 1. A GCS e seus pressupostos (elaborada pelos autores).
a cadeia de suprimentos é bom para o setor industrial, e isso significa bom para as
Big 3”.
Dyer, Cho e Chu (1998) mostram que as empresas podem utilizar simultaneamente
dois modelos de gestão de suprimentos, arms-lenght (modelo tradicional) e
parcerias, em uma pesquisa empírica comparando as relações entre montadora e
fornecedores da indústria automobilística dos Estados Unidos, Japão e Coréia. Nos
EUA as relações estão se aproximando dos modelos de parcerias. Na Coréia,
predominam as relações do modelo tradicional. Já no Japão observam-se os
benefícios de ambos, com fornecedores segmentados em dois grupos:
1) fornecedores de inputs estratégicos (gerenciados por parcerias); e 2)
fornecedores de inputs não estratégicos (arms-lenght).
Bensaou (1999), como resultado de sua pesquisa empírica envolvendo gerentes das
três empresas americanas e onze japonesas, observou que as parcerias
estratégicas são menos evidentes entre firmas japonesas do que entre as
americanas. Na indústria automobilística japonesa predominam os casos dos
“fornecedores cativos”, em que os fornecedores fazem investimentos em ativos
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Pode-se afirmar que as montadoras procuram exercer um papel de coordenação na
cadeia – e o mesmo pode ser dito sobre alguns de seus principais fornecedores
multinacionais – e isso tende a ser para elas vantajoso. A coordenação direta da
nos a uma estrutura mais complexa em que, raramente, existe uma linearidade na
execução dos processos e/ou atividades”.
decisão sobre as ações que visam ampliar o controle ou sobre aquelas, de caráter
preventivo, que antecipam decisões ligadas aos recursos escassos, denominadas,
por Hatch (1997), como ações de contra-dependência.
A contribuição dessa perspectiva é relevante no que diz respeito às relações inter-
organizacionais (Hall, 1990) e, também, para a compreensão das forças de poder e
dependência existentes na rede de relações inter-organizacionais (Hatch, 1997). As
organizações usam a interação ambiental como um recurso capaz de minimizar os
problemas ligados à interdependência e às incertezas do ambiente (Pfeffer, 1972).
Tentam absorver a interdependência e as incertezas, seja por meio de fusões e
aquisições, seja por meio da cooperação entre organizações e da troca de recursos
ou, até mesmo, pela troca entre profissionais da organização. As unidades
organizacionais que têm capacidade para interagir com as restrições, incertezas e
contingências do ambiente também obtêm maior poder dentro das organizações
(Hall, 1990).
A dependência entre organizações reflete a diferença de poder entre elas, pois uma
organização tem mais ou menos poder, em relação às outras, à medida que controla
os recursos necessários pelas outras ou reduz sua própria dependência, por meio
do controle dos recursos (Nohria e Gulati, 1994).
A Dependência de Recursos pode ser, assim, útil para compreender como as
organizações tentam minimizar sua dependência em relação a outras organizações,
na cadeia de fornecimento. Uma organização pode alterar ou se adaptar aos
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relacionamentos interdependentes ao adotar estratégias de recursos (Daft, 1999)
que podem resultar na aquisição da propriedade dos fornecedores, na elaboração
de contratos e parcerias para assegurar recursos, etc. As associações de negócios,
acordos, fusões, cooperação, ações políticas e lobbies são formas de ações para
lidar com as diversas dependências de recursos a que os atores produtivos estão
sujeitos.
A Dependência de Recursos também ajuda a compreender as assimetrias de poder
presentes nas cadeias de suprimento. Quando uma empresa tem poder sobre outra,
pode exigir dos fornecedores a absorção de mais custos, a expedição de
suprimentos com maior eficiência e o fornecimento de mais serviços do que antes,
muitas vezes sem aumentar os preços (Daft, 1999). Isto não é o mesmo que admitir
que as relações são simétricas, como pressupõe a GCS. Diversos estudos no
âmbito da Análise das Redes e da Dependência de Recursos tratam das questões
relativas ao poder. As relações assimétricas de poder podem levar um ator mais
poderoso a determinar diversas condições a outros atores desfavorecidos na
estrutura de uma cadeia. Por esse fato, Amato Neto (2000) denomina o setor
automobilístico de uma “rede vertical de produção”.
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compreensão dos comportamentos existentes e dos resultados obtidos por
empresas e unidades produtivas envolvidas em cadeias de suprimentos.
5. Considerações finais
Em nossa percepção, é extremamente importante a continuidade da discussão
sobre o conjunto de pressupostos da GCS, pois estes interferem diretamente na
natureza do conhecimento que pode ser adquirido e acumulado, seja pela via
teórico-dedutiva, seja pela empírico-indutiva nas pesquisas nessa área. A literatura
empírica, apreciada neste trabalho, mostra que a GCS vem sendo amplamente
difundida e que há uma tendência das organizações e das cadeias de organizações
a adotarem diversas das práticas da GCS, explorando os espaços de aumento da
eficácia e eficiência das cadeias de suprimentos. Indica, entretanto, que os
pressupostos, quanto às cadeias, podem ser apenas parcialmente verificados, ou
verificados em apenas alguns segmentos das cadeias no setor automobilístico.
Faz-se necessário, então, que novas pesquisas venham a fornecer subsídios que
possam elucidar as questões aqui mencionadas.
Nossa discussão nos leva a sugerir que as abordagens de GCS devem incluir uma
etapa inicial de “verificação dos pressupostos”, ou de identificação da configuração
da cadeia de suprimentos, pois, por meio desta, poderiam ser desvendados os tipos
de contextos em que as relações entre as empresas e a GCS poderiam se
desenvolver. Seria evitada, assim, a “armadilha” da aceitação incondicional dos
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Identificar posições privilegiadas dos atores na estrutura da cadeia produtiva;
posições privilegiadas podem repercutir em acesso a recursos, informações,
matérias primas; configuração ou não de relacionamentos cooperativos (qualificar
uma relação cooperativa); a existência de compromissos de longo prazo e dinâmica
ou estabilidade da cadeia produtiva.
Dependência de recursos
Dependência de recursos entre organizações
Fluxo de recursos críticos e escassos, interdependência, estratégias de recursos e
relações de poder.
Estratégias de recursos podem gerar colaboração e/ou competição entre os atores;
compreensão de assimetrias de poder na cadeia produtiva; grau de
interdependência dos atores na cadeia, alinhamento de estratégias e recursos entre
os atores.
Economia dos custos de transação
Transações
Racionalidade limitada e comportamento oportunista para explicar a existência de
custos de transação. De acordo com a importância de cada elemento, um
mecanismo é escolhido dentre as formas de coordenar uma transação – mercado
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adequando-se às finalidades, características e modos de repartição de ganhos de
cada cadeia.
A consecução de tal etapa metodológica pode ser atingida com a utilização de
proposições de outras correntes de pensamento que vêm focalizando o mesmo
objeto.
Como ilustrado aqui, a Teoria das Redes, a Teoria sobre Dependência de Recursos
e a Economia de Custos de Transação adotam uma perspectiva institucional na
análise das cadeias, ao focalizarem as possibilidades de conexão, as formas de
coordenação das cadeias e também o ambiente institucional (Trienekens, 1999).
Desta forma, oferecem elementos que auxiliam a compreensão das características
estruturais e relacionais das cadeias de suprimentos e de como essas
características podem evoluir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Review, v. 41, n. 4, p. 35-44, Summer, 1999.
COOPER. M, LAMBERT. D.; PAGH, J. Supply chain management more than a new
name for logistics. International Journal of Logistics Management. v. 8, n. 1, p. 1-
14, 1997.
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HALL, R. H. Desarrollos recentes en teoria organizacional: una revision. Ciencia y
Sociedad, v. 15, n. 4, 1990.
HATCH, M. J. Organization theory. New York: Oxford University Press, 1997. 385p.
NOHRIA, N.; GULATI, R. Firms and their environments. In: SMELSER, N. J.;
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University Press, 1994. 848 p.
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Educational Ltd, 1995. 928 p.
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VANTAGEM COMPETITIVA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL
BASEADA EM TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Aluisio Monteiro,M.Sc.
Professor do Departamento de Engenharia de Produção – ICT / UVA,
Universidade Veiga de Almeida
André Luiz Batista Bezerra
Graduando em Administração de Empresas – ICHS / UVA
RESUMO
A logística empresarial está cada vez mais evoluída quando se trata de Tecnologia
de Informação.
Para isso são utilizados sistemas integrados de gestão, desenvolvidos para integrar,
controlar e gerenciar a cadeia de suprimentos com o objetivo final de atender melhor
o cliente.
O artigo discute questões como; o processo de integração de uma solução de TI, a
escolha adequada de um sistema integrado de gestão, ferramentas disponíveis para
aplicação logística, e o benefício trazido pela decisão de aquisição dessa ferramenta
bem como, benefícios de operacionalização e o que eles trazem de vantagem
competitiva para a empresa e para todos os elos da cadeia de suprimentos.
Palavras-chave – Vantagem competitiva, Logística, ERP, integração, EDI, WMS,
ECR.
1 Introdução
O conceito de Logística segundo o Council of Logistic Management (1996) pode ser
definido como sendo o “processo de planejar, implementar e controlar a eficiência, o
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produtos e serviços e gerenciado. A logística, portanto, é um fator que pode ser
utilizado como estratégia para uma organização. Sua aplicação se dá da escolha
adequada de fornecedores,passando pela organização e chegando ao cliente.
Atualmente a Logística Empresarial está associada diretamente ao fato de uma
organização relacionar-se com o cliente interagindo de forma eficiente com a cadeia
produtiva para conquistar o objetivo final – estar competitivamente atuando no
mercado.
Para obter essa vantagem competitiva, as empresas estão recorrendo aos sistemas
integrados de informação, buscando automatizar seu processo produtivo utilizando
algumas tecnologias do tipo: Electronic Data Interchange (EDI), o Warehouse
Management System (WMS), tecnologia de código de barras e o Vendor Managed
Inventor (VMI).
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Rodovias – muitos operadores, muitas rotas, muito utilizado para transporte de
Fábrica
Transporte
Armazenamento
Consumidor
Fornecedor
Transporte
Armazenamento
Transporte
Transporte
Informação
Apesar disso, ainda há algumas barreiras a serem superadas para o maior
crescimento do mercado de Supply Chain Management (SCM). Entre elas estão a
falta de confiança nos fornecedores desse tipo de solução, os altos custos de
implementação e a falta de um claro entendimento sobre os benefícios dessa
ferramenta. Além do medo por parte dos clientes desse tipo de solução de implantar
o sistema pois ele compartilha as informações internas com clientes, fornecedores e
com os parceiros. Evidenciando um problema cultural a ser superado.
2 Sistemas de Informação
Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas pelas empresas
para melhorar o seu desempenho incluindo ter um custo operacional adequado,
processos logísticos inteligentes e integração com fornecedores e clientes através
de ferramentas que serão discutidas ao longo deste artigo.
Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é
a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um grande aumento de
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eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia
disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de uma
organização (BALLOU, 1993).
Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas que facilitam e tornam a
informação mais acurada para aplicação na cedeia de suprimentos, alguns
exemplos destes sistemas são: o código de barras, o EDI (Electronic Data
Interchange), o ECR (Efficient Consumer Response) e os ERPs que integram todos
os outros.
System
Rastreamento é o processo de monitorar um objeto enquanto ele se move. Hoje em
dia é possível monitorar a posição ou movimento de qualquer objeto, utilizando-se
de equipamentos de GPS aliados a links de comunicação. O casamento GPS +
comunicação é necessário pois o receptor GPS localiza sua própria posição; esta
deve ser transmitida via canal de comunicação para uma central que fará
efetivamente o monitoramento. Esta tecnologia é comumente conhecida como AVL
(Automatic Vehicle Location).
GPS é um sistema de posicionamento mundial formado por uma constelação de 24
satélites que apontam a localização de qualquer corpo sobre a superfície terrestre.
Um aparelho receptor GPS recebe sinais desses satélites determinando sua posição
exata na Terra, com precisão que pode chegar à casa dos centímetros.
A tecnologia GPS é bem conhecida hoje, e comercialmente viável, tendo inclusive
fornecedores de equipamentos consolidados e preços formados. As variáveis que
efetivamente determinam o custo e o modo de operação do rastreamento de
veículos são canal de comunicação entre o veículo e a central de monitoramento e o
pacote de serviços oferecidos por esta central.
A ligação feita entre a central de comunicação e o ponto rastreado pode ser feita via
telefonia celular que tem seus aparelhos baratos para a solução que oferece, e tem
restrições como qualquer outra solução que é estar acessível apenas onde tem
cobertura de telefonia celular e o custo da comunicação ainda é alto.
Outra opção é a comunicação via rádio. Esta modalidade é muito simples de
implantar, tem um custo de implantação baixo, onde não há custo de comunicação,
tendo que fazer a regulamentação com a ANATEL (no Brasil).
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Com a possibilidade de rastrear veículos a empresa pode saber onde se encontra o
veículo que está fazendo determinada entrega e fazendo um link com o sistema via
web a empresa pode colocar a disposição do cliente a localização da entrega.
é o fato de que, tanto pela tecnologia de software e hardware envolvida quanto pelo
corpo funcional há um ganho no valor agregado da empresa.
barras que migra informações para um sistema de estoque onde tem informações
atualizadas a qualquer tempo por meio de um outro aplicativo de EDI. Isso tudo
pode estar disponível na intranet e extranet para toda a cadeia de produção afim de
otimizar o processo em termos de eficiência de resposta ao cliente.
Em face todo o exposto devemos ter consciência do enfoque sempre nos negócios e
não na tecnologia, servindo a mesma apenas como suporte a tomada de decisões
de forma mais rápida e eficiente. Para isso é necessário aliar o sistema de
informações logísticas ao sistema de informações gerenciais, sendo fundamental
para a definição e operacionalização do conceito de supply chain management.
De um modo geral, o sucesso da implantação de sistemas logísticos nas empresas
e as vantagens advindas de sua aplicação, depende do processo de
amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo logístico pode ser
otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos internos e de comunicação
com a cadeia de suprimentos. LEE e WHANG (2002) indica que o segredo está em
utilizar as informações e alavancar os recursos disponíveis para coordenar ações,
priorizando os fluxos de informações. A palavra chave passa a ser a integração
empresarial para obtenção de vantagem competitiva.
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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... 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... BALLOU, Ronald H. Logística
Empresarial: transporte,
administração de materiais e ... Gestão de Pessoas: o novo papel dos ...
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[PDF] ENTENDENDO A LOGÍSTICA E SEU ESTÁGIO ATUAL
FLE Viana - flf.edu.br
... de logística que, em nível de gestão, atualmente fazem ... devido ao
entendimento de
que um processo logístico eficiente, vem ... 9 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
...
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[PDF] As especificidades da logística integrada dos Correios: um estudo de caso
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2007 - polimatao.edu.br
... também envolve melhorar a gestão de sua ... Referências Bibliográficas ...
Logística empresarial:
transporte, administração de materiais e distribuição física ...
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... MODELOS DE REFERÊNCIA. ... desenvolvido na Alemanha, especializado no
desenvolvimento
e gestão integrada do ... focada em todas as áreas de logística de material. ...
COMENTAR ARTIGO
A Aqui, C Contábil, G Empresarial, L Contábil, L … - netlegis.com.br
... Associados, durante exposição do Seminário Planejamento Sucessório Familiar e
Empresarial, realizado em ... E-mail: vainivaldo.avelar@quick-logistica.com.br. ...
Em cache - Pesquisa na web - Todas as 2 versões
COMENTAR ARTIGO
JE Scarpin, S Área, G Empresarial - netlegis.com.br
... Sub Área: Gestão Empresarial. ... dentre outros com: Introdução de Novos
Produtos; Metas
de Vendas; Estrutura de Custos e Produção e Logística no dia-a-dia. ...
Em cache - Pesquisa na web - Todas as 2 versões
[CITAÇÃO] Logística Reversa: uma alternativa para reduzir custos e criar valor
MG Garcia
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[PDF] Tecnologia da Informação e Logística: os impactos do EDI nas operações
logísticas de uma empresa do …
KA FERREIRA, PCC RIBEIRO - Monografia de Graduação em Engenharia de
Produção, …, 2003 -
abepro.org.br
... Referências ... Logística Empresarial. ... engenharia de Informática na disciplina
Gestão
de Sistemas de Informação da Faculdade De Ciências e Tecnologia da ...
Citado por 5 - Artigos relacionados - Pesquisa na web
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G Tontini - proxy.furb.br
... de materiais, incluindo-se gestão, compras e ... DE COMPRAS COMO PARTE
DA LOGÍSTICA
EMPRESARIAL: COMPARAÇÃO ENTRE ... no Canadá, pode ser tomado como
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Empresarial. ...
Medição de Desempenho para a Gestão da Produção em Cenários de ...
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