Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
16
Gestã
oda
Prod
utivid
ade e
da
Quali
dade
Cole Vítor Gabriel
cção
:
Gestão da Produção
Produção Apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS),
co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu
_________________________________________________________________
Índice Página
Capítulo 1
Produtividade da produção 10
2.1. Significado da produtividade da produção 10
2.2. Determinantes da produtividade 10
2.3. Algumas formas de melhorar a produtividade 13
2.4. Medidas locais de produtividade 14
Questões para discussão 15
Capítulo 3
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Capítulo 1
Introdução à Melhoria da Produtividade de
Produção
- design do processo;
- planeamento do processo;
1
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Eliminar desperdício
- desperdício de tempo;
- desperdício de materiais;
- desperdício de espaço;
- desperdício de movimento;
- desperdício de esforço.
Desperdício de tempo
_________________________________________________________________
Desperdício de materiais
Desperdício de espaço
O espaço é um elemento por norma caro. Para assegurar que não é desperdiçado, as
organizações devem:
_________________________________________________________________
Desperdício de movimento
Desperdício de esforço
A produção faz parte de um processo global que fornece outputs desejados aos
consumidores. O processo também envolve actividades como marketing, vendas,
armazenamento e distribuição. A produção é um elemento da cadeia de valor, que
adiciona valor aos materiais e componentes, através de um processo mais ou menos
sofisticado. O termo produção também é aplicado à geração e disponibilização de
serviços.
_________________________________________________________________
Influências e Restrições
Subsistema de Controlo
5
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Vários factores exercem influência externa sobre a empresa como um todo e sobre o
sistema de produção em particular. Quatro dos mais importantes são: as condições
económicas do país, as políticas e regulamentações, a concorrência e a tecnologia. Os
factores económicos por sua vez incluem taxas de juros, inflação, maior ou menor
disponibilidade de crédito, etc. Taxas de juros altas, bem como restrições ao crédito,
tendem a inibir os investimentos e a condicionar o crescimento dos sistemas
produtivos.
política monetária).
6
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
- os produtos certos;
- no momento certo;
- no lugar certo;
- ao preço certo;
Ao mesmo tempo, os bens têm de ser produzidos a um custo que permita à empresa
apresentada na Figura 2.
7
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Classificação das
Organizações
Orientação Orientação
para a para o
Produção Mercado
ou
Uma situação intermédia será a ideal. No primeiro caso, se a produção não estiver de
acordo com os padrões da procura, será impossível vender, e, no segundo caso, pode
não ser possível adoptar o programa de vendas.
É importante que a produção seja vista como uma parte do processo global. A
orientação para o consumidor é essencial. A produção deve ser entendida como um
elemento importante no processo de satisfação do consumidor. O objectivo da
produção não é o de fazer o maior número de unidades possível, mas produzir em
quantidades suficientes que cubram a procura dos consumidores.
8
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Capítulo 2
Produtividade da Produção
10
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Design do
produto
Produtividade
da Produção
Gestão da Design do
função processo
produção
Design do produto
A produtividade começa com o design do produto. Um bom design produz items que:
finais; e
11
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Design do processo
Gestão da produção
12
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Design
Design
do
Planeamento
produto do
eficaz process e controlo Localização
o eficaz da produção das
eficaz
instalações
Layout das
instalações
Elevada
produtividade Eficiente
manuseamento de
materiais
Controlo do
Controlo de
Controlo de trabalho
Estudo de materiais
qualidade
métodos
13
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
máquina
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Capítulo 3
Desenhar processos eficazes de fabricação
16
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
A decisão de fazer ou comprar, envolve uma análise demorada das vantagens e das
desvantagens de cada decisão. Geralmente, comprar componentes a fornecedores
externos significa tempo de entrega mais curto. Fazer componentes proporciona
2 Palavra anglo-saxónica cuja tradução significa «mandar fazer fora», o «recurso a uma
fonte externa», externalização ou, muito simplesmente, subcontratação. Considerando uma
definição mais ampla, o outsourcing é um processo através do qual uma organização
(contratante) contrata outra (subcontratado), na perspectiva de manter com ela um
relacionamento mutuamente benéfico, de médio ou longo prazo, com vista ao desempenho de
uma ou várias actividades, que a primeira não pode ou não lhe convém desempenhar e que a
segunda é tida como especialista.
17
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
A decisão final deverá ser traduzida em termos de custos. Se a decisão for comprar,
os custos associados a um componente são variáveis, numa relação directa com a
quantidade (ignorando qualquer desconto de quantidade na compra). Se a decisão for
fazer, haverá custos fixos associados à estrutura física e custos variáveis associados à
produção actual. Estes custos podem ser eventualmente traduzidos numa análise
Break-even.
Os estudos feitos sobre o assunto dizem que, em média, o outsourcing conduz a uma
redução de custos e ao aumento de produtividade. Em termos genéricos, podemos
destacar as seguintes vantagens do conceito:
_________________________________________________________________
perda de confidencialidade;
3
Processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das
organizações e respectivas funções ou processos face ao que é considerado "o melhor nível",
visando não apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua
ultrapassagem.
19
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
perda de know-how;
Apesar de cada vez mais popular, o outsourcing não é isento de riscos. Eis os seus
principais perigos:
a inexperiência do subcontratado;
_________________________________________________________________
fabricação
Sistema Produtivo
A- B- C-Relação
Operacional Estrutural com o
Cliente
21
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
A - Operacional
Neste caso, e como o nome indica, a classificação é feita com base no tipo de
operação que maioritariamente domina a produção. Na Figura 6 pode ver os vários
tipos de produção.
Produção
em
contínuo
Produção Produção
por Tipos de em
projecto Produção repetitivo
Produção
em
descontínuo
Produção em Contínuo
Por outro lado, o fluxo de materiais neste caso é contínuo ao longo do sistema
produtivo. Assim a sua operação tem associado um baixo grau de flexibilidade, onde
o controlo das diferentes operações unitárias (ex. reacção, destilação, etc.) é
22
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Produção Repetitiva
Por outro lado, o sistema produtivo é, neste caso, caracterizado por um elevado nível
de automação e requer mão-de-obra semi-especializada. O fluxo de materiais é linear
e muito pouco flexível.
Produção em Descontínuo
23
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
B - Estrutural
Como se pode observar na Figura 7, três configurações têm vindo a ser identificadas
como as mais utilizadas, as quais se encontram ligadas ao tipo de classificação
operacional discutida anteriormente.
Configuração Estrutural
Estrutura Processual
Neste caso, o sistema produtivo é caracterizado pela produção de uma grande
variedade de produtos, em pequenos lotes de elevada qualidade. Cada tarefa, (ex.
secagem, pintura) constituinte do processo produtivo, é identificada dentro de
25
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
uma área física, onde os diferentes tipos de máquinas e mão -de-obra são agrupados
de forma a levarem a cabo a tarefa ou função em questão. Todos os produtos
partilham funções comuns, contrariamente à criação de funções individualizadas para
cada produto a produzir. Ou seja, o equipamento e os trabalhadores são organizados
à volta do processo como se pode ver na F igura 8, onde por exemplo a tarefa A é
partilhada pela produção dos produtos 1 e 3.
Produto 3
Produto 2
A B C
Produto 1
D E F
Tarefas
Estrutura de Produto
26
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Produto 1
A B D
Produto 2
D E C
Produto 3
E F A
Estrutura Intermédia
Além das configurações descritas anteriormente, existe ainda o caso intermédio onde
o fluxo produtivo é misto. Algumas partes da produção são organizadas em torno do
produto, enquanto que outras são função da tarefa a executar - processo. Este tipo de
estrutura surge quando a actividade da empresa engloba, além da produção de
pequenos lotes de diversos produtos, a produção de elevadas quantidades de outros
produtos - produção mista.
- tempos de preparação;
- tempos de produção;
- manuseamento de materiais;
_________________________________________________________________
Produção Produção
para Stock por
Encomenda
Este tipo de produção, tal como o nome indica, descreve um sistema produtivo onde
a produção é feita para inventário. Está normalmente associada aos casos em que o
processo produtivo é longo ou pelo menos superior ao prazo normalmente
estipulado pelos clientes para entrega dos produtos (ex. detergentes, papel etc.).
Assim, existe a necessidade de manter os produtos acabados em inventário, de forma
a torná-los disponíveis quando necessário. Por outro lado, encontra -se ainda
associada aos casos em que produzir em quantidade resulta numa minimização
acentuada de custos (ex. produção de livros, discos etc.)
28
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Este tipo de produção exige por parte do cliente um compromisso bem definido,
podendo-se tomar como exemplo típico a produção dos célebres Ferraris.
Tal como no caso da classificação por estrutura e por operação, também neste caso
existe a forma mista ou híbrida, onde um determinado sistema produtivo produz
não apenas por encomenda, mas também para inventário (ex. vestuário).
Os factores que estão na base da escolha da localização têm que ver com a natureza
do processo e com os inputs e outputs, incluindo:
Estes factores mudam ao longo do tempo e, deste modo , a decisão de localizar num
determinado local não é absoluta ou permanente.
_________________________________________________________________
fixos reduzidos, mas custos variáveis elevados quando comparada com outra. É
possível traduzir graficamente esta situação (Figura 11)
- localização B
Custos fixos
- localização A
Volume de produção
No entanto, é preciso ter em atenção que a decisão não pode somente depender da
comparação de custos.
aumentar a eficiência;
facilitar a coordenação;
30
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Tipos de layout
Layout
Enquanto nos dois primeiros tipos de layout o produto circula, no último está fixo,
_________________________________________________________________
Vantagens Inconvenientes
Minimização dos custos de Custosaltosparaatrairpessoal
manuseamento dos produtos finais especializado para o local de emprego.
Planeamento mais orientado para os Instalação de apoio limitado (por vezes)
objectivos
Equipamentos de custo elevado podem
tertaxasdeutilizaçãoinferior
(relativamente aos outros layouts)
Característica Implantação
Produto Processo
Capacidade de estandardização Existe Não existe
Volume de produção Alto Baixo
Número de produtos Pequeno Grande
diferentes fabricados na
mesma oficina
Vantagens/Inconvenientes Implantação
Produto Processo
Custo de movimentação de materiais Menor
Tempo de produção por cada unidade Menor
Espaço necessário por unidade de produção Menor
Controlo de produção Menor
Necessidade de inspecção Menor
Stocks de produtos em vias de fabricação Menor
Grau de utilização das máquinas Menor
Flexibilidade dos processos de produção Menor
Interrupções de fabricação (avarias) Menor
Investimentos em equipamentos (duplicações em diversas Menor
linhas)
Grau de formação dos operários Menor
Manuseamento de materiais
32
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Capítulo 4
Planeamento e Controlo da Produção
4.1 Introdução
36
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Uma das formas de identificar o âmbito do (PPC) num sistema produtivo, passa pela
enumeração das suas funções típicas. Assim, as actividades típicas de gestão
suportadas por um sistema de PPC incluem:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
39
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
mais atenção. Assim, para uma empresa o aspecto mais importante e complexo pode
ter que ver com o planeamento das necessidades de materiais, enquanto que para
outra pode ter que ver com o processo de fabricação. Neste sentido, cada empresa
deve encontrar o sistema que melhor se adeque às suas características e necessidades.
Embora este capítulo seja relativo aos aspectos incluídos no lado esquerdo do
diagrama da Figura 13, em casos pontuais haverá necessidade de se fazer referência a
outras funções, devido à indissolubilidade de muitas delas e à inter-relação que existe
entre essas funções.
_________________________________________________________________
Planeamento da Planeamento de
Nível 1 Produção Recursos
41
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
As unidades apresentadas nos diversos PDPs não são agregadas, como no plano de
produção, mas sim unidades de produtos específicos. Este nível tem um carácter
mais operacional, pois já existem encomendas e é neste nível que há a transformação
das encomendas em ordens de produção dos produtos finais. Esta transformação é
função das encomendas, das existências, da disponibilidade de capacidade, dos
prazos de entrega acordados com os clientes e também da política de produção.
Paralelamente ao PDP, temos o planeamento director de capacidades, que tem como
objectivo verificar/controlar a existência ou não de capacidade para satisfazer o que
está estabelecido no PDP. O PDP deverá ser construído de uma forma integrada
com o planeamento director de capacidades.
42
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
43
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
produto, o que raramente acontece noutras indústrias. Por este motivo o projecto do
sistema de PPC aplicado numa empresa, pode não ter aplicabilidade noutras
empresas, com outros sistemas produtivos.
A tecnologia ligada aos sistemas PPC tem evoluído ao longo do tempo. O MRP, por
exemplo, nunca foi uma abordagem praticável até que os computadores contribuíram
para a “democratização” do seu uso. A mudança mais recente foi o uso de sistemas
on-line. Estes sistemas possibilitam uma diferença fundamental de operação. Reduzem
o formato papel e permitem com mais frequência a correcção do processo de
planeamento, sempre que essa correcção se mostre necessária. Reduzem o nível de
inventário e tornam o planeamento e a execução muito mais dinâmicos.
4.3. Planeamento
_________________________________________________________________
Planeamento Táctico: é assegurado pelos gestores de nível médio. Tem por objectivo
garantir os objectivos corporativos da empresa a médio prazo (um a dois anos). Este
tipo de planeamento evoluiu desde o nível estratégico até um nível mais específico
onde os objectivos estratégicos são decompostos em objectivos funcionais ligados às
necessidades de agregação de recursos e da capacidade de produção da organização
(definição do plano agregado).
Cada um dos níveis referidos interage fortemente entre si, de forma a garantir
melhorias na produtividade, flexibilidade e capacidade competitiva da empresa. Na
Figura 15 estão representadas, de uma forma esquemática, as relações existentes
entre os diversos níveis de planeamento.
Dado a âmbito deste trabalho, iremos explorar nas próximas secções apenas os níveis
dois e três, aplicados à produção deixando, de parte, a análise do nível estratégico.
45
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Planeamento
Plano estratégico
corporativo Plano Estratégico Longo Prazo (2 ou
Plano agregado de
produção Plano Táctico Médio Prazo (1 a
capacidade de produção;
necessidade de sub-contractar;
46
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Determinar os produtos a
São necessárias
alterações?
Não
Determinar as necessidades
Desenvolver uma
de capacidade agregada
estratégia de - mão-de-obra
planeamento agregado - taxas de produção
- níveis de inventário
Desenvolver uma
Sim São necessárias
estratégia de
planeamento agregado alterações?
Não
Plano Director da
Produção (PDP)
Figura 16 : Processo de Planeamento Agregado
48
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Tomando como exemplo uma companhia que produz quatro modelos diferentes de
PC´s (A, B, C e D), o seu plano agregado para os dois primeiros trimestres do ano
seria:
Tomando como exemplo o caso fornecido para o plano agregado no ponto anterior
e relativamente ao primeiro trimestre tem-se:
Primeiro Trimestre
PC's Janeiro Fevereiro Março
1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena
A 250 250 100 150 175 100
B 250 250 100 100 175 100
C 150 100 250 250 175 100
D 100 150 150 100 175 100
49
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
Plano Director de
Produção
(MPS) - preliminar
alterações ??
Não
Plano Director de Produção
(MPS) - final
Actividades da Produção -
escalonamento
50
Gestão da Produção
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Baranger, P. e Hugel, G. (1994) “Gestão da Produção – actores, técnicas e políticas”, Edições Sílabo,
Lda.
Scheer, A. (1991) “CIM Computer Integrated Manufacturing) - Towards the Factory of the Future”,
2nd edit., Springer-Verlag.
Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias (2005), “Fazer Mais Com Menos
- Livro Verde da Eficiência Energética”.
Vollmann, T., William L. e Whybark D. (1992), “Manufacturing planning and control systems”, 3rd
edit., Richard D. Irwin, Inc..
53