Você está na página 1de 58

Análises clínicas

Web Aula 6
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336
__________________________________
Compostos Nitrogenados Proteicos

____________________________________
PROTEÍNAS
• São compostos orgânicos de alto peso molecular formados
pela ligação de aminoácidos unidos através de ligações
peptídicas.
• Correspondem a mais da metade do peso seco da célula
sendo o composto orgânico mais abundante do ser vivo.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• São formadas basicamente por átomos de carbono (C),
hidrogênio(H), oxigênio (O) e nitrogênio(N).

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Propriedades
1. Especificidade
Cada proteína realiza uma determinada função graças a sua
estrutura primária e conformação espacial.

Análises Clínicas – Web Aula 6


2. Desnaturação
Alterações de temperatura e de pH alteram a forma das
proteínas alterando também sua atividade; a proteína torna-se
inativa. Esse processo de alteração da forma da proteína é
denominado desnaturação.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Classificação
1. Proteínas simples
Constituída apenas por aminoácidos, são também
denominadas de homoproteínas.

Análises Clínicas – Web Aula 6


2. Proteínas conjugadas ou heteroproteínas
Formadas por uma parte proteica chamada apoenzima
associada a outras substâncias de natureza não proteicas
denominadas grupo prostético ou cofator. Se o cofator é
uma substância orgânica - coenzima.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Funções
1. Estrutural: participa da estrutura do tecido. Ex: queratina,
colágeno.

2. Nutritiva: vitelo do ovo (nutrição do embrião).

Análises Clínicas – Web Aula 6


3. Imunológica: globulinas - anticorpos formados para
combater o antígeno.

4. Hormonal: muitos hormônios são proteínas. Insulina.

5. Contrátil: actina e miosina, presentes nos músculos -


mecanismo da contração muscular.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
6. Transportadora: hemoglobina – transporta o oxigênio dos
pulmões para os tecidos.

7. Coagulante: fibrinogênio – coagulação sanguínea.

Análises Clínicas – Web Aula 6


8. Equilíbrio osmótico do sangue: - Albumina: proteína mais
abundante do sangue, importância na regulação osmótica e
viscosidade do plasma.

9. Enzimática: ação catalisadora de reações química.


Amilase: atua sobre o amido, clivando-o

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Proteínas Plasmáticas

____________________________________
As principais proteínas plasmáticas são a albumina, as
globulinas e o fibrinogênio. Elas estão envolvidas em múltiplas
funções:
• manutenção da pressão osmótica;
• viscosidade do sangue;

Análises Clínicas – Web Aula 6


• regulação do pH sanguíneo;
• transporte de nutrientes, hormônios e produtos do
metabolismo que deverão ser excretados;
• participação na coagulação sanguínea.

A concentração das proteínas plasmáticas pode estar


aumentada na desidratação, por hemoconcentração. Encontra-se
diminuída em doenças hepáticas, distúrbios intestinais, renais ou
alimentação pobre em proteínas.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


_______________________________
Eletroforese de Proteínas

____________________________________
• A eletroforese de proteínas é um exame solicitado pelo médico
com o objetivo de investigar doenças que podem cursar com
alteração na quantidade de proteínas circulantes no sangue.

• O exame é feito a partir de uma amostra de sangue, que passa


por um processo de centrifugação para que se obtenha o

Análises Clínicas – Web Aula 6


plasma sanguíneo, em que são encontradas as proteínas.

• As proteínas que são avaliadas nesse exame são importantes


para o bom funcionamento do organismo, já que atuam no
sistema imune, no processo de coagulação e reações
metabólicas, além de poderem carregar algumas moléculas até
o seu sítio de ação.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Dentre as proteínas avaliadas estão a albumina, alfa-
glicoproteínas, beta-glicoproteínas e gama-glicoproteína.
A eletroforese de proteínas é solicitada pelo médico
para verificar a quantidade de proteínas no organismo e, assim,
investigar possíveis alterações e doenças, podendo iniciar o
tratamento de forma precoce, caso seja esse o caso.
Algumas das situações em que o médico pode solicitar e

Análises Clínicas – Web Aula 6


eletroforese de proteínas é quando há sinais e sintomas
sugestivos de:
• Desidratação; • Glomerulonefrite;
• Mieloma múltiplo; • Síndrome de Cushing;
• Inflamações; • Enfisema;
• Cirrose; • Doenças hepáticas;
• Lúpus Eritematoso Sistêmico; • Anemia;
• Hipertensão; • Pancreatite.
• Ascite;

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Como é feito o exame?
• É feita a partir da coleta de uma amostra de sangue da
pessoa por um profissional capacitado e não é necessário
qualquer tipo de preparo.
• A amostra obtida é enviada ao laboratório para que haja
separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• As proteínas são quantificadas em um aparelho específico,
denominado densitômetro, em que é verificada a
concentração das proteínas no sangue, sendo indicado no
laudo o valor percentual e valor absoluto de cada fração
proteica, além de um gráfico, que é importante para melhor
compreensão pelo médico e pelo paciente do resultado do
exame.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Análises Clínicas – Web Aula 6
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336
Albumina

____________________________________
• A albumina é a proteína plasmática presente em maiores
quantidades;
• É produzida no fígado;
• Desempenha várias funções, como transporte de
hormônios, vitaminas e nutrientes, regulação do pH e

Análises Clínicas – Web Aula 6


controle osmótico do organismo.
• A síntese de albumina no fígado e dependente do estado
nutricional da pessoa, quantidade de hormônios
circulantes e pH do sangue.
Dessa forma, o quantidade de albumina na eletroforese de
proteínas demostra o estado nutricional geral da pessoa e
permite identificar possíveis alterações no fígado ou nos rins.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Valores de referencia
Os valores normais de albumina podem variar de
acordo com o laboratório em que o exame é realizado e
também de acordo com a idade.

• 0 a 4 meses – 20 a 45g/dL
• 4 meses a 16 anos – 32 a 52g/dL

Análises Clínicas – Web Aula 6


• A partir dos 16 anos – 35 a 50g/dL

A causa mais frequente de aumento de albumina plasmática


(hiperalbuminemia) é consequência da desidratação, mas não
porque houve aumento da produção dessa proteína, mas
porque a quantidade de água é menor e, consequentemente, o
volume sanguíneo, sendo, portanto, verificados níveis mais
altos de albumina.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
A albumina é considerada uma proteína de fase aguda
negativa, ou seja, em situações de inflamação, há diminuição
dos níveis de albumina.
Assim, a diminuição da albumina pode acontecer em
casos de:
• Diabetes mellitus,

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Hipertensão,
• Edema,
• Ascite,
• Deficiências nutricionais e
• Cirrose, em que há comprometimento do fígado e a síntese
de albumina torna-se prejudicada.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Globulinas

____________________________________
• A concentração de globulinas é obtida pelo cálculo entre a
diferença da concentração das proteínas totais e da
albumina.

• As globulinas podem ser divididas em três tipos: alfa, beta


e gama globulinas, identificadas mediante eletroforese.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Elas desempenham papéis importantes no transporte de
várias substâncias bem como na imunidade (fração gama).

• As globulinas são indicadores limitados do metabolismo


protéico, tendo mais importância como indicadores de
processos inflamatórios.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Alfa-1-globulina
A fração alfa-1-globulina é constituída por várias
proteínas, sendo as principais a alfa-1-glicoproteína ácida
(AGA) e a alfa-1-antitripsina (AAT).
• A AGA participa da formação de fibras colágenas e é
responsável por inibir a atividade de vírus e parasitas,
possuindo, portanto, papel fundamental no bom

Análises Clínicas – Web Aula 6


funcionamento do sistema imune.
• Da mesma forma que a AGA, a AAT também possui grande
importância no sistema imunológico.

Valor de referência na eletroforese (pode variar de acordo


com o laboratório): 0,22 a 0,41 g/dL; 2,9 a 4,9%

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Aumento de alfa-1-globulina
O aumento das proteínas dessa fração acontecem
principalmente diante de inflamações e infecções.
Assim, níveis altos de alfa-1-globulina podem indicar
neoplasias, síndrome de Cushing, artrites, gravidez e vasculites,
além de poder aumentar como consequência da terapia com
estrogênios ou corticoides.

Análises Clínicas – Web Aula 6


Diminuição de alfa-1-globulina
A diminuição pode acontecer como consequência de
síndrome nefrótica, doenças hepáticas graves, enfisema, cirrose
e carcinoma hepatocelular.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Alfa-2-globulina

____________________________________
A fração alfa-2-globulina é formada por três proteínas
principais: a ceruloplasmina (CER), a haptoglobina (hpt) e
a macroglobulina (AMG), cujas concentrações podem aumentar
em consequência de processos inflamatórios e infecciosos.
• A CER é importante no processo da incorporação do ferro a
transferrina, que é a proteína responsável pelo transporte de
ferro no organismo.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• A haptoglobina é responsável por se ligar à hemoglobina
circulante e, assim, promover a sua degradação e eliminação
da circulação.
• A macroglobulina é uma das maiores proteínas plasmáticas e é
responsável por regular as reações inflamatórias e
imunológicas, além de transportar proteínas mais simples, os
peptídeos, e regular a síntese de proteínas plasmáticas pelo
fígado.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Valor de referência na eletroforese (pode variar de acordo
com o laboratório): 0,58 a 0,92 g/dL; 7,1 a 11,8%

Aumento de alfa-2-globulina
O aumento das proteínas dessa fração pode ser indicativo de
síndrome nefrótica, doença de Wilson, degeneração hepática,
coagulação intravascular disseminada e infarto cerebral, além

Análises Clínicas – Web Aula 6


de poder aumentar devido à terapia com estrogênios.

Diminuição de alfa-2-globulina
A diminuição dos níveis dessa proteína podem acontecer
devido a anemias hemolíticas, pancreatite e doenças
pulmonares.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Beta-1-globulina

____________________________________
A transferrina é a principal proteína da fração beta-1-
globulina e é responsável pelo transporte do ferro para os vários
locais do corpo.
Além da sua quantidade poder ser verificada na eletroforese
de proteínas, a concentração de transferrina no sangue pode ser
verificada em um exame de sangue normal.

Análises Clínicas – Web Aula 6


Valor de referência na eletroforese (pode variar de acordo com o
laboratório): 0,36 a 0,52 g/dL; 4,9 a 7,2%

Aumento de beta-1-globulina: O aumento acontece nos casos de


anemia ferropriva, gravidez, icterícia, hipotireoidismo e diabetes.

Diminuição de beta-1-globulina: A diminuição dessa fração de


proteínas não é muito frequente, no entanto pode ser observada em
processos crônicos.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Beta-2-globulina
Nessa fração há duas proteínas principais, a beta-2-microglobulina
(BMG) e a proteína C reativa (PCR).
• A BMG é um marcador de atividade celular, sendo importante para
detectar tumores linfocitários, por exemplo, além de poder ser utilizada
na prática clínica com o objetivo de acompanhar o paciente com câncer,
de modo a verificar se o tratamento está sendo eficaz.
• A PCR é uma proteína muito importante na identificação de infecções e
inflamações, já que é a que mais sofre alteração em seus níveis.

Análises Clínicas – Web Aula 6


Valor de referência na eletroforese (pode variar de acordo com o
laboratório): 0,22 a 0,45 g/dL; 3,1 a 6,1%

Aumento de beta-2-globulina: O aumento pode acontecer no caso de


doenças relacionadas com os linfócitos, inflamações e infecções.

Diminuição de beta-2-globulina: A diminuição pode ser devido à problemas


no fígado, o que impede a síntese dessas proteínas.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Gama-globulina
Nessa fração da eletroforese de proteínas são encontrados
as imunoglobulinas, que são as proteínas responsáveis pela defesa
do organismo.

Valor de referência na eletroforese (pode variar de acordo com o


laboratório): 0,72 a 1,27 g/dL; 11,1 a 18,8%

Análises Clínicas – Web Aula 6


Aumento de gama-globulina: O aumento das proteínas da fração de
gama-globulinas acontecem frente a infecções, inflamações e
doenças autoimunes, como artrite reumatoide. Além disso, pode
haver aumento em caso de linfoma, cirrose e mieloma múltiplo.

Diminuição de gama-globulina: Normalmente, os níveis de


imunoglobulina estão diminuídos quando há deficiência no sistema
imune devido a doenças crônicas, por exemplo.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Fibrinogênio

____________________________________
O fibrinogênio (Fator I) é uma proteína sintetizada no
fígado e tem importante papel na etapa final da coagulação
sanguínea, sendo transformado em fibrina, sob a ação da
trombina.
Além de seu papel na coagulação, desempenha
também um importante papel na resposta inflamatória de

Análises Clínicas – Web Aula 6


fase aguda.
• Pode estar elevado em processos inflamatórios e
infecciosos agudos, neoplasias, pós-operatório, uso de
contraceptivos orais, estrógenos e andrógenos, gravidez.
• Pode estar reduzido devido à diminuição de sua síntese
hepática como nas doenças hepáticas, ou por aumento de
consumo como na coagulação intravascular disseminada,
fibrinólise.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Valores de referencia – 185,0 a 400mg/dL

Níveis reduzidos de fibrinogênio

Prejudicam a formação de coágulos estáveis. São


observadas reduções crônicas quando há doenças
hereditárias, como afibrinogenemia ou hipofibrinogenemia, e

Análises Clínicas – Web Aula 6


em doenças adquiridas, como doença hepática avançada
e desnutrição intensa.
Ocorrem reduções agudas na coagulação intravascular
disseminada e na hiperfibrinólise.
Também podem ser observados níveis baixos após
transfusão rápida de grandes volumes de sangue.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
O FIBRINOGÊNIO É UMA PROTEÍNA DE FASE AGUDA

Seus níveis se elevam quando há inflamação ou lesão


tecidual de qualquer causa. Essas elevações são temporárias,
e desaparecem após cessar a causa.
Podem ser detectados níveis altos com:
• Infecções agudas

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Câncer
• Doença coronariana
• Infarto do miocárdio
• Acidente vascular cerebral
• Distúrbios inflamatórios (como artrite reumatóide)
• Traumatismos
Níveis elevados persistentes de fibrinogênio podem
contribuir para o risco de doença coronariana.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


___________________
Outros _____________
testes para avaliação de Lesão hepatocelular

____________________________________
Aminotransferases
Aspartato aminotransferase (AST)
• Também pode ser chamada de transaminase glutâmico
oxaloacética (TGO);
• É uma enzima que catalisa a reação: aspartato + alfa-
queroglutarato = oxaloacetato + glutamato;

Análises Clínicas – Web Aula 6


• É encontrada em altas concentrações no citoplasma e nas
mitocôndrias do fígado, músculos esquelético e cardíaco,
rins, pâncreas e eritrócitos (glóbulos vermelhos do sangue);
• Quando qualquer um desses tecidos é danificado, a AST é
liberada no sangue

Valores normais: até 31 U/L (mulheres) e 37 U/L (homens)

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Alanina aminotransferase (ALT)

• Pode ser chamada de transaminase glutâmico pirúvica (TGP)


• É uma enzima que catalisa a reação: alanina + alfa-
queroglutarato = piruvato + glutamato.
• É encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma
do fígado, o que torna o seu aumento mais específico de

Análises Clínicas – Web Aula 6


lesão hepática;
• Seu aumento pode estar ligada a um conjunto com a AST em
miopatias (doenças musculares) severas.

Valores normais: até 31 U/L (mulheres) e 41 U/L (homens)

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Desidrogenase lática (DHL)

• É observado em lesões hepatocelulares de modo geral pode


ser útil na diferenciação entre hepatite aguda viral e lesão
causada por isquemia ou paracetamol;

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Sugere-se que, em elevações de aminotransferases acima de
5 vezes o limite superior, uma relação ALT/DHL maior que 1,5
sugere hepatite viral.

Valores normais: 24-480 U/L

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


_______________________________
Outros testes para avaliação do

____________________________________
Fluxo biliar e Lesão de vias biliares
Fosfatase alcalina
• Trata-se não de uma
enzima, mas de uma
família de enzimas,
presente em praticamente

Análises Clínicas – Web Aula 6


todos os tecidos;

• No fígado, é encontrado
principalmente nos
microvilos dos canalículos
biliares e na superfície Estrutura da fosfatase alcalina
(nesse caso, de leucócitos)
sinusoidal dos hepatócitos.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


• O aumento da fosfatase alcalina hepática é mais evidente na

____________________________________
obstrução biliar, aonde o acúmulo de sais biliares a solubilizam
e a obstrução promove a sua regurgitação entre as células
hepáticas até o sangue.
• Em casos de elevação da fosfatase alcalina aonde não observa-
se sinais clínicos ou laboratoriais de doença hepatobiliar, é
possível a diferenciação entre as principais isoenzimas
(hepática, óssea e intestinal) para localizar a fonte da alteração.

Análises Clínicas – Web Aula 6


Valores normais
• 1 dia de idade: até 250 U/L
• 2 - 3 anos: até 281 U/L;
• 4 - 6 anos: até 269 U/L;
• 7 - 12 anos: até 300 U/L;
• 13 - 17 anos: até 187 U/L (mulheres) e 390 U/L (homens);
• Adultos: 35 a 104 U/L (mulheres) e 40 a 129 U/L (homens).

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Causas de aumento "isolado" de fosfatase alcalina

____________________________________
Metástases hepáticas ou doença infiltrativa
Aumento da isoenzima Cirrose biliar primária
hepática Colelitíase
Aumento discreto com a idade
Fisiológica (infância, puberdade, pós-menopausa)
Aumento da isoenzima óssea Doença osteoblástica (Paget, osteomalacia, metástases)
Doença hepática (cirrose)
Diabetes mellitus
Aumento da isoenzima Insuficiência renal crônica

Análises Clínicas – Web Aula 6


intestinal Doença intestinal ( linfoma, doença cadeia a )
Fisiológica ( discreta ) – aumento com ingesta de gorduras
Secretores de sangue grupo O e B
Gestação normal
Isoenzima placentária Doença maligna (discreto)
Cirrose infantil indiana
Ligada a imunoglobulinas (doença autoimune, doença
inflamatória intestinal)
Formas variantes ou não Derivada de tumores ( ovariano, testicular,
usuais hepatocarcinoma )
Fígado-símile mais osso (hiperfosfatasemia benigna
transitória - aumento severo)
Geneticamente determinado Qualquer das isoenzimas

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Gama glutamiltransferase (GGT)

____________________________________
• É uma enzima encontrada em grande quantidade no fígado,
rins, pâncreas, intestino e próstata, mas também está
presente em vários outros tecidos.

• Elevações muito grandes estão associadas principalmente a


câncer primário ou secundário do fígado e a obstrução biliar;

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Alterações menores são poucos específicas de doenças do
fígado; por outro lado, é um marcador muito sensível de
doença hepática, pois está alterado em 90% dos portadores
de doença hepatobiliar;

Valores normais: 8 a 41 U/L (mulheres) e 12 a 73 U/L (homens).

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Causas de aumento plasmático de gama
glutamiltransferase
Doença hepatobiliar
Doença pancreática
Álcool
Drogas ( especialmente indutores enzimáticos, como barbitúricos)
Doenças não hepatobiliares com Anorexia nervosa
envolvimento hepático (aumento Distrofia miotônica

Análises Clínicas – Web Aula 6


leve) Síndrome de Guillain-Barré
Hipertireoidismo
Síndrome metabólica
Após infarto do miocárdio
Porfiria cutânea tarda
Doença neurológica (aumento leve)
Doença maligna / radioterapia

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Bilirrubinas

• A bilirrubina, principal componente dos pigmentos biliares;

• É o produto final da destruição da porção "heme" da


hemoglobina e outras hemoproteínas.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• A primeira bilirrubina a ser produzida nesse processo é a
bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não
conjugada).

• Essa bilirrubina sofre o processo de conjugação e passa a ser


bilirrubina direta (ou conjugada);

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Análises Clínicas – Web Aula 6
Metabolismo da bilirrubina: (1) destruição do heme e formação da bilirrubina; (2) transporte da
bilirrubina pelo plasma, ligada à albumina; (3) captação da bilirrubina do plasma pelo hepatócito; (4)
conversão no hepatócito da bilirrubina não conjugada em conjugada; (5) transporte da bilirrubina
conjugada pela membrana biliar.
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336
____________________________________
• Os termos "direta" e "indireta" referem-se ao método
criado para diferenciá-las por Van Den Bergh e Muller em
1916, mas que persistem até hoje (gerando confusão
desnecessária);

• O aumento da bilirrubina indireta, portanto, é causado pelo


aumento da degradação do heme ou deficiência da

Análises Clínicas – Web Aula 6


conjugação no fígado;

• O exame de bilirrubina auxilia o diagnóstico de problemas


no fígado, vias biliares ou anemia hemolítica, por exemplo,
já que a bilirrubina é produto da destruição das hemácias e
para ser eliminada pelo organismo necessita ser conjugada
a um açúcar no fígado e sofrer a ação da bile.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Existem dois tipos principais de bilirrubina que podem

____________________________________
ser medidos com este exame:

• Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que se


forma no momento da destruição dos glóbulos vermelhos no
sangue e que depois é transportada para o fígado. Por isso, sua
concentração é maior no sangue e pode estar alterada quando
existe alguma condição envolvendo as hemácias, como a

Análises Clínicas – Web Aula 6


anemia hemolítica, por exemplo;

• Bilirrubina direta ou conjugada: corresponde à conjugação


entre a bilirrubina e o ácido glicurônico, um açúcar, no fígado.
A bilirrubina direta sofre ação da bile no intestino, sendo
eliminada na forma de urobilinogênio ou estercobilinogênio.
Assim, a concentração de bilirrubina direta está alterada
quando há alguma lesão hepática ou obstrução biliar.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Valores de referência da bilirrubina no sangue
Tipo de bilirrubina Valor normal
Bilirrubina direta até 0,3 mg/dL
Bilirrubina indireta até 0,8 mg/dL
Bilirrubina total até 1,2 mg/dL

Análises Clínicas – Web Aula 6


Alguns recém-nascidos podem apresentar valores muito
elevados de bilirrubina, o que pode ser devido à imaturidade dos
órgãos relacionados ao metabolismo da bilirrubina ou ao estresse
do parto. Os valores de referência da bilirrubina em bebês varia de
acordo com seu tempo de vida, sendo:
• Até 24 horas após o nascimento: 1,4 - 8,7 mg/dL;
• Até 48 horas após o nascimento: 3,4 - 11,5 mg/dL;
• Entre 3 e 5 dias após o nascimento: 1,5 - 12 mg/dL.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Causas de aumento da bilirrubina conforme a bilirrubina

____________________________________
predominantemente aumentada
Bilirrubina não-conjugada (indireta) Bilirrubina conjugada (direta)
Doença hepatocelular (ex:
Eritropatias
hepatites)
Hemólise Hiperesplenis
Aumento da mo, Doença colestática (ex: CBP)
produção de autoimune
bilirrubina Eritropoese ineficaz (ex: S. de Dubin-
Doença do

Análises Clínicas – Web Aula 6


talassemias) Johnson
fígado
Síndrome de
Destruição de hematomas
Distúrbio do Rotor
metabolismo Colestase
Hiperbilirrubinemia neonatal
benigna
Colestase da
Jejum
Redução da gravidez
conjugação Doença do trato biliar
Síndrome de Gilbert Doenças (ex: tumor)
extra-
hepáticas Doença pancreática (ex:
Síndromes de Crigler-Najjar
carcinoma)

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


__________________________________
Lipídeos

____________________________________
Os lipídios são substâncias orgânicas de grande
importância, pois atuam como hormônios ou precursores
hormonais, fonte energética, componentes estruturais das
membranas, etc.
Os principais lipídios plasmáticos são o colesterol,
triglicérides, fosfolipídios e ácidos graxos. Rotineiramente são

Análises Clínicas – Web Aula 6


solicitadas as seguintes determinações a fim de se avaliar o
perfil lipídico do paciente:
• Colesterol total.
• Triglicérides.
• Colesterol-HDL.
• Colesterol-LDL e Colesterol VLDL
• Relação: colesterol total/colesterol-HDL.
• Relação: colesterol-LDL/colesterol HDL.
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336
____________________________________
COLESTEROL

• O colesterol é o esterol mais abundante dos tecidos

Análises Clínicas – Web Aula 6


humanos.
• Pode ser proveniente da alimentação (origem exógena) ou
sintetizado no fígado (origem endógena).
• Sua síntese endógena é dependente de sua ingestão: quanto
maior for à ingestão, menor será a quantidade sintetizada
pelo fígado.
• Seu excesso é prejudicial à saúde, pois se acumula a nível de
endotélio vascular podendo levar à aterosclerose.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
TRIGLICÉRIDES

• Os triglicerídeos são lipídios provenientes do metabolismo


dos carboidratos.
• São derivados de duas fontes: alimentação e fígado.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Após a refeição, parte dos carboidratos da dieta é convertida
em triglicérides e são secretados como lipoproteínas.
• A dosagem de triglicérides séricos pode ser realizada para
avaliar o perfil lipídico, o risco de pancreatite, aumento dos
triglicérides séricos secundário à administração de
determinados tipos de medicamentos e para avaliar a
eficácia de tratamentos utilizados para reduzir os níveis de
triglicérides.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
A tabela de valores normais dos triglicerídeos, por idade,
recomendados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia são:

Triglicerídeos Adultos maiores Crianças (0-9 Crianças e


de 20 anos anos) adolescentes
(10-19 anos)

Análises Clínicas – Web Aula 6


Em jejum menor que 150 menor que 75 menor que 90
mg/dL mg/dL mg/dL
Sem jejum menor que 175 menor que 85 menor que 100
mg/dL mg/dL mg/dL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS

• Devido ao fato dos lipídios serem insolúveis em água e,


consequentemente, insolúveis no sangue, para serem
transportados na corrente sanguínea devem se ligar a
proteínas específicas formando um composto chamado
Lipoproteína.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• As lipoproteínas são constituídas por quantidades variáveis
de colesterol, triglicérides, fosfolipídios e apoproteínas,
sendo solúveis no plasma devido à natureza hidrofílica da
parte proteica.

• Existem vários tipos de lipoproteínas com composição


lipídica e proteica variáveis.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Estas lipoproteínas podem ser classificadas de diversas
maneiras. O modo pelo qual geralmente são classificadas se
baseia em sua densidade medida em um densitômetro.

• Quilomícron = É a lipoproteína menos densa, o principal


lipídio transportado são os triglicérides provenientes da

Análises Clínicas – Web Aula 6


dieta.

• VLDL = Lipoproteína de Densidade Muito Baixa: transporta


triglicérides endógenas (síntese hepática).

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
• LDL = Lipoproteína de Densidade Baixa: principal
lipoproteína transportadora de colesterol; seus níveis
aumentados no sangue estão relacionados com o aumento
do risco de infarto agudo do miocárdio.
(Chamado de Colesterol Ruim)

Análises Clínicas – Web Aula 6


• HDL = Lipoproteína de Densidade Alta: atua retirando o
excesso de colesterol da circulação. Seus níveis aumentados
no sangue estão associados a uma diminuição do risco de
infarto agudo do miocárdio.
(Chamado de Colesterol Bom)

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Composição Lipídica e Funções das Lipoproteínas
Componente
Lipoproteína Função principal
lipídico principal
Transportar triglicérides do
Quilomícrons triglicérides intestino
para o fígado e tecidos

Análises Clínicas – Web Aula 6


Transportar triglicérides do fígado
VLDL Triglicérides
para os tecidos
Transportar colesterol do fígado
LDL Colesterol
(via IDL - LDL) aos tecidos
Retira colesterol dos tecidos
HDL Colesterol impedindo
seu acúmulo. É rica em proteínas.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


__________________________________
Hormônios

____________________________________
• Os hormônios são substâncias produzidas pelas glândulas do
sistema endócrino, liberadas na corrente sanguínea e que
operam sobre tecidos-alvo, a partir de ligações com
receptores específicos.

• Presentes nos homens e nas mulheres, os hormônios são

Análises Clínicas – Web Aula 6


responsáveis pela geração de respostas fisiológicas,
morfológicas e bioquímicas do organismo, com atuação em
várias funções, como no crescimento, capacidade
reprodutiva, comportamento e metabolismo.

• Cada hormônio tem uma função específica, no entanto, eles


podem trabalhar em conjunto para causar algum tipo de
reação.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Principais hormônios do Corpo humano
Os hormônios são lançados na corrente sanguínea e se
comportam como sinalizadores químicos.
Algumas dessas substâncias podem ser produzidas em
locais próximos de onde atuam; outros precisam percorrer um
longo caminho para alcançar o órgão específico.
No corpo humano, existem uma grande quantidade de

Análises Clínicas – Web Aula 6


hormônios, com diferentes funções.
Entre os principais, destacam-se:
• Testosterona: produzido nos testículos e ovários, tem
como principal função desenvolver as características
masculinas nos homens e mulheres (nelas em menor
presença). Também atua no desenvolvimento de pelos,
músculos e na voz grossa

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
• A andropausa (a menopausa nos homens) também precisa
de cuidados hormonais, pois, em alguns casos, é necessário
realizar a reposição de hormônios, ou algum outro
tratamento, para diminuir os sintomas.

• A dosagem de PSA também deve ser observada durante os


exames hormonais nos homens.

Análises Clínicas – Web Aula 6


• O PSA não é um hormônio, mas sim, uma proteína; porém, é
possível detectar as dosagens e os níveis da substância.

• Em casos de alteração do PSA, é possível perceber influência


direta no sistema hormonal masculino, com desregulagem
da testosterona.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


Valores de Referencia

____________________________________
Testosterona Total
Homens: 241 - 827 ng/dL
Mulheres: 14 - 76 ng/dL

Testosterona livre no sangue, além de variar de acordo com o laboratório,


variam de acordo com a idade e fase do ciclo menstrual, no caso nas
mulheres:

Análises Clínicas – Web Aula 6


Homens
• Até 17 anos: Valor de referência não estabelecido;
• Entre 17 e 40 anos: 3 - 25 ng/dL
• Entre 41 e 60 anos: 2,7 - 18 ng/dL
• Acima de 60 anos: 1,9 - 19 ng/dL
Mulheres
• Fase folicular do ciclo menstrual: 0,2 - 1,7 ng/dL
• Meio do ciclo: 0,3 - 2,3 ng/dL
• Fase lútea: 0,17 - 1,9 ng/dL
• Pós menopausa: 0,2 - 2,06 ng/dL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
Estrógeno: produzido pelo ovário, é o hormônio responsável
pelo desenvolvimento das características sexuais nas mulheres,
como crescimento de seios.

Valores de Referencia

• Em meninos:

Análises Clínicas – Web Aula 6


Idade média Valor de referência
7 anos 0 a 16 pg/mL
11 anos 0 a 22 pg/mL
14 anos 10 a 25 pg/mL
15 anos 10 a 46 pg/mL
18 anos 10 a 60 pg/mL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


• Em meninas:

____________________________________
Idade média Valor de referência
7 anos 0 a 29 pg/mL
10 anos 10 a 33 pg/mL
12 anos 14 a 77 pg/mL

Análises Clínicas – Web Aula 6


14 anos 17 a 200 pg/mL
• Adultos

Homens: 10 a 60 pg/mL;
Mulheres antes da menopausa: 17 a 200 pg/mL
Mulheres após a menopausa: 7 a 40 pg/mL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


____________________________________
• Progesterona: hormônio feminino produzido no corpo
lúteo, tem como função promover a manutenção das
células de revestimento uterino e produção de leite na
glândula mamária.

Os valores de progesterona no sangue variam de acordo


com o período menstrual e da fase da vida da mulher,

Análises Clínicas – Web Aula 6


sendo:
• Início do período menstrual: 1 ng/mL ou inferior;
• Antes da ovulação: inferior a 10 ng/mL;
• 7 a 10 dias depois da ovulação: superior a 10 ng/mL;
• No meio do ciclo menstrual: 5 a 20 ng/mL;
• Primeiro trimestre de gravidez: 11 a 90 ng/mL
• Segundo trimestre de gravidez: 25 a 90 ng/mL;
• Terceiro trimestre de gravidez: 42 a 48 ng/mL.

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


• Beta-HCG: hormônio gonadotrofina coriônica, produzido

____________________________________
quando a mulher está grávida ou possui alguma alteração
hormonal grave, que esteja sendo causada por alguma
doença. Normalmente o exame de sangue beta HCG só é
realizado quando há suspeita de gravidez.
Idade Gestacional Quantidade de Beta HCG no
exame de sangue

Análises Clínicas – Web Aula 6


Não está grávida - Negativo Inferior a 5 mlU/mL
3 semanas de gestação 5 a 50 mlU/mL
4 semanas de gestação 5 a 426 mlU/mL
7 a 8 semanas de gestação 7.650 a 229.000 mlU/mL
9 a 12 semanas de gestação 25.700 a 288.000 mlU/mL
17 a 24 semanas de gestação 4.060 a 165.500 mlU/mL
25 a 40 semanas de gestação 3.640 a 117.000 mlU/mL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


• GH ou Hormônio do crescimento: presente em homens em mulheres, é

____________________________________
uma substância produzida pela glândula adenohipófise, para estimular o
crescimento do corpo.
- Valores de referencia:
Homem: inferior ou igual a 3,00 ng/mL
Mulher: inferior ou igual a 8,00 ng/mL
• TSH é o hormônio estimulante da tireoide, produzido pela hipófise, sendo
responsável por induzir à tireoide a produzir seus hormônios (T3 e T4)

Análises Clínicas – Web Aula 6


- Valores de referencia:
Crianças: de 1 a 23 meses: 0,87 a 6,15 microUI/mL
de 2 a 12 anos: 0,67 a 4,16 microUI/mL
de 13 a 20 anos: 0,48 a 4,17 microUI/mL
Adultos: 0,48 a 5,60 microUI/mL

Gestantes: Primeiro trimestre: de 0,05 a 4,49 microUI/mL


Segundo trimestre: de 0,61 a 4,97 microUI/mL
Terceiro trimestre: de 0,65 a 5,06 microUI/mL

Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336


• T3 e T4: hormônios produzidos na tireoide, atuam no controle do

____________________________________
metabolismo e controla a perda de cálcio nos ossos.
- Valores de referencia:
T3 Total 80 a 180 ng/dL

T3 Livre 2,5 a 4 pg/mL

T4 Total 4,5 a 12,6 mg/dL

T4 Livre 0,9 a 1,8 ng/dL

Análises Clínicas – Web Aula 6


• Cortisol: produzido nas glândulas suprarrenais, tem como
principal função controlar o estresse, reduzir inflamações,
contribuir para o funcionamento do sistema imunológico e manter
os níveis de açúcar estáveis, contribuindo para o controle da
pressão arterial.
- Valores de referência variam conforme a hora do dia em que a
coleta de é feita:
Entre 7 e 9 horas: 5,4 a 25,0 µg/dL
Entre 16 e 17 horas: 2,4 a 13,6 µg/dL.
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336
____________________________________
Análises Clínicas – Web Aula 6
Por hoje é só!
Agradeço a atenção de todos!
Profª. Farmª. Jennifer Ferreira de Oliveira Silva CRF-MG 34.336

Você também pode gostar