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Medicina Baseada em Evidências

Tipo de prática que surge para questionar as abordagens tradicionais de


cuidados médicos da época, que eram baseados apenas nas opiniões e
experiência clínica.
Em 2007, David Wootton, publicou um livro chamado “Má medicina: Médicos
fazendo mal desde Hipócrates” e nesse livro, ele conclui que muitas práticas
médicas realizadas ao longo da história foram ineficazes e até mesmo
prejudiciais aos pacientes
Nesse livro, ele diz que até 1865 a área da saúde fazia mais mal do que bem
E apesar das boas intenções dos profissionais, as decisões não eram
respaldadas em evidências sólidas, podendo fazer tão mal quanto bem
As escolhas dos tratamentos eram pautadas em argumentos de autoridade –
então foi porque médico fulano que é especialista e tal coisa falou que funciona
– ou pela observação (que no final, era apenas um efeito placebo)
Em 1992, David Sackett publicou o artigo no periódico da British Medical
Journal chamado “Medicina Baseada em Evidências: O que é e o que não é”
E esse foi o primeiro escrito que trouxe o termo Medicina Baseada em
Evidências
Sackett criou uma forma de atender o paciente, com base em evidências
científicas qualificadas
E apesar dela ter sido criada numa especialidade, que foi a medicina, ela foi se
expandindo para as outras áreas, porque a essência é única: um modelo de
prática clínica, e por esse motivo que para ser mais abrangente, o melhor
termo para se usar é Prática ou Saúde Baseada em Evidências – que nós
vamos abreviar para PBE
O que é a PBE?
De forma resumida, é o modo de atender o paciente utilizando a melhor
evidência disponível no momento
Sackett define mais precisamente como “uma abordagem que associa a melhor
evidência científica disponível, com a experiência clínica e a escolha do
paciente para auxilia a tomada de decisão”
Por que aplicar a PBE?
Por que se meu paciente está melhorando, eu devo me preocupar em aplicar a
PBE?
Primeiro porque a melhor clínica não necessariamente significa efetividade
terapêutica
O desfecho clínico pode ser influenciado por outros fatores que estão além da
intervenção, como por exemplo:
Os confundidores, que são fatores que alteram o desfecho clínico e não tem
relação com a intervenção e
Segundo, porque a observação por si só é ineficaz
Devido e existência dos vieses cognitivos, que “poluem” a observação do
pesquisador e podem intervir no resultado
Por exemplo, pegar uma gripe
Vamos supor que Maria e João pegaram gripe, Maria fez escalda pés todos os
dias para tratar a gripe, João não fez nada, só esperou
Depois de uma semana, tanto Maria quanto João estavam curados da gripe
Agora, como saber se a melhora de Maria foi devido ao tratamento de escalda
pés, ou se foi apenas pelo percurso natural da doença, se não teve controle?
Destrinchando um pouco mais sobre a aplicação da PBE
Tripé da PBE
Nós temos os três componentes, o tripé da PBE
Que é composto pela experiência clínica ou expertise do profissional
Pela preferência do paciente ou pela decisão compartilhada
E pela melhor evidência externa disponível
Esses componentes são igualmente importantes e indissociáveis
É como se fosse um banquinho de três pés, que se você tira um dos pés, ele
não se sustenta mais
A experiência clínica é definida como a proficiência e o julgamento que os
clínicos adquirem por meio da experiência e da prática clínica
Então pelo que muito se critica na PBE, a experiência do profissional não é
excluída
Pois é ela quem permite que o profissional perceba nuances e particularidades
que um profissional mais jovem não vai perceber
A preferência do paciente também é outro tripé que é muito mau interpretado
Porque não é dar a decisão para o paciente, é compartilhar essa decisão com
ele
É levar em consideração os valores e as expectativas e circunstâncias do
paciente
É colocar na mesa as possibilidades

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