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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA DA FAMÍLIA E

SUCESSÕES DA COMARCA DE BARUERI – SP

Processo nº 1008077-39.2021.8.26.0068

Emerson Felipe Alves dos Santos, qualificado nos autos em epígrafe, por seu
advogado que esta subscreve, vem a Vossa Excelência, apresentar manifestação a
respeito do que expôs o Ministério Público.
Primeiramente, A INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO SOCIOAFETIVA está mais que
comprovada, uma vez que a genitora dos menores nunca permitiu que o autor tivesse
qualquer relação com eles. Conforme relatado na petição inicial, o autor comprava as
coisas necessárias para as crianças e pedia para outras pessoas entregarem, tendo
em vista que a genitora não aceitava que ele fosse até a sua casa para entregar
pessoalmente.
Outro ponto, não foi apresentada provas de DNA a respeito do Bryan porque
ambos são gêmeos, portanto, não há necessidade de se fazer o teste nos dois, pois
se são gêmeos univitelinos tem o mesmo DNA.
Ademais, o promotor pugna pela improcedência da ação alegando que o autor
não provou que existe uma relação socioafetiva. Absurdo um argumento desses vindo
de uma Instituição que deveria pugnar pelo que é justo. Gostaria de saber se o ilustre
promotor criaria e sustentaria dois filhos, que sabe-se lá quem é o pai, sob alegação
de relação socioafetiva, descrita por uma pessoa (membro do MP) que nem sabe
como se deram os fatos na verdade e que não viveu a situação na prática. A relação
socioafetiva entre o Emerson e as crianças não existe, pois repito, a mãe das
crianças nunca permitiu que o autor convivesse com os meninos. O que o autor
fez até o momento para as crianças foi simplesmente para honrar com sua “suposta
obrigação de pai”, tendo em vista que se por acaso os filhos fossem dele não teria
como a mãe alegar falta de responsabilidade e de pagamento de pensão.
Por fim, o autor ressalta mais uma vez que nunca teve relação socioafetiva com
as crianças, isto porque a mãe nunca permitiu. Inclusive destaca também que, se
tivesse essa relação socioafetiva jamais teria ido atrás de provas para comprovar que
os filhos não são dele.
Do pedido

Ante o exposto, comprovada a inexistência de paternidade biológica e


socioafetiva entre o suposto pai registral e os menores, requer a declaração de
nulidade do assento de nascimento dos réus, bem como a exclusão do nome do
autor e dos avós paternos do referido documento.
Após o trânsito em julgado requer a expedição da certidão de honorários, nos
termos do convênio Defensoria/OAB.

Termos em que,
pede deferimento.

Barueri, 08 de março de 2022.

DIEGO R. P. OLIVEIRA
OAB/SP nº 368.134

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