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Resumo de Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia

Medicamento biológico: Substância de extração de organismo não modificado (Vírus, soro, toxina, toxoide,
sangue, derivado de plasma, etc.) apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de
doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser usada ou administrada no ser humano com
vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica,
a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas.

Medicamento biotecnológico: Produto obtido de organismo geneticamente modificado (tecnologias de


DNA recombinante ou hibridomas) apresentado como possuindo propriedades curativas ou preventivas de
doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser usada ou administrada no ser humano com
vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica,
a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas.

Medicamento biológicos e biotecnológicos:


• Natureza proteica
- Peso molecular elevado, por isso, é necessário ter cuidados adicionais.
- Sequência primária particular, ou seja, têm sempre a mesma sequência de aminoácidos.
- Modificações pós-tradução, localização tecidular. No processo de tradução podem ocorrer
modificações, por exemplo, glicosilações e só exerce a sua função quando chegar ao local tecidual de
ação.
- Estruturas secundária e terciária complexas, para que seja possível exercer a sua função.
- Atividade biológica dependente da estrutura
• Adaptabilidade funcional, está relacionada com a proteína que se quer produzir. Ou a célula
hospedeira não se adapta ou adapta-se e vai produzir ou a proteína adapta-se à célula e é produzida.
Para que seja efetiva, alguém tem de se adaptar.
• Variabilidade biológica. Entre lotes existe sempre alguma variabilidade biológica porque nunca são
perfeitamente iguais como os medicamentos químicos. Não existe um controlo de todo o processo,
por isso, apesar de terem os mesmos aminoácidos e a mesma função biológica, pode haver variação
nas glicosilações que podem ser maior ou menor.
• Potencial infecciosidade, pode ser extrínseca ou intrínseca. Na potencial infecciosidade intrínseca as
células hospedeiras podem ter vírus endógeno (retrovírus), quando à potencial infecciosidade
extrínseca, esta está relacionada com o facto de as células se multiplicarem em meio de cultura e
este pode estar contaminado.

VANTAGENS relativas entre Biológicos e os biotecnológicos


• Disponibilidade do produto: em BIOTECNOLOGIA (DNA recombinante) é maior a quantidade do que
nos de biológicos (extração).
• Segurança biológica: em BIOTECNOLOGIA (DNA recombinante) são mais seguros porque se consegue
controlar tudo e o risco de contaminações é praticamente nulo.
• Excipiente albumina humana: Não é necessária nos biológicos porque funciona como estabilizador.
Em BIOTECNOLOGIA (DNA recombinante) é necessária albumina porque as proteínas neste método
são muito purificadas e agregam-se entre si e o frasco do medicamento onde é conservado e a
albumina é a forma de não existir esta aderência.
• Pureza: em BIOTECNOLOGIA (DNA recombinante) é maior porque se controla tudo.
• Eficácia (heterogeneidade): é uma vantagem dos medicamentos biológicos, no sentido de quantidade
final de produto porque em BIOTECNOLOGIA (DNA recombinante), no final, podemos ter proteínas

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que podem ter sofrido foldings não adequados, a proteína pode ter partido, apesar de todo o controlo
existente. Desta forma, a totalidade não está 100% funcional porque pode ter sido mal produzida.
• Agregados, degradados: os de biológicos são melhores que os biotecnológicos porque chega ao final
e há menos quantidade devido à agregação.
• Custo: Biológicos são MENOS dispendiosos, porque nos biotecnológicos há purificação final do
produto

Desenvolvimento tecnológico e processo geral de fabrico


Desenvolvimento de novos medicamentos
• Em biotecnologia:
1º: identificação do alvo terapêutico
2º: estrutura do alvo terapêutico (pesquisa da estrutura)
3º: desenvolvimento da proteína terapêutica (igual à priginal) por DNA recombinante
• Em medicamento químico: deteção do efeito-> pesquisa da substancia-> caraterização

Interação com a célula: medicamentos químicos atravessam os poros das membranas. Os medicamentos
biológicos são proteínas e são muito maiores por isso náo conseguem atravessar as membranas. Fazem um
contacto com a célula -> transmitem um sinal tocando na célula e não estanho dentro dela. Ou seja, entram
por transdução de sinal.

Desenvolvimento. Estratégia de medicamentos de biotecnologia


1º: Molécula candidata
2º: Estudo de homologia/complementaridade-> estudos em computador para saber se a molécula candidata
interage com outros recetores, se é complementar a outros recetores ou se interage apenas com o meu alvo.
3º: Fazer ensaios “in vitro” ->fazer estes ensaios se identificar risco da proteína candidata interagir com outra
proteína, para saber o que acontece na prática.
4º: estudos em animais: ter em atenção que têm diferentes proteínas comparados com os humanos. Uma
solução é animais transgénicos, em que ocorre modificação dos genes para terem os mesmos genes que o
homem e, assim, as mesmas proteínas)
5º: Ensaios clínicos, no homem.
Ex: Somatropina – Hormona do crescimento. Proteína produzida por tecnologia de DNA recombinante, em E.
Coli.; Fator de necrose tumoral produzido por tecnologia de DNA recombinante. Maior tempo de vida para
doente com tumor.

Processo Geral de Fabrico


Antes: Todo a fase de desenvolvimento tecnológico (identificação do alvo terapêutico, as condições de
produção e meio de cultura).
1ª fase: Fermentação. Células de cultura têm a proteína que eu quero, ou seja, a proteína está dentro da célula
recombinante (mamífero, etc). Estas células recombinantes estão em suspensão no meio de cultura que é
adequado para o seu crescimento para que produzam a proteína. Ocorre um crescimento da biomassa e
produção da proteína que eu quero.
2ª fase: Purificação. Para retirar a proteína da suspensão e para isso é necessário passar por 3 colunas de
purificação.
• 1ª coluna - cromatografia de coluna de afinidade -> retira a maior parte da proteína que estava em
suspensão; Esta coluna contem Beads, uma resina que tem acoplado, por uma ligação covalente, a
proteína A porque esta tem afinidade para a parte constante do anticorpo monoclonal (exemplo do

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vídeo). Os anticorpos ficam todos retidos na coluna. Há passagem de uma solução salina para a
proteína sair e passar nas outras colunas. Alguma proteína A pode ser lixiviada juntamente com a
proteína de interesse.
• 2ª e 3ª colunas são de cromatografia de troca iónica para aumentar a pureza da proteína até chegar
ao final com a proteína pura e eliminar a proteína A que possa existir.
3ª fase: produto final.

Processo geral de fabrico e culturas celulares


Garantia de qualidade
• Desenho da instalação fabril
• Matérias-primas usadas no fabrico: têm de ter a maior qualidade possível.
• O processo de fabrico: não existem processos de trás para a frente, é sempre tudo em sequência e
muito metódico.
• Qualificação e motivação do pessoal: todos os profissionais têm de estar motivados e terem
qualificações.
• Enquadramento regulamentar: auditorias

Processo geral de fabrico. Exemplo “real”


Identificação do alvo terapêutico -> Selecionar o sistema de expressão. Célula com o gene que codifica para a
proteína -> Maior cultura. Condicções do meio -> Fermentação em escala piloto para existir um banco de
células (onde são guardadas) -> Várias ampolas da suspensão que estava no fermentador que tem a minha
proteína são congeladas.

• E.Coli: somatropina
• Leveduras: vacina da hepatite B, insulina.
• Insetos (baculovirus): vacina do papiloma humano
• Células de mamífero: Omalizumab
Produção laboratorial: produzir proteínas à escala laboratorial, à escala piloto e à escala industrial → Criar um
banco de células (quantidade de células que tenho para uma produção futura do meu medicamento que
resultaram da produção laboratorial. Tem de haver consistência de todo o processo): Master cell bank (tem
todas as células) e Working cell bank (células que vou utilizar para a produção daquele lote)

Células celulares (continuação) e produção


Tipos de células
• Estaminais: Células indiferenciadas, mas não são boas para o que se quer.
• Precursoras: São células estáveis, mas não são boas células para pôr a crescer.
• Diferenciadas: Geneticamente estáveis, mas não são universais. Elas já têm uma função e não consigo
preparar a proteína que pretendo.
- Epiteliais
- Linfoblásticas
- Fibroblásticas

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SOLUÇÃO: Células desdiferenciadas -> Células que já têm uma função, ou seja, são diferenciadas mas nós
fizemos com que elas perdessem essa função ao coloca-las num ambiente com poucos nutrientes e quando
essas células estiverem quase a morrer, aí coloca-se outros nutrientes (mais meio de cultura) para que elas
consigam recuperar função mas já não será a mesma função que tinham anteriormente, ocorre uma
reprogramação.

Estas CELULAS DESDIFERENCIADAS são células para medicamentos biotecnológicos, estão catalogadas numa
biblioteca de células com todas as suas caraterísticas (American Type Culture Collection- ATCC).

American Type Culture Collection – é a biblioteca de células onde estão catalogadas as células para
medicamentos biotecnológicos com todas as suas caraterísticas.

Meio de cultura
• Meio basal - Eagle’s minimal essential médium (MEM) -> Meio Mínimo Essencial
- Açucares (glucose): para crescer em quantidade controladas para garantir que a célula tem uma
quantidade mínima para crescer, mas sem ativar o metabolismo secundário para que produza a minha
proteína.
- Aminoácidos (glutamina): adicionada gradualmente ao longo da produção porque é sensível ao calor.
- Soro sintético (albumina e transferrina) e hormonas (fatores de crescimentos) para ser mais rentável.
• Antibióticos: podem estar presentes em meio de cultura para prevenir contaminações, mas obriga
que, no processo de purificação, ele seja removido o que irá elevar o custo de produção. Relação
benefício/risco.
• Indicador de pH: é definido um intervalo de pH. Utilizar vermelho-fenol e se virar para amarelo é por
está ácido, o que pode não ser bom.
• Tripsina: Só é utilizada se o crescimento das células em cultura for em monolayer porque as células
estão imobilizadas no suporte, então é necessário quebrar essas ligações para libertar as células do
suporte.

Condições de cultura
• Agitação: para homogeneizar o meio de cultura com as células (se não for bem feito, vai gerar
espuma). Existem processo de homogeneização que envolvem pás que vão rodando mas não é o
mais frequente; Injeção de ar no fermentador com as células, o que causa agitação, no entanto,
às vezes é necessário adicionar agentes anti-tensioativos para não criar espuma (álcool em
quantidade qb para não causar a morte celular)
• pH: definido no desenvolvimento.
• Oxigénio: Não pode haver oxigénio a mais porque irá causar toxicidade e as células acabarão por
morrer. É necessário um controlo do oxigénio.
• Temperatura: tem de ser definida, normalmente a 37ºC, se o sistema de expressão for em células
de mamíferos.
• Densidade: 104 /cm2 ; 105 /Ml: é necessário uma densidade mínima porque as cellas eucarióticas
necessitam de interagir umas com as outras.
• Área de contacto:
• Fase de crescimento: Nem sempre é paralela á produção da poteína. Primeiro as células crescem
(células no fermentador- fase de crescimento) e só depois ocorre a produção de proteínas (fase
tardia do crescimento).

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Produção: Bio-reatores (São para células de mamífero e insetos)
a. Stirred tank: células em suspensão com um sistema de pás para agitação. As células podem estar em
suspensão ou em monolayer (imobilizadas em microcarriers).
b. Airlift: células em suspensão e entrada de ar para causar agitação necessária.
c. Fixed bed: Beads/resinas em que as células lá imobilizadas e o meio de cultura passa entre elas para as
alimentar.
d. Membrane bioreactors: monolayer, em sandwich, várias camadas, constante agitação.

Preservação das células recombinantes


• Bancos de células
- Estabilidade da construção
- Consistência na produção
• Criopreservação (como se preservam as células)
- Formação de cristais de gelo (DMSO; glicerol)
- Choque osmótico (1ºC/min até -70ºC)
- Longa duração em azoto líquido (-196ºC)
1º: retirar o meio de cultura por centrifugação para ficar apenas com as minhas células.
2º: Ressuspender as minhas células com novo meio de cultura mais crioprotetores para que a água ao congelar
fique na sua forma amorfa e assim não ocorra a formação de cristais de gelo (porque destroem as células) e
também porque o crioprotetor entra muito lentamente na célula, a congelação é lenta para evitar o choque
osmótico.
3º: criopreservação (107 células/mL em cada ampola porque a maioria das células morrem e só 10% ficam
viáveis e porque quando se faz a ressuscitação e o aquecimento, é necessário diluir o crioprotetor porque é
toxico para as células)

PDL→Limite de duplicação da população: diz-nos quantas amplificações podemos fazer até chegar ao volume
final (ressuscitação das células congeladas→Fermentação industrial)

Formulação da substância ativa e produto final

Formulação da substância ativa a granel (1/2):


Após a purificação da proteína, temos a proteína terapêutica a granel não formulada. Formular a SA, ou seja,
formular a proteína terapêutica significa dar-lhe as condições de conservação e estabilidade necessárias ao
enchimento e à obtenção do produto final. Para isto, temos de ter em conta as considerações microbiológicas
feitas através de:
• Considerações microbiológicas
- Esterilidade: “Esterilização final” → filtração com poros muito pequenos de 0,2 a 0,22 micro através
dos quais as bactérias não passam.
- Descontaminação viral
- Remoção de pirogénios → por cromatografia de troca iónica

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Vias de administração
• Oral: Vacinas Orais → O estomago vai degradar a proteína (digestão)-> Biodisponibilidade muito
baixa. E a permeabilidade gastrointestinal não é para moléculas tão grandes. Contudo VACINA
ROTAVIRUS é administrada assim porque é suficiente que poucos fragmentos cheguem às placas de
Peyer's no intestino para encontrarem os linfócitos e desenvolver imunidade.
• Outras vias alternativas: Nariz, pulmões, reto, cavidade bucal e pele
Pulmões: via promissora porque é a vida que nos dá uma maior biodisponibilidade. Tem alguns
problemas de segurança. Permite um acesso fácil, rápida absorção e baixa atividade proteolítica.

Vias de administração Alternativas

Via Vantagem Desvantagem


Nasal fácil acesso, absorção rápida, histórico comprovado com um Reprodutibilidade (em
número de medicamentos "convencionais", atividade particular em condições
proteolítica provavelmente menor do que no trato patológicas), segurança, baixa
gastrointestinal, prevenção do efeito de primeira passagem, biodisponibilidade de
contenção espacial de intensificadores de absorção é possívelproteínas
Pulmonária acesso relativamente fácil, rápido acesso e comprovada Reprodutibilidade (em
trajetória com medicamentos "convencionais", frações particular em condições
substanciais de insulina são absorvidas, menor atividade patológicas, fumantes / não
proteolítica do que no trato GI, prevenção da primeira passagem
fumantes), segurança (por
hepática exemplo, imunogenicidade),
presença de macrófagos no
pulmão com alta afinidade
por partículas.
Retal de fácil acesso, evitação parcial da primeira passagem hepática, baixa biodisponibilidade de
provavelmente menor atividade proteolítica do que nas partes proteínas
superiores do trato gastrointestinal, é possível a contenção
espacial de intensificadores de absorção, histórico comprovado
de inúmeros medicamentos "convencionais"
Bucal de fácil acesso, prevenção da primeira passagem hepática, baixa biodisponibilidade de
provavelmente menor atividade proteolítica do que nas partes proteínas
inferiores do trato gastrointestinal, é possível a contenção
espacial de intensificadores de absorção, opção para remover a
formulação, se necessário
Transdermal de fácil acesso, prevenção da primeira passagem hepática, baixa biodisponibilidade de
remoção da formulação, se necessário, contenção espacial dos proteínas
intensificadores de absorção, histórico comprovado de
medicamentos "convencionais", possível liberação sustentada /
controlada

Vias de administração Alternativas – Estratégias para aumentar a biodisponibilidade


das proteínas

• Aumente a permeabilidade da barreira de absorção:


- Adição de ácidos graxos / fosfolipídios, sais biliares, detergentes (não) iónicos do tipo éster e éter,
saponinas, derivados de salicilato.

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- Através da iontoforese
- Usando lipossomas
• Diminuir a atividade da peptidase no local de absorção e ao longo da "via de absorção": aprotinina,
bacitracina, soja, inibidor de tirosina, boroleucina, borovalina
• Aumentar a resistência contra a degradação através da modificação da estrutura molecular
• Prolongamento do tempo de exposição

O QUE A PROF DISSE NA AULA:

• Aumentar a permeabilidade das muscosas (microencapsulação e nanoencapsulação)


• Modificações químicas para que os aminoácidos sejam mais resistentes à degradação a nível gástrico
• Inibidores das protéases a nível gástrico

Farmacocinética e farmacodinâmica das proteínas terapêuticas


Farmacocinética: o que o organismo faz ao medicamento (ADME)
Farmacodinâmica: O que o medicamento faz ao organismo (eficácia e segurança/toxicidade)
Concentração plasmática é que vai atuar na eficácia

Farmacocinética e farmacodinâmica das proteínas terapêuticas – Os


desafios/dificuldades
• Estrutura e pureza → faz com que seja difícil seguir o medicamento no organismo
• Similaridade estrutural e funcional com proteínas e nutrientes endógenos → Dificuldade se
seguimento da proteína no organismo porque é uma proteína e confunde-se com proteínas
endógenas.
• Envolvimento em processos fisiológicos a nível molecular
• incluindo, muitas vezes, mecanismos de feedback
• Elevado peso molecular
• Desafios analíticos para identificar e quantificar as proteínas
• terapêuticas na presença de moléculas similares

Farmacocinética Proteínas terapêuticas


• Absorção: via de administração → Maior dose logo maior concentração, a cinética é linear nos
medicamentos QUIMICOS. Nos medicamentos biológicos pode haver redução da concentração pelo
facto das proteínas estarem a ser destruídas por feedback negativo pelo organismo.
• Distribuição: tamanho e peso molecular → Os medicamentos biotecnológicos passam do espaço
vascular para o intersticial por convecção (os QUIMICOS por difusão). No espaço intersticial passam
por drenagem linfática para o sistema linfático. Nos nódulos linfáticos vão encontrar os linfócitos B e
T e macrófagos. O processamento destes medicamentos é pelo sistema imunitário.

COMO SÃO METABOLIZADOS?


Os macrófagos são responsáveis pela fagocitose. As proteínas são, de alguma forma, estranhas ao
organismo, por isso, os macrófagos vão reconhecer as proteínas como “estranhas” e vão fagocitá-las.
Como se trata de proteínas terapêuticas, o macrófago vai degradá-la, mas não vai ser capaz de a
degradar em produto final (aminoácidos), vai apenas degradá-la em pequenos péptidos e vai expô-los
ao sistema imunitário através das MHC tipo II aos linfócitos T. Por sua vez, os Linfócitos T vão

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desencadear uma resposta imunitária e produzir citoquinas. Estes péptidos depois são libertados e
vão para o fígado para serem degradados em aminoácidos e eliminados do organismo, ou seja, quando
chegam ao fígado já foram processados pelo SI.

Imunogenicidade

Medicamentos de biotecnologia e imunogenicidade


As proteínas terapêuticas vão para os nódulos linfáticos e lá são processadas pelo sistema imunológico:
- Os macrofagos não reconhecem as proteínas terapêuticas totalmente, não têm forma de clivar a proteína de
modo a que esta seja perfeitamente degradada, então apenas a parte em pequenos péptidos;
-Os MHC tipo II vão apresentar os péptidos no exterior do macrófago e assim é desencadeada uma resposta
imunitária

Reação antigénio/anticorpo: a proteína terapêutica tem vários epitopos que podem reagir com várias Ac do
nosso organismo.
Especificidade e reação cruzada: agrava a imunogenicidade uma vez que o mesmo Ac reage com vários Ag e
a proteina terapeutica pode reagir com vários Ac e por isso pode reagir com mais recetores sem ser o seu alvo.

Fatores que influenciam a imunogenicidade

1) Maior diferença de a.a da proteína terapeutica face às nossas (mais imunogénico)


2) Glicosilação diferente das nossas (mais imunogénico)
3) Contaminantes e impurezas (maior imunogenicidade → maior resposta imunitária)
4) Formulação: adição de excipientes à proteína para lhe conferir estabilidade e que fique conservada
pode aumentar imunogenicidade. Quanto mais substâncias adicionadas pior.
5) Via de administração
a) IV: pequenas quantidades de proteína e tempo de residência é menor…. menos imunogénico;
b) Via subcutânea: tempo de residência no organismo é maior…. mais imunogénico (para as
vacinas é bom).
6) Dose: maior quantidade de proteína terapêutica, mais imunogenicidade,
7) Duração do tratamento (quanto mais prolongado, mais imunogénico porque a proteína fica mais
tempo exposta ao organismo, mais defesas se vão criando)
8) Características do doente
a) Imunocomprometido/imunodeprimido (resposta imunitária comprometida, resposta pode
não aparecer o que é mau)
b) Perfil de MHC diferente de pessoa para pessoa

Estratégias para diminuir imunogenicidade: Nenhuma funcionou por cada uma tem as suas fraquezas!

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Anticorpos Monoclonais

Modelo básico estrutural


-Multiméricos: várias cadeias polipeptidicas
-Fragmento constante (Fc): constante em qualquer Ac, independentemente da especie
-Região variável: constituidas por parte da cadeia pesada e pela cadeia leve

Funcionalidade
-Bivalentes: ambas as regiões variáveis conseguem interagir com um antigénio
-Bifuncionais:interagem com o antigénio e a parte constante altera a sua conformação para desencadear ação
biologica (ativação do complemento e de citoquinas ou de endocitose)

2 tipos de atividade biológica


1. Citotoxicidade dependente do complemento (CDC): ligação entre Ag e Ac, provocando a alteração do
fragmento constante que vai fazer ativar o complemento. Ativa-se a MAC (complexo de ataque à
membrana), ocorrendo morte celular
2. Citotoxicidade dependente do antigénio (ADCC): dependendo do tipo de ag, a região constante vai
ligar-se a recetores de outras células (como macrófagos, monócitos, células NK) e estas induzem a
morte celular

Obtenção de anticorpos monoclonais


1ª tentativa: Imortalização dos linfócitos B (uma vez que estes têm plano de morte definido; tentou-se
imortalizar os LB através de infeção com vírus oncogénicos ou com agentes mitogénicos, para induzirem a
mitose); esta tentativa falhou uma vez que assim não dá para se produzir Ac com especificidade, apenas ficam
imortalizados.

Tentativas que resultaram:

-Tecnologia de hibridomas (Kohler e Milstein, 1975):


1) Imunização de um murganho com 1 Ag
2) Extrai-se o baço do murganho que contém linfócitos B
3) Fundem-se os linfócitos B com as células de mieloma → Fusão com PEG

Caracteristicas das células de mieloma:


-Não produzem Ac
-São geneticamente modificadas
-Como sintese de ácidos núcleicos têm 3 vias:
-Timidina quinase
-Hipoxantina guanina fosforibosil transferase (HGPRT)
-Dihidrofosfato redutase (só esta via é que vai estar ativa nas células de mieloma)

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4) Da fusão com PEG
Vamos obter 5 tipos de células
-Células de baço
-Células de mieloma
-Hibridos de células de baço (2 células de baço juntas)
-Hibridos de células de mieloma
-Hibridos de baço + mieloma (linfócitos B com mieloma) → É o que queremos

5) Fazer a seleção de hibridomas (o que eu quero): Faz-se seleção metabólica e, para isso, adiciona-se
aminopetirina que inibe a via da dihidrofosfato redutase, para assim inibir os ácidos nucléicos das
células do mieloma e os híbridos só de mieloma; as outras que sobram morrem sozinhas. Assim passo
a ter só os hibridomas
6) Sobram só os hibridomas
7) Pesquisa de anticorpos: Faz-se uma ELISA como seleção imunológica para selecionar só os hibridomas
que produzem aquele Ac específico.
8) Clonagem dos hibridomas com Ac específicos.
9) 2ªELISA para estabilizar os hibridomas (células estáveis do ponto de vista genético) e apartir daqui
tenho o Ac específico
10) Congelamento (e descongelamento para quando quiser usar)

INCONVENIENTES: imunogenicidade, processo demoroso (fazer várias imunizações e esperar 3 meses),


dificuldade de produzir uma substância tóxica para murganhos).

-Phage display
• Técnica intermedia (já não se usa murganho); → sem imunogenicidade do ratinho
• Anticorpos específicos para antígenos sem ser necessária a imunização do rato;
1) Vai-se a uma biblioteca de cDNA (DNA complementar) e alguns são inseridos em bacteriófagos;
2) Estes vão sintetizar os peptidos, sendo que os péptidos vão para a superfície do bacteriófago e la os
péptidos vão contactar com diversos antigénios.
3) Quando houver um Ag mais específico, o péptido vai reconhecer esse Ag e vamos conservar o cDNA
que reconheceu esse Ag.
-Permite saber as sequencias variáveis que permitem reconhecer os Ags (estas regioes variaveis sao colocadas
num Ac monoclonal humano (CDR’s), através da técnica de DNA recombinante)

- Tecnologia de DNA recombinante (rDNA): colocar as regiões de DNA selecionadas. Ir à biblioteca de células

Fragmentos de Anticorpos
• Fab ou F(ab)2:
-Ligação dissulfídica entre fabs;
-Não precisa de Fc
-Só neutraliza os Ag
• ScFv:
-Região variável da cadeia pesada e cadeia leve ligadas por ligação peptídica.
-Regiões variáveis não são glicosiláveis e por isso não têm de ser produzidas em células de mamíferos
(podem ser produzidas em E. Coli)

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• Bi-especificos:
-Topos do Ac, cada fab com a sua especificidade (ligam-se a tipos de Ag’s diferentes);
• Proteinas de fusão Fc (Fc fusion protein)
-Fragmento constante sem regiao variavel (tem 1 proteína em cima que vai ser o recetor do alvo
terapêutico).
• Nanobodies
-Fragmentos de anticorpos produzidos por camelideos;
-São 2 cadeias pesadas ligadas (sem cadeias leves): menos peso molecular, mais simples (podem ter 1
só regiao variavel com 3 CDR’s ??)

Anticorpos Monoclonais

Anticorpo Monoclonal Nome Uso clínico


Fab (obtido por ação de uma Idarucizumab Reversão da hipocoagulação
proteiase) induzida
pelo dabigatrano (vai haver um
maior risco de hemorragia). É o
antídoto.
ScFv Single-chain variable fragment (é Peso molecular de 25 kD, é mais
só 1) fácial a difusão nos tecidos.
Produzido em E. Coli
Bispecific T-Cell Engager (BiTE) 2 especificidades: liga-se num lado
à célula tumoral e no outro lado
liga-se a uma célula T citotóxica,
provocando a morte da célula
tumoral. (bi-especifico)
SdAb (Nanobodies) -- Imagiologia (para reconhecer 1
marcador tumoral); São bi-
especificos (podem ligar-se a uma
célula NK e a uma de tumor,
provocando a morte da célula
tumoral)
Ac bi-especifico e tri-funcional Catumaxomab É bi-especifico (cada região
variável reconhece um Ag
diferente) e tri-funcional pois
consegue ligar-se a 3 coisas
diferentes (2 antigénios diferentes
e a outro tipo de célula qualquer).
Ex: liga-se a uma célula de tumor,
a um linfócito T e a um
macrófago/NK. Utilizado em
neoplasias, mas saiu do mercado
por razões de segurança.
Imunotoxina (AC ligado a uma -Gemtuzumab ozogamicina (leucemia mieloide)
toxina, tem especificidade para -Ibritumomab tiuxetano (linfoma folicular)
um marcador tumoral). São de -Certolizumab pegol (artrite reumatoide)
pequeno peso molecular, são -Ranilizumab / Bevacizumab
endocitadas e libertam a toxina.

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Tipo de Anticorpos monoclonais
Murinos (Momab): produzidos totalmente a partir de murganos. → Imunogenicidade
• ibritumomab, muromomab, tositumomab.

Quiméricos (ximab): região variável é a do murganho e o resto é de anticorpo humano → menos


imunogenicidade
• abciximab, basiliximab, cetuximab, infliximab, rituximab.

Humanizados (zumab): totalmente humano exceto as CDR’s que são do murganho


• alemtuzumab, bevacizumab, daclizumab, efalizumab, gemtuzumab, natalizumab, omalizumab,
palivizumab, ranibizumab, trastuzumab.

Humanos (mumab): totalmente humano (CDR’s são sequencias sintéticas que já não derivam de
murganhos)
• adalimumab, panitumumab

Entanercept – Não é um anticorpo monoclonal, mas é um fragmento.

Anticorpo Monoclonal Tipo Mecanismo de ação Uso terapêutico


Muromonab Anti-CD3 Ligam-se ao CD3, e isto faz Transplantação
(é de murinos, já não é (componente do com que o TCR não
utilizado) recetor TCR) reconheça o Ag que é
apresentado pelo MHC.
Induz a apoptose do
complexo e inactivação
da célula T
Alemtuzumab Anti-CD52 Bloqueia o CD52 que está Transplantes
presente na superfície de Esclerose múltipla surto-
diversas células (linfócitos remissão (em Portugal)
T e B, macrófagos, células
NK e alguns granulócitos),
marcando a célula para
destruição, uma vez que
quando algo se liga a este
recetor, a célula é
destruída.
Daclizumab Anti-CD25 (anti- Ligam-se à subunidade Transplante de órgãos
Basiliximab (anticorpo recetor IL-2) alfa do recetor IL-2 (o sólidos (em associação
quimérico) CD25); O IL-2 não se vai com ciclosporina e
ligar ao seu recetor e corticosteróides); na fase
impede a destruição da 3 de ensaios clínicos para
célula. a esclerose múltipla;
Indução do CD56+ nas
células T
Infliximab (menos Anti-TNF Reconhecem o TNF, ligam- Doença de crohn,
seguro que adalimumab se ao mesmo e impedem- psoríase em placas,
e certolizumab pegol) no de se ligar ao seu artrite reumatóide.
Etanercept receptor. E isto faz com Artrite idiopática juvenil,
Adalimumab que não destrua a célula colite ulcerosa,
Golimumab (menos destruição celular) espondilite anquilosante,
Certolizumab pegol artrite psoriática

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Vedolizumab Inibidor da integrina Liga-se à integrina, que é Colite ulcerosa e doença
α4β7 (integrina não se expressa em linfócitos T de crohn.
liga ao MAdCAM-1 auxiliares de memória que
que é essencial para a migram para o sistema GI.
migração do tecido Lá há a inibição da
vascular para o tecido interação integrina e
endotelial) MAdCAM-1 e assim os
linfócitos não conseguem
migrar para o endotélio
Ustecinumab (Ac Anti-recetor IL-12 e IL- IL-12 (subunidade p-40 e Colite ulcerosa, doença
monoclonal de IgG1) 23 p-35) e IL-13 (subunidade de crohn, psoríase.
Há em PT. (IL-12: via Th1 p-40 e p-19).
e IL-23: via Th17) Liga-se à subunidade p40,
bloqueando as vias de
sinalização Th1 e Th17,
fazendo com que quebre a
cascata de inflamação
(menos inflamação)
Canacinumab (só este Inibidor da IL-1 Liga-se à IL-1, bloqueando Síndrome periódica
em PT) a sua interacção com o associada à criopirina
Rilonacept* seu recetor (menos (CAPS):Síndrome de
inflamação) Muckle-wells;
Em estudo, na DPOC.
Omalizumab Anti recetor IgE Liga-se à IgE e esta não se Asma grave
consegue ligar ao recetor
IgE – mediador dos mastócitos, dos
inflamatório (resposta macrógafos, dos linfócitos
TH2) T e eosinófilos, não
havendo por isso mais
inflamação.

TNF alfa: marca as células para apoptose; quando está em quantidade excessiva vão ser marcadas
excessivamente para morrer e provoca degradação e destruição articular; morte das células no interior,
provoca processo inflamatório
Criopirina (CAPS): é uma proteína associada à libertação de IL-1. Em doenças hereditárias há uma mutação
no gene que codifica a criopirina, fazendo com que esta tenha mais atividade e, assim, vai induzir a uma
maior libertação de IL-1, logo um maior estado inflamatório.

Anticorpos Monoclonais. Aplicações terapêuticas

Processamento do antigénio
● Resposta inata (macrófagos e células NK): imediata e pouco especifica
● Resposta adaptativa (Linfócitos B e T):
- Ag extracelular: endocitado pelos macrófagos, colocado num lisossoma para degradação que
resulta em fragmentos de péptidos. Estes fragmentos vão fundir com o MHC tipo II e serão
apresentados pelas MHC tipo II na superfície da célula. Os linfócitos T vão reconhecer o ag e
criam a resposta imunitária.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


- Ag intracelular: Degradados num proteossoma, vão para o RE e posteriormente para o
Complexo de Golgi → Fusão com o MCH tipo I dentro da célula e posteriormente os
fragmentos do peptídeo serão apresentados pela MHC tipo I à superfície da célula aos
Linfócitos T CD8 e vai levar à morte celular.

MCH tipo II --> Ag extracelular --> linf T CD4 --> resposta imunitária
MCH tipo I --> Ag intracelular--> linf T CD8 → destruição da célula

Ativação da célula T: Para serem ativadas é necessário 2 sinais → TCR que reconhece Ag e Ligação e
reconhecimento a co-recetores CD28 aos ligandos de Ag

Co-Estimulação e checkpoints co-inibitórios → para fortalecer a ligação


Co-estimulação: CD40(APC) - CD154 (linfócito T) e CD80/86(APC)- CD28 (linfócito T) são co-estimulação?
Co-inibição: PD-L1 (APC) - PD1 (linfócito T) → para terminar a resposta imunitária. Anticorpos monoclonais
atuam aqui e travam a resposta imunitária.

Causas do tumor (várias no ppt)


- Oncogene: proto oncogene que perdeu a sua função de regular o crescimento,

Tratamento anti-tumoral. Envolvimento do sistema imunitário


-A célula tumoral é destruída, sendo que os residuos são antigénios;
-Os MHC vão reconhecer os Ag’s e este residuo vai ser apresentado ao linfócito T citotoxico (CD8) (ligação
entre o TCR e o MHC);
-Depois dá-se a ligação do B7 da APC com o CD38 do linfócito T

Quando a célula tumoral é destruída, ela liberta resíduos dessa destruição que constituem Ag que vão ser
apresentados ao nível dos nódulos linfáticos aos MHC’s que os vão reconhecer como estranhos (células
apresentadoras de Ag). Estes MHC’s vão apresentar o resíduo da célula tumoral ao linfócito T citotóxico. Este
vai reconhecer o resíduo da célula tumoral através do TCR e do seu co-recetor CD28 que se liga ao B7 da célula
APC e o linfócito CD4 fica ativado e vai libertar citoquinas que vai levar ao desenvolvimento dos linfócitos T
CD8 que vão migrar para o tecido tumoral e ao encontrarem a célula tumoral que expressa à sua superfície
um marcador tumoral (um Ag), estes LT CD8 que migraram para o tecido tumoral vão reconhecer o Ag através
do TCR e vão destruir a célula tumoral. A célula tumoral tem dois ligandos(PD-L1 e PD-L2). O PD-L1 vai se ligar
ao recetor PD-1 do linfócito T CD8 e ao estabelecerem esta ligação, a resposta imunitária é inibida. Isto é
um mecanismo que a célula tumoral tem para travar a resposta do sistema imunitário.

Vacinas

A vacina ideal (não existe, mas os pressupostos são):


● É 100% eficaz em todos os indivíduos em todas as idades
● Providência uma proteção prolongada após uma única administração
● Não desenvolve reações adversa
● É estável sob várias condições (não requer requisitos de temperatura nem requisitos específicos de
conservação)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Fácil de administrar (oral)
● Disponível em quantidade ilimitada
● Barata, baixa custo

Etapas da imunização/Imunidade adaptativa


• Ag exógeno é reconhecido pelas células apresentadoras de antigénio.
• Vão migrar para os nódulos linfáticos
• As APC vão apresentar os ags através do MHC tipo II aos linfócitos T CD4, vão ser ativados para produzir
citoquinas para assim ativar os linfócitos T citotóxicos (CD8), os linfócitos B e as reações de
hipersensibilidade tardia (DTH) que também são efetuadas pelos linfócitos T.
• Vão se tornar células memória (tanto das T como das B).

Imunidade adaptativa: Ativação das células B


• As células B produzem anticorpos inespecíficos. Um dos anticorpos encontra um ag específico para
ele.
• O linfócito B que produzir o Ac que encaixou com o antigénio (específico) vai ser recuperado do seu
plano de morte e vai sofrer ativação e expansão clonal.
• O linfócito diferencia-se em células plasmáticas (plasmócitos) que vão produzir muitos anticorpos
específicos para aquele Ag. (os linfócitos B são instáveis e sofrem muitas mutações, sendo que as
mutações que conferem maior especificidade para o Ag vão ser preservadas)
• As células plasmáticas de tanto produzirem Ac e de mutarem, perdem a capacidade de morrer e
tornam-se numa célula B de memória.

(células B produzem Ac inespecíficos, mas só são preservados aqueles que são recuperados do seu plano de
morte porque apresentam especificidade para um Ag → Vão sofrer ativação e expansão clonal → multiplicar
e diferenciar em células plasmáticas, que são células B mas são células maiores e fazem uma síntese proteíca
mais intensa para produzir Ac. As células plasmáticas sofrem mutações e deixam de saber morrer e tornam-
se céllulas B de memória)

Imunidade adaptativa: Ativação das células T citotóxicas


• Quando o Ag é intracelular, estes são apresentados pelo MHC tipo I às células T citotóxicas (CD8);
• Estes reconhecem o Ag, libertam perforinas e vão provocar a destruição da célula e induzem memória
(porque também perdem capacidade de morrer, pelas mutações que sofrem);
• Destroem a célula que trás o Ag e perdem a capacidade de morrer.
Resposta Celular---> ag intracelular ---> MHC I-----> linfocito T citotóxico CD8
Resposta humoral ---> ag extracelular ---> MHC II -----> linfócitos T CD4 (citoquinas)----> células B e T

Tipos de vacinas
A melhor infeção é a natural mas o que se quer com as vacinas é mimetizar esta imunidade!

Clássicas:
1)Vacinas vivas atenuadas: as mais semelhantes à infeção natural; O ag infeccioso está vivo mas sem a
infecciosidade (sarampo, papeira, rubéola)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


2)Vacinas inativadas: o microorganismo está inteiro mas não é viável, não consegue crescer. (Tétano, tosse
convulsa, poliomielite).
Conseguidos inativar os microorganismos através de calor ou com formaldeído.

3) Vacinas fracionadas: têm partes do microorganismo (como as hemaglutininas na vacina da gripe)

ALERTA: Vacinas Clássicas também podem ser fabricadas com biotecnologia! Por exemplo, quando a
inativação é feita com recombinação genética.

Vacinas de biotecnologia
1) Vacina recombinante: quando envolve a recombinação de material genético
Coloca-se a proteína a crescer com a sequência conhecida e o ag de superfície é clonado e são postos
a crescer (em leveduras, como acontece com a hepatite B)

2) Vacina de DNA: coloca-se o material genético do agente infecioso na vacina.


2 Hipóteses:
-Plasmídeo com a sequência de material genético que codifica para a proteína que vai
imunizar é incluído num vírus. O vírus é injetado na vacina → Vacinas com vetores vivos
-Administração do dna num plasmídeo (Identificar proteína que provoca a infeção → identificar
o conjunto de genes que codifica para essa proteína e colocá-la num plasmídeo → fazer crescer numa célula
em cultura para obtenção das proteínas e administrar as proteínas sob a forma de vacina)

Vacinas de DNA:
• Resultam da transfeção de um plasmídeo que codifica para um marcador tumoral e coloca-se o
plasmídeo na célula a vacinar.
• Injeta-se material genético e é a célula que faz a tradução da proteína e é processada no interior da
célula como um antigénio intracelular;
• Os peptídos vão ser apresentados pelos MHC I no exterior da célula, ativando os linfócitos T
citotóxicos, destruindo a célula infetada e o linfócito T CD8 torna-se célula de memória.
• Neste tipo de vacina vamos ter tanto a resposta celular como a resposta humoral.
• Os Ags que são libertados da célula destruída vão ser considerados Ags extracelulares e assim também
se cria a resposta humoral.

2 tipos: Injeção direta do plasmideo (administração direta do material genético) e vetores vivos (com a célula
hospedeira ou diretamente transfetado no virus)

vetores vivos:coloca-se o plasmideo numa celula hospedeira com o virus e dá-se a recombinação do material
genetico do plasmideo e do virus, sendo que o genoma recombinado é que vai ser transportado com o virus
na vacina.
Virus vaccinea: célula hospedeira é intermediária;
Adenovirus: plasmideo colocado diretamente no genoma viral (transfetar logo sem célula hospedeira)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Exemplos de vetores vivos utilizados

Vaccinia: Permitem várias sequências de DNA; são muito imunogénicos e o corpo vai criar Ac contra a vaccinia.
Posto isto não se pode ser administrada outra vacina criada com este vírus pois o organismo já vai ter
imunidade para o vetor.
Adenovírus: Grande maioria da população já tem imunidade contra ele e é uma desvantagem.

Inativação de toxinas
A inativação é feita por manipulação genética. Tem de se saber a sequência de material genético que codifica
para a toxicidade (proteína tóxica) e vamos inativá-la ou substituí-la por outra através de tecnologia de DNA
recombinante.
Existe inativação por calor ou formaldeído, mas já não é por via biotecnológica.

Atenuação de patogénios clássica


-Faz-se o vírus passar por outra espécie, este vai mutar para se adaptar ao outro animal e depois a
probabilidade de infetar o humano vai ser menor.
Passagens: número de vezes que se muda o vírus de hospedeiro (22 passagens da rubéola)
-O vírus vai crescer no humano mas não vai infetar porque não encaixa nos recetores.

ALERTA: O virus pode reverter a atenuação e voltar a adaptar-se aos recetores das células humanas. Isto nunca
foi tentada com a hepatite B uma vez que o virus é muito infeccioso e pode reverter facilmente.

Atenuação de patogénios- Modificação genética (com biotecnologia)


• Sabe-se a sequência da proteína de superfície que causa a infeção.
• Corta-se a sequência e substitui-se por uma não patogénica ou elimina-se. (Gene que muta a virulência
ou gene que elimina a virulência)
• Vírus atenuado por manipulação genética.

Vacina Recombinante
• Identifica-se a proteína infecciosa e a qual a sequência de material genético que a codifica.
• Coloca-se a sequência num plasmídeo;
• Transfeto esse plasmídeo numa cultura de células (leveduras) que vão produzir as proteínas.
• As proteínas vão ser purificadas e concentradas
• A proteína é administrada em vacinada no humano para induzir imunidade.
• Imunidade ativa

Complexos imuno-estimuladores (para promover/aumentar a resposta imunitária)


Iscom: fazem a proteína recombinante entrar na célula como se fosse um antigénio intracelular (para ter uma
resposta celular que é mais duradoura); Envolve-se a proteína em lípidos para que este complexo se funda
com os fosfolipídios da membrana da célula hospedeira e, assim, as proteínas são reconhecidas como

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


antigénios intracelulares. Desta forma aumenta-se a resposta imune porque se vai desencadear uma resposta
celular (que é melhor que a humoral, mais duradoura).

Vacinas anti-tumorais--->Terapêutica personalizada para identificar o marcador


tumoral de uma determinada pessoa
1) Melanoma: faz-se biópsia; retiram-se células do melanoma e sangue da zona envolvente (que possui
linfócitos T CD8)
2) Celulas melanoma + sangue em cultura: Os linfócitos T específicos são ativados para o melanoma e
vamos isolar estes que se ativam.
3) Identifca-se todos os RNA’s mensageiros na célula tumoral e passamos estes mRNA a DNA
complementar (com uma transcriptase reversa) e os cDNA são colocados em plasmideos;
4) Os plasmideos anteriores são colocados em células de cultura;
5) As células da cultura vão traduzir os Ag’s intracelulares e mostra-los no exterior através dos MHC do
tipo I e nesse momento juntamos os linfocitos T CD8 que isolámos.
6) Os linfóticos T especificos da célula tumoral vão ligar-se à celula que contem o marcador tumoral (a
sequencia que codifica para o marcador tumoral)
7) Identifica-se, deste modo, o marcador tumoral.
8) Essas células que contêm o plasmideo que codifica para o marcador tumoral são preservadas.
9) Faz-se a vacina.

2 alternativas:
1) Prepara-se proteína do plasmideo numa celula em cultura, isola-se a proteina e vacina-se essa
proteina. (Resposta humoral pois é ag extracelular)
2) Insere-se plasmideo numa célula APC e esta é que é vacinada (Resposta celular pois é ag intracelular)
→ preferivel mas é muito mais arriscado administrar material genético do que proteina. u

ALERTA:
-Muroso, consome muitos recursos, demora muito tempo e as pessoas com cancros não têm muito tempo.
-Utilizado em ultimo recurso porque é com material genetico e há riscos associados.

Vacinas- exemplos

Papilomavirus humano (HPV)

1) Vacina HPV Profilática - Mecanismo de ação


• Vacina Iscom recombinante, profilática, resposta celular
• Colocou-se a sequência genética que codifica para a proteína L1 tardia num plasmídeo
• Transfetou-se plasmídeo para células de levedura
• Células de levedura vão produzir proteínas L1 recombinantes;
• As proteínas L1 recombinantes foram envoltas em partículas tipo vírus (iscom, lipidos que vão
estimular a resposta imunitária celular)

2) Vacina Terapêutica HPV

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


• Vacina de DNA
• Ir buscar a sequência de DNA que codifica para as proteínas E6 e E7 dos vários tipos de HPV.
• Introduzem-se as sequências num plasmídeo e é esse mesmo plasmídeo que é administrado.
• A própria célula humana é que produz as proteínas.

ALERTA: Houve duras críticas e dúvidas/controvérsia relativamente a esta vacina terapêutica visto que, em
cancros mais avançados, o vírus deixa de estar presentes nas células, sendo que estas já desenvolveram o seu
curso oncológico; posto isto, a vacina só funcionará se for administrada no início do processo tumoral, quando
o vírus ainda está presente nas células. Se for administrada já numa fase mais avançada, é provável que não
funcione.

No estudo que foi feito, a vacina que continha o plasmídeo que codificava para a E6 e E7 e chamava-se VEX-
3100. Houve uma regressão histopatológica das lesões em 50% das mulheres que foram vacinadas.

3) Vacina Terapêutica HPV (outra)


-Vacina de DNA também com as mesmas bases da anterior, para os tipos 16 e 18 de HPV.

Coronavírus
Recetores da SARS-CoV e SARS-CoV-2: ACE → Enzima de conversão da angiotensina 2

Vacina-Prevenção SARS (1º tipo de coronavirus, de 2002)


1) Imunização passiva (ainda não se conseguiu)
-Identificar Acs específicos para a glicoproteína S, que é responsável por se ligar aos recetores.
Vão ser Ac neutralizantes.
-Produção em células de fungo, leveduras, insetos, até em células de mamífero.
2) Vacina de DNA (ainda não se conseguiu)
-Usar a sequência genética da glicoproteína S para fabricar a vacina.
-ALERTA: é vacina de DNA e por isso não é muito segura. Continuam a haver estudos mas
ainda não se avançou para a prática
3) Imunização intranasal (em macacos) → Não há resultados conclusivos
-Colocou-se a sequência que codifica a glicoproteína S num plasmídeo.
-Plasmídeo foi colocado num vírus Parainfluenza (vetor vivo)
-Administrada por via intranasal.

Vacina-Prevenção SARS-CoV-2 (2019)--->12 ESTUDOS A ACONTECER


1) Vacina Biológica com base no princípio de vacinação (utilização de plasma humano)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


-Utilizar plasma humano de pessoas que já tiveram Covid-19 (patologia provocada pelo SARS-
CoV-2)
-Administrar noutros indivíduos para induzir imunização.
-Resultados promissores.
2) Vacina com vetor vivo (utilização de lentivírus como vetor)
-Vacina biotecnológica;
-Incluir a sequência de material genético que codifica para a glicoproteína S do SARS-CoV-2
num plasmideo e transfetar esse plasmideo no lentivirus (que é um retrovirus).
-Administra-se lentivirus e este infeta a célula humana, usando a maquinaria da célula para
produzir a proteína S recombinante, apresentada pelos MHC do tipo I e por isso é um antigénio intracelular,
resultando numa resposta celular.
3) Vacina com mRNA-1273
-mRNA-1273 ao ser traduzido dá origem à proteína S.
-Administra-se o mRNA que codifica para a glicoproteína S envolto em nanopartículas lipídicas
(NÃO É UMA ISCOM → porque o que está envolvido não é uma proteína, mas sim um mRNA);
-Administra-se este mRNA e vai haver a formação da proteína S recombinante dentro da célula
(ag intracelular), estimulando uma resposta celular.
-ALERTA: risco da vacina com material genético. → Fase I de desenvolvimento

4) Vacina com vetor vivo (adenovírus como vetor) → Fase I de desenvolvimento


-Tem como vantagens o facto de o adenovírus infetar as células do trato respiratório inferior
e, por isso, são bons vetores para esta patologia;
-Tem como desvantagem o facto de a maioria das pessoas já estarem imunizadas contra este
vírus. Posto isto, utiliza-se o adenovírus do tipo 5, que é talvez o tipo de adenovírus com menos imunização
pré-existente.

Covid-19: Tratamento

● Tocilizumab (Ac monoclonal humanizado IgG1, tratamento da Covid-19 severa)


- Inibidor do recetor da IL-6 : é uma citoquina pró inflamatória que está envolvida no processo
inflamatório e que parece estar elevada em situações de covid-19 grave. Administra-se Tocilizumab
para evitar que a IL-6 se ligue ao seu recetor e que a cascata de inflamação continue.
- Covid-19 grave e com elevação da IL-6

Ébola

Transmissão de Ébola:
● Animais selvagens (morcegos, porco espinho, primatas não humanos) para o homem
● Entre os homens é por transmissão de sangue de pessoas infetadas e de fluidos corporais/órgãos ou
por contacto com superfícies infetadas.
● Surtos graves, percentagens fatal de 50% dos casos.
● Período de incubação: 2 a 21 dias
● Sintomas: surgem entre o 6º e 12º dia de forma abrupta (cefaleias, febre, dores de garganta, dores
musculares seguidos de vómitos, diarreia, hemorragias internas e externas, disfunação renal)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


1ª Vacina : rVSV-ZEBOV
• vacina profilática; viva (vetor) e atenuada( retirou-se a virulência)
• Vacina recombinante com recurso a vetor vivo (virus da estomatite vesicular, em RNA tal como
ébola);
• Os vírus de RNA normalmente não se recombinam mas neste caso conseguiu-se fazê-lo;
• Primeiro converteu-se a sequência de RNA do Ébola Zaire que codifica para a sua glicoproteína de
superfície em cDNA, por uma transcriptase reversa.
• Converteu-se também todo o genoma do vírus da estomatite vesicular em cDNA num plasmídeo
(genoma integral).
• Substituiu-se a sequência de cDNA que codifica para a glicoproteína de superfície do vírus da
estomatite pela sequência de cDNA que codifica as glicoproteínas do Ébola Zaire;
• No final, temos um plasmídeo que contém o genoma da estomatite vesicular, só que com as
glicoproteínas do Ébola zaire.
• O plasmídeo é colocado numa célula hospedeira, que vai produzir vírus recombinantes, sendo que
estes vírus é que serão administrados na vacina.

2ª Vacina : Ad26.ZEBOV/MVA-BN-Filo
• Vacina com vetor vivo (adenovírus, vírus vaccinia); Experimental mas já está a ser utilizada devido
aos surtos na República Democrática do Congo. Tem eficácia, segurança e induz uma boa
imunogenicidade
• -Esquema de vacinação como se fossem 2 vacinas (esquema de vacinação heterólogo):
• 1ª Vacina (adenovirus que transporta plasmídeo que codifica para a glicoproteína do ébola);
• Passados 56 dias, administra-se uma 2ª vacina (virus vaccinia que transporta sequência que codifica
para a glicoproteina do ébola zaire, do sudan e do marburgo e ainda para a nucleoproteina do tai
forest)
• Este esquema com duas vacinas permite um aumento da imunidade e para que não haja
desenvolvimento de imunidade ao vetor vivo da 1ª vacina (se a 2ªvacina fosse fabricada com
adenovírus, o organismo já poderia ter criado imunidade contra ele e esta 2ª vacina poderia não
funcionar).
• Esta vacina está a ser usada como complemento da 1ª vacina num esquema de vacinação em anel
(vacina-se apenas as pessoas que estão em contacto direto com pessoas infetadas, como profissionais
de saúde, ou pessoas que têm elevado risco de desenvolver a infeção). As restantes pessoas estão a
ser vacinadas com esta 2ª vacina experimental
• Fizeram-se estudos às vacinas, tanto em separado, como quando administradas num esquema
heterólogo e mostraram ser efetivas e seguras em ambas as situações.

Vírus da imunodeficiência humana (HIV) → NÃO existe vacina profilática


nem terapêutica
-Glicoproteínas mais importantes: gp41, gp120 (ligam-se ao linfócito T CD4)

Porque não se consegue bloquear a ligação do vírus ao linfócito T CD4?


Os recetores do virus, para se ligarem ao CD4, são semelhantes à conformação das MHC’s que apresentam os
antigénios aos CD4. Se bloquearmos os recetores do CD4, também iremos bloquear os saúdaveis e vamos
comprometer o nosso sistema imunitário.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Vacina profilática em estudo
-Vacinas de DNA (vetores vivos com recurso a adenovírus);
-Esquema homologo: esquema em que se administra um regime de vacinas de adenovírus, tanto a 1ª como a
2ª vacina são constituídas pelo mesmo vírus. Sendo que neste ensaio também se estuda um esquema
heterólogo (1ª administração com adenovírus vivo e dias depois, uma 2ª vacina com vírus vaccinia
modificado); Também existe a possibilidade de se fazer um esquema heterólogo com recurso a vacinas que
são glicoproteínas recombinantes (GP140).
-Como o vírus do HIV é constituído por RNA:
1) Transcreve-se a sequência de RNA que codifica para as glicoproteínas de superfície em cDNA;
2) Este cDNA é inserido num plasmídeo que é transfetado num adenovírus;

Vacina profilática em estudo


-vacinação com recurso a vetores vivos (adenovírus ou vaccinia)

Qual a diferença entre uma vacina profilática e uma terapêutica?


A profilática necessita fundamentalmente que se crie memória imunológica para ter sucesso; na terapêutica,
a memória é pouco importante, o que interessa é aumentar a resposta imunitária.

Cancro da próstata (glândula prostática produz PAP)


Glândula prostática produz fosfatase ácida prostática (PAP); quando se administra PAP, aumenta-se a resposta
imunitária para assim se controlarem as células tumorais.

Vacina terapêutica
• Vacina de DNA;
• Identifica-se a sequência de material genético que codifica para a PAP (fosfatase ácida prostática);
• A sequência da PAP é colocada num plasmídeo que será administrado ao doente, sendo que será a
própria célula do hospedeiro que vai produzir PAP e vamos ter resposta celular e humoral.
• Conseguir por esta via aumentar a resposta imunitária do organismo contra as células tumorais.

Para além de se administrar esta vacina terapêutica, podem ainda ser adicionados ADJUVANTES para
potenciar ainda mais a resposta imunitária:
1) rhGM-CSF (fator estimulador das colónias de macrófagos granulócitos);
2) Interferão
3) Interleucina 7 recombinante (mas aqui não é administrado conjuntamente a vacina com o adjuvante.
Primeiro é administrada a vacina e algum tempo depois é administrada a IL-7)

Vacina com células dendríticas:

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


• Convertem-se os RNA’s mensageiros das células tumorais em cDNA;
• cDNA é colocado num plasmídeo e transfetar esse plasmídeo numa célula dendrítica;
• As células dendríticas vão expressar a proteína que é o marcador tumoral, através da MHC do tipo I e
que se desenvolva uma resposta celular forte.

Vacinas da hepatite B e vacina da gripe

Vírus da Hepatite B
-Proteínas S, M e L são as glicoproteínas de superfície;
-S> M/L (em termos de quantidades);
-Vírus é extremamente infeccioso e uma única partícula viral é o suficiente para causar infeção. A
biotecnologia permitiu produzir a vacina pois uma vacina viva atenuada ou inativada tinha sempre elevado
risco de infecciosidade (1ªs vacinas recombinantes);

Vacina contra hepatite B - AgHBs → Imunização ativa


● Vacina recombinante; tem o Ag de superfície;
● produzida em células de levedura (Saccharomyces cerevisiae) por tecnologia de DNA recombinante;
Produção da vacina:
1) Colocar as sequências de DNA que codificam para estas proteínas de superfície num plasmídeo;
2) Transfetar numa célula (levedura);
3) Pôr as leveduras a crescer/produzir o Ag de superfície, ou seja, a proteína terapêutica;
4) Vai ser administrada a proteína terapêutica ao homem para que este desenvolva Ac que sejam
específicos para o agente infeccioso da HB (imunização ativa).

Vacina contra hepatite B → Imunização passiva


● Vacina com Imunoglobulina humana contra a hepatite B (têm o Ac contra a HB)
● São administradas a indivíduos que tenham contactado com o agente infeccioso mas que não estejam
previamente imunizados
● Também são administradas a doente hemodialisados, até que o organismo seja capaz de desenvolver
resposta à vacina recombinante ou a doente que tenham a resposta imunitária diminuída.

Vírus Influenza
- 8 segmentos → responsáveis pela variabilidade genética → Shifts: Variações mais significativas; Drifts:
pequenas alterações nas glicoproteínas de superfície que não conferem alterações significativas, não mudam
o subtipo do vírus
-Duas glicoproteínas de superficie: hemaglutinina (a mais importante pois é a que está presente em maior
quantidade e é aquela que induz a resposta imunitária) e a neuraminidase;

Composição da vacina da gripe


● É uma vacina de fragmentos (vírus inativado e fragmentado): fragmentos de hemaglutinina;
● Podem ser trivalentes (2 estirpes de A e 1 estirpes de B) ou tetravalentes (2 estirpes de A e 2 estirpes
de B);

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Definida pela OMS sazonalmente (de ano para ano)
● Produzida em ovos (patogen free) ou em culturas de células (posso aumentar a produção); (escolha
entre eles depende de questões económicas, mas utiliza-se mais a produzida em ovos);
Na produção com culturas de células não temos limitações ao nível da produção e se se quiser
aumentar a escala de produção; Com os ovos, isto é mais limitativo. As vacinas produzidas em ovos
podem conter resíduos dos mesmos, sendo que pessoas alérgicas ao ovo não as poderão receber, ao
contrário das vacinas que são produzidas por culturas de células;

● Vírus crescem em ovos, são inativados e fragmentados, recolhe-se a hemaglutinina e é misturada com
as glicoproteínas de superfície das outras estirpes.

Polémica da vacina que só podia ser administrada a pessoas com mais de 65 anos →
VACINA FLUAD
- Vacina trivalente com aspeto leitoso e com indicação para indivíduos com mais de 65 anos;
- As estirpes virais eram as mesmas mas tinha um adjuvante lipídico que funcionava como uma iscom,
fazendo, por isso, o ag entrar nas células, parecendo um antigénio endógeno e é apresentado pelos
MHC do tipo I e desenvolve-se resposta celular (que é mais duradoura);
- Posto isto, a vantagem desta vacina provinha da formulação, que conferia uma resposta imunitária
mais potente; Qualquer pessoa poderia tomar a vacina; no entanto a proibição deveu-se ao facto de,
como a produção dos vírus é limitada em ovos, administrou-se a vacina apenas às pessoas que
necessitavam da maior imunidade.

Medicamentos Hemoderivados

Hematopoiese: permite que células precursoras indiferenciadas e imaturas possam proliferar, diferenciar-
se e maturar em células sanguíneas funcionais: eritrócitos, células da linha branca, plaquetas. Permite que de
uma célula estaminal hematopoiética se obtenha as células funcionais sanguíneas.

Fatores de crescimento da hematopoiese


● Eritropoietina: células alvo são os fatores estimuladores da eritropoiese, que vai atuar nas células
progenitoras dos eritróides e tem como ação final o aumento das hemácias.
● Fator estimulador das colónias dos granulócitos: moléculas de peso molecular mais baixo, atuam nas
células progenitoras dos granulócitos e neutrófilos maduros e vão aumentar o número de neutrófilos
(mais neutrófilos, eosinófilos e monócitos)

Eritropoitina (EPO) humana


• Secretada pelas células intersticiais do rim
• Codificada por gene no cromossoma 7
• É constituída por 165 a.a, 2 pontes de dissulfureto e por 4 glicosilações (3 n-glicosilações na asparagina
e 1 o-glicosilação na serina).
• Uso: Doença renal crónica, dano na medula óssea, deficiência em ferro (anemias por doença renal ou
neoplasia).

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Numa necessidade de produção de eritrócitos em anemias ou hipóxia ocorre um estímulo/produção
aumentada de eritropoetina ao nível das células intersticiais peritubulares do rim que depois vão atuar ao
nível do seu recetor na medula e vai levar à diferenciação e aumento de glóbulos vermelhos para que haja um
aumento de oxigénio ou para a anemia. Sempre que existe doença renal crónica ou dano na medula óssea ou
deficiência de ferro (mineral necessário para a hematopoiese), a regulação da hematopoiese vai estar
comprometida.

EPO recombinante
- Dois tipos: epoetina alfa e epoetina beta (são exatamente iguais à EPO humana, 165 aa na mesma
sequência). A única diferença entre as recombinantes e a humana é o local das glicosilações, sendo
que as glicosilações da alfa e da beta são nos mesmos locais. A única diferença entre a alfa e a beta é
o facto de a alfa ter sido a primeira a ser comercializada nos EUA e a beta na Europa, sendo que a sua
estrutura é igual.
- Como são glicosiladas, só podem ser produzidas em células de mamífero (CHO).
- Uso: Anemia por doença renal crónica ou por doença maligna tratada com quimioterapia (principais),
anemia por cirurgia e anemia em doentes com SIDA.
- Administração: como tem tempo de semi-vida curto, administra-se 1x por semana e a dose varia de
doente para doente.

Análogo da epoetina alfa → Darbepoetina


● Tempo de semi-vida aumentado porque se alterou a sequência de a.a, ou seja, apresenta 5 mudanças
de a.a e tem adicionalmente 2 ligações de glúcidos na asparagina
● Administração 1x por mês

Epoetina beta peguilhada: Metoxipolietilenoglicol-epoetina beta


• É a molécula de epoetina beta recombinante mas foi adicionado covalentemente um polimero de
polietilenoglicol, com o objetivo de aumentar o tempo de semi-vida.
• Desvantagem: a epoetina peguilada vai ter menos afinidade para o recetor do que a epoetina beta
simples; no entanto, esta desvantagem acaba por ser compensada pelo aumento da semi-vida, que é
uma vantagem terapêutica.
• Uso: anemia por doença renal crónica

Caraterísticas dos G-CSF


• Gene está localizado no cromossoma 17
• Têm todos 174 a.a
• Filgrastim: não é glicosilado
• Lenograstim: é glicosilado (O-linked) → produção com sistema de expressão em células de mamíferos
(células de ovário de hamster chinês)
• Pegfilgrastim: não é glicosilado (tal como o filgrastim) mas tem uma ligação peg covalente, ou seja,
T1/2 é maior devido à peguilação (vantagem em relação ao filgrastim), mas tem menor afinidade para
o seu recetor mas isto acaba por ser compensado devido ao maior tempo de semivida.
• UTILIZAÇÃO: prevenção e tratamento da neutropenia febril que é induzida pela quimioterapia
(complicação). É necessário realizar análises antes de cada tratamento para a contagem de células da
linha branca. Utilização destes fatores na mobilização de células estaminais pela transplantação em
doentes oncológicos.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Produtos hemoderivados no âmbito da biotecnologia
• Tratamento de patologias que antes eram tratadas com produtos de extração, agora com o
surgimento da biotecnologia, usa-se a tecnologia de DNA recombinante, que é uma vantagem:
quando os doentes desenvolvem resistência ao fato de coagulação de origem biológica (de extração),
podem recorrer aos novos obtidos por biotecnologia.

Coagulação sanguínea e fibrinólise


Quando há uma lesão do vaso há ativação dos fatores de coagulação para formar um trombo que tampone
aquela lesão, no entanto, tem de existir um equilíbrio entre os fatores ativadores da fibrinólise para que o
trombo que se vai formar não vá obstruir o vaso e não cause uma trombose.

● Hemorragia: defeito nos fatores de coagulação; desequilíbrio.


● Trombose: não há inibição do trombo (coagulação excessiva)
○ Trombose venosa → embolia pulmonar;
○ Trombose arterial → AVC, enfarte, aterosclerose.

Hemostase
-Vaso lesionado ---> fator tecidular exposto (TF) → desencadeia a cascata de coagulação:
1)fase de iniciação da cascata. O objetivo é produzir as primeiras concentrações de trombina.
2)Fase de propagação: aumento da trombina para criar tamponamento e travar lesão → tampão hemostático
3)Fase de terminação: níveis de trombina suficientes e inibição da sua formação (enzimas da coagulação são
neutralizadas pela antitrombina).

Trombina → ativa as plaquetas para se aproximarem do local de lesão e provoca a conversão de fribinogénio
em polímeros de fibrina que juntamente com as plaquetas vão formar o trombo. Ativa também o fator XIII da
coagulação que funciona como estabilizador da fibrina para não haver hemorragia

A partir do momento em que se alcança o tamponamento necessário da lesão é preciso parar aquela
coagulação excessiva e, para isso, recorre-se à ativação do plasminogénio que se transforma em plasmina
que irá dissolver a fibrina e impede a progressão do trombo de ocluir o vaso.

Deficiências em fatores de coagulação (devido ao fator estar ausente ou em qt insuficiente):


Menos frequentes:
● fibrinogénio (fator I): só existem poucos derivados do plasma humano e não existem recombinantes;
● Protrombina (fator II): os derivados do plasma humano são comuns mas não existe recombinantes;
● Fator V: só existe um derivado do plasma humano sob avaliação e não existe nenhum recombinante.
ALERTA: Não existem recombinantes destas deficiências uma vez que são raras e não compensa à indústria
estar a fabricá-las.

Mais frequentes:
● Fator VII: existe em ambas as formas (recombinante → só o fator VIIa e derivado do plasma → poucos)
● Fator VIII (hemofilia A): existe em ambas as formas (recombinante e derivado do plasma)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Fator IX (hemofilia B):existe em ambas as formas (recombinante e derivado do plasma)

Hemofilia
● Disturbio hereditário, doença crónica congénica.
● Transmissão genética através do cromossoma X e por isso os homens são os mais afetados.
● Tanto na hemofilia A como na hemofilia B há ausência de um fator de coagulação:
○ Hemofilia A: fator VIII
○ Hemofilia B: fator IX
● Estas hemofilias A e B são clinicamente indistinguíveis uma vez que atuam na mesma zona da cascata
de coagulação; posto isto só se conseguem distinguir através de testes genéticos para assim se
escolher o tratamento correto

Fator VIII→ Hemofilia A


● Polipéptido de 2351 a.a que codifica um péptido de sinal de 19 a.a e proteína madura de 2332 a.a
● Constituido por 3 domínios:
○ A (A1, A2 e A3)
○ B (onde existem mais modificações pós-tradução; clivagens neste domínio não mudam a
função biológica do fator VIII e por isso não é determinante para a sua função);
○ C (C1 e C2)
● Péptido sinal: constituido por 19 aa, direciona a proteína para o reticulo endoplasmático e daí segue
para o complexo de golgi onde ocorrem muitas modificações pós tradução que vão permitir este fator
ter a sua função.
● Obtenção: derivado do plasma humano e por tecnologia de DNA recombinante

Fator VIII recombinante


● Sistema de expressão: células de mamífero uma vez que tem várias modificações pós-tradução; CHO,
BHK e HEK.
● Desvantagem deste fator: curta semi-vida (10 a 17h), grande limitação.
● Fatores VIII recombinantes (que se fabricaram):
○ 1) Completo: 1ª geração do fator VIII recombinante era uma cópia do derivado do plasma;
Sequência igual, meios de cultura e formulação com recurso a albumina (isto dá um maior
risco de infecciosidade uma vez que a albumina é um produto de extração);
○ 2) Com deleções no domínio B: são lhes retiradas algumas partes do dominio B; expressão
mais fácil e sem perda de atividade biológica.
○ 3) Com semi-vida aumentada:
■ PEG (molecula de polietilenoglicol ligado covalentemente ao fator VIII, maior tempo
de semi-vida)
■ Fusão com um fragmento constante de uma IgG (pois estes Fc das IgG têm uma semi-
vida mais longa)
ALERTA: As tentativas de aumento de semi-vida não foram muito bem sucedidas uma vez que o fator VIII está
ligado ao fator de Von will brand, sendo que a clearence do fator VIII está por isso dependente da clearence
do fator de von will brand, ou seja, é a semivida do fator de con will brand que condiciona.

Tipos de Fator VIII Recombinante


Fator VIII Completo (sequência de a.a igual à do humano)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


1. Octocog alfa Recombinado (1992)
a. Primeiro a ser produzido
b. Semi-vida de 12h;
c. Produzido a partir de células de ovário de hamster chinês (CHO)
d. Co-expresso com fator de van will brand (VWB)
e. Produzido usando albumina no sistema de cultura e formulação (tinha maior risco de
infecciosidade)
2. Octocog alfa Advate (2003)
a. Sem albumina em cultura; semi vida-semelhante
b. Semi-vida de 10-14h
3. Octocog alfa Kogenate Helixate (1992)
a. Produzido em células de rim de hamster bebé
b. Albumina em cultura e em formulação (mais infecciosidade)
c. Semi-vida de 14-17h
4. Octocog alfa Kogenate-FS (2000)
a. Também produzido em células de hamster bebé
b. Sem albumina
c. Semi-vida de 14-17h

TENTOU EVITAR-SE A ALBUMINA NO MEIO DE CULTURA E NA FORMULAÇÃO PARA ASSIM SE REDUZIR


INFECIOCISADE
5. Octocog Alfa Kovaltry, Iblias (2016)
a. Semi-vida de 13h
b. Células de rim de hamster bebe
c. Co expresso com proteína HSP-70, sem albumina na cultura ou formulação. Esta proteína é
uma proteína chapron para evitar que haja erros na tradução da proteína terapêutica;
produziu-se a proteína terapêutica através das células de rim de hamster bebé e foi
adicionada esta enzima HSP-70 que permite corrigir erros durante a produção da proteína.
6. Rurioctocog alfa pegol (2015)
a. Peguilado; A semi-vida não aumentou muito (14-16h) (aumento da semi-vida não foi muito
evidente)
b. células CHO

Fator VIII com deleção do domínio B


1. Moroctocog alfa (1999)
a. Semi vida 14 h
b. Células CHO
c. Deleção identificada; é muito especifica e não tem domínio B completo
d. Albumina em cultura
2. Moroctocog alfa (2008)
a. Sem albumina na cultura e na formulação
3. Turoctogoc alfa (2013)
a. Células CHO
b. Deleções no domínio B → a.a 751 a 1637
c. Sem albumina na cultura e na formulação
4. Simoctocog alfa (2014)
a. Aumento da semi-vida → 17h

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


b. Células humanas (células embrionadas de rim humanas)
c. Deleções no domínio B, substituídas por um linker de 16 a.a (sequencia que fazia ligação,
uma ponte, alguma vantagem tecnológica)
d. Sem albumina na cultura e na formulação
5. Lonoctocog alfa (2016)
a. 14h de semi-vida
b. Células CHO
c. Deleções no domínio B → a.a 765 a 1652
6. Efmoroctocog alfa (2014)
a. Semi-vida maior (20h)
b. Células embrionadas de rim humanas
c. Deleções no domínio B → a.a 744 a 1637
d. Fusão de uma IgG
7. Damoctocog alfa pegol (2018) → MAIS RECENTE
a. Semi-vida 19h
b. Células embrionadas de rim humanas
c. Deleções no domínio B → a.a 743 a 1636
8. Turoctocog alfa pegol (autorizado mas não comercializado em PT)
a. Peguilação no domínio B para aumentar a semi-vida

Fator VIII recombinante: considerações farmacêuticas


● Forma farmacêutica: liofilizada, é preciso reconstituir antes de administrar
● Impurezas: muitos fatores VIII têm pequenas quantidade de proteína residual do Sistema de expressão
que por vezes podem ser responsáveis por reações adversas em indivíduos que têm alguma
hipersensibilidade quando é administrado o fator VIII (é raro). Estão sujeitos a guide-lines de validação
viral para validar a segurança

Fator IX (Hemofilia B)
-Gene que codifica para o fator XI foi clonado em 1982 mas só em 1997 é que surgiu o primeiro recombinante
uma vez que é um fator bastante complexo.

-Modificações pós-tradução:
1) Domínio GLA: substituição de 12 resíduos de glutamina por 1 ácido gama-carboxiglutâmico, por uma
carboxilase da vitamina K. Sem esta modificação o fator IX não teria a sua função.

Porque é que esta modificação no domínio GLA é importante?


São estes resíduos GLA que são um local de ligação de elevada afinidade para iões cálcio e são estes locais que
medeiam a interação com a membrana lipídica no local da lesão. São os resíduos Gla que vão redirecionar o
fator de coagulação ao local de ação.
2) Clivagem do pró-péptido: um própeptido com 46 aa (Pro) é removido pelas enzimas furina like (clivam
o pró-péptido), originando um fator IX maduro.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


3) Clivagem do péptido de ativação: o fator IX maduro tem um péptico de ativação que tem de ser
removido para que o fator IX se torne ativo.

-Tem duas formas alélicas: na sua posição 148 pode ter ou uma treonina ou uma alanina, sendo que é
indiferente para a sua função biológica.
-Obtenção: derivado do plasma humano e tecnologia de DNA recombinante.
-Células hospedeiras de produção: tem de ser produzido em células de mamífero uma vez que só estas é que
possuem a carboxilase capaz de tornar o fator ativo (células de rim bebé e CHO).

ALERTA: As carboxilases têm ação limitada! Vai haver um ponto em que vão ser produzidas proteínas
disfuncionais (que não têm esta carboxilação).

Fator IX recombinante
1) Sequência idêntica ao fator IX humano
2) Manipulado por tecnologia DNA recombinante: Modificações ao nível da sequência de aa.
3) Semi-vida aumentada (fator IX tem curta semi-vida)
a) Fusão entre o fator IX e o Fc da IgG
b) Fusão entre o fator IX e a albumina humana
c) Peguilado (adição de polímero PEG por ligação covalente)
Estas tentativas de aumentar a semi-vida foram mais bem sucedidas que as do factor VIII !!!

Fator IX wild type Tempo de semi-vida Características


(com a sequência idêntica ao
humano)

Nonacog alfa (1997) 17-36h (muito oscilante) -Células de ovário de hamster chinês
(CHO)
-Co-expressão com furina (enzima
necessária para clivar própeptido de
46 aa para se alcançar a proteína
madura);
-Alanina na posição 148

27h -Células de ovário de hamster chinês


Nonacog gamma (2013) (CHO)
-Co-expressão com furina (enzima
o que muda neste em relação necessária para clivar própeptido de
ao de cima é só a semivida 46 aa para se alcançar a proteína
madura);
-Alanina na posição 148

Trenonacog alfa (não há em 24h -Células CHO


Portugal) (2015) -Variante polimórfica com tirosina na
posição 148

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Fatores IX recombinantes Tempo de semi- Características
modificados por tecnologia vida
de DNA recombinante

Eftrenonacog alfa 82h -células HEK


-tirosina na posição 148
-Ligação a Fc de imunoglobulina na zona c-
terminal do fator IX para aumentar t1/2

Albutrepenonacog alfa 92h -Células CHO;


(- ativo) -Tirosina na posição 148
-Fusão de fator com albumina no terminal c.
Isto inviabiliza a sua função e por isso colocou-
se linker entre a albumina e o fator IX (quando
o fator IX é ativado, além das 2 clivagens
necessárias, é feita uma 3ªclivagem no linker e
liberta-se a albumina). Deste modo o fator já
funciona e a libertação da albumina é lenta,
aumentando o tempo de semi-vida.

Nonacog beta pegol 96h -Células CHO;


-Alanina na posição 148;
-Peguilado; isto não altera a atividade (ao
contrário do que acontece na
albutrepenonacog alfa)

Fator VIIa
-Enzima que desencadeia a fase de iniciação da produção de trombina (no início da cascata);
-É uma glicoproteína e a sua estrutura é semelhante ao fator IX;
-Ativa-se a ele próprio (auto ativação);
-Obtenção: Produzido em células de mamífero devido ao domínio GLA;
-SÓ É OBTIDO POR TECNOLOGIA DE DNA RECOMBINANTE! (Uma vez que existe em concentrações muito
baixas no plasma);
-Eptacog alfa:
● Uso: no tratamento de hemorragias em doentes que têm deficiência no fator VIII e IX (doentes
que têm Ac contra fator VIII e IX).

Doença de Von willebrand


-O fator de von willebrand promove a agregação plaquetária e o transporte do fator VIII.
-Quando há deficiência deste fator, há um maior risco de hemorragia.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


-Características: Das maiores proteínas em circulação (500 kDa-20000 kDa); é um monómero mas pode formar
dímeros e multimerizar mais em circulação (uma vez que isto é importante para este realizar a sua normal
função);
-Constituição: péptido sinal, própéptido e subunidade madura
-Obtenção: derivado do plasma humano e por tecnologia de DNA recombinante;
-Vonicog alfa (comercializado em PT):
● Uso concomitante com fator VIII (uma vez que quando falta o fator von willebrand, também falta o
fator VIII)

Fator XIII
- É uma proenzima da família da transglutaminase que vai ser ativada pela trombina e reforçar os
polímeros de fibrina
- Heterodímero constituído por 4 domínios (2 domínios A e 2 domínios B) que estão ligados por ligações
não covalentes
- Deficiência deste fator vai causar hemorragia grave porque não vai haver estabilização dos polímeros
de fibrina, logo instabilidade do trombo → hemorragia.

Fator XIII recombinante


- Catridecagog
- Não é glicosilado → células de levedura

Antitrobina
• Permite neutralizar as enzimas de coagulação que estejam ativas e inibir a possível formação de
trombose → inibidor do fator IXa, Xa, XIa e da trombina
• Potenciação pela ligação à heparina e a outros glicoaminoglicanos
• Deficiência de antitrombina → maior risco de trombose (porque não inibe a trombina)
• Obtenção: derivado do plasma humano em exclusivo
• Uso: profilaxia da trombose venosa e no embolismo pulmonar

Agentes trombolíticos
• Descobriu-se que o enfarte era resultado da lesão na placa aterosclerótica, que forma um trombo que
obstrui uma artéria coronária.
• Uso: Enfarte agudo do miocárdio
• 1º agente trombolitico: estreptoquinase (ativador do plasminogénio extraído do Streptococcus, e isso
confere mais imunogenicidade);
• Ativador do plasminogénio humano → Passou-se a usar ESTE!

Ativador do plasminogénio humano


• Tem domínio finger na região N terminal, 1 domínio de fator epidérmico (EGF),, 2 domínios kringle e
1 domínio catalítico - Protease Serina (para ativar o ativador do plasminogénio)----> pela plasmina---
-> que vai dividi-lo em duas cadeias (a leve e a pesada).
• Ambas as cadeias (leve e pesada) têm muita afinidade para a fibrina.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Ativador do plasminogénio Recombinante

● Alteplase
○ Elevada especificidade para a fibrina;
○ Expresso em células de CHO (várias glicosilações → não pode ser em E.Coli);
○ Curta semi-vida (5-6 minutos);
● Tenecteplase
○ Expresso em células de CHO;
○ Maior semi-vida em comparação com alteplase
○ Alterações nas glicosilações (isto não altera a sua afinidade para a fibrina e aumenta a sua
semivida).
● Reteplase
○ Proteína truncada, simples, não glicosilada
○ Menos eficaz que os dois anteriores;
○ Mais recente;
○ Tem menor afinidade (desvantagem) por ser uma proteína não glicosilada (expresso em E.Coli,
vantagem)
○ Tem maior semivida que os 2 anteriores (foi sempre aumentando)

Uso: Enfarte agudo do miocárdio (alteplase e tenecteplase são os mais vistos em meio hospitalar);

Medicamentos derivados de plasma humano


● Materia prima: plasma humano (hemoderivado);
● Cumprem as mesmas regras dos medicamentos biológicos (hemoderivados);
● Seguir GMP’s
● Risco para a difusão da infecciosidade (é gravoso extrairmos fatores de coagulação de um
indivíduo que tem uma infeção; tem de ser tudo controlado) → Análises à dádiva

Estratégias para reduzir o nível de infecciosidade do sangue humano


● Estratégias mais importantes: Seleção de dadores (têm de cumprir critérios de elegibilidade) e análise
das dádivas (a dádiva só é válida depois de ser testada);
● Quarentena de sangue testado: um sangue que não foi testado, fica em quarentena (não é usado para
o fabrico de medicamentos)

Dadores
Exigências em matéria de informação
● Parte A: Informações a prestar aos candidatos a dadores de sangue
● Parte B: Informações que devem ser prestadas pelos dadores aos serviços de sangue aquando da
dádiva
○ Identificação do dador (dados pessoais)

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


○ História clínica (questionário rigoroso: hábitos de vida, problemas de saúde, antecedentes de
saúde familiar, medicamentos ou tratamentos....)
○ Assinatura

ALERTA: a dádiva de sangue é benévola em Portugal! Ao contrário do que acontece nos EUA, onde é pago.

Elegibilidade de dadores → Decreto de lei nº267/2007


● Idade: 18 a 65 anos (exceto quando há autorização do médico, autorização anual);
● Peso: peso igual ou superior a 50 kg;
● Hemoglobina: Mulher----> igual ou superior a 125 g/L
Homem---> igual ao superior a 135 g/L
● Proteínas: igual ou superior a 60 g/L
● Plaquetas: número igual ou superior a 150/l x 109/l
ESTAS ANÁLISES SÃO FEITAS À POSTERIORI

Tipos de dádivas:
● Homólogas: indivíduo dá sangue para outro indivíduo (dador e recetor são diferentes);
● Autólogas: dador e recetor são a mesma pessoa (por exemplo, numa intervenção cirúrgica, a pessoa
pode retirar previamente sangue para usar durante a cirurgia).

Exclusão de dadores
● Definitiva:
- diabetes (só não será dador se for tratado com insulina)
- Doenças infecciosas (hepatite B e C, HIV, HTLV);
- Doença maligna;
- Utilizadores de drogas;
- Quem tem feito transfusões a partir de 1980;
- Comportamentos sexuais de risco;
● Temporária:
→ Após doença infecciosa, devem ser suspenso por 2 semanas após a recuperação total:
- Febre superior a 38ºC (só pode passadas duas semanas após a data do desaparecimento dos
sintomas);
- Síndrome gripal (duas semanas após o desaparecimento dos sintomas);
→ Exposição ao risco de contrair infeção transmissível por transfusão:
- intervenção cirúrgica (pelo menos 6 meses sem dar sangue);
→ Vacinação:
- vacina tem vírus ou bactérias atenuados, tem de ficar 4 semanas sem dar sangue;
- as restantes pode logo se o dador se encontrar bem;
→ Outras suspensões temporárias:
- Gravidez (só pode 6 meses após o parto ou interrupção);
- Pequena cirurgia (só pode 1 semana depois);
- Cuidados dentários (pode dar sangue 1 dia depois; consideram-se pequenas cirurgias a
extração de dentes, obturações e tratamentos similares!)
→ Suspensão devido a situações epidemiológicas especiais (generalidade dos dadores poderá não poder
doar sangue);

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Análise das dádivas
-Testes têm de ser efetuados sempre a todas as dádivas antes de ser processado! Nomeadamente testes às
seguintes infeções:
-Hepatite B (HBs-Ag);
- Hepatite C (Anti-HCV);
-HIV ½ (Anti-HIV ½).

Biossimilares
Definição: Um biossimilar é um medicamento biológico muito semelhante a outro medicamento biológico
já aprovado na UE (chamado "medicamento de referência") em termos de estrutura, atividade biológica e
eficácia, perfil de segurança e imunogenicidade (a capacidade intrínseca de proteínas e outros medicamentos
biológicos de causar uma resposta imune)

Caraterísticas específicas dos biossimilar


- A variabilidade que é permitida entre o biossimilar e o medicamento de referência é a mesma que é
permitida entre lotes diferentes de um mesmo medicamento.
- As pequenas diferenças entre o biossimilar e o medicamento de referência não afetam a segurança
nem a efetividade. → por exemplo: diferenças nas glicosilações, nos excipientes ou na forma de
apresentação
- 1ª premissa: há uma variabilidade natural que decorre da fonte biológica
- 2ª premissa: processo de fabrico de um biossimilar é exclusivo porque os fabricantes não têm acesso
ao processo de fabrico dos medicamentos de referência.

Biossimilar vs Genéricos
-Biossimilar não é um genérico do medicamento de biotecnologia uma vez que existe variabilidade natural da
fonte biológica e a complexidade das moléculas não permitem a replicação da heterogeneidade molecular, o
que faz com que o biossimilar e a sua referência não sejam completamente iguais (como acontece com os
medicamentos químicos e genéricos); e o processo de fabrico é exclusivo de cada um→ as duas premissas
anteriores;
Para além disso as exigências e estudos para aprovar um biossimilar são muito maiores e mais exigentes do
que as necessárias para aprovar um medicamento genérico.

Não existe intermutabilidade entre biossimilares e o medicamento de referência; existe intermutabilidade


entre o genérico e a sua referência (porque em medicamentos de síntese química, as moléculas são pequenas,
simples e posso fazer uma quantidade toda igual).

Medicamento genérico Medicamento biossimilar

Produzido geralmente por síntese química. Obtido a partir de uma fonte biológica

Em geral, é possível obter exatamente a mesma Possibilidade de reproduzir a molécula com um

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


molécula. elevado grau de similaridade, devido aos
métodos de fabrico de medicamentos biológicos
únicos e à variabilidade biológica natural

Principalmente moléculas mais pequenas, mais Moléculas maiores e estruturalmente


fáceis de caracterizar complexas que necessitam de várias tecnologias
para a sua caraterização

Requisitos em matéria de dados completos Requisitos em matéria de dados completos


sobre a qualidade farmacêutica. sobre a qualidade farmacêutica, a par de
estudos e qualidade suplementares que
comparam a estrutura e a atividade biológica
do biossimilar com o medicamento de
referência

Desenvolvimento com base na demonstração Desenvolvimento com base na demonstração


da bioequivalência (ou seja, o genérico e o da biossimilaridade mediante o recurso a
medicamento de referência libertam a estudos a comparabilidade (comparação direta
substância ativa no organismo ao mesmo ritmo exaustiva do biossimilar com o medicamento de
e na mesma medida, em condições similares) referência, a fim de demonstrar a alta
similaridade em termos de estrutura química,
função biológica, eficácia, segurança e
imunogenicidade)

Os requisitos em matéria de dados clínicos Além dos estudos farmacocinéticos e


consistem principalmente em estudos da farmacodinâmicos comparativos, podem ser
bioequivalência farmacocinética; exigidos dados sobre a segurança e a eficácia,
nomeadamente de medicamentos biológicos
mais complexos

Todas as indicações aprovadas do A eficácia e a segurança têm de ser


medicamento de referência podem ser fundamentadas em todas as indicações.
concedidas com base na bioequivalência Geralmente, não é, no entanto, necessário
demonstrada, sem haver necessidade de outros efetuar ensaios clínicos de confirmação com o
dados clínicos) biossimilar em toda e qualquer indicação que
tenha sido aprovada para o medicamento de
referência. Após a demonstração de
biossimilaridade, é possível efetuar a
extrapolação dos dados a outras indicações
caso as provas cientificas disponíveis
contemplem todos os aspetos específicos das
referidas indicações .

Sobre as empresas que fabricam cada um deles:

● Em sintese quimica: Empresa do medicamento de referência normalmente não é a mesma que produz
o genérico;
● Nos medicamentos biológicos e biossimilares: Nem sempre há diferença entre a empresa que produz
o medicamento de referência e o biossimilar. Como a empresa sabe que está a perder a patente do
medicamento de referência e para não perder espaço de negócio, produz também o biossimilar--->
menos dificuldade no processo de fabrico.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Aprovação dos biossimilares na UE (continuação) → Pirâmide

Medicamento de referência:
● Risco/beneficio provém dos ensaios clínicos e de outros estudos.

Medicamento biossimilar:
● Relação risco/beneficio positiva assenta na demonstração da biossimilidaridade, obtida a partir de
estudos exaustivos de comparação com estudos de qualidade farmacêutica:
○ Caracterização estrutural;
○ Caracterização fisico-quimica;
○ Pureza da SA;
○ Atividade biológica;
○ Excipientes
○ Dosagem
○ Formulação
○ Controlo do processo de fabrico;
○ Estabilidade da SA e produto final.
ESTUDOS INDEPENDENTES FEITOS AO BIOSSIMILAR!

Desenvolvimento medicamento biossimilar vs referência genéricos

Medicamento de referência Medicamento biossimilar

Sem conhecimentos prévios de segurança e Com base em conhecimentos de segurança e


eficácia eficácia resultantes de anos de utilização clínica
do medicamento de referência

Desenvolvimento destinado a demonstrar a Desenvolvimento destinado a demonstrar a


segurança e a eficácia diretamente nos doentes segurança e a eficácia comparáveis mediante o
estabelecimento da biossimilaridade

Estudos de comparabilidade só para alterações Estudos exaustivos de comparabilidade com o


de fabrico durante o desenvolvimento (por medicamento de referência (ensaios de ponte)
exemplo a produção de grandes lotes para
ensaios clínicos)

Dados não clínicos completos (farmacologia e Quantidade de dados não clínicos determinada
toxicologia) pelos resultados dos estudos de qualidade

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


Ensaios clínicos convencionais para demonstrar Ensaio clínicos comparativos para excluir as
a eficácia e a segurança em todas as indicações diferenças clinicamente significativas (não
terapêuticas invocadas precisa de fazer estudos completos, só sobre
pontos críticos)

Ensaios concebidos principalmente para a Ensaios concebidos principalmente para


comparação com placebos ou a atual terapia demonstrar a equivalência clínica com o
padrão, utilizando parâmetros “duros” (por medicamento de referência, utilizando
exemplo, resultados a longo prazo, mortalidade, parâmetros sensíveis numa população em que
danos estruturais) e uma população de doentes possam ser identificadas diferenças relacionadas
relevante para demonstrar o benefício com o produto no desempenho clínico

Relação risco-benefício positiva determinada Relação risco-benefício positiva baseada na


principalmente com base em estudos de demonstração da biossimilaridade (mediante a
segurança e eficácia na população-alvo utilização de estudos de comparabilidade)

Ensaios de ponte: ensaios clínicos não completos; só testamos os pontos críticos (onde há duvidas sobre a
qualidade e segurança)

Estudos de Comparabilidade
-Delineados por etapas: o conhecimento de cada uma das etapas vão ser utilizados para determinar os ensaios
clínicos e não clínicos que serão realizados nas etapas seguintes.

1ª Etapa: Estudos comparativos da qualidade----> TUDO NOVO PARA O BIOSSIMILAR


● Analíticos: propriedades fisicas + químicas;
● Funcionais: atividade biológica/farmacológica
-Podem levantar-se dúvidas sobre certas características do biossimilar e se estas vão afetar a eficácia e
segurança. Posto isto nas etapas seguintes vão ser estudadas as características que forem levantando dúvidas.
(esta 1ªfase define os estudos seguintes)
-Todos os estudos fisico-quimicos são feitos de novo para o biossimilar.

2ª Etapa: Estudos não clínicos comparativos → MUITA INFORMAÇÃO PODERÁ PROVIR DOS ESTUDOS FEITOS
PARA O MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
● Farmacodinâmica (in vitro)
● Toxicologia (in vitro, se necessário)
-Já se compara com o medicamento de referência alguns aspetos críticos;

3ª Etapa: Estudos clínicos comparativos (em humanos) → MUITA INFORMAÇÃO PODERÁ PROVIR DOS
ESTUDOS FEITOS PARA O MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
● Farmacocinética/Farmacodinâmica
● Eficácia + segurança + Imunogenicidade

-Estudos de eficácia e segurança não têm de ser totalmente iguais entre eles; Níveis de similaridade entre eles
que permita que a eficácia e segurança não sejam comprometidas e que possam ser inferidas a partir do
medicamento de referência! (os ensaios clínicos são adaptados de modo a comprovar a biossimilaridade entre
o de referência e o biossimilar).

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


-Têm de haver SEMPRE estudos novos de imunogenicidade para o biossimilar!:pequenas diferenças entre os
dois podem aumentar significativamente a imunogenicidade!

Estudos de comparabilidade necessários na sequência de alterações introduzidas no processo de


fabrico de um medicamento com recurso à biotecnologia
Tipo de alteração no fabrico Impacto previsível Estudos de comparabilidade
necessários

1. Alteração menor (por Não afeta a qualidade Estudos físico-químicos


exemplo, farmacêutica do medicamento limitados para a comparação
acrescentando um (sem impacto nas dos lotes antes e após a
método de ensaio mais especificações do produto) alteração
sensível para
caracterizar a
substância ativa)

2. Alteração significativa Pode afetar as características Estudos exaustivos físico-


(por exemplo, ou as especificações do químicos e funcionais in vitro
alterações do sistema produto, mas não se prevê que (para ver se a estrutura e
celular utilizado para a afete a segurança ou a eficácia função não são alteradas)
produção da
substância ativa

3. Alteração maior (por Pode eventualmente afetar a Estudos exaustivos físico-


exemplo, segurança ou a eficácia químicos e funcionais in vitro
determinadas complementados, conforme
alterações na necessário, por estudos não
formulação do clínicos e clínicos.
medicamento)

Segurança dos biossimilares- Considerações gerais


A monitorização da segurança obedece aos mesmos requisitos aplicáveis a todos os medicamentos biológicos
● PGR (Plano de Gestão de risco) → concebido para cada medicamento com base naquilo que se pensa
que são os principais RA, o impacto clinico que elas podem ter e que medidas devem ser tomadas pelo
utente e pelos profissionais de saúde no sentido de minimizar as potenciais RA.
● Estudos de segurança pós-autorização → Estudos passe: não são obrigatórios mas são impostos pelo
regulador (mais aos biossimilares do que aos med. de referência); Estes permitem estudar o perfil de
segurança na população real que é heterogênea.
● Recolha espontânea de reações adversas e RPS (Relatórios Periódicos de Segurança: emitidos pelo
fabricante. As RA tem de ser compiladas e enviadas à entidade reguladora que é a EMA) → Notificação
espontânea de reações adversas. Quando se identifica espontaneamente uma suspeita, o
farmacêutico é obrigado a fazer a notificação → É apresentado ao Infarmed.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Monitorização adicional → A partir de 2010. Consiste em que todas as novas SA que passaram a ser
comercializadas, passaram a ser sujeitas a esta monitorização adicional que se traduz num triângulo
preto invertido que está no RCM e no folheto informativo → cuidado adicional no sentido de
comunicar qualquer suspeita de RA.

Intercambialidade- Medicamento de referência vs biossimilar


-Intercambialidade: possibilidade de mudar/alterar o med. de referência e o biossimilar → mudar de um
medicamento para outro e esperar que o efeito/ação seja o mesmo
-A possibilidade de alterar entre o medicamento de referência e o biossimilar é decidida a nível nacional. A
EMA apenas emite informação sobre a avaliação dos vários comités e os profissionais de saúde de cada país
tomam a decisão.

● Troca: o médico prescritor decide trocar um medicamento por outro, com o mesmo efeito
terapêutico.
● Substituição: Já não pressupõe que seja efetuada pelo médico mas sim pela farmácia sem a
autorização do médico. Pode ser feito para os medicamentos químicos mas não é permitido para
biossimilares!! Os farmacêuticos não podem mudar/substituir o medicamento de referência pelo
biossimilar porque pode comprometer a segurança do doente.
ALERTA: eles são similares do ponto de vista teórico mas do ponto de vista da segurança e imunogenicidade
podem haver questões que comprometam a troca de um pelo outro. É necessário haver uma avaliação prévia
(pelo médico) e não de forma automática.

Biossimilares de anticorpos monoclonais no tratamento de tumores sólido-


Reflexões
• Os biossimilares devem ser considerados como alternativas terapêuticas válidas em relação aos seus
respetivos medicamentos e referência.
• As limitações dos ensaios clínicos impossibilita a deteção de todas as questões de segurança
relevantes antes da exposição massiva a um medicamento.
• Apesar de um custo menor do que os medicamentos de referência, existe uma “penetração no
mercado” mais lenta devido à falta de confiança dos profissionais de saúde → é necessário
implementar um sistema de farmacovigilância robusto para aumentar a confiança dos profissionais
de saúde. → rastreabilidade dos lotes de medicamentos biológicos utilizados
• Possibilidade de um impacto favorável nos orçamentos dos Estados devido à diminuição do custo
• 1º: interesse do doente; 2º: vem tudo o resto, incluído preço (se a diferença de preços não for
significativa, continua-se a apostar nos medicamentos de referência)

Utilização de biossimilares na prática clínica- Exemplo da SPR (sociedade portuguesa


de reumatologia)
-Posição pública dos reumatologistas no sentido da prescrição dos biossimilares;
1) Deve-se começar pelo biossimilar (o fármaco mais económico);
2) Não é aceitável a substituição ou troca?? entre um medicamento de referência e um biossimilar;

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


3) Tem de se garantir mecanismos rigorosos de farmacovigilância. É necessário efetuar um registo do
nome comercial, lote e data de administração para garantir a rastreabilidade (deve ser registado na
base de dados reuma.pt);
4) A poupança tem de ser tida em consideração, no entanto, há fatores como a segurança do doente que
também são importantes;
5) Em doentes que estão em tratamento com a SA de referência pode ser feita a troca pelo biossimilar
desde que seja avaliada a troca pelo médico
6) Substituição por farmaceutico ou por determinação legal é inaceitável.
Biossimilares em Portugal- Análise de mercado
-Há medicamentos em que é mais usado o biossimilar e outros onde é mais usado o seu medicamento de
referência.
A que se deve esta diferença?
1) Tipo de patologia (se a patologia for crítica, podem ter receio de não ter uma boa resposta com o
biossimilar)
2) Duração do tratamento: a utilização de curta duração ou de um modo crónico vai influenciar a escolha
entre ambos os medicamentos:
a) Utilização crónica: imunogenicidade pode refletir-se ainda mais e desencadear resposta
imunitária mais exacerbada;
b) Utilização pontual: já não há tanto risco de imunogenicidade com a troca do biossimilar
(contacto mais efêmero)
3) Custo associado (se não for muita expressiva a diferença de preços entre eles, prefere-se o
medicamento de referência do que o biossimilar)
4) Local de dispensa (centro hospitalar) → Os hospitais variam na prescrição
5) Prescritor (por falta de confiança, não querer facilitar um biossimilar)

ALERTA: falta de sensibilidade para se fazer discussão de opções (tanto os médicos, como os profissionais de
saúde): é importante que o farmacêutico participe ativamente no esclarecimento das dúvidas e sensibilize os
restantes profissionais de saúde para as diferenças entre os medicamentos de referência e biossimilares.

Ir ao site do infarmed → visualização do mercado atual

Oligonucleótidos
• Cadeias de ribo ou desoxiribonucleotidos (de DNA ou RNA)
• Estes têm capacidade de se ligarem através do emparelhamento de bases (são complementares com
outra sequência);
• Aplicações terapêuticas: edição do genoma; transcrição dos genes e tradução do mRNA e regulação
das vias de RNA
• A sequência específica de cada um vai determinar a sua estrutura e esta é importante para o seu uso
terapêutico

Características
● Podem exibir efeitos não intencionais
- Complementaridade parcial com outros ácidos nucleicos (off-target effects)
- Ligação a proteínas e péptidos

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Sensíveis à degradação pelas nucleases → estratégias para tornar os oligonucleotídeos mais resistente
→adição de grupos metilo, acrescentar peguilações
● Características físico-químicas condicionam a excreção renal e a acumulação no tecido alvo → estes
são excretados muito rapidamente pelos rins e induzem a captação rápida pelos macrófagos, o que
dificulta a sua acumulação nos tecidos;
● Difícil aplicação intracelular → pela sua dimensão não conseguem entrar facilmente nas células

2 tipos de oligonucleótidos:
● Ligação a proteínas: aptâmeros
● Ligação a ácidos nucleicos (interferem com a expressão genética): antisenso (ASO ) → (SÃO
OS MAIS IMPORTANTES MAS NÃO SÃO OS ÚNICOS)

Aptâmeros → da seq. de oligonucleotídeos que têm, resulta uma determinada estrutura que se vai poder
“ligar” à molécula alvo

- 60 nucleótidos e tem estrutura tridimensional bem definida;


- Formação da estrutura tridimensional: é responsável pelo efeito terapêutico;
- Reconhecimento conformacional: a sua conformação vai ser compatível com o seu alvo terapêutico;
E quando se liga, vai induzir uma alteração na função desse mesmo alvo.

Processo de formação dos aptâmeros: Tecnologia SELEX → Processo químico com 1


passo biotecnológico
1º passo: Seleção de um conj de nucleótidos de RNA (maioria em RNA porque DNA pode recombinar com o
genoma)
2º passo: os nucleotídeos de RNA são inoculados com o nosso alvo
3º passo: os nucleotídeos de RNA que forem complementares com o alvo vão-se ligar a ele
4º passo: eliminar as sequências que não ligaram e preservar as que se ligaram ao alvo → vão ser amplificadas
por RT-PCR → transcritos para ficarmos com uma pool
5º passo: vão ser feitos vários ciclos (8-12)
6º passo: A cada ciclo, aperta-se mais as caraterísticas ou as condições que promovem a ligação ao alvo
terapêutico para que no último ciclo se consiga encontrar a sequência de RNA que se liga com maior
especificidade ao alvo → Winners (aptâmeros com maior afinidade para o alvo)
7º passo: é o passo biotecnológico → clonar o Winner

Aptâmeros terapêuticos → semelhança com os anticorpos monoclonais (podem ligar-se a alguns dos
seus alvos)
-Interação com recetores;
-Interação com o domínio ativo de enzimas, para inibição de atividade;
-Sequestro de ligandos; → tal como os Ac
-Imagiologia; → para identificar alvos

Terminação nib: todos os fármacos que inibem! Não são apenas os aptâmeros que têm esta terminação!

Quais as vantagens dos aptâmeros face aos Ac Monoclonais?

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


1) Os aptâmeros são mais estáveis pois são ácidos nucleicos enquanto que os anticorpos monoclonais
são proteínas e quando desnaturam já não são viáveis. Os aptâmeros podem hidridar e desibridar
novamente.
2) Todos os aptâmeros têm um antídoto que é o seu complementar; se o aptâmero é uma sequência de
nucleótidos conhecida, para travar a sua ação é só fazer uma sequência de DNA/RNA complementar.
Não existem antídotos para Anticorpos monoclonais!

Pegaptanib
● Aptâmero modificado (Conjugado com PEG o que lhe confere mais estabilidade)
● Anti-VEGF (anti-fator do crescimento endotelial vascular)
● Indicado na degenerescência macular neovascular (húmida) associada à idade
● Principais RAM:
○ Reações no local de administração
○ Endoftalmite
○ Hemorragia

Pegnicacogin → Entrar no mercado com grande vantagem terapeutica a nível hospitalar (não está
comercializado ainda)
● Aptâmero modificado: Conjugado com PEG
● Inibidor do fator IXa da coagulação
● Indicado na trombose → desfazer o trombo
● Principais RAM (que foram tratados previamente com Ac monoclonais peguilado): Reações alérgicas
graves em doentes com característica comum

Oligonucleótidos que interferem com a expressão genética


● Antisenso (ASO): Sequências de RNA complementar do RNA mensageiro; podem bloquear a tradução
da proteína envolvida na patogénese de uma doença.
● Ribozimas: Sequências de RNA capazes de degradar RNA;
● Desoxiribozimas: Sequências de RNA capazes de degradar DNA;
● Sequências guia externas: Cas9 (sequências de RNA que dirigem fármaco para o seu local terapêutico)
● Indutores de tripla hélice: sabemos que há oligonucleótidos capazes de ser complementares a dupla
hélice e formar uma tripla hélice
● siRNA (small): pode ser antisenso (ligar-se a um mRNA)
● miRNA (micro): pode ser antisenso (ligar-se a um mRNA)
● Decoys: corrigir tripla hélice

Oligonucleótidos - Inibidores da tradução

● Antisenso
1) Os oligonucleótidos antisenso vão ligar-se aos mRNA que codificam para determinada proteína (pois
são complementares);
2) Quando se tem um RNA de cadeia dupla na célula, gera-se um sinal para que a célula a destrua.
3) A dupla cadeia vai fazer com que haja recrutamento de ribonucleases H e estas vão destruir o RNA de
cadeia dupla, impedindo a formação da proteína.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Ribozima/DNAzima
1) São sequência de RNA ou DNA capazes de destruir outras sequências de RNA ou DNA.
2) Quando a ribozima se liga ao mRNA é capaz de o destruir. Está fragmentado e vai-se formar uma dupla
cadeia
3) Sinal para ser destruído pelas RNase H
4) Não há formação de proteína

● SiRNA
1) Pequenos RNAs que vão hibridar com o mRNA por complementaridade de bases
2) Nessa zona existe um fator (promotor) que é ativado por esta mesma ligação;
3) Vai ser então recrutada a RISC (complexo que destrói o mRNA e impede assim que se forme a
proteína);

Antisensos aprovados ou em estudo

1) Formivirsen (Vitraven nome comercial)→ não é usado (história)


● Retinite por citamegalovirus em individuos com HIV positivo;
● Antisenso que se liga ao mRNA que está envolvido na patologia;
● Deixou de estar comercializado pois houve avanço nas terapêuticas anti retrovirais e estas
complicações já são muito raras.

2) Mipomersen (Kynamro nome comercial) → Terapia genética


● Não está aprovado nem comercializado; (hepatotoxicidade, risco cardiovascular)
● Antisenso da molécula de mRNA que codifica para a apoliproteína B-100 (que constitui o LDL);
bloqueia por isso a tradução e a formação do LDL;
● Para situações graves de hipercolesterolémia familiar (com niveis elevados de LDL)

3) Nusinersen (Spinraza) → Terapia genética


● Aprovado e comercializado em PT
● Uso: Atrofia muscular espinal (Proteína 2 do neurónio motor de sobrevivência - MSN2)
● Na atrofia muscular espinal está ausente a proteína MSN1. Existe outra proteína, a MSN2. A MSN2
difere da MSN1 porque na MSN2 há excisão do exão 7. O antisenso liga-se ao mRNA do MSN2,
impedindo a excisão do exão 7 e assim forma-se MSN1 que estaria em déficit na situação patológica.

4) Miravirsen
● Em estudo, não parece trazer grandes vantagens em PT;
● Capaz de se ligar ao mRNA que codifica para uma proteína essencial à replicação do vírus da hepatite
C (ao nível hepático);
● Avanço grande de antivirais de ação direta (já existe cura para a hepatite C) e por isso não tem grande
vantagem terapêutica.

5) Inotersen
● Aprovado mas não está comercializado;

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


● Para a polineuropatia amilóide familiar;
● Antisenso que limita a tradução da transtirretina;

6) Volanesorsen
● Aprovado mas não está comercializado;
● Antisendo para a hipertrigliceridemia familiar (para inibir a produção de apoliproteína C-III)

Farmacovigilância

Monitorização da segurança dos medicamento biológicos e de biotecnologia


● Obedece aos mesmos requisitos aplicáveis a todos os medicamentos, em geral
- Imunogenicidade → Associada aos medicamentos biológicos
- e de biotecnologia que aumenta a necessidade de rastreabilidade

● PGR (Planos de Gestão de Risco)


● Estudos de segurança pós-autorização → Estudos passe
● Recolha espontânea de reações adversas e RPS (Relatórios Periódicos de Segurança)
● Monitorização adicional

Campos obrigatórios na notificação espontânea:


● Indicação da reação adversa;
● Evolução da reação adversa;
● O medicamento que poderá ter causado a reação; (mas o lote não é obrigatório → mas é necessário
para fazer rastreabilidade)
● Identificação da pessoa que realizou a notificação;

É IMPORTANTE NOTIFICAR MESMO QUE A REAÇÃO ADVERSA JÁ ESTEJA CONTIDA NO RCM! Se a reação for
notificada bastantes vezes, poderá mudar-se a frequência dessa mesma reação no RCM.

Realizado por Inês Silva e Joana Barradas


TUMORES
Recetores Características Medicamentos e mecanismo de Segurança Uso terapêutico
tumorais ação
Recetor do fator Tumores epiteliais têm Cetuximab (Ac quimérico e uma [Cetuximab] reação cutânea tipo Cancro colorretal;
de crescimento sobrexpressão do EGFR IgG1) acneiforme, prurido, pele seca, Carcinoma pavimentocelular
epidérmico (EGFR) (cancro colorretal e do Panitumumab (Ac monoclonal descamação, alterações nas unhas, da cabeça e do pescoço;
(ErbB1 ou HER1) pulmão); Esta proteína humanizado) hipomagnesemia → Esquema pré-
transmembranar tem Necitumumab (Ac monoclonal tratamento com anti histamínicos e Necitumumab: carcinoma do
ligada a tirosina quinase humano →+ recente) corticosteroides para as RA serem pulmão de células não-
que efetua uma cascata de -Ligam-se à região III do recetor mais ligeiras. pequenas
autofosforilação (via de EGFR, impedindo a ligação do [Panitumumab] dor abdominal,
sinalização interna para o EGF. Dá-se a internalização do hipomagnesemia, reação cutânea -O mais imunogénico é o
crescimento celular). Maior recetor, diminuem o nº de tipo acneiforme e outros rashes, panitumumab;
concentração destes receptores EGFR e inibem a cansaço, náusea, vómitos, -Todos provocam
receptores nos tumores dimerização do recetor→ não há diarreia (menos frequente e menor hipomagnesemia.
causa o crescimento ativação da tirosina quinase → gavidade que o cetuximab)
descontrolado não ocorre proliferação celular [Necitumumab] reações cutâneas,
tromboembolismo venoso,
hipomagnesemia
Human epidermal A sua conformação liga um Trastuzumab- região IV do domínio -Disfunção ventricular, insuficiência Cancro da mama HER2
growth factor ligando, o seu estado de Pertuzumab - região II do domínio cardíaca congestiva, positivo;
receptor 2 activação desencandeia (Ac monoclonal humanizado IgG1, -Anemia, leucopenia Cancro gástrico;
transdução de sinal, com a ambos autorizados em PT) - Náuseas, vómitos e diarreia
Inibidores HER2 tirosina quinase e Ligam-se ao domínio extracelular - Estes cancros apresentam
(ErbB2 ou Neu) fosforilações, que irão do HER2, impedem a dimerização uma sobrexpressão de HER2 e
conduzir a um crescimento do mesmo (inibem a tirosina são tumores mais agressivos e
descontrolado. quinase) e por isso diminuem o que não respondem bem a
A conformação do HER2 crescimento descontrolado. Para tratamentos hormonais.
assemelha-se a uma estado além disso, a parte constante
de ativação pelo ligando, também pode ativar o
este estado faz com que o complemento, induzindo assim a
HER2 se ative a ele próprio morte → Citotoxicidade mediada
quando é sobrexpresso. por células.
Vascular Este recetor encontra-se Bevacizumab (Ac monoclonal HTA, perfuração GI, eventos -Bevacizumab (Cancro
Endothelial nos tumores sólidos que humanizado de IgG1) liga-se ao tromboembólicos, hemorragia colorretal Cancro do ovário,
Growth factor sobrexpressam factores fator VEGF e este não se liga ao [Bevacizumab] atrasa a cicatrização Glioblastoma e
(VEGF) – Fator angiogénicos. seu recetor VEGFR2; das feridas (só 28 dias depois do Degenerescência macular →
angiogénico Ramucirumab (Ac monoclonal tratamento é que podem ser aqui é apenas o fragmento do
humano) bloqueia o recetor sujeitos a intervenção cirúrgica). bevacizumab chamado de
Inibidores do VEGF VEGFR2 Ranibizumab →
comercializado para injeção
intravitrea)
-Ramucirumab (cancro
gástrico, cancro do pulmão de
células não-pequenas, cancro
hepatocelular)
Inibidores PD-1 Quando o PD1 se liga ao Nivolumab (Ac monoclonal Rash em doentes com melanoma Melanoma
(programmed cell PD-L1, dá-se uma inibição humano IgG4, recente) Cansaço, dispneia Linfoma de Hodgkin
death PD-1) do sistema imunitário. Pembrolizumab (Ac monoclonal Náuseas, obstipação Cancro do pulmão de células
humanizado IgG4) Redução do apetite não-pequenas
PD-1 está no LT Bloqueiam o PD1 do linfócito T Carcinoma das células renais
citotóxico CD8 CD8 e impedem que este se ligue Carcinoma das células
ao PDL1 da célula tumoral, escamosas da cabeça e do
fazendo com que o tumor não pescoço
conseguida inibir a resposta Carcinoma urotelial
imunitária.
Antagonistas do Quando o PD1 (da célula T) Atezolizumab (Ac monoclonal [Cancro do pulmão] cansaço, Cancro do pulmão das células
PD-L1 se liga ao PD-L1 (do tumor), humanizado de IgG1) redução do apetite, dispneia, tosse, não-pequenas
dá-se uma inibição do Durvalumab (Ac monoclonal náusea, dor musculo-esquelética, Cancro urotelial
sistema imunitário. humano de IgG1) obstipação
Estes ligam-se ao PD-L1 do tumor [Cancro urotelial] infeção do trato
e este não se consegue ligar ao urinário
PD-1 da célula T, fazendo com
que a resposta imunitária não
seja inibida.
Inibidores do CD- Antigénio expresso em Rituximab (Ac quimérico) →Pode -Reações à infusão (Febre, arrepios, Linfoma não Hodgkin
20 células B. Quando há haver resistência irritação da garganta, urticária e Linfoma das células B
linfomas destas células, Liga-se ao CD20, induz uma hipotensão ligeira): dar anti- Leucemia linfocítica crónica
Linfócitos B têm na estes Ag estão alteração conformacional da histaminos e paracetamol e em Doenças autoimunes (ex.:
sua superfície o subexpressos (em menor fração constante e podem haver ultimo caso glucocorticóides, em artrite reumatoide, esclerose
recetor CD20 quantidade). 3 mecanismos: pré-medicação múltipla)
-Destruição da célula por
apopotose; -Síndrome de Stevens-Johnson
-Citotoxicidade dependente de (erupções cutâneas que podem levar
complemento; a sepsis e falência de órgãos, em
-Citotoxicidade mediada por situações limite)
células dependentes de
antigénios (macrófagos, células -Reativação da hepatite B viral
NK) (devido à debilitação do organismo)
(últimos 2: CDC e ADCC)

-Combinação Rituximab+
ibritumomab tiutexano (tem
radioisótopo)

Anticorpos Nas células dos blastos Gemtuzumab ozogamicina -Hemorragia Leucemia mielóide aguda
monoclonais leucémicos mieloides, (imunotoxina) -Hepatotoxicidade
conjugados temos o recetor CD33 Este liga-se ao CD33, entra por -Infeções
expresso na sua superfície. endocitose e as protéases vão
(comercializado em libertar a toxina que existe no
PT mas não nos Gemtuzumab (a caliqueamicina),
EUA) que vai interagir com o genoma e
provoca a morte da célula
tumoral. (ADCC e CDC).

Fator angiogénico → Fator de crescimento endotelial vascular: induzem a formação de novos vasos para alimentar e nutrir o tumor e permitem assim o seu
desenvolvimento, diferenciação e metastização
Rituximab + Ibritumomab tiutexano (Ac monoclonal que tem ligado a si um radioisótopo que transporta energia radioativa e ao encontrar a célula tumoral vai provocar-lhe a morte)
-Esta combinação serve para aumentar a reatividade às células tumorais
- Administra-se primeiro o rituximab (1 semana antes), este mata células tumorais e alguns linfócitos B;
-Depois administra-se o ibritumomab e a sua reatividade (toxicidade) vai estar mais dirigida para as células tumorais.
Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Apresentação da disciplina
2019/2020

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
4 de fevereiro de 2020
Sumário
— Objetivos globais de aprendizagem
— Programa global (aulas teóricas e teórico-práticas)
— Carga horária da disciplina
— Calendário previsto
— Bibliografia
— Regime de avaliação

— Questionário prévio sobre a Unidade Curricular

— Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia - Introdução

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Objetivos globais
de aprendizagem
— Reconhecer as oportunidades de intervenção terapêutica pelo uso de
medicamentos biológicos e de biotecnologia
— Descrever as novas técnicas biológicas para a conceção e desenvolvimento
farmacêutico de medicamentos e terapias celulares somáticas
— Explicar as particularidades aplicáveis à produção de medicamentos de
biotecnologia
— Descrever as exigências regulamentares de qualidade para garantia da
segurança (toxicológica e biológica) e eficácia dos medicamentos de
biotecnologia
— Identificar e explicar as aplicações terapêuticas dos medicamentos biológicos
e de biotecnologia
— Descrever e explicar casos paradigmáticos de medicamentos de biotecnologia
— Analisar as perspetivas de evolução desta área científica

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Programa global
Aulas teóricas
— Introdução aos medicamentos biológicos e de biotecnologia. Importância do
ponto de vista clínico e económico
  Medicamentos “químicos” vs biológicos/biotecnologia
  Medicamentos biológicos vs biotecnológicos

— Particularidades da preparação
  Desenvolvimento farmacêutico e desenvolvimento clínico
  Produção industrial

— Regulamentação aplicável
— Aplicações terapêuticas
  Medicamentos biológicos e de biotecnologia
  Novos medicamentos (ex.: aptâmeros)

— Biossimilares, biosuperiores e medicamentos experimentais


— Terapias avançadas
— Farmacovigilância – Particularidades destes medicamentos
— Perspetivas de evolução futura
— Avaliação de conhecimentos

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Programa global
Aulas teórico-práticas
— Estudar e apresentar casos paradigmáticos de
medicamentos de biotecnologia

— Avaliação de conhecimentos

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Carga horária da disciplina
— ECTS: 6
— Nº horas em aula: 42 h (Terça e Quarta-feira)
— Tempo de trabalho total do aluno: 168 horas

30 12
Teóricas Teórico-práticas

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Disponibilização de materiais
— Tutoria UAlg

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Bibliografia principal
— Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B.
Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and
applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019 (ISBN: 978-3030007096)

— Outros:
  European Medicines Agency - EMA
(https://www.ema.europa.eu)
  Vaccines, blood and biologics - FDA
(https://www.fda.gov/BiologicsBloodVaccines/defaul
t.htm)
  European Pharmacopoeia (https://www.edqm.eu)
  Diretivas Europeias
(https://ec.europa.eu/health/human-use)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Bibliografia adicional
— Glick BR, Patten CL. Molecular biotechnology – Principles
ans Applications of Recombinant DNA. ASM Press, 5th
Edition, 2017 (ISBN: 9781555819361)
— Bhatia S., Goli D. Introduction to Pharmaceutical
Biotechnology, Volume 1: Basic techniques and concepts
(2018). IOP Publishing, 1st edition (ISBN: 978-0750313001)
— Bhatia S. Introduction to Pharmaceutical Biotechnology,
Volume 2: Enzymes, proteins and bioinformatics (2018).
IOP Publishing, 1st edition (ISBN: 978-0750313032)
— Bahtia S. Introduction to Pharmaceutical Biotechonology,
Volume 3: Animal tissue culture and biopharmaceuticals
(2019). IOP Publishing, 1st edition (ISBN: 978-0750313483)
— Plotkin S.A., Orenstein W.A. (2017). Plotkin’s Vaccines, 7th
edition (ISBN: 978-0323357616)

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Regime de avaliação
— Componente teórica: 70%
  Avaliação contínua por exame final

— Componente teórico-prática: 20%


  Trabalho sobre caso paradigmático de medicamento de
biotecnologia

— Assiduidade: 10%
  Aulas teóricas e teórico-práticas (igual peso)

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Particularidades da avaliação
— Classificação final
  Média ponderada das 2 componentes (T, TP), sendo que em
todas a nota tem de ser obrigatoriamente positiva (> 9,5 valores)

— Desrespeito da data de apresentação


  1 dia a mais = 1 valor a menos

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Calendário das avaliações
Componente Data Horário
Teórica
Exame final ~Jun. 2019 -
Exame de recurso ~Jun. 2019 -
Teórico-prática
Apresentação em sala do caso Variável -

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Contactos

—
Mónica Condinho

— mlcondinho@ualg.pt

— 915 007 474

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Questionário prévio à UC

—
A vossa opinião é muito importante!

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Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Introdução

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
4 de fevereiro de 2020
Medicamento
— “Toda a substância ou associação de substâncias
apresentada como possuindo propriedades curativas ou
preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus
sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser
humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou,
exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou
metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções
fisiológicas”

Estatuto do Medicamento. Decreto-Lei nº 176/2006 de 30 de Agosto


(Transposição da Diretiva Europeia 2001/83/CE, de 6 de Novembro, alterada pela Diretiva 2004/27/CE, de 31 de Março)

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Biotecnologia
— Karl Ereky, 1917
  “All lines of work by which products are produced from raw materials
with the aid of living things”

— Carl Göran Hedén, 1961


  Journal of Microbiological and Biochemical Engineering and
Technology à Biotechnology and Bioengineering

— “The application of scientific and engineering principles to the


processing of material by biological agents to provide goods and
services”

— Microbiologia, genética, bioquímica, imunologia, biologia celular,


engenharia química, ...
Biologia molecular, tecnologia de DNA recombinante...
Adaptado de Glick BR, Patten CL. Molecular biotechnology – Principles ans Applications of Recombinant DNA. ASM Press, 5th
Edition, 2017

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Biotecnologia
Aplicações
— Classificação de acordo com o Congresso Europeu de
Biotecnologia (2005)

Adaptado de Biotecnologia. Caracterização do Setor, Portugal, 2013. Disponível em


https://www.cienciaviva.pt/img/upload/Biotecnologia_Caracterização%20do%20sector%202013.pdf (último acesso em 28 de janeiro de
2020)

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Biotecnologia
Âmbito da saúde
— Diagnóstico molecular e biossensores

— Engenharia celular e de tecidos

— Proteínas recombinantes e anticorpos monoclonais

— Terapia genética

— Novos alvos terapêuticos, novos fármacos e novas vacinas

— Novos sistemas de administração de fármacos e vacinas

— Genética de populações e farmacogenética


Adaptado de Biotecnologia. Caracterização do Setor, Portugal, 2013. Disponível em
https://www.cienciaviva.pt/img/upload/Biotecnologia_Caracterização%20do%20sector%202013.pdf (último acesso em 28 de janeiro de
2020)

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Medicamento biológico
Medicamento de biotecnologia
— Medicamento
  Toda a substância ou associação de substâncias apresentada como
possuindo propriedades curativas...

— Medicamento biológico
  Substância de extração de organismo não modificado (Vírus, soro, toxina,
toxoide, sangue, derivado de plasma, etc.) apresentada como ...

— Medicamento de biotecnologia
  Produto obtido de organismo geneticamente modificado (tecnologias de
DNA recombinante ou hibridomas) apresentado como ...

... possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres


humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser usada ou administrada no
ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo
uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou
modificar funções fisiológicas.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Vantagens da biotecnologia
desenvolvimento de novos medicamentos

— Conceção de novos medicamentos com maior eficácia e


especificidade e, consequentemente, menos efeitos adversos

— Maior controlo sobre o processo de fabrico

— Permite direcionar a terapêutica para doenças específicas e


grupos de doentes (terapia genética)

— Permite a produção em larga escala

Apifarma. Disponível em https://www.apifarma.pt/apifarma/areas/biotecnologia/Paginas/Medicamentosbiotec.aspx (último


acesso em 28 de janeiro de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Proteínas terapêuticas iniciais
— 1890 – von Behring anti-soro para difteria e tétano de coelhos
e cavalos imunizados
  Nobel 1901

— 1920 – Banting and Best – Insulina de pâncreas de porco e


vaca
  Nobel 1923
  + 3 anos – insulina porcina industrializada (Eli LiLLy)

— 1982 – Insulina humana recombinante industrializada (Eli


Lilly)

Crommelin D.J.A., Sindelar R.D., Meibohm, B. (2019). Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications, 5th
ed., Springer

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Do gene à proteína

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 4 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Importância e principais características

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
5 de fevereiro de 2020
Sumário
— Importância
  Ponto de vista económico e terapêutico

— Medicamentos ”Químicos” VS Biológicos/Biotecnológicos

— Medicamentos Biológicos / Biotecnológicos


  Vantagens relativas

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos de biotecnologia
Ponto de vista económico
— Clonadas mais de um milhar proteínas com potencial
terapêutico no Homem
  ~800 em ensaios clínicos
— ~100 substâncias recombinadas aprovadas para uso clínico
nos USA e EU
— Negócio das Farmacêuticas
  2003: 37.000 milhões (US $)
  2007: 80.000 milhões (US $)
  2018: 237.000 milhões (US $)
  2024: 389.000 milhões (US $)

PIB Portugal (2018) - Crescimento constante de


201.000 milhões euros 12% ao ano

MarketReports.com / Ernst & Young / www.mordorintelligence.com


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Empresas farmacêuticas de
biotecnologia
— 1. Amgen
$126.5 billion
Nasdaq (AMGN)
Up 3.1%
— 2. Novo Nordisk
$103.5 billion (DKK 692.3 billion)
Nasdaq Copenhagen (NOVOB)
Up 27.1%
— 3. CSL
$80.3 billion (A$115.9 billion)
ASX (CSL)
Up 33.2%
— 4. Gilead Sciences
$80.0 billion
Nasdaq (GILD)
Down 13.4%
— 5. Celgene
$76.0 billion
Nasdaq (CELG)
Up 51.7%
Disponível em https://www.genengnews.com/a-lists/top-25-biotech-companies-of-2019/ (último acesso em 28 de janeiro de
2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos
biotecnológicos

— 10-15%
Mercado Farmacêutico

— + 1/5
dos novos medicamentos lançados no mercado mundial a
cada ano são derivados da biotecnologia

Apifarma. Disponível em https://www.apifarma.pt/apifarma/areas/biotecnologia/Paginas/Medicamentosbiotec.aspx (último


acesso em 2 de fevereiro de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Empresas biofarmacêuticas
Europeias (1/2)

Disponível em https://www.ebe-biopharma.eu/membership/ (último acesso em 28 de janeiro de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Empresas biofarmacêuticas
Europeias (2/2)

Disponível em https://www.ebe-biopharma.eu/membership/ (último acesso em 28 de janeiro de 2020)

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Top 10 prescrições
(USA, 2018)
# Substância ativa
1 Lisinopril
2 Levotiroxina
3 Atorvastatina
4 Metformina
5 Sinvastatina
6 Omeprazol
7 Amlodipina
8 Metoprolol
9 Acetominofeno
10 Salbutamol
Fuentes AV, Pineda MD, Venkata KCN. Comprehension of Top 200 Prescribed Drugs in the US as a Resource for Pharmacy
Teaching, Training and Practice. Pharmacy (Basel). 2018 May 14;6(2). pii: E43. doi: 10.3390/pharmacy6020043.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Top 10 prescrições
(Portugal, jan-abr 2019)

Meio ambulatório. Monitorização do consumo de medicamentos jan-abr 2019. Infarmed. Abril 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Top prescrições
Despesa (USA, 2018) (1/2)

Schumock GT, Stubbings J, Hoffman JM, et al. National trends in prescription drug expenditures and projections for 2019. Am J
Health Syst Pharm. 2019 Jul 18;76(15):1105-1121. doi: 10.1093/ajhp/zxz109

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Top prescrições
Despesa (USA, 2018) (2/2)

Schumock GT, Stubbings J, Hoffman JM, et al. National trends in prescription drug expenditures and projections for 2019. Am J
Health Syst Pharm. 2019 Jul 18;76(15):1105-1121. doi: 10.1093/ajhp/zxz109

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Top vendas
(USA, 2017-2018)

Disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_largest_selling_pharmaceutical_products (último acesso em 1 de fevereiro


de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Receitas, R&D, Lucros e
prejuízos (2006)

Reuters Global Fundamentals via FactSet Research Systems, company reports, Nature Biotechnology

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Mercado das
biofarmacêuticas - Países

Public biotech 2007—the numbers, Nature Biotechnology volume 26, pages 753–762 (2008)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Mercado das farmacêuticas -
Países

https://www.solicitousindia.com/industry-overview.html

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos
Químicos vs Biológicos
— Químicos
VS
— Biológicos e biotecnológicos
  Natureza proteica
  Peso molecular elevado
  Sequência primária particular
  Modificações pós-tradução, localização tecidular
  Estruturas secundária e terciária complexas
  Atividade biológica dependente da estrutura

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Natureza proteica
Peso molecular

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos
Químicos vs Biológicos
— Químicos
VS
— Biológicos e biotecnológicos
  Natureza proteica
  Peso molecular elevado
  Sequência primária particular
  Modificações pós-tradução, localização tecidular
  Estruturas secundária e terciária complexas
  Atividade biológica dependente da estrutura
  Adaptabilidade funcional
  Variabilidade biológica

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Variabilidade biológica

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos
Químicos vs Biológicos
— Químicos
VS
— Biológicos e biotecnológicos
  Natureza proteica
  Peso molecular elevado
  Sequência primária particular
  Modificações pós-tradução, localização tecidular
  Estruturas secundária e terciária complexas
  Atividade biológica dependente da estrutura
  Adaptabilidade funcional
  Variabilidade biológica
  Potencial infecciosidade

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Exemplos
— Químicos (síntese industrial)
  Paracetamol (C8H9NO2)
  Aciclovir (C8H11N5O3)

— Biológicos (extração)
  Factores de coagulação (Factor VIII, IX, ...)
  Vacina viral ou bacteriana (DTP,...)
  Insulina porcina

— Biotecnológicos (rDNA)
  Insulina humana
  Eritropoietina

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Biológicos <> Biotecnológicos
Vantagens relativas
Extração DNA recombinante
Disponibilidade do produto Ö
Segurança biológica Ö
Excipiente albumina Humana Ö
Pureza Ö
Eficácia (heterogeneidade) Ö
Agregados, degradados Ö
Custo Ö

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Biológicos “naturais”

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Produtos “naturais”
modificados

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 5 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Desenvolvimento Tecnológico e
Processo Geral de Fabrico
Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
11 de fevereiro de 2020
Sumário
— Desenvolvimento

— Processo geral de fabrico


  Descrição sumária (vídeo)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Desenvolvimento
Novos medicamentos
— Em biotecnologia
  Ex.: Vacina para a hepatite B

Desenvolvimento
Identificação do Pesquisa da
da proteína
alvo terapêutico estrutura
terapêutica

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Interação com a célula

Goodman & Gilman’s. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 12th Edition


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Mais-valia das
proteínas recombinantes
— Facilidade de obtenção
— Sem limitação na quantidade disponível
— Mecanismo de ação bem conhecido e estudado

Fonte da imagem: Goodman & Gilman’s. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 12th Edition

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Potencialidade dos medicamentos
de biotecnologia (1/2)
— Sequenciação genoma humano (2000)
  Conhecimento da sequência
de “todas” as proteínas humanas

— Estima-se que existem 3000 a 10 000


novos alvos terapêuticos

— A potencialidade não se esgota aqui...

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Desenvolvimento. Universidade de Évora 2019


Fonte da imagem: dreamstime.com

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Potencialidade dos medicamentos
de biotecnologia (2/2)
— Desenho de moléculas que podem interferir com uma
determinada proteína
  Bloquear a proteína
  Impedir que a proteína se ligue ao recetor

—
Interação com outros alvos que não o alvo terapêutico

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Desenvolvimento
Estratégia
Molécula Estudos de homologia /
candidata complementariedade

Célula alvo

Ensaios Estudos Ensaios


clínicos em animais “in vitro”

— Quantidade de dados vs Valor

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Desenvolvimento. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Exemplos (1/3)
— Hormona do crescimento
  Somatropina
  Proteína produzida por tecnologia de DNA recombinante, em E. Coli

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Desenvolvimento. Universidade de Évora 2019


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Exemplos (2/3)
— Tumor Necrosis Factor-⍺

Cys-Asn-Gly-Arg-Cys-Gly (CRGNC)

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Desenvolvimento. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Exemplos (3/3)
— Fibrose quística
  Dornase alfa (DNase)
  Proteína humana desoxirribonuclease 1 glicosilada e fosforilada,
produzida por tecnologia de DNA recombinante em linha de células
de ovário de hamster chinês CHO A14.16-1 MSB #757

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Desenvolvimento. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Processo geral de fabrico

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=w3MWkpox-Yo (último acesso de 8 de fevereiro de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Processo geral de fabrico e Culturas celulares

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
12 de fevereiro de 2020
Sumário
— Processo geral de fabrico
  cGMP
  Instalações
  Documentação

— Sistemas de expressão
  Culturas de células

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Processo de fabrico
A importância da atualização
— Elevados padrões de qualidade

— Informação mais atualizada


  Novos medicamentos
  Medicamentos já comercializados

— Consistência

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Garantia de qualidade
— Desenho da instalação fabril

— Matérias-primas usadas no fabrico

— O processo de fabrico

— Qualificação e motivação do pessoal

— Enquadramento regulamentar

Farmacopeia?

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Processo Geral de Fabrico. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Boas práticas de fabrico
(cGMP)
— Current Good Manufacturing Pratices (cGMP)
  Desenho, monitorização, controlo e manutenção do processo de
fabrico
  Abrangem todas as etapas da produção

  Sistemas de gestão da qualidade robustos


  Procedimentos operacionais standard
  Deteção de desvios de qualidade no produto
  Manutenção da fiabilidade dos testes laboratoriais

— Previnem contaminações, falhas no processo e asseguram os


padrões de qualidade

— cGMP = requisitos mínimos


  Empresas biotecnologia
Adaptado de
FDA: Disponível em https://www.fda.gov/drugs/pharmaceutical-quality-resources/current-good-manufacturing-practice-cgmp-regulations
EMA: Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/human-regulatory/research-development/compliance/good-manufacturing-practice
(último acesso em 9 de fevereiro de 2020

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


cGMP
Importância
— Qualidade

— Segurança

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


cGMP
Regras gerais
— Gestão da Qualidade
— Pessoal
— Instalações e equipamentos
— Documentação que tem de existir. Tem de estar tudo documentado e registado
— Produção de acordo com a documentação.
— Controlo de qualidade
— Contratos para fabrico e análise Fazer testes laboratoriais noitras instituições.
— Queixas e retiradas do mercado
— Autoinspeção auditorias internas para a segurança da própria empresa.

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Processo Geral de Fabrico. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Instalações
— Sala “limpa”
  Estéril (Pressão positiva) pressão positiva com injeção do ar. O que está detro sao, mas o ar de fora naõ entra.
Filtros HEPA utilizados nestas salas limpas.
  Limpeza e desinfeção
  Acesso de pessoal

— Sistema de água
  Purificada
  Injetáveis

— Armazéns no inicio só têm as materias primas e no final só têm o produto final.

  Matéria-prima
  Produto acabado

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Processo Geral de Fabrico. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Documentação
— Registos exaustivos

— Prevenção de erros

— Traçabilidade e história de fabrico de cada lote

— Reprodutibilidade do processo de fabrico


  Cada ciclo de fabrico deve cumprir as especificações

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Processo Geral de Fabrico. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


cGMP
Documentação obrigatória
— Standard Operating Procedures (SOP)

— Especificações

— Fórmulas de fabrico, processamento e embalagem

— Registos

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Processo Geral de Fabrico. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Processo geral de fabrico
Exemplo ”real”

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=uZUnd1OSXck (último acesso em 9 de fevereiro de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Sistemas de expressão
— Células procariotas Seleção de sistemas de expressão vai depender dos custos,
da natureza e da origem da proteína, da utilidade
— Células eucariotas terapêutica e da quantidade.
  Leveduras
Muitas células procariotas não conseguem fazer as modificações pós
  Fungos tradução para ter a proteína que quero e também a estrutura.
  Plantas
  Insetos
  Mamífero

— Animais transgénicos
  Ex.: Antitrombina III (produzida no leite de cabra transgénica por
tecnologia de DNA recombinante)

— Seleção do sistema de expressão

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Culturas de células (1/2)
— Células procariotas
  Ex.: E. Coli conseguem fazer a tradução mas não a glicosilação.

— Células eucariotas
  Leveduras insulina e vacina da Hepatite B. Insulina tem duas pontes de dissulfureto, a célula que vai ser
hospedeiro tem de ter a capacidade de formar pontes de
  Ex.: Saccharomyces cerevisiae dissulfeto.
  Fungos
  Insetos
  Ex.: Baculovirus
  Mamífero
  Ex.: células do ovário de hamster chinês Omalizumab

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Culturas de células (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 12 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Culturas celulares (cont.) e Produção

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
18 de fevereiro de 2020
Sumário
— Sistemas de cultura
  Crescimento
— Requisitos para cultura de células
  Meio de cultura
  Condições de cultura
— Monitorização do processo de cultura
— Produção
  Fermentadores / Bio-reatores

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Sistemas de cultura
Crescimento
— Monolayer

— Suspensão

— Aprisionada em matrizes

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Tipos de células
— Estaminais

— Precursoras

— Diferenciadas
  Epiteliais
  Linfoblásticas
  Fibroblásticas

Células
desdiferenciadas

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Culturas Celulares. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Requisitos
para cultura de células
— American Type Culture Collection (ATCC)

— Equipamento
  Assepsia

— Meio de cultura
  Simples

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Culturas Celulares. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Meio de cultura
Meio Minimo Essencial - conj minimo de nutrientes onde se
— Meio basal adiciona outros nutrientes para o crescimento.
  Eagle’s minimal essential médium (MEM)

— Antibióticos
— Indicador de pH
— Tripsina
Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Condições de cultura
— Agitação
— pH
— Oxigénio
— Temperatura
— Densidade
  104 /cm2 ; 105 /mL
— Área de contacto
— Fase de crescimento

Adaptado de
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Culturas Celulares. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Monitorização do processo
Avaliação das culturas
— Observação microscópica

— Crescimento celular não definimos como vai ser o crescimento

— Eficiência do plaqueamento quantas células tenho a crescer e a morrer.

— Expressão de funções celulares EX: do metabolismo das células há produção de uma enzima e se
houver concentração igual ao previsto do processo de
desenvolvimento tecnologico, então está tudo bem.

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Culturas Celulares. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Monitorização do processo
Avaliação das células
— Contagem (caracterização na fase de desenvolvimento)
  Células totais

  Células viáveis
  Recurso a corante identificamos as céluas viáveis através de um corante azul tripano.
Este corante esta nas células-> as celulas ficam azuis se estiverem mortas;
as celulas não ficam coradas se estiverem viáveis.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Produção
— Fermentadores
  Bactérias e fungos

— Bio-reatores
  Células de mamífero
  Células de insetos

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Bio-reatores (1/3)
a. Stirred tank
b. Airlift
c. Fixed bed
d. Membrane bioreactors

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Produção (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
19 de fevereiro de 2020
Sumário
— Produção
  Fermentadores / Bio-reatores
— Protocolos de fermentação
— Preservação das células
— Ressuscitação das células

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Bio-reatores (2/3)
a. Stirred tank
b. Airlift
c. Fixed bed
d. Membrane bioreactors

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Bio-reatores (3/3)
a. Stirred tank
b. Airlift
c. Fixed bed
d. Membrane bioreactors

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Produção
— Fermentadores
  Bactérias e fungos

— Bio-reatores
  Células de mamífero
  Células de insetos

— Sistemas de cultura
  Monolayer vs Suspensão

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Protocolos de fermentação
(1/2)

— Batch
  Adição do volume total de meio
  Sem suplemento adicional
  Produto acumula-se no bio-reator
— Fed-batch
  Adição de meio gradualmente
  Produtos acumula-se no bio-reator
— Perfusão
  Meio continuamente substituído por “novo” meio (recurso a uma
membrana)
  Produto é retido (pela membrana) no bio-reator durante o
processo

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Protocolos de fermentação
(2/2)

— Fase de adaptação

— Fase de crescimento exponencial


  Precoce
  Médio
  Tardio

— Fase estacionária

— Fase de morte

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Preservação das células
recombinantes
— Bancos de células
  Estabilidade da construção
  Consistência na produção

— Criopreservação
  Formação de cristais de gelo (DMSO; glicerol)
  Choque osmótico (1ºC/min até -70ºC)
  Longa duração em azoto liquido (-196ºC)

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Culturas Celulares. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Ressuscitação
das células congeladas
— Elevada percentagem de células destruídas na
criopreservação

— Ressuscitação
  Por cada ciclo de produção à 1 ampola com células
criopreservadas
  Rápido aquecimento à temperatura ambiente
  Diluição do crioprotetor em meio pré-aquecido

— Fermentação industrial
  Ciclos de pré-amplificação das células antes da produção
industrial

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Purificação da substância ativa

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
19 de fevereiro de 2020
Sumário
— Purificação da substância ativa
  Operações básicas
  Processos de separação
  Contaminantes

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


No final da fermentação...
— Onde está a proteína produzida?
  No interior das células
  Na membrana das células
  No sobrenadante

— À escala laboratorial
  Centrifugação

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Purificação da substância ativa
Operações básicas
tagencial para separar células de sobrenadante
Filtração
Ressuspensão
das células
Concentração

Cromatografia de afinidade
Purificação inicial

Purificação intermédia Cromatografia de exclusão molecular

Cromatografia por troca iónica para eliminar


Purificação final impurezas que ainda possam existir

Esterilização /
Formulação
Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Purificação da substância ativa
Cromatografia
— Cromatografia de afinidade
  Concentra na coluna a substância ativa

— Cromatografia de exclusão molecular

— Cromatografia de troca iónica


  Eliminar impurezas

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Purificação da substância ativa
Processos de separação

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Contaminantes

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Contaminantes
Vírus
— Podem ser introduzidos
  Pelo meio de cultura (nutrientes)
  Por infeção na linha celular de produção
  Durante o processo de produção (manuseamento humano)

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Contaminantes
Bactérias, DNA celular
— Bactérias
  Filtração simples

  Prevenir a contaminação durante a produção


  Esterilização do ambiente
  Adição de ATB no meio de cultura
— Pirogénios (endotoxinas de bactérias gram-negativas)
  Cromatografia de troca iónica

— DNA celular
  Células de mamífero (oncogenes)
  Protocolos de purificação rigorosos (ex.: PCR)

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Formulação da substância ativa e produto final

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
26 de fevereiro de 2020
Sumário
— Formulação da substância ativa a granel
— Produto final
— Vias de administração

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Formulação da substância
ativa a granel (1/2)
— Considerações microbiológicas
  Esterilidade: “Esterilização final”
  Descontaminação viral
  Remoção de pirogénios

Adaptado de
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Formulação da substância
ativa a granel (2/2)
— Excipientes (Ex.: utilizados na formulações parentéricas)

Dar como excipientes para


promover estabilidade:
- Promotores da solubilidade
-Solução tampão para
garantir o pH da solução
aquosa
-Agentes antiagregantes
-Agentes antiadsorvantes

— Conservação
  Refrigeração (a 4ºC)
Adaptado de
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Produto final
— Enchimento automático dos frascos / ampolas / seringas
pré-cheias
  Filtração estéril imediatamente antes
— Liofilização
— Fechar e rotular embalagem primária
— Distribuição pelas embalagens secundárias
— Controlo de qualidade
— Comercialização / utilização clínica

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Purificação da substância ativa. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Vias de administração
— Parentérica maior biodisponibilidade mas é invasiva

— Oral O estomago vai degradar a proteína (digestão)-> Biodisponibilidade muito baixa. E a


  Vacinas orais permeabilidade gastrointestinal não é para moléculas tão grandes. Contudo VACINA ROTAVIRUS é
administrada assim porque é suficiente que poucos fragmentos cheguem às placas de Peyer's no
intestino para encontrarem os linfócitos e desenvolver imunidade.

— Outras vias alternativas


  Nariz, pulmões, reto, cavidade oral, pele

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Vias de administração
alternativas (1/2)

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Vias de administração
alternativas (2/2)
— Estratégias para aumentar a biodisponibilidade das proteínas

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho
Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Farmacocinética e farmacodinâmica
das proteínas terapêuticas
Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
26 de fevereiro de 2020
Sumário
— Farmacocinética e farmacodinâmica
  Princípios gerais
  Desafios das proteínas terapêuticas

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Farmacocinética e Farmacodinâmica
Princípios gerais (1/2)

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Farmacocinética e Farmacodinâmica
Princípios gerais (2/2)

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Farmacocinética e Farmacodinâmica
Proteínas terapêuticas
— Estrutura e pureza
— Similaridade estrutural e funcional com proteínas e nutrientes
endógenos
— Envolvimento em processos fisiológicos a nível molecular
incluindo, muitas vezes, mecanismos de feedback
— Elevado peso molecular

— Desafios analíticos para identificar e quantificar as proteínas


terapêuticas na presença de moléculas similares

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Farmacocinética
Proteínas terapêuticas
— Absorção
  Via de administração
— Distribuição
  Tamanho e peso molecular

— Eliminação
  Proteínas endógenas / provenientes da dieta

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de fevereiro de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos de
Biotecnologia
CONCESSÃO DE AIM
Carlos Sinogas, 2019/20
AIM (MA)
• Concessão de
AIM - Autorização de Introdução no Mercado
Medicamentos de Biotecnologia

MA – Markting Authorisation
2019/20

• Pressupõe a avaliação, considerada adequada, da:


• Eficácia
• Segurança
Carlos Sinogas

• Qualidade

• Responsabilidade das Autoridades de Saúde


Proteção da saúde pública
• Avaliação preliminar para
Medicamentos de Biotecnologia

• Concessão da AIM
2019/20

(Avaliação do risco/benefício)

• Vigilância na utilização
Carlos Sinogas

Regulamentação exaustiva
Parâmetros a avaliar (biotec)

• Qualidade farmacêutica
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Segurança toxicológica

• Eficácia clínica
Carlos Sinogas

• Segurança biológica (viral)


Exigências regulamentares
• Dossier CTD
Medicamentos de Biotecnologia

(Common Technical Document)


2019/20

• ICH – International Conference on


Harmonization
Carlos Sinogas

(Europe, USA, Japão,...)


Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

CTD (Common Technical Document)


Qualidade
• Processo de fabrico
Medicamentos de Biotecnologia

• Descrição
2019/20

• Validação

• Fabrico da substância ativa


(Drug Substance)
Carlos Sinogas

• Fabrico do produto acabado


(Drug Product)
Substância Ativa
• Informação geral
Medicamentos de Biotecnologia

• Caraterização
2019/20

• Fabrico e Controlo (validação)


• Controlo da substância ativa (especificações)
• padrões de referência
Carlos Sinogas

• Estabilidade
Particularidades medicamentos de Biotecnologia
– Substância ativa
• Fabrico
• Numeração dos lotes;
Medicamentos de Biotecnologia

• “pooling”;
2019/20

• Desenvolvimento da linha celular;


• Perfis de eluição de colunas e filtros
• Validação viral

• Caracterização
Reacções pós-tradução;
Carlos Sinogas


• Heterogeneidade;
• Bioactividade;
• Imunogenicidade
Produto final
• Descrição e Composição
Medicamentos de Biotecnologia

• Desenvolvimento farmacêutico
2019/20

• Fabrico e controlo (validação)


• Controlo do produto final (especificações)
• Padrões de referência
Carlos Sinogas

• Estabilidade
Particularidades medicamentos de Biotecnologia
– Produto final
• Fabrico
Medicamentos de Biotecnologia

• Validação viral
2019/20

• Componentes de origem biológica

• Estabilidade
• Ensaios a tempos e temperaturas reais
Carlos Sinogas
Agentes infeciosos adventícios
• Certificados de adequabilidade TSE/BSE
Medicamentos de Biotecnologia

• Libertação, em processo, dos bancos celulares


2019/20

• Estudos de inativação e remoção viral

• História das contaminações das instalações


Carlos Sinogas

• Análise de risco de excipientes e/ou reagentes de origem biológica


Quality by design (QbD)
• Novo conceito de garantia prévia da qualidade, com avaliação do
“risco de qualidade”.
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Com base no conhecimento:


• Do processo
• Do produto
Carlos Sinogas

• Qualificação e validação posterior, durante o processo industrial de


fabrico autorizado.
Medicamentos experimentais
(Ensaios clínicos no Homem)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Descrição do processo de fabrico

• Segurança viral (teórica)

• Validação dos passos críticos do fabrico


Carlos Sinogas

• Estabilidade reduzida (validade deduzida)


Medicamentos de
Biotecnologia
ASPETOS REGULAMENTARES
(rDNA)
Carlos Sinogas, 2019/20
Tecnologia de rDNA
• Sequências nucleotídicas, naturais ou sintéticas, inseridas em
vectores apropriados para expressão controlada em células
Medicamentos de Biotecnologia

procarióticas ou eucarióticas
2019/20

• Exemplos:
• Produtos difíceis de preparar (insulina humana)
• Produtos em quantidades insuficientes (EPO)
• Produtos mais seguros (factores de coagulação)
Carlos Sinogas

• Produtos modificados (MAbs - Fab)


• Novos produtos (vac. HBV, HIV)
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Expressão de uma proteína


Exigências regulamentares
• Definidas para os medicamentos de Biotecnologia e Anticorpos
Monoclonais
Medicamentos de Biotecnologia

• Aplicáveis a todos os biológicos (com adaptações)


2019/20

• QUALIDADE
• Consistência na produção
• Segurança biológica na utilização
• SEGURANÇA
Carlos Sinogas

• Reações adversas aceitáveis


• EFICÁCIA
• Resultados clínicos pretendidos
Guidelines mais relevantes (1/2)
• Guideline rDNA (EMA / ICH)
Medicamentos de Biotecnologia

• Production and quality control of medicinal products derived by


recombinant DNA technology (1/7/95)
2019/20

• ICH Q5B Analysis of the expression construct in cell lines used for production
of rDNA-derived protein products (1/6/96)
• ICH Q5D Derivation and characterisation of cell substrates used for
production of biotechnological/biological products (31/3/98)
• ICH Q6B Specifications: test procedures and acceptance criteria for
Carlos Sinogas

biotechnological/biological products (1/9/99)


Guidelines mais relevantes (2/2)
• Validação viral (EMA / ICH)
Note for guidance on vírus validation studies: the design, contribution and
Medicamentos de Biotecnologia


interpretation of studies validating the inactivation and removal of viruses
2019/20

(CPMP/BWP/268/95)
• Note for guidance on quality of biotechnological products: viral safety
evaluation of biotechnology products derived from cell lines of human or
animal origin (CPMP/ICH/295/95)
• TSE / BSE (EMA)
Carlos Sinogas

• Minimising the risk of transmitting animal spongiform encephalopathy


agents via human and veterinary medicinal products (1/7/11)
Guideline rDNA
Desenvolvimento Farmacêutico
• Hospedeiro / vector
Medicamentos de Biotecnologia

• Bancos de células
Caraterização
2019/20


• Validação
• (identidade, estabilidade, toxicidade, infecciosidade, …)

• Processo de fabrico
• Validação
Carlos Sinogas

• Caraterização
• Extração e purificação, Identidade, Consistência

• Estabilidade
Guideline rDNA
Consistência, Segurança, Eficácia
• Estabilidade genética
Medicamentos de Biotecnologia

• Desvios da molécula natural


2019/20

• Estruturais
• Biológicos
• Imunológicos

• Impurezas
Carlos Sinogas

• Dependentes do processo
• Relacionadas com o produto
Guideline rDNA
Consistência, Segurança, Eficácia
• Variabilidade na cultura
Medicamentos de Biotecnologia

• Diferenças qualitativas
2019/20

• Expressão diferenciada ou alterada


• Natureza e grau de processamento (glicosilação, ...)
• Diferenças quantitativas
• Rendimento relativo
• Impurezas
Carlos Sinogas

• “Scale up” da caraterização laboratorial


Guideline rDNA
Aspectos específicos a considerar
• Desenvolvimento genético
Medicamentos de Biotecnologia

• Descrição do gene (origem, identificação, isolamento)


2019/20

• Descrição do vetor
• Descrição da célula hospedeira

• Construção do vetor de expressão


• Sequências nucleotídicas
• Descrição da construção
Carlos Sinogas

• Mapa genético do DNA recombinado

• Substrato celular
...
Guideline rDNA
Substrato celular
• História da linhagem celular
Medicamentos de Biotecnologia

• Métodos e técnicas utilizadas na propagação


2019/20

• Exposição anterior a patogenes


• Obtenção da célula
• Adequação das células progenitoras (conceptual)
• Caraterização suficiente
Origem animal, etnia/estirpe, idade e sexo, tecido
Carlos Sinogas


• Condição fisiológica ou patológica do dador
• Características fenotípicas e genotípicas do dador
• Patogenicidade e toxicidade potenciais
Guideline rDNA
Substrato celular
• Construção dos bancos
(ICB), MCB, WCB, (WCB2)*
Medicamentos de Biotecnologia

• Descrição completa, meios e técnicas de cultura


2019/20

• Homogeneidade
• Prevenção da contaminação na construção e armazenamento
• Embalagem, rotulagem e traçabilidade individual
• Dimensões e durabilidade previsível
• Conservação, “validade” prevista
Carlos Sinogas

• Prevenção de eventualidades indesejáveis

* (Investigational), Master, Working, (Working 2)


Guideline rDNA
Substrato celular
• Caraterização das células ...
Medicamentos de Biotecnologia

• Identidade
2019/20

• Morfologia
• Enzimologia
• Citogenética
• Imunologia
• Polimorfismos (RFLP)
Marcadores celulares únicos
Carlos Sinogas


• Expressão de produtos (o pretendido)
• Meios seletivos
Guideline rDNA
Substrato celular

• Caraterização das células ...


Medicamentos de Biotecnologia

• Pureza
2019/20

• Outras células idênticas


• Agentes adventícios
• vírus, bactérias, micoplasmas
• Contaminantes moleculares (toxinas, p.ex.)
Carlos Sinogas
Guideline rDNA
Substrato celular
• Caraterização das células
Medicamentos de Biotecnologia

• Adequabilidade
2019/20

• Tumorigenicidade e cariologia (dependente do tipo)


• Estabilidade (produção consistente)
• Retenção da capacidade de expressão após recuperação
• Produtividade / armazenamento
• Taxas de produção durante a cultura
Carlos Sinogas

• Definição do controlo da estabilidade


Guideline rDNA
Substrato celular
• rDNA na célula e expressão
Medicamentos de Biotecnologia

• Estado do DNA (livre ou integrado)


2019/20

• Número de cópias por célula


• Número relativo de células transformadas
• Sequência do RNA expresso (cDNA)
• Estratégia de expressão e controlo
Carlos Sinogas

(testes efetuados para além do limite especificado)


Guideline rDNA
Substrato celular
• Estabilidade biológica do sistema
Medicamentos de Biotecnologia

• Relação entre número de cópias e rendimento


2019/20

• Observar deleções e inserções


• Caraterização do produto proteico
• “Produtividade intantânea” ao longo da cultura
• Variações nas impurezas
Carlos Sinogas

(testes efetuados para além do limite especificado)


Guideline rDNA
Cultura celular
• Detalhes da fermentação
“Solidão” da cultura
Medicamentos de Biotecnologia


• Número de gerações celulares
2019/20

• Monitorização das caraterísticas do vetor e hospedeiro


• Relação entre número de cópias e rendimento
• Observar deleções e inserções
• Caraterização do produto proteico
• “Produtividade intantânea” ao longo da cultura
• Variações nas impurezas
Carlos Sinogas

• Controlo do processo (consumo Oxigénio, p.ex.)


• Critérios de aceitação e rejeição

(testes efetuados para além do limite especificado)


Guideline rDNA
Purificação da substância ativa

• Descrição completa do processo de purificação


Medicamentos de Biotecnologia

• Validação dos métodos


2019/20

• Capacidade para remover impurezas


• (proteínas da célula hospedeira, DNA, carbohidratos, etc.)
• Capacidade para remover e/ou inativar agentes adventícios (Validação viral)
• Consistência de purificação
Carlos Sinogas

• Estabilidade / prazo de validade


• Critérios de aceitabilidade (especificações)
Guideline rDNA
Substância ativa e produto final

• Qualidade adequada das matérias primas


Medicamentos de Biotecnologia

• Testes durante o processo


2019/20

• Especificações de “compêndio” - EP
• Esterilidade
• Pirogenicidade
• “Bioburden”
• Volumes
Carlos Sinogas

• Uniformidade
• Agregados
• ...
Guideline rDNA
Substância ativa e produto final

• Caraterização
• Físico-química
Medicamentos de Biotecnologia

• Biológica
2019/20

• Imunológica
• Pureza
• Impurezas do processo
• Impurezas do produto
• Contaminantes
• Estabilidade
Carlos Sinogas

• Quantificação
• Padrões de referência
• Métodos analíticos (validados)
Guideline rDNA
Substância ativa e produto final

• ESPECIFICAÇÕES
Aspeto (partículas)
Medicamentos de Biotecnologia


Identidade
2019/20


• Pureza
• Impurezas
(processo, produto)
• Potência
Quantidade
Carlos Sinogas


• Excipientes
• Testes à formulação
Medicamentos de
Biotecnologia
VALIDAÇÃO VIRAL

Carlos Sinogas, 2019/20


Validação viral (CHMP/ICH)
• APLICAÇÃO
Medicamentos de Biotecnologia

• Culturas celulares
2019/20

• Anticorpos monoclonais
• Hibridomas “in vivo”
• Produtos DNA recombinante

• CONTROLO DA CONTAMINAÇÃO
Seleção e teste de matérias primas e reagentes
Carlos Sinogas


• Capacidade do processo para remover ou inativar agentes adventícios
• Testes ao produto nos passos relevantes do processo

NOTE FOR GUIDANCE ON VÍRUS VALIDATION STUDIES: THE DESIGN, CONTRIBUTION AND INTERPRETATION OF STUDIES VALIDATING THE INACTIVATION AND REMOVAL OF VIROSES (CPMP/BWP/268/95)
NOTE FOR GUIDANCE ON QUALITY OF BIOTECHNOLOGICAL PRODUCTS: VIRAL SAFETY EVALUATION OF BIOTECHNOLOGY PRODUCTS DERIVED FROM CELL LINES OF HUMAN OR ANIMAL ORIGIN (CPMP/ICH/295/95)
GUIDELINE ON VIRUS SAFETY EVALUATION OF BIOTECHNOLOGICAL INVESTIGATIONAL MEDICINAL PRODUCTS (EMEA/CHMP/BWP/398498/2005)
Validação viral (ICH)
Condicionamentos para os testes

• Nível de caraterização do banco de células


Medicamentos de Biotecnologia

• Outras matérias primas e reagentes


• “Design” do equipamento e instalações
2019/20

• Resultados dos testes virais (desenvolvimento)


• Natureza de eventuais vírus identificados
• Capacidade de remoção / inativação do processo
• Tipo de produto
• Utilização prevista
Carlos Sinogas

Os produtores são responsáveis pela estratégia a adotar para garantia da


segurança viral, que deve ser explicada e justificada na documentação
Validação viral (ICH)
Fontes de contaminação viral

• Vírus nos bancos de células


Infeções latentes ou persistentes
Medicamentos de Biotecnologia


• Células de animais infetados
2019/20

• Vírus para o estabelecimento da linha celular


• Reagentes contaminados
• Falhas na esterilidade durante a construção dos bancos

• Vírus adventícios durante a produção


Carlos Sinogas

• Reagentes ou excipientes contaminados


• Vírus para induzir expressão
• Manipulação não estéril
Validação viral (ICH)
Testes virais a efectuar

• Desenvolvimento farmacêutico (3 lotes de escala piloto ou comercial)


Medicamentos de Biotecnologia

• matéria prima e reagentes


2019/20

• células viáveis após fermentação


• lisados de células após fermentação
• sobrenadante das culturas
• Caraterização completa de qualquer contaminação detetada
• Testes de rotina
Carlos Sinogas

• Produto após fermentação e antes da purificação


• Outros testes, dependentes da caraterização prévia do banco e do processo
Validação viral (ICH)
Análise do processo

• Plano para testes de validação do processo


(testes no “bulk” não purificado e nas células após fermentação)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Caso A - Sem vírus detetados


• Caso B - Partículas virais não patogénicas
• Caso C - Vírus não infeciosos no homem
• Caso D - Vírus infeciosos no homem
• Caso E - Vírus não classificado
Carlos Sinogas
Validação viral (ICH)
Análise do processo

• Tipos de vírus a usar


Medicamentos de Biotecnologia

• Vírus relevantes - previamente identificados ou passíveis de estar presentes


2019/20

• Vírus modelo específicos - caraterísticas físico-químicas semelhantes a vírus


detetados ou passíveis de estar presentes
• Vírus modelo inespecíficos - avaliação da robustez do processo, em geral
Carlos Sinogas
Validação viral (ICH)
Estudos de validação

• Caraterização do processo de fabrico, identificação dos passos a avaliar


Medicamentos de Biotecnologia

• Instalações e pessoal responsável


2019/20

• Miniaturização do processo produtivo


• Escolha dos vírus em função dos resultados do desenvolvimento (relevantes ou
modelo)
• Adição deliberada de vírus imediatamente antes do passo a avaliar e recuperação
imediatamente depois
Carlos Sinogas

• Estudo da remoção física do vírus


• Caracterização da inativação viral (cinética)
• Interpretação dos resultados e conclusões
Validação viral (ICH)
Interpretação dos estudos de validação

Aceitabilidade dos resultados


Medicamentos de Biotecnologia

• Adequada escolha de vírus


2019/20

• “Design” dos testes (reprodução da escala industrial)


• Controlos positivos e negativos adequados
• Nível de reduções obtidas
• Tempos para inativação
• Variações nos parâmetros do processo
Carlos Sinogas

• Sensibilidade dos ensaios


• Especificidade para certos vírus (não relevantes)
• Estudo estatístico e adição de logs >1
Validação viral (ICH)
Interpretação dos estudos de validação

• Limitações dos estudos de validação


Medicamentos de Biotecnologia

• diferenças entre vírus “laboratoriais” e naturais


2019/20

• vírus resistentes a um passo, também resistentes ao seguinte


• adição de reduções de diferentes passos não reais
• estudos laboratoriais diferentes da produção
Carlos Sinogas
Validação viral (ICH)
Estratégias globais para avaliação da segurança viral

• Adequada caraterização e seleção dos substratos celulares


Medicamentos de Biotecnologia

• Caraterização exaustiva de qualquer contaminante detetado


2019/20

• Avaliação do contaminante detetado ou potencial relativamente ao risco de


infeção humana

• Programa para teste de contaminantes adventícios


Carlos Sinogas

• Estudos adequados para avaliação da capacidade do processo produtivo na


eliminação ou inativação de contaminantes virais
Guideline BSE
• ACEITABILIDADE DE UM PRODUTO
Medicamentos de Biotecnologia

• Origem dos animais (documentação e registo)


2019/20

• Tipo de tecido
• Processo de produção
• Via de administração
• Quantidade de tecido no produto
• Dose terapêutica máxima
Carlos Sinogas

• Utilização clínica

• Risco estatístico para o recetor do medicamento


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Imunogenicidade

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
11 de março de 2020
Sumário
— Características dos medicamentos de biotecnologia

— Fatores que influenciam

— Estratégias para redução

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos de biotecnologia
Imunogenicidade (1/3)
— Proteínas terapêuticas
  Processadas pelo sistema imunitário
  Macrófagos à MHC tipo II à interação com os linfócitos T à
resposta imune

  Reação antigénio-anticorpo

  Especificidade / reação cruzada

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Imunogenicidade. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos de biotecnologia
Imunogenicidade (2/3)
  Especificidade / reação cruzada

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Imunogenicidade. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos de biotecnologia
Imunogenicidade (3/3)
— Medicamentos biotecnologia têm todas as características de
um antigénio imunogénico
  “Estranhos” ao hospedeiro
  Elevado peso molecular
  Complexidade química
  Degradabilidade enzimática

—
Vacinas

Adaptado de Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Imunogenicidade. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Fatores que influenciam a
imunogenicidade

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Estratégias para diminuir a
imunogenicidade
— Alterar a sequência de aminoácidos da proteína
— Promover a ligação de polímeros à proteína

— Tratamentos imunossupressores

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Anticorpos monoclonais

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
11 de março de 2020
Sumário
— Anticorpos (Resumo)
  Conceito
  Modelo básico estrutural
  Funcionalidade

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos
Conceito
— “Anti-corpo estranho”

— Moléculas proteicas que os mamíferos produzem e que


participam na resposta imunitária, responsáveis pela
eliminação do organismo dos antigénios estranhos que com
ele contactam

— Anticorpo ~imunoglobulina ~gamaglobulina

— Tipos de anticorpos
  IgG, Ig M, IgA, IgE, IgD

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos
Modelo básico estrutural (1/2)

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos
Modelo básico estrutural (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos
Funcionalidade
— A ligação ao antigénio tem a função de o neutralizar ou
bloquear

— Bivalentes

— Bifuncionais
  Interagem e induzem a ativação do complemento
  Interagem com células possuidoras de recetor específico,
induzindo p. ex.: ativação da citoquinas, endocitose do complexo
Ag-Ac para destruição

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 11 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Anticorpos monoclonais (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
17 de março de 2020
Sumário
— Anticorpos (Resumo)
  Conceito
  Modelo básico estrutural
  Funcionalidade
  Síntese
— Anticorpos monoclonais
  Atividade biológica
  Obtenção
  Marcha geral de preparação
  Outras técnicas para preparação
  Obtenção de anticorpos monoclonais nos dias e hoje
  Anticorpos terapêuticos
  Fragmentos de anticorpos
  Nomenclatura
  Guideline para desenvolvimento, produção, caracterização e
especificação de anticorpos monoclonais
  Lista anticorpos monoclonais autorizados em PT

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos
Síntese
— O nº de agentes infeciosos e outros compostos estranhos
que durante a vida podem contactar com um individuo é
incontável

— Os anticorpos são produzidos com especificidade aleatória

— Os linfócitos B que produzem os anticorpos específicos são


  São recuperados do plano de morte
  Geneticamente instáveis, mutações favoráveis são preservadas

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais (1/2)
— Imunoglobulinas com especificidade definida preparados a
partir de uma linha celular monoclonal

— Atividade biológica
  Citotoxicidade dependente do complemento (CDC)

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais (2/2)
— Atividade biológica (cont.)
  Citotoxicidade celular dependente do antigénio (ADCC)

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Obtenção (1/3)
— Imortalização de linfócitos B
  Infeção com vírus oncogénicos
  Agentes mitogénicos

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Obtenção (2/3)
— Tecnologia de hibridomas (Kohler e Milstein, 1975)

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Obtenção (3/3)
— Phage display em bacteriófagos ou animais geneticamente
modificados

— Tecnologia de DNA recombinante (rDNA)

Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Hoje
— Identificar a região variável (CDR’s)
  Imunização do animal ou Phage display

— Sequenciação das regiões hipervariáveis

— Produção de anticorpos monoclonais:


  Célula recombinante da ATCC que expressa o anticorpo humano

  Substituição das sequências hipervariáveis (sequências


sintéticas)

  Produção do anticorpo monoclonal

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos terapêuticos
— Murinos
— Quiméricos
— Humanizados
— Humanos

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Fragmentos de anticorpos
— Fab ou F(ab)2 — Bi-específicos
— ScFv — Nanobodies

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Fab
— Ex.: Idarucizumab
  Reversão da hipocoagulação induzida
pelo dabigatrano

Pollack CV Jr, Reilly PA, Eikelboom J et al. Idarucizumab for Dabigatran Reversal. N Engl J Med. 2015 Aug 6;373(6):511-20. doi:
10.1056/NEJMoa1502000. Epub 2015 Jun 22

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


ScFv
— Single-chain variable fragment
  Peso molecular ~25 kD
  Produzido em E. Coli

  Bispecific T-Cell Engager (BiTE)

Dao T, Pankov D, Scott A et al. Therapeutic bispecific T-cell engager antibody targeting the intracellular oncoprotein WT1. Nat Biotechnol.
2015 Oct;33(10):1079-86. doi: 10.1038/nbt.3349. Epub 2015 Sep 21
Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue, 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Nanobodies
— SdAb (“single domain antibodies”)
— Fragmentos de anticorpos produzidos pelos
camelídeos
  2 cadeias pesadas
— Peso molecular ~12-15 kD
— Aplicações sobreponíveis aos ScFv

— (Potencial) Anticorpos bi-específicos


  Aproximar uma célula NK de uma célula tumoral

Adaptado de Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado.
Pharmavalue, 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Outros anticorpos
monoclonais
— Anticorpo bi-específico e tri-funcional
  Ex.: catumaxomab*

Linke R, Klein A, Seimetz D. Catumaxomab: clinical development and future directions. MAbs. 2010 Mar-Apr;2(2):129-36

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos conjugados
— Imunotoxinas
  Exemplos
  Gemtuzumab ozogamicina (leucemia mieloide)
  Ibritumomab tiuxetano (linfoma folicular)
  Certolizumab pegol (artrite reumatoide)
  Ranilizumab / Bevacizumab

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019
Sinogas C. Anticorpos Monoclonais. Cadernos do Medicamento, Volume 17 – Coleção Segmentos de Mercado. Pharmavalue,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Nomenclatura (1/2)

World Health Organization. International Nonproprietary Names (INN) for biological and biotechnological substances (a review).
Geneva, Switzerland, 2011

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Nomenclatura (2/2)

Revised monoclonal antibody (mAb) nomenclature scheme. Programme on International Nonproprietary Names (INN). World
Health Organization, Geneva, 26 May 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais (ICH)

Guideline on development, production, characterisation and specification for monoclonal antibodies and related products.
EMA/CHMP/BWP/532517/2008, 21 July 2016

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
autorizados em PT
Abciximab Emicizumab Omalizumab
Adalimumab Erenumab Palivizumab
Alemtuzumab Etanercept Panitumumab
Alirocumab Evolocumab Pembrolizumab
Atezolizumab Fremanezumab Pertuzumab
Basiliximab Galcanezumab Ranibizumab
Benralizumab Gemtuzumab ozogamicina Reslizumab
Belimumab Golimumab Risancizumab
Bevacizumab Guselcumab Rituximab
Bezlotoxumab Ibritumomab tiuxetano Sarilumab
Brodalumab Idarucizumab Secucinumab
Brolucizumab Infliximab Tildracizumab
Canacinumab Inotuzumab ozogamicina Tocilizumab
Cemiplimab Ixecizumab Trastuzumab
Certolizumab pegol Mepolizumab Trastuzumab emtansina
Cetuximab Mogamulizumab Ustecinumab
Dupilumab Natalizumab Vedolizumab
Durvalumab Necitumumab
Eculizumab Nivolumab
Elotuzumab Ocrelizumab
Infomed. Disponível em http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php. (último acesso em 13 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 17 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Anticorpos monoclonais
Aplicações terapêuticas

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
18 de março de 2020
Sumário
— Resposta do sistema imunitário (breve revisão)
— Aplicações terapêuticas
  Anti-CD3
  Anti-CD52
  Anti recetor IL-2
  Anti-TNF
  Inibidores IL-1
  Anti recetor IgE

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Processamento do antigénio

Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th
Edition, 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Ativação da célula T

Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th
Edition, 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Ativação da célula T
Co-estimulação e checkpoints co-inibitórios

Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anti-CD3
— Exemplo
  Muromonab*
— CD3 – componente do
complexo TCR
— Mecanismo de ação
  Ligação ao CD3, induzindo
a endocitose do complexo
e inativação da célula T
— Uso terapêutico
  Transplantação

Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th
Edition, 2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anti-CD52
— Exemplo
  Alemtuzumab
— CD52 – proteína que existe
na superfície dos linfócitos
T, B, macrófagos, células NK,
alguns granulócitos
— Mecanismo de ação
  Ligação à CD52, marcando a
célula para destruição
— Uso terapêutico
  Transplantes
  [ PT ] Esclerose múltipla surto-remissão

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
RCM do medicamento Lemtrada

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anti recetor IL-2 (Anti-CD25)
— Exemplo
  Daclizumab*, Basiliximab
— CD25 – componente do
recetor da IL-2
— Mecanismo de ação
  Ligação à sub-unidade ⍺ do
recetor da IL-2
  Indução do CD56+ nas células T
— Uso terapêutico
  Transplantes de órgãos sólidos (em associação com
ciclosporina e corticosteroides)

  (Ensaios clínicos fase 3 – Esclerose múltipla)


Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
RCM do medicamento Simulect

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anti-TNF
— Exemplo
  Infliximab
  Etanercept
  Adalimumab
  Golimumab
  Certolizumab pegol
— Fator de Necrose Tumoral ⍺
(TNF-⍺)
  Citoquina pró-inflamatória
— Mecanismo de ação
  Ligação ao TNF-⍺, bloqueando
a interação com o seu recetor

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anti-TNF
Mecanismo de ação

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Mechanism-of-action-of-anti-tumor-necrosis-factor-biologics-and-inhibitors-
of-Janus_fig1_259701007/download (último acesso em 15 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
Nomenclatura - Exemplos
— Adalimumab (humano, sistema imunitário)
  ada- + -lim- + -u- + -mab

— Trastuzumab (humanizado, tumor)


  tras- + -tu- + -zu- + -mab

— Abciximab (quimérico, sistema CV)


  ab- + -ci- + -xi- + -mab

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 18 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Anticorpos monoclonais
Aplicações terapêuticas
Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
24 de março de 2020
Sumário
— Aplicações terapêuticas
  Sistema imunitário / inflamação
  Anti-TNF (cont.)
  Inibibor da integrina ⍺4β7
  Anti recetor IL-12 e IL-23
  Inibidores IL-1
  Anti recetor IgE

  Cancro
  Inibidores do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)
  Inibidores HER2
  Inibidores do VEGF

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Anti-TNF
— Exemplo
  Infliximab
  Etanercept
  Adalimumab
  Golimumab
  Certolizumab pegol
— Fator de Necrose Tumoral ⍺
(TNF-⍺)
  Citoquina pró-inflamatória
— Mecanismo de ação
  Ligação ao TNF-⍺, bloqueando
a interação com o seu recetor

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

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Anti-TNF
Mecanismo de ação (1/2)

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Mechanism-of-action-of-anti-tumor-necrosis-factor-biologics-and-inhibitors-
of-Janus_fig1_259701007/download (último acesso em 15 de março de 2020)

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Anti-TNF
Mecanismo de ação (2/2)

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Structure-A-and-mechanisms-of-action-B-of-anti-TNF-biologics-All-anti-TNF-
biologics_fig2_325111859/download (último acesso em 15 de março de 2020)

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Anti-TNF
Uso terapêutico
— Artrite reumatoide
— Artrite idiopática juvenil
— Doença de Crohn
— Colite ulcerosa
— Espondilite anquilosante
— Artrite psoriática
— Psoríase

— Segurança
  Infliximab vs adalimumab/certolizumab

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

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Inibidor da integrina ⍺4β7 (1/2)
— Exemplo
  Vedolizumab

— Integrina ⍺4β7 – Expressa


em linfócitos T auxiliares
de memória que migram
para o trato GI

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Mechanism-of-vedolizumab-This-image-is-modified-from-their-original-
versions_fig4_332041024 (último acesso em 23 de março de 2020)

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Inibidor da integrina ⍺4β7 (2/2)
— Mecanismo de ação
  Inibição da interação integrina ⍺4β7 – MAdCAM-1
— Uso terapêutico
  Colite ulcerosa
  Doença de Crohn

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Imagem disponível em https://www.elsevier.es/pt-revista-gastroenterologia-hepatologia-english-edition--382-articulo-efficacy-safety-
vedolizumab-in-treatment-S2444382416301298 (último acesso em 19 de março de 2020)

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Anti recetor IL-12 e IL-23 (1/2)
— Exemplo
  Ustecinumab
— IL-12 e IL-23– Citoquinas que ativam a via Th1 e Th17

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Ustekinumab-a-human-monoclonal-antibody-works-by-inhibiting-
the-similar-p40-subunit-of_fig1_43346104 (último acesso em 19 de março de 2020)

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Anti recetor IL-12 e IL-23 (2/2)
— Mecanismo de ação
  Inibição da ligação da
IL-12 e da IL-23 aos seus
recetores
— Uso terapêutico
  Colite ulcerose
  Doença de Crohn
  Psoríase

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Ustekinumab-a-human-monoclonal-antibody-works-by-inhibiting-
the-similar-p40-subunit-of_fig1_43346104 (último acesso em 19 de março de 2020)

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Inibidores da IL-1
— Exemplo
  Canacinumab, Rilonacept*
— IL-1 – citoquina cujos níveis elevam
em pessoas com inflamação
ativa
— Mecanismo de ação
  Ligação à IL-1, bloqueando a
interação com o recetor e a sua
ação
— Uso terapêutico
  Síndrome periódica associada
à criopirina (CAPS): síndrome de Muckle-wells
  (...)

  (Em estudo a utilização na DPOC)


Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Interleukin-1-inhibitors-that-are-in-current-clinical-use-Anakinra-is-a-recombinant-
form_fig1_271850653 (último acesso em 15 de março de 2020)

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Anti recetor Ig E (1/2)
— Exemplo
  Omalizumab

— Ig E – mediador
inflamatório
(resposta TH2)

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

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Anti recetor Ig E (2/2)
— Mecanismo de ação
  Ligação à Ig E, bloqueando a
sua ligação aos recetores

— Uso terapêutico
  Asma grave

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

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Causas de tumor (1/2)
— Crescimento descontrolado
  Fatores de crescimento em excesso
  Recetor de fator de crescimento descontrolado
  Fatores de inibição do crescimento diminuídos
  Recetor de fator de inibição do crescimento descontrolado

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Causas de tumor (2/2)
— Crescimento descontrolado (cont.)
  Redução da resposta imunitária (imunodeficiência,
imunossupressão)
  Angiogénese (tumores sólidos)
Os tumores sólidos só crescem estimulando a angiogénese. Eles produzem fatores angiogénicos que levam à formação de
novos vasos que vão ser importantes para levar nutrientes para o tumor crescer, multiplicar e mestastizar.

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Anticorpos monoclonais
Tratamento de tumores
— Morte da célula tumoral por
  Interferência com a função do recetor celular ou do ligando
  Formação do complexo antigénio-anticorpo
  Recrutamento de células do sistema imunitário
  Modulação do sistema imunitário para induzir a morte das células tumorais, nomeadamente por
citólise, por libertação de perfurinas que vão destruir a
  Incorporação de toxinas na célula membrana dessas células e travar a progressão do tumor.

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Recetor do fator de crescimento
epidérmico (EGFR)
— Epidermal Growth Factor Receptor
(EGFR)
  ErbB1 ou HER1

— Tumores epiteliais existe


sobrexpressão do EGFR
  Cancro colorretal
  Cancro do pulmão

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Action-mechanism-of-epidermal-growth-factor-receptor-tyrosine-kinase-
inhibitors_fig2_233915546/download (último acesso em 20 de março de 2020)

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Inibidores EGFR (1/2)
— Exemplo
  Cetuximab, panitumumab,
necitumumab
— Mecanismo de ação
  Reconhecimento do
domínio extracelular do
EGFR impedindo a ligação
do EGF
  Internalização do recetor

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017

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Inibidores EGFR (2/2)
— Uso terapêutico
  Cancro colorretal
  Carcinoma pavimentocelular da cabeça e do pescoço
  [Necitumumab] Carcinoma do pulmão de células não-pequenas

— Segurança
  [Cetuximab] reação cutânea tipo acneiforme, prurido, pele seca,
descamação, alterações nas unhas, hipomagnesemia
  [Panitumumab] dor abdominal, hipomagnesemia, reação cutânea
tipo acneiforme e outros rashes, cansaço, náusea, vómitos,
diarreia
  [Necitumumab] reações cutâneas, tromboembolismo venoso,
hipomagnesemia
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Inibidores HER2 (1/4)
— Human epidermal growth factor receptor 2 (HER2)
  ErbB2 ou Neu

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

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Inibidores HER2 (2/4)
— Tumores onde existe
sobrexpressão do HER2
  Cancro da mama
  Cancro gástrico

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Inibidores HER2 (3/4)
— Exemplo
  Trastuzumab, Pertuzumab

— Mecanismo de ação
  Ligação ao domínio
extracelular do HER2
  Citotoxicidade mediada
por células

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.nature.com/articles/bjc2014388 (último acesso em 20 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 24 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores HER2 (4/4)
— Uso terapêutico
  Cancro da mama
  Cancro gástrico

— Segurança
  Disfunção ventricular, insuficiência cardíaca congestiva
  Anemia, leucopenia
  Náuseas, vómitos e diarreia

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 24 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do VEGF (1/4)
— Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF)
  Fator angiogénico

— Muitos tumores (sólidos)


sobrexpressam fatores angiogénicos

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Schematic-illustration-of-the-vascular-endothelial-growth-factor-


VEGF-signalling_fig5_44686331 (último acesso em 21 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 24 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do VEGF (2/4)
— Exemplo
  Bevacizumab, Ramucirumab

— Mecanismo de ação
  Inibição da ação do VEGF
sobre o seu recetor

Imagem disponível em https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-43063-8_9 (último acesso em 21 de março de


2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 24 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do VEGF (3/4)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 24 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do VEGF (4/4)
— Uso terapêutico
  Cancro colorretal
  Cancro do ovário
  Glioblastoma
  Degenerescência macular
  Cancro gástrico
  Cancro do pulmão de células não-pequenas
  Cancro hepatocelular

— Segurança
  HTA, perfuração GI, eventos tromboembólicos, hemorragia
  [Bevacizumab] atrasa a cicatrização das feridas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017

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Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Anticorpos monoclonais
Aplicações terapêuticas
Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
25 de março de 2020
Sumário
— Aplicações terapêuticas
  Sistema imunitário / inflamação
  Anti-TNF (cont.)
  Inibibor da integrina ⍺4β7
  Anti recetor IL-12 e IL-23
  Inibidores IL-1
  Anti recetor IgE

  Cancro
  Inibidores do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)
  Inibidores HER2
  Inibidores do VEGF
  Inibidores PD-1
  Antagonistas do PD-L1
  Inibidores do CD-20
  Imunotoxinas
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho
Tratamento anti-tumoral
Envolvimento do sistema imunitário

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores PD-1 (1/2)
— Programmed Cell Death (PD-1)

— Exemplo
  Nivolumab
  Pembrolizumab

— Mecanismo de ação
  Bloqueio da interação do PD-1
na célula T com os seus ligandos
(PD-L1) na célula tumoral

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Mechanism-of-action-of-nivolumab_fig1_305783413 (último acesso em 21 de
março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores PD-1 (2/2)
— Uso terapêutico
  Melanoma
  Linfoma de Hodgkin
  Cancro do pulmão de células não-pequenas
  Carcinoma das células renais
  Carcinoma das células escamosas da cabeça e do pescoço
  Carcinoma urotelial

— Segurança
  Rash em doentes com melanoma
  Cansaço, dispneia
  Náuseas, obstipação
  Redução do apetite

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Antagonistas do PD-L1 (1/3)
— Programmed Cell Death Ligand 1 (PD-L1)

— Exemplo
  Atezolizumab
  Durvalumab

— Mecanismo de ação
  Bloqueio da interação do PD-L1
da célula tumoral com o PD-1
da célula T

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017
Imagem disponível em https://www.creativebiolabs.net/atezolizumab-overview.htm (último acesso de 21 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Antagonistas do PD-L1 (2/3)

Imagem disponível em https://www.creativebiolabs.net/atezolizumab-overview.htm (último acesso de 21 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Antagonistas do PD-L1 (3/3)
— Uso terapêutico
  Cancro do pulmão das células não-pequenas
  Cancro urotelial

— Segurança
  [Cancro do pulmão] cansaço, redução do apetite, dispneia, tosse,
náusea, dor musculo-esquelética, obstipação
  [Cancro urotelial] infeção do trato urinário

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do CD-20 (1/4)
— CD-20 – antigénio expresso à superfície
das células B
  ~90% neoplasmas da célula B

— Exemplo
  Rituximab

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019
Imagem disponível em https://www.sinobiological.com/research/cd-antigens/b-cell (último acesos de 22 de março de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho
Inibidores do CD-20 (2/4)
— Mecanismo de ação
  Ligação ao CD-20 e
morte celular (CDC, ADCC)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do CD-20 (3/4)

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Schematic-illustration-of-the-mechanism-of-action-of-rituximab-


The-antibody-labels-B_fig1_44578445 (último acesso de 22 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Inibidores do CD-20 (4/4)
— Uso terapêutico
  Linfoma não Hodgkin
  Linfoma das células B
  Leucemia linfocítica crónica
  Doenças autoimunes (ex.: artrite reumatoide, esclerose múltipla)

— Resistência ao rituximab

— Segurança
  Reações à infusão
  Febre, arrepios, irritação da garganta, urticária e hipotensão ligeira
  Síndrome de Stevens-Johnson
  Reativação da hepatite B viral
Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Rituximab + Ibritumomab
tiuxetano

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://newdrugapprovals.org/2014/09/24/ibritumomab-tiuxetan/ (último acesso em 22 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
conjugados (1/3)
— CD33 – antigénio expresso na superfície dos blastos
leucémicos mieloides

— Exemplo
  Gemtuzumab ozogamicina

— Mecanismo de ação
  Ligação ao CD33, endocitose do complexo e libertação da
caliqueamicina
  ADCC e CDC

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition,
2017

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
conjugados (2/3)

Imagem disponível em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/acg2.21 (último acesso em 22 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Anticorpos monoclonais
conjugados (3/3)
— Uso terapêutico
  Leucemia mieloide aguda

— Segurança
  Hemorragia
  Hepatoxicidade
  Infeções

Brunton L, Dandan RH, Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 25 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
31 de março de 2020
Sumário
— Conceito de vacina
— Princípio da vacinação
— A vacina ideal
— Imunização
  Etapas da imunização
  Imunidade adaptativa
— Tipos de vacinas
— Inativação de toxinas
— Atenuação de agentes patogénicos
— Vacinas recombinantes
— Complexos imuno-estimuladores
— Vacinas de DNA
  Vantagens e desvantagens
— Vacinas anti-tumorais
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho
Vacina
— Edward Jenner (1798)
  Vacina contra a varíola

— Vacina ⟺ Vaccinae (proveniente da vaca)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacina como medicamento

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Princípio da vacinação

Imagem em Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


A vacina ideal

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Imunização

Imunização

Passiva Ativa

Preventiva Terapêutica Preventiva Terapêutica

Doenças infeciosas
Doenças infeciosas
Doenças infeciosas Cancro
Cancro
Alergia

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Vacinação
Etapas da imunização

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Imunidade adaptativa (1/3)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Imunidade adaptativa (2/3)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Imunidade adaptativa (3/3)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Tipos de vacinas

Vacinas de
biotecnologia

Delves PJ, Martin SJ, Burton DR, Roitt IM. Roitt’s Essential Immunology. Wiley-Blackwell, 12th edition

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Exemplos de vetores vivos
utilizados

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Inativação de toxinas

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Atenuação de patogénios
Clássica

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Atenuação de patogénios
Modificação genética

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacina recombinante

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Complexos
imuno-estimuladores

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA (1/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA
Vantagens e Inconvenientes
— Vantagens — Inconvenientes
  Ácidos nucleicos são pouco   Efeitos da exposição de
imunogénicos longa duração
  Resposta humoral e celular desconhecidos
  Estabilidade térmica   Possível integração no
  Plasmídeos com múltiplos genoma do hospedeiro
epitopos   Comportamento do
  Produção em larga escala organismo face à
imunização por DNA
desconhecido
  Possível formação de
anticorpos anti-DNA

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas anti-tumorais (1/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas anti-tumorais (2/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas (Cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
1 de abril de 2020
Sumário
— Vacinas de DNA
  Vantagens e desvantagens
— Vacinas anti-tumorais

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA (1/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacinas de DNA
Vantagens e Inconvenientes
— Vantagens — Inconvenientes
  Ácidos nucleicos são pouco   Efeitos da exposição de
imunogénicos longa duração
  Resposta humoral e celular desconhecidos
  Estabilidade térmica   Possível integração no
  Plasmídeos com múltiplos genoma do hospedeiro
epitopos   Comportamento do
  Produção em larga escala organismo face à
imunização por DNA
desconhecido
  Possível formação de
anticorpos anti-DNA

Adaptado de Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer
Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 31 de março de 2020 Mónica Condinho


Vacinas anti-tumorais (1/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacinas anti-tumorais (2/2)

Sinogas C. Medicamentos de Biotecnologia – Vacinas. Universidade de Évora 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas - Exemplos

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
1 de abril de 2020
Sumário
— Vacina do papilomavirus humano
— Vacina SARS-CoV
— Vacina SARS-CoV-2

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Papilomavirus humano (HPV)
— Vírus DNA, sem envelope, pequeno, ~7900 pares de bases
  ~40 tipos de HPV infetam a região anogenital

Fase Early (precoce) - E1 à


E7 --> 6 regiões

Fase Late (tardia) - L1 e L2

de Sanjose S, Quint WG, Alemany L et al. Human papillomavirus genotype attribution in invasive cervical cancer: a retrospective cross-
sectional worldwide study. Lancet Oncol. 2010;11(11):1048. Epub 2010 Oct 15
Münger K, Phelps WC, Bubb V et al. The E6 and E7 genes of the human papillomavirus type 16 together are necessary and sufficient for
transformation of primary human keratinocytes.. J Virol. 1989;63(10):4417
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-Papilloma-Virus-HPV-schematic-structure-and-genomic-architecture-a-
The_fig1_305345979 (último acesso em 28 de março de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
HPV
Genótipos e risco de cancro
— Cancro cervical
  Alto risco: HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68
16 e 18 rão responsáveis por cerca de 70% dos cancros do colo do útero

  Baixo risco: HPV 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73, 81

  Agente causal
  HPV 16: ~50%
  HPV 18: ~20%
  HPV 31, 33, 45, 52, 58: ~19%
Cancro do cólo do útero e cancro anal --> são os mesmo tipos de virus que induzem resposta celular.

de Sanjose S, Quint WG, Alemany L et al. Human papillomavirus genotype attribution in invasive cervical cancer: a retrospective
cross-sectional worldwide study. Lancet Oncol. 2010;11(11):1048. Epub 2010 Oct 15

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
— Existem 3 vacinas aprovadas
  Tipos 16, 18 (Cervarix®)*
  Tipos 6, 11, 16,18 (Gardasil®)*
  Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58 (Gardasil 9®) Comercializado em PT --> protege
contra 9 tipos de HPV (quase todos são
de alto risco)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
Mecanismo de ação

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-mechanisms-of-action-of-HPV-vaccines-HPV-human-


papilloma-virus-mRNA-messenger_fig2_322766970 (último acesso em 28 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
Administração e duração
— Administração
  11 – 12 anos, podendo ser administrada a partir dos 9 anos
  Adolescentes e adultos: 13-26 anos

— Duração
  Pelo menos, 10 anos

Lehtinen M, Paavonen J, Wheeler CM et al. Overall efficacy of HPV-16/18 AS04-adjuvanted vaccine against grade 3 or greater cervical
intraepithelial neoplasia: 4-year end-of-study analysis of the randomised, double-blind PATRICIA trial. Lancet Oncol. 2012;13(1):89. Epub 2011
Nov 8
Huh WK, Joura EA, Giuliano AR et al. Final efficacy, immunogenicity, and safety analyses of a nine-valent human papillomavirus vaccine in
women aged 16-26 years: a randomised, double-blind trial. Lancet. 2017;390(10108):2143. Epub 2017 Sep 5
Kjaer SK, Nygård M, Dillner J et al. A 12-Year Follow-up on the Long-Term Effectiveness of the Quadrivalent Human Papillomavirus Vaccine in
4 Nordic Countries. Clin Infect Dis. 2018;66(3):339
Donken R, King AJ, Bogaards JÁ et al. High Effectiveness of the Bivalent Human Papillomavirus (HPV) Vaccine Against Incident and
Persistent HPV Infections up to 6 Years After Vaccination in Young Dutch Women. J Infect Dis. 2018;217(10):1579
Toh ZQ, Russell FM, Reyburn R et al. Sustained Antibody Responses 6 Years Following 1, 2, or 3 Doses of Quadrivalent Human Papillomavirus
(HPV) Vaccine in Adolescent Fijian Girls, and Subsequent Responses to a Single Dose of Bivalent HPV Vaccine: A Prospective Cohort Study.
Clin Infect Dis. 2017;64(7):852
Ferris D, Samakoses R, Block SL et al. Long-term study of a quadrivalent human papillomavirus vaccine. Pediatrics. 2014;134(3):e657

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (1/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (2/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (3/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (4/4)

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Coronavírus (1/2)
— Família Coronavírus
  Descoberta nos anos 60
  Morcegos e outros mamíferos,
aves e repteis

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Coronavírus (2/2)
— Família Coronavírus (Cont.) 7 estirpes no total
  Vírus a RNA
  4 estirpes (229E, NL63, OC43, HKU1) já lidamos naturalmente e temos imunidade
  15-30% constipações
  2002-2004: SARS-CoV 5ª estirpe: extinta em 2004
  Severe Acute Respiratory Syndrome
  8096 afetados / 774 óbitos
  2012: MERS-CoV 6ª estirpe: ainda não foi extinta --> Afeta o rim --> Maior mortalidade

  Middle East Respiratory Syndrome


  2506 afetados / 862 óbitos
  2019: SARS-CoV-2 Muito semelhante ao SARS-CoV que circulou em 2002
  ~80-85% sequência de genoma é semelhante ao SARS-CoV

Adaptado de Froes F. COVID-19. Onde estamos e para onde vamos? Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Março 2020.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=sTLGCNXWUCI (último acesso em 30 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Recetores
SARS-CoV

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-life-cycle-of-SARS-CoV-in-host-cellsSevere-acute-respiratory-


syndrome-coronavirus_fig1_23986117 (último acesso em 29 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina
Prevenção SARS
— Várias vacinas em desenvolvimento

Enjuanes L, Dediego ML, Alvarez E et al. Vaccines to prevent severe acute respiratory syndrome coronavirus-induced disease.
Virus Res. 2008;133(1):45. Epub 2007 Apr 9

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina
Prevenção SARS-CoV-2
— Várias vacinas em desenvolvimento

https://clinicaltrials.gov/ct2/results?cond=&term=SARS-CoV-2+vaccine&cntry=&state=&city=&dist= (último acesso em 29 de


março de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
Vacina SARS-CoV-2
Utilização de plasma humano

https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04323800?term=SARS-Cov-2&draw=2&rank=1 (último acesso em 29 de março de 2020)


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
Vacina SARS-CoV-2
Utilização de lentivírus como vetor

https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04299724?term=SARS-CoV-2+vaccine&draw=2&rank=1 (último acesso em 29 de março


de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
Vacina SARS-CoV-2
mRNA-1273

https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04283461 (último acesso em 29 de março de 2020)


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
Vacina SARS-CoV-2
Adenovírus como vetor

https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04313127?term=SARS-CoV-2+vaccine&draw=2&rank=5 (último acesso em 29 de março


de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho
Covid-19
Tratamento (1/2)
— Tocilizumab
  Inibidor do recetor da IL-6
  Covid-19 grave e com elevação da IL-6

Reuters. China approves use of Roche drug in battle against coronavirus complications. https://www.reuters.com/article/us-health-
coronavirus-china-roche-hldg/china-approves-use-of-roche-arthritis-drug-for-coronavirus-patients-idUSKBN20R0LF (último acesso em 29 de
março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Covid-19
Tratamento (2/2)

Reuters. China approves use of Roche drug in battle against coronavirus complications. https://www.reuters.com/article/us-health-
coronavirus-china-roche-hldg/china-approves-use-of-roche-arthritis-drug-for-coronavirus-patients-idUSKBN20R0LF (último acesso em 29 de
março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 1 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas – Exemplos (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
14 de abril de 2020
Sumário
— Vacina do papilomavirus humano
— Vacina do Ébola vírus
— Vacina do vírus da imunodeficiência humana
— Vacina do cancro da próstata

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Papilomavirus humano (HPV)
— Vírus DNA, sem envelope, pequeno, ~7900 pares de bases
  ~40 tipos de HPV infetam a região anogenital

de Sanjose S, Quint WG, Alemany L et al. Human papillomavirus genotype attribution in invasive cervical cancer: a retrospective cross-
sectional worldwide study. Lancet Oncol. 2010;11(11):1048. Epub 2010 Oct 15
Münger K, Phelps WC, Bubb V et al. The E6 and E7 genes of the human papillomavirus type 16 together are necessary and sufficient for
transformation of primary human keratinocytes.. J Virol. 1989;63(10):4417
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-Papilloma-Virus-HPV-schematic-structure-and-genomic-architecture-a-
The_fig1_305345979 (último acesso em 28 de março de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho
HPV
Genótipos e risco de cancro
— Cancro cervical
  Alto risco: HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68

  Baixo risco: HPV 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73, 81

  Agente causal
  HPV 16: ~50%
  HPV 18: ~20%
  HPV 31, 33, 45, 52, 58: ~19%

de Sanjose S, Quint WG, Alemany L et al. Human papillomavirus genotype attribution in invasive cervical cancer: a retrospective
cross-sectional worldwide study. Lancet Oncol. 2010;11(11):1048. Epub 2010 Oct 15

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
— Existem 3 vacinas aprovadas
  Tipos 16, 18 (Cervarix®)*
  Tipos 6, 11, 16,18 (Gardasil®)*
  Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58 (Gardasil 9®)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
Mecanismo de ação

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-mechanisms-of-action-of-HPV-vaccines-HPV-human-


papilloma-virus-mRNA-messenger_fig2_322766970 (último acesso em 28 de março de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina HPV
Administração e duração
— Administração
  11 – 12 anos, podendo ser administrada a partir dos 9 anos
  Adolescentes e adultos: 13-26 anos

— Duração
  Pelo menos, 10 anos

Lehtinen M, Paavonen J, Wheeler CM et al. Overall efficacy of HPV-16/18 AS04-adjuvanted vaccine against grade 3 or greater cervical
intraepithelial neoplasia: 4-year end-of-study analysis of the randomised, double-blind PATRICIA trial. Lancet Oncol. 2012;13(1):89. Epub 2011
Nov 8
Huh WK, Joura EA, Giuliano AR et al. Final efficacy, immunogenicity, and safety analyses of a nine-valent human papillomavirus vaccine in
women aged 16-26 years: a randomised, double-blind trial. Lancet. 2017;390(10108):2143. Epub 2017 Sep 5
Kjaer SK, Nygård M, Dillner J et al. A 12-Year Follow-up on the Long-Term Effectiveness of the Quadrivalent Human Papillomavirus Vaccine in
4 Nordic Countries. Clin Infect Dis. 2018;66(3):339
Donken R, King AJ, Bogaards JÁ et al. High Effectiveness of the Bivalent Human Papillomavirus (HPV) Vaccine Against Incident and
Persistent HPV Infections up to 6 Years After Vaccination in Young Dutch Women. J Infect Dis. 2018;217(10):1579
Toh ZQ, Russell FM, Reyburn R et al. Sustained Antibody Responses 6 Years Following 1, 2, or 3 Doses of Quadrivalent Human Papillomavirus
(HPV) Vaccine in Adolescent Fijian Girls, and Subsequent Responses to a Single Dose of Bivalent HPV Vaccine: A Prospective Cohort Study.
Clin Infect Dis. 2017;64(7):852
Ferris D, Samakoses R, Block SL et al. Long-term study of a quadrivalent human papillomavirus vaccine. Pediatrics. 2014;134(3):e657

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (1/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (2/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (3/4)

Trimble CL, Morrow MP, Kraynyak KA et al. Safety, efficacy, and immunogenicity of VGX-3100, a therapeutic synthetic DNA vaccine targeting
human papillomavirus 16 and 18 E6 and E7 proteins for cervical intraepithelial neoplasia 2/3: a randomised, double-blind, placebo-controlled
phase 2b trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2078-2088. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00239-1. Epub 2015 Sep 17

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV (4/4)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV
Ensaios clínicos a iniciar (1/2)

Disponível em
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04131413?term=DNA+vaccine+therapeutic&recrs=abdf&cond=Cervical+Cancer&draw=2&rank=6
(último acesso em 3 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vacina terapêutica HPV
Ensaios clínicos a iniciar (2/2)

Disponível em
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02864147?term=DNA+vaccine+therapeutic&recrs=abdf&cond=Cervical+Cancer&draw=2&rank=8
(último acesso em 3 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Ébola
— Família Filoviridae –
3 géneros
  Marburgvirus, Cuevavirus
  Ebolavirus
  Vírus a RNA(-),
não-segmentado
  5 espécies
  Zaire --> + prevalente
  Sudan
  Bundibugyo
  Tai Forest
  Reston

Bray M, Chertow D. Filoviruses. In: Clinical Virology, 4th, Richman DD, Whitley RJ, Hayden FG (Eds), ASM Press, 2017
Baseler L, Chertow DS, Johnson KM et al. The Pathogenesis of Ebola Virus Disease. Annu Rev Pathol. 2017;12:387
Feldmann H, Geisbert TW. Ebola haemorrhagic fever. Lancet. 2011;377(9768):849
Emanuel J, Marzi A, Feldmann H. Filoviruses: Ecology, Molecular Biology, and Evolution. Adv Virus Res. 2018;100:189. Epub 2018 Feb 1
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Structure-and-the-Genome-of-Ebola-Virus-24_fig1_303833379 (último acesso
em 3 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Ébola
Transmissão

Imagem disponível em https://www.ecdc.europa.eu/en/publications-data/how-does-ebola-spread (último acesso em 3 de abril


de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Ébola Zaire
Surtos
— África Central
  Taxa de fatalidade: 80-90%
— África Ocidental (2014-2016)
  Taxa de fatalidade: 40%
— República Democrática do Congo (DRC)
  3 Surtos: maio-julho 2017, maio-julho 2018 e agosto 2018

WHO Ebola Response Team. Ebola virus disease in West Africa--the first 9 months of the epidemic and forward projections. N
Engl J Med. 2014;371(16):1481. Epub 2014 Sep 22
World Health Organization. Ebola virus disease: Democratic Republic of the Congo. External situation report 50.
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/325883/SITREP_EVD_DRC_20190714-eng.pdf?ua=1 (último acesso em 4 de
abril de 2020)

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Ébola Zaire
1ª Vacina (1/2)
— rVSV-ZEBOV

National Institute of Health. Ebola vaccines https://www.niaid.nih.gov/diseases-conditions/ebola-vaccines (último acesso em 4 de abril de


2020)
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/fig1_316566490 (último acesso em 4 de abril de 2020)
Agnandji ST, Fernandes JF, Bache EB et al. Safety and immunogenicity of rVSVΔG-ZEBOV-GP Ebola vaccine in adults and children in
Lambaréné, Gabon: A phase I randomised trial PLoS Med. 2017;14(10):e1002402.
Halperin SA, Arribas JR, Rupp R et al. Six-Month Safety Data of Recombinant Vesicular Stomatitis Virus-Zaire Ebola Virus Envelope
Glycoprotein Vaccine in a Phase 3 Double-Blind, Placebo-Controlled Randomized Study in Healthy Adults. J Infect Dis. 2017;215(12):1789
Agnandji ST, Huttner A, Zinser ME et al. Phase 1 Trials of rVSV Ebola Vaccine in Africa and Europe. N Engl J Med. 2016;374(17):1647
Regules JA, Beigel JH, Paolino KM et al. A Recombinant Vesicular Stomatitis Virus Ebola Vaccine. N Engl J Med. 2017;376(4):330
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho
Ébola Zaire
1ª Vacina (2/2)

RCM do medicamento Ervebo®. Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/product-information/ervebo-epar-


product-information_pt.pdf (último acesso em 4 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Ébola
2ª vacina (1/3)
— Ad26.ZEBOV/MVA-BN-Filo

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04028349 (último acesso em 4 de abril de 2020)


Burki T. DRC getting ready to introduce a second Ebola vaccine. Lancet Infect Dis. 2019;19(11):1174

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Ébola
2ª vacina (2/3)
— Ad26.ZEBOV/MVA-BN-Filo
  Vacina experimental
  DRC

Burki T. DRC getting ready to introduce a second Ebola vaccine. Lancet Infect Dis. 2019;19(11):1174
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho
Ébola
2ª vacina (3/3)

Anywaine Z, Whitworth H, Kaleebu P et al. Safety and Immunogenicity of a 2-Dose Heterologous Vaccination Regimen With Ad26.ZEBOV and
MVA-BN-Filo Ebola Vaccines: 12-Month Data From a Phase 1 Randomized Clinical Trial in Uganda and Tanzania. J Infect Dis. 2019;220(1):46

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vírus da imunodeficiência
humana (HIV)
— Retrovírus
  Genoma a RNA(+)

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-Immunodeficiency-Virus-Structure-of-HIV_fig3_44227364 (último


acesso em 5 de abril de 2020)
Knipe, D. M, Howley P. M. (2013). FIELDS VIROLOGY, 6th ed., Vol 1 & 2, Lippincott Williams and Wilkins, Philadelphia, USA

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina profilática em estudo (1/2)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02315703?term=vaccinia+or+adenoviral&cond=HIV+Infections&draw=2&rank=4
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina profilática em estudo (2/2)

Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271322 (último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina terapêutica em estudo

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03307915?term=vaccinia+or+adenoviral&cond=HIV+Infections&draw=2&rank=2
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (1/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00849121?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=1
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (2/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00582140?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=2
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (3/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01881867?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=4
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (4/4)

Disponível em
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01197625?term=vaccine+therapy+in+curative+resected&cond=Prostate+Cancer&draw=2&rank=1
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 14 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas – Exemplos (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
15 de abril de 2020
Sumário
— Vacina do vírus da imunodeficiência humana
— Vacina do cancro da próstata

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Vírus da imunodeficiência
humana (HIV)
— Retrovírus
  Genoma a RNA(+)

Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-Immunodeficiency-Virus-Structure-of-HIV_fig3_44227364 (último


acesso em 5 de abril de 2020)
Knipe, D. M, Howley P. M. (2013). FIELDS VIROLOGY, 6th ed., Vol 1 & 2, Lippincott Williams and Wilkins, Philadelphia, USA

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina profilática em estudo (1/2)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02315703?term=vaccinia+or+adenoviral&cond=HIV+Infections&draw=2&rank=4
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina profilática em estudo (2/2)

Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31271322 (último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


HIV
Vacina terapêutica em estudo

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03307915?term=vaccinia+or+adenoviral&cond=HIV+Infections&draw=2&rank=2
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (1/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00849121?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=1
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (2/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00582140?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=2
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (3/4)

Disponível em https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01881867?term=prostatic+acid+phosphatase+vaccine&draw=2&rank=4
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Cancro da próstata
Vacina terapêutica (4/4)

Disponível em
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01197625?term=vaccine+therapy+in+curative+resected&cond=Prostate+Cancer&draw=2&rank=1
(último acesso em 5 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Medicamentos hemoderivados

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
15 de abril de 2020
Sumário
— Hematopoiese
— Fatores de crescimento da hematopoiese
  Eritropoietina humana e recombinante
  Fatores de crescimento mielóides

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Hematopoiese

Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2017
Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Schematic-representation-of-hematopoiesis-in-which-pluripotent-stem-and-progenitor-
cells_fig1_51097595 (último acesso em 10 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fatores de crescimento da
hematopoiese

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Eritropoietina (EPO) humana
— EPO – glicoproteína
(hormona) secretada
pelo rim
  30,4 kDa
  Codificada por gene
localizado no
cromossoma 7

  Regulação

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-primary-structure-of-erythropoietin-showing-the-circulating-form-of-165-
amino-acids_fig1_10864883 (último acesso em 10 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


EPO recombinante
— Epoetina alfa
— Epoetina beta

  Produzidas em CHO

  Uso

  Administração

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-primary-structure-of-erythropoietin-showing-the-circulating-form-of-165-
amino-acids_fig1_10864883 (último acesso em 10 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Análogo da epoetina alfa
— Darbepoetina
  T1/2 aumentado
  Maior potência
  Maior intervalo
de administração
  Uso
  IRC
  Anemia induzida
pela quimiot.

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://cresp.in/darbepoetin-alfa.html (último acesso em 10 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Epoetina beta peguilada
é vantajosa em relação à beta.

— Metoxipolietilenoglicol-epoetina beta

  Menor afinidade para o recetor EPO


  Semi-vida semelhante à darbepoetina equivalente
  Uso
  Anemia em doentes com DRC

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/A-Chemical-structure-of-N-terminal-reactive-PEG-and-B-schematic-
representation-of-a_fig1_329106966 (último acesso em 11 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fatores de crescimento
hematopoiéticos mielóides
Fatores estimuladores das colónias de granulócitos
— Granulocyte Colony-Stimulating Factor (G-CSF)
  Filgastrim
  Lenograstim Todos comercializados em PT

  Pegfilgastrim
— Granulocyte-Macrophage Colony-Stimulating Factor (GM-
CSF)
  Molgramostim

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


G-CSF
Características

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 15 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Medicamentos hemoderivados (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
21 de abril de 2020
Sumário
— Produtos hemoderivados no âmbito da biotecnologia
— Coagulação sanguínea e fibrinólise
  Hemóstase
— Deficiência em fatores de coagulação
  Fator VIII
  Fator IX
  Fator VIIa
  Fator de von Willebrand

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Produtos hemoderivados no
âmbito da biotecnologia
— Disfunções hematopoiéticas
— Imunodeficiências
— Imunização passiva
— Excipientes
  Albumina

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Coagulação sanguínea e
fibrinólise

Coagulação
Fibrinólise
sanguínea

— Hemorragia

— Trombose
  Trombose venosa
  Trombose arterial

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982299800633#FIG2 (último acesso em 20 de abril de
2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Hemóstase

Distúrbios hemostáticos
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Deficiências em fatores de
coagulação

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Hemofilia
— Distúrbio hereditário

— Hemofilia A
  Deficiência no fator VIII
— Hemofilia B
  Deficiência no fator IX

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.cdc.gov/ncbddd/hemophilia/facts.html (último acesso em 12 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIII
— Gene tem 180 kb, 26 exões
  Polipéptido de 2351 aa
  Péptido de sinal 19 aa; proteína madura 2332 aa

— Modificações pós-tradução
  Glicosilações, Sulfatação de resíduos de tirosina específicos

— Obtenção
  Derivado do plasma humano
  Tecnologia de DNA recombinante
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIII recombinante (1/2)
— Sistema de expressão
  Chinese hamster ovary (CHO)
  Baby hamster kidney (BHK)
  Human embryonic kidney (HEK)

— Fator VIII recombinante


  Completo
  Com deleções no domínio B

  Com semi-vida aumentada


  PEG
  Fusão com Fc de uma IgG

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIII recombinante (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIII recombinante
Considerações farmacêuticas
— Forma farmacêutica

— Prazo de validade
  24-36 meses, conservado entre 2-8ºC

— Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX (1/2)

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Different-phases-of-Factor-IX-protein-Important-functions-are-highlighted-
for-different_fig2_51595917/download (último acesso em 16 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX (2/2)
— Proteína madura de 416 aa com o domínio Gla na sua região N-
terminal
  Domínios EGF
  Péptido de ativação
  Domínio catalítico

— Existem 2 formas alélicas

— Clivagem do péptido de ativação


  Cadeia pesada: domínio catalítico
  Cadeia leve: seção Gla-EGF1-EGF2

— Obtenção
  Derivado do plasma humano
  Tecnologia da DNA recombinante
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX recombinante (1/2)
— Complexas modificações pós-tradução
  Produção em células de mamífero

— Fator IX recombinante
  Sequência idêntica ao fator IX humano

  Manipulado por tecnologia DNA recombinante

  Semi-vida aumentada
  Fusão entre o fator IX e o Fc da IgG
  Fusão entre o fator IX e a albumina humana
  Peguilado

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX recombinante (2/2)

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX recombinante
Considerações farmacêuticas
— Forma farmacêutica

— Prazo de validade
  24-36 meses, conservado entre 2-8ºC

— Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIIa

— Obtenção
  Tecnologia de DNA recombinante

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-coagulation-factor-VII-FVII-is-a-serine-protease-of-406-residues-
Different_fig1_51632587 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIIa recombinante
— Eptacog alfa
  Uso
  Forma farmacêutica
  Prazo de validade
  3 anos (t.a.)
  Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019
Disponível em https://www.pharmacodia.com/yaodu/html/v1/biologics/617974172720b96de92525536de581fa.html (último
acesso em 18 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Doença de von Willebrand
— Deficiência ou
disfunção no fator de
von Willebrand

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B.


Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals
and applications. Springer Nature Switzerland
AG,5 th edition, 2019
Imagem disponível em
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1
601561 (último acesso em 12 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator de von willebrand
— Uma das maiores proteínas em circulação
  500 kDa – 20000 kDa

— Obtenção
  Derivado do plasma humano
  Tecnologia de DNA recombinante
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Fig-1-Structure-of-VWF-VWF-is-synthesized-as-a-pre-pro-VWF-that-comprises-
a_fig1_24190768 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Domain-structure-of-von-Willebrand-factor-VWF-showing-ADAMTS-13-a-disintegrin-
and_fig1_221814813 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho
Fator de von Willebrand
recombinante
— Vonicog alfa
  Uso (concomitante com fator VIII)

  Forma farmacêutica

  Prazo de validade
  36 meses, entre 3º-5ºC
  12 meses, t.a.

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 21 de abril de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Medicamentos hemoderivados (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
22 de abril de 2020
Sumário
— Deficiência em fatores de coagulação
  Fator VIIa
  Fator de von Willebrand
  Fator XIII
  Antitrombina
  Ativador do plasminogénio humano
— Imunodeficiências
— Medicamentos derivados de plasma humano
  Estratégias para reduzir a infecciosidade

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator IX recombinante
Considerações farmacêuticas
— Forma farmacêutica

— Prazo de validade
  24-36 meses, conservado entre 2-8ºC

— Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIIa

— Obtenção
  Tecnologia de DNA recombinante

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Human-coagulation-factor-VII-FVII-is-a-serine-protease-of-406-residues-
Different_fig1_51632587 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator VIIa recombinante
— Eptacog alfa
  Uso
  Forma farmacêutica
  Prazo de validade
  3 anos (t.a.)
  Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019
Disponível em https://www.pharmacodia.com/yaodu/html/v1/biologics/617974172720b96de92525536de581fa.html (último
acesso em 18 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho


Doença de von Willebrand
— Deficiência ou
disfunção no fator de
von Willebrand

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B.


Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals
and applications. Springer Nature Switzerland
AG,5 th edition, 2019
Imagem disponível em
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1
601561 (último acesso em 12 de abril de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho


Fator de von willebrand
— Uma das maiores proteínas em circulação
  500 kDa – 20000 kDa

— Obtenção
  Derivado do plasma humano
  Tecnologia de DNA recombinante
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Fig-1-Structure-of-VWF-VWF-is-synthesized-as-a-pre-pro-VWF-that-comprises-
a_fig1_24190768 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Domain-structure-of-von-Willebrand-factor-VWF-showing-ADAMTS-13-a-disintegrin-
and_fig1_221814813 (último acesso em 18 de abril de 2020)
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho
Fator de von Willebrand
recombinante
— Vonicog alfa
  Uso (concomitante com fator VIII)

  Forma farmacêutica

  Prazo de validade
  36 meses, entre 3º-5ºC
  12 meses, t.a.

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Fator XIII
— Transglutaminase à reforça os polímeros de fibrina

Komáromi I, Bagoly Z, Muszbek L. Factor XIII: Novel Structural and Functional Aspects. Thromb Haemost. 2011 Jan;9(1):9-20
Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Factor-XIII-tetrameric-structure-and-activation-Plasma-factor-XIII-is-a-
heterologous_fig2_11251207 (último acesso em 18 de abril de 2020)

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Fator XIII recombinante
— Catridecacog
  Uso

  Forma farmacêutica

  Prazo de validade
  24 meses, entre 2-8ºC

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.pharmacodia.com/yaodu/html/v1/biologics/164f545c22e17e5e9298b1c84b9e3e1e.html (último
acesso em 18 de abril de 2020)

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Antitrombina (1/3)
— Glicoproteína de cadeia
simples 58 kDa
  Inibidor do fator Ixa, Xa,
Xia e da trombina

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Antitrombina (2/3)
— Glicoproteína de cadeia
simples 58 kDa
  Potenciação pela ligação
à heparina e a outros
glicoaminoglicanos

  Deficiência à ↑ risco
trombose

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/The-structure-of-an-antithrombin-thrombin-heparin-ternary-complex-taken-from-
PDB-1TB6-a_fig1_261189212 (último acesso em 18 de abril de 2020)

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Antitrombina (3/3)
— Obtenção
  Derivado do plasma humano

— Uso

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Agentes trombolíticos
— Uso

— 1ª agente trombolítico
  Estreptoquinase

— Ativador do plasminogénio
(t-PA) humano

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology,


Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th
edition, 2019
Imagem disponível em
http://www.qmedicine.co.in/top%20health%20topics/H/Myocardial%20
Infarction%20(Heart%20Attack).html (último acesso em 18 de abril de
2020)

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Ativador do plasminogénio
humano

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019
Imagem disponível em https://www.researchgate.net/figure/Structure-and-functions-of-tissue-type-Plasminogen-Activator-tPA-A-Structure-
of_fig1_284797342 (último acesso em 18 de abril de 2020)

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Ativador do plasminogénio
recombinante (1/3)
— Alteplase
  Expresso em CHO
  Curta semi-vida

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Ativador do plasminogénio
recombinante (2/3)
— Tenecteplase
  Expresso em CHO
  Maior semi-vida em comparação com alteplase

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Ativador do plasminogénio
recombinante (2/3)
— Reteplase
  Proteína truncada, cada simples, não glicosilada

  Expresso em E.coli
  Menor afinidade para a fibrina comparativamente com o
alteplase / tenecteplase

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Ativador do plasminogénio
recombinante
Considerações farmacêuticas
— Alteplase, Tenecteplase e Reteplase
  Forma farmacêutica

  Prazo de validade
  Pelo menos, 2 anos, temp. < 25ºC

  Impurezas

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

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Imunodeficiências

Sinogas C. Medicamentos hemoderivados. Universidade de Évora, 2019

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Medicamentos derivados de
plasma humano
— Preparados a partir de mais de 12 dádivas
  GMP – maior consistência na obtenção dos medicamentos
derivados

  Risco para difusão da infecciosidade

Sinogas C. Medicamentos hemoderivados. Universidade de Évora, 2019

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Hemoderivados
— Fração líquida do sangue
  O que resta depois de separados os elementos figurados do
sangue, recolhido num anticoagulante
  O que é separado por filtração ou centrifugação contínua do
sangue, tornado incoagulável (aférese)

— Tipos
  Albumina e soluções de proteínas plasmáticas
  Imunoglobulinas
  Fatores de coagulação e antiproteases
  Outras frações plasmáticas ou combinaçõesn

Farmacopeia Europeia / Portuguesa


Medicamentos derivados de plasma humano para fracionamento. Directiva 89/381/EEC

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Estratégias para reduzir o nível de
infecciosidade do sangue humano
— Seleção de dadores
— Análise das dádivas
— Lista de dadores
— Quarentena de sangue não testado
— Investigação de problemas

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Dadores
— Exigências em matéria de informação
  Parte A – Informações a prestar aos candidatos a dadores de
sangue

  Parte B – Informações que devem ser prestadas pelos dadores


aos serviços de sangue aquando de cada dádiva
  Identificação do dador
  História clínica
  Assinatura do dador

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Elegibilidade de dadores (1/2)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Elegibilidade de dadores (2/2)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Exclusão de dadores
— Definitiva
— Temporária

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Exclusão definitiva de dadores

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Exclusão temporária de
dadores (1/4)

(...)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007
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Exclusão temporária de
dadores (2/4)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Exclusão temporária de
dadores (3/4)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Exclusão temporária de
dadores (4/4)

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Análise das dádivas

Decreto-lei nº 267/2007 de 24 de julho. Diário da República, 1.a série—N.o 141—24 de Julho de 2007

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Hemoderivados em
coagulopatias
Medicamento Indicação terapêutica
Fibrinogénio humano Septicémia, coagulação intravascular
disseminada
Fibrinogénio humano + trombina humana Cirurgias, para promover a selagem de
tecidos
Factor XIII da coagulação humana Défice congénito de factor XIII
Factor VIII da coagulação humana com Doença de von Willebrand
factor de von Willebrand humano
Factor IX da coagulação humana Hemofilia B; Deficiência adquirida em
factor IX
Factor VIII da coagulação humana Hemofilia A; Deficiência adquirida em
factor VIII
Factores de coagulação humana Tratamento e profilaxia pré-cirúrgica de
hemorragias

Infomed. Disponível em http://app7.infarmed.pt/infomed/inicio.php (último acesso em 20 de abril de 2020)


Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 22 de abril de 2020 Mónica Condinho
Medicamentos de
Biotecnologia
TERAPIA GENÉTICA

Carlos Sinogas,
2020-04-28

UALG
Terapia ou terapêutica genética?
• Terapia
Medicamentos de Biotecnologia

• Ramo da Medicina ou da Veterinária que trata da cura de doenças ou de


qualquer estado patológico ...
2019/20

• Terapêutica
• Ramo da Medicina ou da Veterinária que versa o tratamento de doenças ou
quaisquer distúrbios (=TERAPIA)
Carlos Sinogas

Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea


Academia das Ciências de Lisboa
Terapia genética
• Técnica para corrigir efeitos de genes responsáveis por patologias
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Métodos
• Inserção de gene normal para substituição de gene não funcional
• Correção do gene anormal (mutações específicas, recombinação homóloga)
• Regulação da expressão de produto disfuncional
Carlos Sinogas
Doenças genéticas
• São doenças causadas por anomalias no material genético do
indivíduo afetado (alterações na sequência normal do genoma)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

“A thousand ills require a thousand cures” Ovid (43 B.C.)


Carlos Sinogas
Tratamentos de doenças genéticas
• Dietas especiais
• Suplemento com metabolito não sintetizado
Medicamentos de Biotecnologia

• Inibição de reações enzimáticas


2019/20

• Prevenção da acumulação de componentes tóxicos


• Remoção de moléculas tóxicas
• Diálise, excreção facilitada
• Substituição de produto defeituoso ou em falta
• Terapêutica de substituição de proteína ou enzima
Carlos Sinogas

• Alteração de proteína defeituosa por pequenas moléculas


• Indução da hidrólise da proteína defeituosa
• Transplantação de órgãos
• Substituição de órgão não funcional
Tratamento de doenças genéticas
• Terapia genética
Medicamentos de Biotecnologia

• Retificação de defeito genético com o gene funcional


2019/20

• Terapia de ácidos nucleicos


• Bloqueio de tradução de mRNA de gene defeituoso
(ribozima, antisenso, siRNA)
Carlos Sinogas

• TERAPIA GENÉTICA
Tipos de doenças genéticas
• Monogénica
Medicamentos de Biotecnologia

• Patologia resultante de alterações ou mutações na sequência de um único


gene.
2019/20

• Multifactorial (complexas, poligénicas)


• Patologia resultante da combinação de múltiplos factores ambientais e
mutações em diversos genes.
• Cromossomal
Carlos Sinogas

• Anomalias cromossomais (S. Down)


• Mitocondrial
• Patologia por mutações no genoma da mitocôndria
Objetivo dos tratamentos
Corrigir fenótipo patológico / anormal
Medicamentos de Biotecnologia

• Selecionar substratos
2019/20

• Intolerância à lactose
• Substituir proteínas
• Factor IX (hemofilia) – circulante
• Enzimas lisosomais – intracelular
Carlos Sinogas

• Substituir genes
• Corrigir funcionamento de genes
Primeiros passos
• Identificar o problema
Medicamentos de Biotecnologia

• Conhecer o sistema
2019/20

• Via metabólica (metabolitos)


• Componentes intervenientes
• Funcionamento do sistema
• Ao nível do órgão
Carlos Sinogas

• Ao nível celular
• Caraterística dominante
• Caraterística recessiva
Avanços técnico-científicos
• Conhecimentos científicos
Medicamentos de Biotecnologia

• Estrutura do DNA
Funcionamento molecular das células
2019/20


• Fatores etiológicos de patologias
• Sequência do genoma humano
• ...
• Desenvolvimento tecnológico
Carlos Sinogas

• Clonagens moleculares (enzimas de restrição, polimerases, ligases,...)


• Sequenciação de DNAs
• Manipulação de células e vírus
• Informática
• ...
Regulação da expressão
Medicamentos de Biotecnologia

• ONDE ?
2019/20

• QUANDO ?
Carlos Sinogas

• QUANTO ?
Terapia genética humana
(sentido estrito)
• Administração de ácido nucleico a célula somática para corrigir
situação debilitante, aliviar sofrimento ou aumentar longevidade
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

Não altera a linha germinal


• Alterações genéticas não passam à descendência
Carlos Sinogas
Elementos de gene terapêutico
• Sequência codificante
Medicamentos de Biotecnologia

• Região promotora e de terminação da transcrição


2019/20

• Elementos para processamento do mRNA (cap, splicing, poli-A)


• Elementos para tradução (Leader, codões de iniciação e de terminação)
• Sequências adaptadas para processamento da proteína (glicosilação, secreção, etc.)
• Sequências para recombinação homóloga ou inserção no genoma
Carlos Sinogas

• Marcador de seleção para célula eucariótica


• Marcador de seleção para bactérias
Hemofilia
Falta de fator da coagulação
Medicamentos de Biotecnologia

• Terapêutica convencional
2019/20

• Injeção i.v. do factor em falta

• Terapia genética
• Introdução de gene do fator em célula que o segregue para a circulação
Carlos Sinogas

Quanto / quando?
Mucopolissacaridose
Falta de enzima lisosomal
Medicamentos de Biotecnologia

• Terapêutica convencional
2019/20

• Injeção i.v. da enzima em falta. Endocitose celular

• Terapia genética
• Introdução de gene da enzima em célula que o segregue para a circulação.
Carlos Sinogas

Endocitose celular

Quanto / quando?
Fibrose quística
Falta de recetor transmembranar nas vias aéreas
Medicamentos de Biotecnologia

• Terapêutica convencional
2019/20

• ... (processamento da proteína no Golgi)

• Terapia genética
• Introdução de gene do recetor nas células apropriadas
Carlos Sinogas

Quanto / quando?
Depois do gene ...
• Como chegar à célula alvo para introduzir o gene?
• ex vivo vs. in vivo
Medicamentos de Biotecnologia

• Que percentagem de células alvo precisa ser alterada?


2019/20

• Para resolver clinicamente a situação


• Quais as consequências de uma eventual expressão incorreta?
• Excessiva / insuficiente
• Qual a duração do gene nas células alvo?
• Células somáticas, renováveis
Carlos Sinogas

• A expressão do gene é constitutiva ou regulada?


• Elementos estruturais ou funcionais
• Se expressão modulada, como fazê-lo?
• Ribozimas / Antisenso / siRNA
Como “injetar” o DNA na célula alvo?
• Injeção in situ (DNA purificado)
Medicamentos de Biotecnologia

• DNA em liposomas e/ou associado a ligandos específicos da célula


2019/20

alvo
• Vetores virais
• Retrovirus (células sanguíneas)
• Adenovirus (trato respiratório)
Carlos Sinogas

• Virus associados aos adenovirus (AAV)


• Herpesvirus (células nervosas)
• ...
Riscos associados à terapia genética
• Inserção em local inapropriado
Medicamentos de Biotecnologia

• Disrupção de gene em expressão normal


Patologia nova
2019/20


• Indução de expressão de oncogene (repressão de inibidor)
• Indução de tumor

• Vetores virais
• Ativação ou complementação de provírus ou de retro-elementos
Carlos Sinogas

• Infeção viral / tumor


• Reversão da infeciosidade do vetor
• Infeção viral
Vetores de Adenovírus
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

https://ghr.nlm.nih.gov/primer/therapy/procedures
Vetor retroviral (não infecioso)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

Anson DS. The use of retroviral vectors for gene therapy-what are the risks? A review of retroviral pathogenesis and its relevance to retroviral vector-mediated gene delivery. Genetic vaccines and
therapy. 2004;2:9. doi: 10.1186/1479-0556-2-9
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

AAV (adeno associated vírus)


Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Introdução de gene
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Vetores em terapia genética


Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

in-vivo / ex-vivo
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Células estaminais hematopoiéticas


Contratempos
• 1999 - Gelsinger (18 anos) – falta de enzima hepática (OTC)
Medicamentos de Biotecnologia

• Alta concentração de DNA injetado (1% no fígado)


2019/20

• Ativação da imunidade inata, morte em 4 dias


(USA)

• 2002/2003 (2 crianças) – X-SCID


Carlos Sinogas

• ADA em vetor retroviral


• Desenvolvimento de leucemia
(França)
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Ensaios clínicos (1989-2015)


Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Distribuição geográfica
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Indicações em teste
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Tipos de genes em testes


Limitações atuais da terapia genética
• Doenças multigénicas ou multifactoriais
Medicamentos de Biotecnologia

• Vida curta do DNA e das células recombinadas


2019/20

(Þ terapêutica continuada)

• Resposta imunitária a componentes estranhos


(Þ impede terapêutica continuada)
Carlos Sinogas

• Precisão do local de inserção do gene

• Falta de controlo de “gene dosage”


Questões éticas
• O que é normal e anormal?
Medicamentos de Biotecnologia

• O que é doença ou inaptidão?


2019/20

• É legítimo aumentar a vida de incapacitados e viabilizar a sua


procriação?
• Se somática, porque não germinal?
• Quem pode ou deve aceder?
Carlos Sinogas

• Quem paga?
QUEM DECIDE?
Epílogo
• “In our view, gene
therapy may
ameliorate some
human genetic
diseases in the
future...”

T. Friedmann, Science, 1972

Referencia
Medicamentos de
Biotecnologia
ATMP
(ADVANCED THERAPY M EDICINAL PRODUCTS)

Carlos Sinogas,
2020-04-28

UALG
ATMP
(Advanced therapy medicinal products)
• Produtos industriais
Medicamentos de Biotecnologia

• Produtos de terapia genética


2019/20

(Gene Therapy Medicinal Products)


• Produtos de terapia de células somáticas
(Somatic Cell Therapy Medicinal Products)

• Produtos de saúde
• Engenharia de tecidos
Carlos Sinogas

(Tissue engineered)
• Vacinas individualizadas anti-tumorais
(Tumor vacines)
Tratamento de doenças genéticas
• Terapia genética
Medicamentos de Biotecnologia

• Retificação de defeito genético com o gene funcional


(substituição / correção de gene)
2019/20

• Terapia de ácidos nucleicos


• Bloqueio / manipulação da expressão de gene defeituoso
Transcrição/processamento/estabilidade de mRNAs
• ASO (anti-senso oligos); Aptâmeros; Ribozima; ...
Carlos Sinogas

• In vivo / ex-vivo
Terapia de ácidos nucleicos
Funcionalidades
• Hibridação específica com cadeia senso ou anti-senso (DNA) ou cadeia
senso (RNA) – ASOs (anti-sense oligos)
Medicamentos de Biotecnologia

• Estabilidade do mRNA no citoplasma


2019/20

• Condicionamento da transcrição no DNA


• Processamento do hnRNA
• Ribozimas – nucleólise
• RNA decoy (engodo)
Carlos Sinogas

• sncRNA (small non coding RNA <200 nts)


• lncRNA (long non coding RNA >200 nts)

https://www.nature.com/subjects/nucleic-acid-therapeutics
Terapia de ácidos nucleicos
Tipos
• miRNA – microRNA (60-70 nucleótidos) modelação do fenótipo por interferência com
estabilidade do mRNA
Medicamentos de Biotecnologia

• siRNA (smal interfering RNA) – antisensos


2019/20

• Antagomir – neutralização de miRNA


• Sponges – antagomir para vários miRNA
• LNA (locked nucleic acid) – ribose com ligação 2’ - O - 4’ – maior estabilidade e
afinidade para RNA ou DNA complementar
• PNA (peptide nucleic acids) – péptidos com afinidade para as cadeias duplas de DNA e
RNA que interferem com a sua funcionalidade
Carlos Sinogas

• TFO (tríplice forming oligonucleotide) – DNA


• Ribozimas
• RNA decoy
• circRNA (RNA circular) – aumento de estabilidade
https://www.nature.com/subjects/nucleic-acid-therapeutics
Terapia de ácidos nucleicos (medicamentos)
• Aptâmeros
Medicamentos de Biotecnologia

• Recetor da VEGF; coagulação; ...


2019/20

• ASO (anti-senso)
• Fomivirsen
• Mipomersen
• Nusinersen
Carlos Sinogas
VITRAVEN
• Substância ativa: Fomivirsen (oligo anti-senso)
Medicamentos de Biotecnologia

• Anti- IE2 mRNA de CMV


2019/20

• Retinite por CMV em imunodeficientes (uso local)


• Custo: 800 US$ (2 X mês)
Carlos Sinogas

• USA – 1998
• EMA – 1999 -2002 (razões comerciais – existe na Suíça)
KYNAMRO
• Substância ativa: Mipomersen (antisense oligonucleotide)
Medicamentos de Biotecnologia

• Anti apolipoproteina B (hipercolesterolémia)


2019/20

• Hipercolestrolemia familiar homozigota


• Custo: 7 365 US$ / mL / semana
Carlos Sinogas

• USA – 2013; descontinuado


• EMA – 2012 recusado (hepatotoxicidade, risco cardiovascular)
SPINRAZA
• Substância ativa: Nusinersen (Oligonucleótido anti-senso)
Medicamentos de Biotecnologia

• Inibe excisão de exão 7 de mRNA de SMN2


2019/20

• SMN2 substitui SMN1

• Custo: ~250 000 € / ciclo


3 ciclos / ano ; ~750 000 / ano
Carlos Sinogas

• EMA – 2017
SPINRAZA (nusinersen – AS oligo)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

Chiriboga C.A., Swoboda K.J., Darras B.T., Iannaccone S.T., Montes J., De Vivo D.C., Norris D.A., Bennett C.F., Bishop K.M. Results from a phase 1 study of nusinersen (ISIS-SMNRx) in children with
spinal muscular atrophy. Neurology. 2016;86:890–897. doi: 10.1212/WNL.0000000000002445.
Ensaios clínicos em curso (USA)
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Pharm aceuticals
Medicamentos de Biotecnologia

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NCT00059813; 2003; United States of America National Cancer Institute (NCI) Metastatic renal cell cancer Phase 2; Bcl-2
NCT00780052; 2008; United States U niversity of Pennsylvania Advanced haem atological Phase 1; c-m yb ASO
of Am erica m alignancies (acute m yeloid or NCT00048295; 2002; United States Isis Pharm aceuticals Crohn's disease Phase 3; intercellular adhesion
lym phoid leukaem ia; or NCT00078234; 2004; United States of America Genta Incorporated Chronic lymphocytic leukaemia Phase 1/2; Bcl-2 of Am erica m olecule
m yeloproliferative disorder (M PD)
2019/20

including chronic m yelogenous NCT01780545; 2013; United States OncoGenex Technologies M etastatic bladder cancer Phase 2; Heat shock protein 27
NCT00017251; 2001; United States of America National Cancer Institute (NCI) Extensive-Stage Small Cell Lung Cancer Phase 1; Bcl-2
leukaem ia (CM L); or m yelodysplastic of Am erica
syndrom e (M DS); or non-Hodgkin's
lym phom a (including CLL); or NCT00471432: 2007; United States of America NCIC Clinical Trials Group Bladder cancer, breast cancer, kidney cancer, lung Phase 1; Clusterin NCT01598948; 2012; Germ any Ludw ig-M axim ilians - U niversity of Atherosclerosis Phase 3; apolipoprotein B
m ultiple m yelom a) cancer, ovarian cancer, prostate cancer
M unich
NCT00159250; 2005; United Im perial College, London Duchenne m uscular dystrophy Phase 1/2 studies against AVI-4658 NCT00063934; 2003; United States of America National Cancer Institute (NCI) Breast cancer Phase 1/2; Bcl-2 NCT01083615; 2010; United States OncoGenex Technologies Prostate cancer Phase 3; Clusterin
Kingdom PM O of Am erica
NCT02417753; 2015; United States National Cancer Institute M alignant ascites Phase 2; STAT3 NCT01563302; 2012; United States of America Isis Pharmaceuticals Lymphoma Phase 1/2; STAT 3
of Am erica NCT02549651; 2015; United States M edIm m une LLC Diffuse large B-cell lym phom a Phase 1; STAT 3
of Am erica
NCT02507583; 2015; United States Thom as Jefferson U niversity M alignant gliom a Phase 1; Insulin like grow th factor-1 NCT00016263; 2001; United States of America Genta Incorporated Malignant melanoma Phase 3; Bcl-2
of Am erica
NCT02243124; 2014; United States Eleos, Inc. M yelodysplastic syndrom e Phase 1; P 53
NCT00466583; 2007; United States Enzon Pharm aceuticals, Inc. Advanced solid tum ours or Phase 1; Hypoxia-inducible factor-1α NCT00258375; 2005; United States of America NCIC Clinical Trials Group Metastatic breast cancer Phase 2; Clusterin of Am erica
of Am erica lym phom a

NCT01550523; 2012; United States Thom as Jefferson U niversity Recurrent m alignant gliom a Phase 1; Insulin like grow th factor NCT00070083; 2003; United Kingdom British Columbia Cancer Agency Diffuse large B cell lymphoma Phase 1; Bcl-2 NCT02144051; 2014; United States AstraZeneca Advanced solid tum ours w ith Phase 1; Androgen receptor
of Am erica receptor NCT00017602; 2001; United States of America Genta Incorporated Multiple myeloma Phase 3; Bcl-2 of Am erica androgen receptor pathw ay as a
potential factor
NCT00100672; 2005; United States IN SYS Therapeutics Inc Advanced cancer Phase 1; c-raf
of Am erica NCT00365781; 2006; United States of America Isis Pharmaceuticals Type 2 diabetes mellitus Phase 1; Tyrosine phosphatase 1B NCT00363974; 2006; United States Aegera Therapeutics Acute m yelom onocytic leukaem ia Phase 1; X-linked inhibitor of
of Am erica apoptosis protein
NCT01120288; 2010; United States National Cancer Institute Advanced solid tum ours w ith Phase 1; Hypoxia inducible factor-1α
of Am erica m etastasis NCT00030641; 2002; United States of America Genta Incorporated Non small cell lung cancer Phase 2/3; Bcl-2
NCT00054548; 2003; United States National Cancer Institute Advanced solid tum ours Phase 1; Bcl-2
NCT01159028; 2010; United States Bio-Path Holdings, Inc. Recurrent adult acute m yeloid Phase 1; Grow th factor receptor of Am erica
of Am erica leukaem ia or acute lym phoblastic bound protein-2 NCT00070343; 2003; United States of America Jonsson Comprehensive Cancer Center Malignant melanoma Bcl-2
leukaem ia or m yelodysplastic NCT00557596; 2007; United States Aegera Therapeutics Advance pancreatic cancer Phase 1/2; X-linked inhibitor of
syndrom e or Ph1 Positive chronic of Am erica apoptosis protein
NCT00024440; 2001; United States of America Genta Incorporated Chronic lymphocytic leukaemia Phase 3; Bcl-2
m yeloid leukaem ia

NCT00959868; 2009; Canada Vancouver Coastal Health Superficial bladder tum our Phase 1; Heat shock protein 27 NCT00558922; 2007; United States Aegera Therapeutics Non-sm all cell lung cancer Phase 1/2; X-linked inhibitor of
NCT00085228; 2004; Belgium European Organisation for Research and Adenocarcinoma prostate Phase 2; Bcl-2
Treatment of Cancer of Am erica apoptosis protein

NCT00048321; 2002; United States Isis Pharm aceuticals Rheum atoid arthritis Phase 2; Tum or necrosis factor
NCT00543205; 2007; United States of America GentaIncorporated Melanoma Phase 2/3; Bcl-2
of Am erica NCT00080847; 2004; United States National Cancer Institute Advanced diffuse large B-cell Phase 2; Bcl-2
Carlos Sinogas

of Am erica non-Hodgkin's lym phom a


NCT02423590; 2014; United Q ueen M ary U niversity of London Advanced squam ous cell lung cancer Phase 2; Heat shock protein 27 NCT00054106; 2003; United States of America NCIC Clinical Trials Group Prostate cancer Phase 1; Bcl-2
Kingdom
NCT00385775; 2006; United States Aegera Therapeutics Advanced tum ours Phase 1; X-linked inhibitor of
NCT00445913; 2007; United States U niversity of Pittsburgh Type 1 diabetes m ellitus Phase 1; CD40, CD80 and CD86 NCT01710852; 2012; United States of America Isis Pharmaceuticals Paroxysmal atrial fibrillation Phase 2; CRP of Am erica apoptosis protein
of Am erica

NCT01470911; 2011; Sterna Biologicals Gm bH & Co. KG Bronchial asthm a Phase 1; GATA-3 NCT00967512; 2009; United States Eleos, Inc. Acute m yelogenous leukaem ia Phase 2; P 53
NCT00004870; 2000; United States of America The University of Texas Health Science Center at Colorectal cancer Phase 1/2; Bcl-2
Germ anyNCT01554319; 2012; San Antonio of Am erica
Germ any
NCT01577953; 2012; Germ any NCT00003236; 1999; United States of America Eastern cancer cooperative agency Metastatic breast cancer Phase 2; Protein kinase-alpha NCT00558545; 2007; United States Aegera Therapeutics Advanced breast cancer Phase 1/2; X-linked inhibitor of
of Am erica apoptosis protein
NCT01743768; 2012; Germ any Sterna Biologicals Gm bH & Co. KG Bronchial asthm a Phase 2; GATA-3
NCT01120470; 2010; United Kingdom British Columbia Cancer Agency Castration resistant prostate cancer Phase 2; Heat shock protein-27
NCT00543231; 2007; United States of America Genta Incorporated Solid tumours Phase 1; Bcl-2
NCT02564354; 2015; United States ProQ R Therapeutics Cystic fibrosis Phase 1; ΔF508
of Am erica
NCT00636545; 2007; United States of America Genta Incorporated Solid tumours Phase 1; Bcl-2
NCT02532764; 2015; United States ProQ R Therapeutics Cystic fibrosis Phase 1/2; ΔF508
of Am erica
NCT00896857; 2009; United States of America Comprehensive Cancer Center of Wake Forest Breast cancer Bcl-2
NCT00021749; United States of Genta Incorporated Chronic lym phocytic leukaem ia Phase 1/2; Bcl-2 University
Am erica
NCT00024648; 2001; United States of America INSYS Therapeutics Inc Advanced malignancies Phase 1; Raf-1

NCT00024661; 2001; United States of America INSYS Therapeutics Inc Advanced solid tumours Phase 1; Raf-1

NCT02079688; 2014; United States of America Sterna Biologicals GmbH & Co. KG Atopic eczema Phase 2; GATA-3

NCT01839604; 2013; Hong Kong AstraZeneca Metastatic hepatocellular carcinoma Phase 1; STAT-3

Sridharan K., Gogtay N.J. Therapeutic nucleic acids: Current clinical status. Br. J. Clin. Pharmacol. 2016;82:659–672. doi: 10.1111/bcp.12987.
Terapias genéticas autorizadas
• Gendicine (China 2003) – Adeno com p53 carcinoma • Luxturna (EMA 2018) – AAV2 com cópia do gene RPE65.
cabeça e pescoço Injeção intravítrea na distrofia congénita da retina.
Medicamentos de Biotecnologia

• Oncorine (China 2005) – Adeno oncolítico para tumor da • Kymriah (EMA 2018) – Tisagenlecleucel: Lentivirus com
nasofaringe hibridio CAR-T (recetor quimérico hibrido de recetor T e
2019/20

recetor de CD-19). Leucémia linfoblástica aguda de células


• Glybera (EMA 2012) – Alipogene tiparvovec – reversão da
B. Transformação de células T autólogas ex-vivo.
deficiência em Lipoproteina lípase (LPLD) – pancreatite.
• Yescarta (EMA 2018) – Axicabtagene ciloleucel: Retrovirus
AAV1 vírus com cópia intacta da lipoproteína lípase com hibridio CAR-T (recetor quimérico hibrido de recetor
• Imlygic (EMA 2015) – Talimogene laherparepvec. Vírus T e recetor de CD-19). Leucémia linfoblástica aguda de
Herpes oncolítico para melanoma. células B. Transformação de células T autólogas ex-vivo.
• Zalmoxis (EMA 2016/2018) auxiliar de transplante • Zolgensma (EMA 2019) Onasemnogene abeparvovec:
hematopoiético. Células T alogénicas modificadas por AAV9 com gene SMN1. Tratamento da atrofia muscular
vetor retroviral contendo sequência truncada de gene de espinal.
Carlos Sinogas

recetor de fator de crescimento neuronal e TK de herpes. • Zynteglo (EMA 2019) A genetically modified autologous
• Strimvelis (EMA 2016) – Retrovirus com o gene humano CD34+ cell enriched containing haematopoietic stem cells
da adenosina desaminase. Terapêutica genética de células (HSC) transduced with lentiviral vector (LVV) encoding the
βA-T87Q-globin gene.
estaminais para a ADA-SCID.
GLYBERA (EMA 10/2012)
• Active substance of Glybera, alipogene tiparvovec, is a lipid
modifying agent ( ATC Code C10 AX10).
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Glybera is a gene therapy medicinal product constructed with an


adeno-associated viral vector carrying the gene for lipoprotein
lipase protein, which is expressed in muscle after administration.
Carlos Sinogas

• 1 200 000 €
• AIM cancelada
IMLYGIC (EMA 12/2015)
• Talimogene laherparepvec, is a type of gene therapy called
‘oncolytic virus’.
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Imlygic is an oncolytic viral therapy with attenuated life herpes


simplex virus type 1 (HSV-1). In HSV-1, two genes are removed and
one gene is added.
• Só replica nas células tumorais (melanoma)
Carlos Sinogas

• 65 000 US$ / mL; < 4 ml / lesão


STRIMVELIS (EMA 5/2016)
• Autologous CD34+ enriched cell fraction that contains CD34+ cells
transduced with retroviral vector that encodes for the human ADA
Medicamentos de Biotecnologia

cDNA sequence. Ex-vivo.


2019/20

• SCID por deficiência de adenosina desaminase


Carlos Sinogas

• 594 000 €
ZALMOXIS (EMA 6/2016)
• Allogeneic T cells genetically modified with a retroviral vector encoding
for a truncated form of the human low affinity nerve growth factor
Medicamentos de Biotecnologia

receptor (ΔLNGFR) and the herpes simplex I virus thymidine kinase (HSV-
TK Mut2)
2019/20

• Recuperação de transplante de estaminais hematopoiéticas


• Graft vs host disease
Carlos Sinogas

• 130 000 US$ / infusão


• AIM cancelada
KYMRIAH (EMA 8/2018)
• Tisagenlecleucel - Lentivírus with gene encoding a chimaeric
antigen (anti CD19) and T-cell receptor (CAR-T) that targets
Medicamentos de Biotecnologia

leukaemia cells
2019/20

• B-cell acute lymphoblastic leukemia


Carlos Sinogas

• 475 000 US$


YESCARTA (EMA 8/2018)
• Axicabtagene ciloleucel – Retrovirus with gene encoding a
chimaeric antigen (anti CD19) and T-cell receptor (CAR-T) that
Medicamentos de Biotecnologia

targets leukaemia cells


2019/20

• B-cell acute lymphoblastic leukemia


Carlos Sinogas

• 373 000 US$


LUXTURNA (EMA 11/2018)
• Voretigene neparvovec, AAV2-based treatment with the correct
copy of the RPE65 gene.
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

• Patients with an inherited form of retinal dystrophy directly injected


into the retina

• 375 000 US$ / olho


Carlos Sinogas
ZOLGENSMA (EMA 5/2019)
• AVXS-101 (onasemnogene abeparvovec):
Medicamentos de Biotecnologia

• A non-replicating recombinant AAV9 with the human Survival


2019/20

Motor Neuron (SMN) gene under the control of the


cytomegalovirus (CMV) enhancer/chicken-β-actin-hybrid
promoter (CB).

• 2 000 000 €
Carlos Sinogas

• 1014 vg/kg (total células: 3 x 1010 / 100 000 vg/célula...)


Controvérsia ZOLGENSMA
• Medicamento desenvolvido por AveXis, adquirido por Novartis
Medicamentos de Biotecnologia

• Manipulação de dados entre a fase I e a fase III


2019/20

• On going...
• Manutenção da AIM pela FDA
• On hold na EMA e Japão
Carlos Sinogas
ZYNTEGLO (6/2019)
• Beta-talassémia
Medicamentos de Biotecnologia

• Autologous CD34+ cell enriched population that contains


2019/20

hematopoietic stem cells transduced with lentiglobin BB305


lentiviral vector encoding the beta-A-T87Q-globin gene

• Ex-vivo
Carlos Sinogas

• Custo: 315 000 € + 4 X 315 000 € (dependente do resultado)


Produtos de terapias avançadas
Terapia de células somáticas
(Até Dezembro de 2017)
• Chondrocelect – TEP – Comm Dec 5/10/09 / MA withdrawn July 2016
Medicamentos de Biotecnologia

• Glybera – GTMP – Comm Dec 25/10/12 / MA ended Oct 2017


2019/20

• MACI – TEP, combined ATMP – Comm Dec 27/6/13 / MA suspended Sept. 2014
• Provenge – sCTMP - Comm Dec 6/9/13 / MA withdrawn May 2015
• Holoclar – TEP – Comm Dec 17/2/15
• Imlygic – GTMP – Comm Dec 16/12/15
• Strimvelis – GTMP – Comm Dec 26/5/16
• Zalmoxis – CTMP - Comm Dec 18/8/16
• Chondrosphere – TEP – Comm Dec 10/7/17
• Alofisel – CTMP – Opinion 12/17 (Comm Dec. Pending)
Carlos Sinogas

Advanced Therapy Medicinal Products (ATMP); Tissue Engineered Products (TEP); Gene Therapy Medicinal Products
(GTMP); Cell Therapy Medicinal Products (CTMP); Somatic Cell Therapy Medicinal Products (sCTMP)

Reflection paper on classification of advanced therapy medicinal products (2015). EMA/CAT/600280/2010 rev.1 - Committee for Advanced Therapies (CAT)
Medicamentos de
Biotecnologia
CRISPR/C AS 9

Carlos Sinogas,
2020-05-12

UALG
CRISPR
• The Revolutionary Breakthrough for
Medicamentos de Biotecnologia

Genetics and Evolution


2019/20

• Sistema imunitário procariótico


• (40% das bactérias sequenciadas)

• The future of genetic engineering


Carlos Sinogas

Kisak, P F (2017). The Revolutionary Breakthrough for Genetics & Evolution. CreateSpace Independent Publishing Platform. (ISBN 978-1548451516)
CRISPR
Clustered
Medicamentos de Biotecnologia

Regularly
2019/20

Interspaced
Short
Palindromic
Carlos Sinogas

Repeats
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Ferramentas de edição de DNA


Publicações temáticas - CRISPR
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

Adli, M. The CRISPR tool kit for genome editing and beyond. Nat Commun 9, 1911 (2018) doi:10.1038/s41467-018-04252-2
Locus CRISPR em bactérias
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

Cas: CRISPR associated genes / proteins


https://meiobit.com/393798/crispr-entenda-o-que-e-e-quais-as-possibilidades-sem-hype-ou-histeria/
Generalidades
• Dimensões:
Sequências repetitivas: 23 a 55 pb
Medicamentos de Biotecnologia


• Espaçadores: 21 a 72 pb
2019/20

• Número de espaçadores / sequências repetitivas: <50


• Genes de proteínas associados ao CRISPR: 93 (várias bactérias)
• CRISPR identificados:
• Classe I: Tipos I, III
Complexos de múltiplas proteínas Cas
• Classe II: Tipos II, IV, V e VI
Única proteína Cas
Carlos Sinogas

• crRNA: CRISPR RNA / tracrRNA: Trans-activating CRISPR RNA


• sgRNA: single guide RNA (crRNA + tracrRNA)
• Cas9: tipo II
Funcionamento genérico do sistema natural
• Proteção contra infeções de
bacteriófagos por
Medicamentos de Biotecnologia

Reconhecimento de infeções
2019/20

anteriores
• Infeção fágica primária:
• Aquisição de sequência nucleotídica
específica para genoma (spacer no locus
CRISPR)
Carlos Sinogas

• Infeção fágica secundária


• Reconhecimento pela sequência antes
adquirida
• Hidrólise do DNA pela proteína Cas
Conceito base
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

https://www.neb.com/tools-and-resources/feature-articles/crispr-cas9-and-targeted-genome-editing-a-new-era-in-molecular-biology
Complexo natural (crRNA + tracrRNA)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

https://horizondiscovery.com/en/applications/crispr-cas9/crispr-cas9-gene-editing-applications
Complexo artificial (gRNA)
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

https://meiobit.com/393798/crispr-entenda-o-que-e-e-quais-as-possibilidades-sem-hype-ou-histeria/
Aplicações genéricas
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20
Carlos Sinogas

https://www.neb.com/tools-and-resources/feature-articles/crispr-cas9-and-targeted-genome-editing-a-new-era-in-molecular-biology
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Outras aplicações genéricas


O futuro está em curso
• “Progress in science depends on new techniques, new discoveries
and new ideas, probably in that order”
Medicamentos de Biotecnologia
2019/20

Sydney Brenner (Nobel 2002)

Genome engineering technology potential for modifying genomes:


• In humans, it holds the promise of curing genetic disease;
Carlos Sinogas

• In other organisms it provides methods to reshape the biosphere


for the benefit of the environment and human societies

Brenner, S. Life sentences: Detective Rummage investigates. Genome. Biol. 9, 1013.1–1013.2 (2002).
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Produtos e serviços
Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Edição de genes animais “à medida”


Medicamentos de Biotecnologia
Carlos Sinogas 2019/20

Células geneticamente modificadas


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Biossimilares

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
13 de maio de 2020
Sumário
— Conceito de biossimilar
— Características específicas dos biossimilares
— Biossimilares aprovados na UE e em Portugal
— Biossimilar vs genérico
  Desenvolvimento e características
— Aprovação dos biossimilares na UE
— Estudos de comparabilidade
— Imunogenicidade dos biossimilares
— Segurança dos biossimilares
— Intercambialidade medicamento de referência vs biossimilar

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilar
A biosimilar is a biological medicine highly similar to another
biological medicine already approved in the EU (called 'reference
medicine') in terms of structure, biological activity and efficacy,
safety and immunogenicity profile
(the intrinsic ability of proteins and other biological medicines to
cause an immune response)

— Primeira aprovação na UE em 2006

— Medicamentos de aprovação centralizada


Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/human-regulatory/overview/biosimilar-medicines-overview (último acesso em 10 de maio de
2020)
Guideline on similar biological medicinal products. CHMP/437/04 Rev 1, 23 October 2014. EMA. Disponível em
http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Scientific_guideline/2014/10/WC500176768.pdf (último acesso em 10 de maio
de 2020) Guideline on similar biological medicinal products containing biotechnology-derived proteins as active substance: non-clinical and
clinical issues. EMEA/CHMP/BMWP/42832/2005 Rev1, 18 December 2014. EMA. Disponível em
http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Scientific_guideline/2015/01/WC500180219.pdf (último acesso em 10 de maio
de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Características específicas
dos biossimilares (1/2)
— Altamente similar ao medicamento de referência

— Diferenças não são significativas do ponto de vista clínico em


relação ao medicamento de referência

— Variabilidade do biossimilar mantida dentro de limites


rigorosos

— Mesmas normas rigorosas de qualidade, segurança e


eficácia

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Características específicas
dos biossimilares (2/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares aprovados na UE
Categorias

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares
aprovados em Portugal
Nome do
DCI Forma Farmacêutica Dosagem
Medicamento
Adalimumab Amgevita Solução injetável em caneta pré-cheia 40 mg/0,8 mL
Bevacizumab MVASI Concentrado para solução para perfusão 25 mg/mL
Enoxaparina sódica Crusia Solução injetável em seringa pré-cheia 100 mg/1 mL
Epoetina alfa Abseamed Solução injetável 1000 U.I./0,5 mL
Etanercept Benepali Solução injetável em caneta pré-cheia 50 mg/1 mL
Solução injetável ou para perfusão em seringa pré-
Filgrastim Accofil cheia 30 M.U.I./0,5 mL
Folitropina alfa Bemfola Solução injetável em caneta pré-cheia 150 U.I./0,25 mL
Infliximab Flixabi Pó para concentrado para solução para perfusão 100 mg
Insulina glargina Abasaglar Solução injetável em caneta pré-cheia 100 U/mL
Insulina lispro (solúvel) Insulina lispro Sanofi Solução injetável 100 U/mL
Pegfilgrastim Fulphila Solução injetável em seringa pré-cheia 6 mg/0,6 mL
Rituximab Blitzima Concentrado para solução para perfusão 500 mg/50 mL
Somatropina Omnitrope Pó e solvente para solução injetável 1,3 mg/mL
Teriparatida Movymia Solução injetável 0,25 mg/mL
Trastuzumab Herzuma Pó para concentrado para solução para perfusão 150 mg
Disponível em Infomed, http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilar vs genérico
— Biossimilar não é “um genérico” do medicamento de
biotecnologia

— Diferenças na aprovação regulamentar

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilar vs genérico
Desenvolvimento e características (1/3)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilar vs genérico
Desenvolvimento e características (2/3)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilar vs genérico
Desenvolvimento e características (3/3)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Aprovação
dos biossimilares na UE (1/2)
Comités científicos
Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP)
Pedido à EMA Pharmacovigilance Risk Assessment Committee (PRAC)
Biologics working party (BWP)
Biological monitoring working party (BMWP)

Parecer científico pela EMA

Decisão UE

Adaptado de Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de
Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Aprovação
dos biossimilares na UE (2/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Desenvolvimento medicamento
biossimilar vs referência (1/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Desenvolvimento medicamento
biossimilar vs referência (2/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Estudos de comparabilidade (1/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Guideline on similar biological medicinal products containing biotechnology-derived proteins as active substance: non-clinical and clinical
issues EMEA/CHMP/BMWP/42832/2005 Rev. 1

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Estudos de comparabilidade (2/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Guidance on biotechnological/biological products subject to changes in their manufacturing process CPMP/ICH/5721/03 . Disponível em
https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/ich-q-5-e-comparability-biotechnological/biological-products-step-5_en.pdf
(último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Imunogenicidade
Aprovação do biossimilar
— É sempre objeto de estudo

— Dados necessários
  Incidência, titulação e persistência dos anticorpos contra o
medicamento biológico
  Testes de neutralização
  Avaliação do impacto clínico
  Medidas para gestão do risco de potencial imunogénico

Guideline on immunogenicity assessment of biotechnology-derived therapeutic proteins. EMEA/CHMP/BMWP/14327/2006.


Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-immunogenicity-assessment-
biotechnology-derived-therapeutic-proteins-first-version_en.pdf (último acesso em 10 de maio de 2020)
Guideline on immunogenicity assessment of monoclonal antibodies intended for in vivo clinical use .
EMA/CHMP/BMWP/86289/2010
Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-immunogenicity-assessment-
monoclonal-antibodies-intended-vivo-clinical-use_en.pdf (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Segurança dos biossimilares
Considerações gerais
— A monitorização da segurança obedece aos mesmos
requisitos aplicáveis a todos os medicamentos biológicos
  PGR
  Estudos de segurança pós-autorização
  Recolha espontânea de reações adversas e RPS
  Monitorização adicional

Guideline on good pharmacovigilance practices (GVP). Product- or Population-Specific Considerations II: Biological medicinal
products. EMA/168402/2014 Corr* . Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-
good-pharmacovigilance-practices-gvp-product-population-specific-considerations-ii_en-0.pdf (último acesso em 11 de maio de
2020)
Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho
Segurança dos biossimilares
Rastreabilidade (1/2)
— Requisito importante para a monitorização da segurança de
todos os medicamentos biológicos
  Nome comercial
  Lote

— Dadas as potenciais diferenças entre medicamentos de


referência e biossimilares e entre lotes dos mesmos
medicamentos de biotecnologia, é importante que o registo
de reações adversas pela farmacovigilância permita a
traçabilidade completa do medicamento suspeito
Guideline on good pharmacovigilance practices (GVP). Product- or Population-Specific Considerations II: Biological medicinal
products. EMA/168402/2014 Corr* . Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-
good-pharmacovigilance-practices-gvp-product-population-specific-considerations-ii_en-0.pdf (último acesso em 11 de maio de
2020)
Portela M, Sinogas C, Albuquerque de Almeida F, Baptista-Leite R, Castro-Caldas A. Biologicals and biosimilars: safety issues in
Europe, Expert Opinion on Biological Therapy. 2017. 17:7, 871-877

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Segurança dos biossimilares
Rastreabilidade (2/2)

Portela M, Sinogas C, Albuquerque de Almeida F, Baptista-Leite R, Castro-Caldas A. Medicamentos Biológicos e Biossimilares:


Descontinuidades no Sistema de Farmacovigilância em Portugal. Acta Med Port 2017 Mar;30(3):205-212

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Intercambialidade
Medicamento de referência vs biossimilar

— Análise científica sobre um biossimilar pela EMA não inclui


recomendações sobre a eventual intercambialidade

  A decisão é tomada a nível nacional

  Informação sobre a avaliação científica dos vários comités está


disponível na EMA

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 13 de maio de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Biossimilares (cont.)

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
19 de maio de 2020
Sumário
— Estudos de comparabilidade (cont.)
— Imunogenicidade dos biossimilares
— Segurança dos biossimilares
— Intercambialidade medicamento de referência vs biossimilar
— Biossimilares de anticorpos monoclonais no tratamento de
tumores sólidos
— Utilização de biossimilares na prática clínica – Exemplo da
Sociedade Portuguesa de Reumatologia
— Biossimilares em Portugal – Análise de mercado

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Estudos de comparabilidade (1/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Guideline on similar biological medicinal products containing biotechnology-derived proteins as active substance: non-clinical and clinical
issues EMEA/CHMP/BMWP/42832/2005 Rev. 1

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Estudos de comparabilidade (2/2)

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Guidance on biotechnological/biological products subject to changes in their manufacturing process CPMP/ICH/5721/03 . Disponível em
https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/ich-q-5-e-comparability-biotechnological/biological-products-step-5_en.pdf
(último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Imunogenicidade
Aprovação do biossimilar
— É sempre objeto de estudo

— Dados necessários
  Incidência, titulação e persistência dos anticorpos contra o
medicamento biológico
  Testes de neutralização
  Avaliação do impacto clínico
  Medidas para gestão do risco de potencial imunogénico

Guideline on immunogenicity assessment of biotechnology-derived therapeutic proteins. EMEA/CHMP/BMWP/14327/2006.


Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-immunogenicity-assessment-
biotechnology-derived-therapeutic-proteins-first-version_en.pdf (último acesso em 10 de maio de 2020)
Guideline on immunogenicity assessment of monoclonal antibodies intended for in vivo clinical use .
EMA/CHMP/BMWP/86289/2010
Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-immunogenicity-assessment-
monoclonal-antibodies-intended-vivo-clinical-use_en.pdf (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Segurança dos biossimilares
Considerações gerais
— A monitorização da segurança obedece aos mesmos
requisitos aplicáveis a todos os medicamentos biológicos
  PGR
  Estudos de segurança pós-autorização
  Recolha espontânea de reações adversas e RPS
  Monitorização adicional

Guideline on good pharmacovigilance practices (GVP). Product- or Population-Specific Considerations II: Biological medicinal
products. EMA/168402/2014 Corr* . Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-
good-pharmacovigilance-practices-gvp-product-population-specific-considerations-ii_en-0.pdf (último acesso em 11 de maio de
2020)
Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019
Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho
Segurança dos biossimilares
Rastreabilidade (1/2)
— Requisito importante para a monitorização da segurança de
todos os medicamentos biológicos
  Nome comercial
  Lote

— Dadas as potenciais diferenças entre medicamentos de


referência e biossimilares e entre lotes dos mesmos
medicamentos de biotecnologia, é importante que o registo
de reações adversas pela farmacovigilância permita a
traçabilidade completa do medicamento suspeito
Guideline on good pharmacovigilance practices (GVP). Product- or Population-Specific Considerations II: Biological medicinal
products. EMA/168402/2014 Corr* . Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/scientific-guideline/guideline-
good-pharmacovigilance-practices-gvp-product-population-specific-considerations-ii_en-0.pdf (último acesso em 11 de maio de
2020)
Portela M, Sinogas C, Albuquerque de Almeida F, Baptista-Leite R, Castro-Caldas A. Biologicals and biosimilars: safety issues in
Europe, Expert Opinion on Biological Therapy. 2017. 17:7, 871-877

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Segurança dos biossimilares
Rastreabilidade (2/2)

Portela M, Sinogas C, Albuquerque de Almeida F, Baptista-Leite R, Castro-Caldas A. Medicamentos Biológicos e Biossimilares:


Descontinuidades no Sistema de Farmacovigilância em Portugal. Acta Med Port 2017 Mar;30(3):205-212

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Intercambialidade
Medicamento de referência vs biossimilar

— Análise científica sobre um biossimilar pela EMA não inclui


recomendações sobre a eventual intercambialidade

  A decisão é tomada a nível nacional

  Informação sobre a avaliação científica dos vários comités está


disponível na EMA

Medicamentos biossimilares na EU – Guia informativo para profissionais de saúde. Agência Europeia de Medicamentos, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares de anticorpos
monoclonais no tratamento
de tumores sólidos – Reflexão (1/3)

Alcobia, A., Espírito Santo, J., Aranda da Silva, J., Braga, F., Gervásio, H., Abreu de Sousa, J., Gonçalves, J., Varela, C., & Afonso, N. (1).
MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES DE ANTICORPOS MONOCLONAIS NO TRATAMENTO DE TUMORES SÓLIDOS. Revista Portuguesa De
Farmacoterapia, 7(2), 117-125. https://doi.org/10.25756/rpf.v7i2.5

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares de anticorpos
monoclonais no tratamento
de tumores sólidos – Reflexão (2/3)

Alcobia, A., Espírito Santo, J., Aranda da Silva, J., Braga, F., Gervásio, H., Abreu de Sousa, J., Gonçalves, J., Varela, C., & Afonso, N. (1).
MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES DE ANTICORPOS MONOCLONAIS NO TRATAMENTO DE TUMORES SÓLIDOS. Revista Portuguesa De
Farmacoterapia, 7(2), 117-125. https://doi.org/10.25756/rpf.v7i2.5

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares de anticorpos
monoclonais no tratamento
de tumores sólidos – Reflexão (3/3)

Alcobia, A., Espírito Santo, J., Aranda da Silva, J., Braga, F., Gervásio, H., Abreu de Sousa, J., Gonçalves, J., Varela, C., & Afonso, N. (1).
MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES DE ANTICORPOS MONOCLONAIS NO TRATAMENTO DE TUMORES SÓLIDOS. Revista Portuguesa De
Farmacoterapia, 7(2), 117-125. https://doi.org/10.25756/rpf.v7i2.5

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Utilização de biossimilares na prática
clínica – Exemplo da SPR (1/2)

Araújo FC, Sepriano A, Teixeira F et al. The Portuguese Society of Rheumatology position paper on the use of biosimilars – 2017
update. Acta Reumatol Port. 2017;42:219-228

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Utilização de biossimilares na prática
clínica – Exemplo da SPR (2/2)

Araújo FC, Sepriano A, Teixeira F et al. The Portuguese Society of Rheumatology position paper on the use of biosimilars – 2017
update. Acta Reumatol Port. 2017;42:219-228

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares
aprovados em Portugal (1/4)
Nome do
DCI Forma Farmacêutica Dosagem
Medicamento
Adalimumab Amgevita Solução injetável em caneta pré-cheia 40 mg/0,8 mL
Halimatoz 20 mg/0,4 mL
Hefiya
Hulio
Hyrimoz
Idacio
Imraldi
Bevacizumab MVASI Concentrado para solução para perfusão 25 mg/mL
Zirabev
Enoxaparina sódica Crusia Solução injetável em seringa pré-cheia 20 mg/0,2 mL
Enoxaparina Rovi 40 mg/0,4 mL
60 mg/0,6 mL
Inhixa
80 mg/0,8 mL
Thorinane 100 mg/1 mL

Disponível em Infomed, http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php (último acesso em 10 de maio de 2020)

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Biossimilares
aprovados em Portugal (2/4)
Nome do
DCI Forma Farmacêutica Dosagem
Medicamento
Epoetina alfa Abseamed Solução injetável 1000 U.I./0,5 mL
Binocrit 2000 U.I/1 mL
3000 U.I/0,3 mL
Epoetina alfa Hexal
4000 U.I/0,4 mL
Epoetina zeta Retacrit 5000 U.I/0,5 mL
Silapo 6000 U.I/0,6 mL
7000 U.I/0,7 mL
8000 U.I/0,8 mL
9000 U.I/0,9 mL
10000 U.I/1 mL
Etanercept Benepali Solução injetável em caneta pré-cheia 25 mg/0,5 mL
Erelzi 50 mg/1 mL
Filgrastim Accofil Solução injetável ou para perfusão em seringa pré- 12 M.U.I/0,2 mL
Filgrastim Hexal cheia 30 M.U.I/0,5 mL
48 M.U.I/0,5 mL
Grastofil
Nivestim
Ratiograstim
Tevagrastim
Zarzio
Disponível em Infomed, http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares
aprovados em Portugal (3/4)
Nome do
DCI Forma Farmacêutica Dosagem
Medicamento
Folitropina alfa Bemfola Solução injetável em caneta pré-cheia 75 U.I/0,125 mL
Ovaleap 150 U.I/0,25 mL
Nos tratamentos dos 225 U.I/0,37 mL
ovários poliquisticos 300 U.I/0,5 mL
450 U.I/0,75 mL
900 U.I/1,5 mL
Infliximab Flixabi Pó para concentrado para solução para perfusão 100 mg
Inflectra 120 mg/mL
Remsima
Zessly
Insulina glargina Abasaglar Solução injetável em caneta pré-cheia 100 U/mL
Semglee Comuns em comunitárias
Insulina lispro (solúvel) Insulina lispro Sanofi Solução injetável 100 U/mL
Pegfilgrastim Fulphila Solução injetável em seringa pré-cheia 6 mg/0,6 mL
Pelgraz
neutropénias em situações de
quimioterapia Pelmeg
Ziextenzo

Disponível em Infomed, http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares
aprovados em Portugal (4/4)
Nome do
DCI Forma Farmacêutica Dosagem
Medicamento
Rituximab Blitzima Concentrado para solução para perfusão 500 mg/50 mL
Ritemvia 100 mg/10 mL
Rixathon
Riximyo
Ruxience
Truxima
Somatropina Omnitrope Pó e solvente para solução injetável 1,3 mg/mL
5 mg/mL
10 mg/1,5 mL
15 mg/1,5 mL
Teriparatida Movymia Solução injetável 0,25 mg/mL
Terrosa
Trastuzumab Herzuma Pó para concentrado para solução para perfusão 150 mg
Kanjunti 420 mg
Ogivri
Ontruzant
Trazimera

Disponível em Infomed, http://app7.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares em Portugal
Análise de mercado (1/3)

Ferreira J. Medicamentos biossimilares em Portugal: análise ao período de 2009 a 2018. Infarmed notícias. Número 69, Julho
de 2019. Disponível em
https://www.infarmed.pt/documents/15786/3041852/Infarmed+Not%C3%ADcias%2C+nº+69%2C+de+julho+de+2019/79f7c258
-7827-9f33-f13c-b6ca57f84f6a (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares em Portugal
Análise de mercado (2/3)

Ferreira J. Medicamentos biossimilares em Portugal: análise ao período de 2009 a 2018. Infarmed notícias. Número 69, Julho
de 2019. Disponível em
https://www.infarmed.pt/documents/15786/3041852/Infarmed+Not%C3%ADcias%2C+nº+69%2C+de+julho+de+2019/79f7c25
8-7827-9f33-f13c-b6ca57f84f6a (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares em Portugal
Análise de mercado (3/3)

Ferreira J. Medicamentos biossimilares em Portugal: análise ao período de 2009 a 2018. Infarmed notícias. Número 69, Julho
de 2019. Disponível em
https://www.infarmed.pt/documents/15786/3041852/Infarmed+Not%C3%ADcias%2C+nº+69%2C+de+julho+de+2019/79f7c25
8-7827-9f33-f13c-b6ca57f84f6a (último acesso em 10 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Biossimilares em Portugal
Mercado atual

Medicamentos Biossimilares. Infarmed. Disponível em https://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/farmacia-


hospitalar/medicamentos-biossimilares (último acesso em 15 de maio de 2020)

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 19 de maio de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Oligonucleótidos

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
20 de maio de 2020
Sumário
— Oligonucleótidos
  Características
  Mecanismo de ação
— Aptâmeros
  SELEX
  Aptâmeros terapêuticos
— Oligonucleótidos que interferem com a expressão genética

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Oligonucleótidos
— Pequenas cadeias de ribo- ou desoxiribonucleótidos

— Capacidade para se ligar ao DNA cromossomal, mRNA ou a


RNA não codificante
  Aplicações terapêuticas

— Sequência específica de 15 a 17 bases por genoma humano


  Efeito terapêutico
  Ligação a biomoléculas, alterando a sua função
  Ligação a recetores específicos na célula

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Oligonucleótidos
Características
— Podem exibir efeitos não intencionais
  Complementaridade parcial com outros ácidos nucleicos
(off-target effects)
  Ligação a proteínas e péptidos
— Sensíveis à degradação pelas nucleases
— Características físico-químicas condicionam a excreção e a
acumulação no tecido alvo
— Difícil aplicação intracelular

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Oligonucleótidos
Mecanismo de ação
— Ligação a proteínas
  Aptâmeros

— Ligação a ácidos nucleicos


  Antisenso (ASO)
  Ribozimas
  Desoxiribozimas
  Sequências guia externas
  Indutores de tripla hélice
  siRNA
  miRNA
  Decoys

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Aptâmeros
— Oligonucleótidos, de cadeia simples, com estrutura particular
suscetível de se ligar às moléculas alvo com elevada
afinidade e especificidade
  Geralmente, 60 nucleótidos que se enovelam num estrutura
tridimensional bem definida

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


SELEX
Systematic Evolution of Ligands by Exponential Enrichment

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Aptâmeros terapêuticos
— Interação com recetores
— Interação com o domínio ativo de enzimas, para inibição de
atividade
— Sequestro de ligandos
— Imagiologia

— Inhibitors ⟺ -nib

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Pegaptanib
— Aptâmero modificado
  Conjugado com PEG
— Anti-VEGF
— Indicado na degenerescência macular
neovascular (húmida) associada à idade
— Principais RAM
  Administração
  Endoftalmite
  Hemorragia

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019
Eugene WM, David TS, Perry Calias et al. Pegaptanib, a targeted anti-VEGF aptamer for ocular vascular disease. Nature Reviews Drug Discovery · March 2006

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Pegnivacogin
— Aptâmero modificado
  Conjugado com PEG
— Inibidor do fator IXa da
coagulação
— Indicado na trombose
— Principais RAM
  Reações alérgicas graves em
doentes com característica
comum

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature Switzerland AG,5 th edition, 2019
RADAR Investigators. A Phase 2, randomized, partially blinded, active-controlled study assessing the efficacy and safety of variable anticoagulation reversal
using the REG1 system in patients with acute coronary syndromes: results of the RADAR trial. European Heart Journal. doi:10.1093/eurheartj/ehs232

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Outros aptâmeros

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Oligonucleótidos que interferem
com a expressão genética
— Antisenso (ASO)
— Ribozimas
— Desoxiribozimas
— Sequências guia externas
— Indutores de tripla hélice
— siRNA
— miRNA
— Decoys

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Oligonucleótidos
inibidores da tradução

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Antisenso
— Moléculas de DNA ou RNA de cadeia simples, que geralmente
consistem 13-25 nucleótidos

— A maioria atuam por recrutamento de RNase H

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Antisensos
aprovados ou em estudo

Crommelin DJA, Sindelar R, Meibohm B. Pharmaceutical Biotechnology, Fundamentals and applications. Springer Nature
Switzerland AG,5 th edition, 2019

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 20 de maio de 2020 Mónica Condinho


Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Vacinas da hepatite B e vacina da gripe

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
26 de maio de 2020
Sumário
— Vacina da hepatite B
— Vacina da gripe

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia | 26 de maio de 2020 Mónica Condinho


Vírus da hepatite B
— Genoma a DNA (circular, parcialmente dupla cadeia,
com fragmento de RNA)

— Com invólucro lipídico

— Replica-se copiando o RNA


anti-genómico em DNA
(transcriptase reversa)

— Vírus oncogénico

Knipe, D. M, Howley P. M. (2013). FIELDS VIROLOGY, 6th ed., Vol 1 & 2, Lippincott Williams and Wilkins, Philadelphia, USA

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Vacina contra hepatite B
AgHBs

RCM do medicamento Engerix®. Disponível em


http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=9567&tipo_doc=rcm (último acesso em 5 de abril de 2020)

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Vacina contra hepatite B
AgHBs

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/hepatitis-B-surface-antigen-consists-of-the-S-protein-M-protein-S-and-preS2-
proteins_fig1_279727255/download (último acesso em 5 de abril de 2020)

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Vacina contra a hepatite B
Imunização passiva

RCM Gammaglobulina Antihepatitis. Disponível em


http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=47523&tipo_doc=rcm (último acesso em 25 de maio de 2020)

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Vírus influenza
— Genoma a RNA (-) de cada simples, 8 segmentos
— Família Orthomyxoviridae
  Influenza A, B, C

— Glicoproteínas de superfície
  Hemaglutinina
  Neuraminidase

— Variabilidade antigénica
  Shifts
  Drifts

Adaptado de Seasonal influenza vaccination in adults. UpToDate. Literature review current through: Apr 2020. | This topic last updated: Mar
05, 2020
Kilbourne ED. Influenza immunity: new insights from old studies. J Infect Dis. 2006;193(1):7
Sinogas C. Virologia. Universidade de Évora

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Vacina da gripe
Composição
— Vacinas tetravalentes ou trivalentes
— Definida pela OMS
  Ovos
  Cultura de células

— Época 2019/2020
  A/Brisbane/02/2018 (H1N1) pdm09-like vírus
  A/Kansas/14/2017 (H3N2)-like vírus
  B/Colorado/06/2017-like virus (B/Victoria/2/87 lineage)
  B/Phuket/3073/2013-like virus (B/Yamagata/16/88 lineage)

Adaptado de Seasonal influenza vaccination in adults. UpToDate. Literature review current through: Apr 2020. | This topic last
updated: Mar 05, 2020

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Vacina da gripe
Enquadramento com as outras vacinas

Vacina da gripe

Delves PJ, Martin SJ, Burton DR, Roitt IM. Roitt’s Essential Immunology. Wiley-Blackwell, 12th edition

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Vacina da gripe
Exemplo época 2019/2020

RCM da Vaxigrip. Disponível em http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=600383&tipo_doc=rcm


(último acesso em 25 de maio de 2020)

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Vacina da gripe
Mecanismo de ação

Disponível em https://www.researchgate.net/figure/A-model-for-the-mechanism-of-action-of-MF59-following-immunization-
with-the-licensed_fig2_226728842 (último acesso em 5 de abril de 2020)

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Medicamentos Biológicos
e de Biotecnologia
Farmacovigilância

Mónica Condinho
Farmacêutica comunitária I Ph.D. Pharm.D.

Medicamentos Biológicos e de Biotecnologia – Aula T Campus das Gambelas, Universidade do Algarve


Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
26 de maio de 2020
Sumário
— Farmacovigilância
— Monitorização da segurança no âmbitos dos medicamentos
biológicos e de biotecnologia
  Notificação espontânea de suspeitas de reação adversa a
medicamentos (RAM)
  Dados necessários

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Farmacovigilância
— A ciência e atividades relacionadas com a deteção, avaliação,
compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer
outros problemas relacionados com medicamentos (OMS)

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Monitorização da segurança dos
medicamentos biológicos e de biotecnologia

— Obedece aos mesmos requisitos aplicáveis a todos os


medicamentos, em geral
  Imunogenicidade

— PGR
— Estudos de segurança pós-autorização
— Recolha espontânea de reações adversas e RPS
— Monitorização adicional

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Notificação espontânea de
suspeitas de RAM
— Portal RAM

https://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram

  Suspeita de RAM
  Evolução da reação
  Medicamento Lote
  ID profissional Rastreabilidade

Disponível em https://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram (último acesso em 25 de maio de 2020)

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