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É uma doença tóxico infecciosa altamente fatal, aumentam a pressão arterial e frequência cardíaca
que geralmente “excita” o animal. Gerando alguns do animal.
sinais clínicos, como:
O tétano apresenta um período de incubação que
Hiperestesia/ hiperreflexia pode variar de semanas a meses. A bactéria
Rigidez muscular apresenta uma espécie de capsula que a reveste,
Espasmos tônicos conferindo a mesma essa possibilidade de
permanecer tanto tempo no solo.
Etiopatogenia
Identificar o ponto de entrada da bactéria é de
Ocasionado pelo Clostridium tetani (muito
suma importância, visto que enquanto essa
encontrado nas fezes dos cavalos e de outros
permanecer no ambiente anaeróbico dentro do
animais). Essa bactéria necessita de um ambiente
corpo do animal, mais toxinas serão liberadas.
anaeróbico (sem oxigênio) para liberar as suas
toxinas. Transmissão
Quando ocorre um corte no cavalo, ao ter contato A bactéria Clostridium tetani geralmente entra no
com o solo infectado pelas suas fezes, o organismo animal através de lesões ou ferimento
clostridium acaba infectando o corpo. Na encontrados na pele. Por ser uma bactéria
cicatrização e consequentemente formação do encontrada em solos e fezes dos animais, a
tecido de granulação, o ambiente se torna contaminação é facilitada.
anaeróbico.
Sinais clínicos
Ocorrendo assim a liberação das toxinas
Ansiedade/inquietação
(tetanolisina/ tetanoespasmina/toxina não
Aumento do tônus muscular, tremores
espanogênica). Essas por sua vez ganham a
(mioclonia).
corrente sanguínea, vão para medula, encéfalo e
Hiperestresia/hiperreflexia
afetam as junções neuromusculares. Onde vão
Febre alta (em decorrência da infecção
atuar sobre o inibidor da acetilcolina
instalada)
(acetilcolinesterase e lisina), atuam no limiar de
Protrusão da terceira pálpebra
excitação do animal. Provocando contrações
Rigidez muscular focal (trismo- o animal
tônicas/ espasticidade muscular, aumento da
não consegue abrir a boca) ou difusa.
salivação, “cauda de bandeira”.
Orelhas e base da cauda eretas
Sendo de suma importância o uso Narina dilatadas (na tentativa de capitar
miorrelaxantes, como: Acepromazina, mais oxigênio).
Xilazina e Detomidina. Postura de cavalete (o animal se coloca
nessa posição afim de abrir a cavidade
A acepromazina tem ação de miorrelaxamento,
torácica e assim ter mais espaço para
atuando como vasodilatadora periférica. O que é
captação de oxigênio)
excelente para o tétano, visto que aumenta a
Sudorese profunda (perca de eletrólitos e
oxigenação periférica. Resultando na morte do
água, levando a um quadro de
clostridium tetani.
desidratação e consequentemente a
OBS: Deve-se tomar cuidado com o coração do perda de energia, em decorrência da
animal, visto que a maioria dos miorrelaxantes rigidez da musculatura).
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Convulsão e/ou coma A glicose deve ser administrada por último visto
Morte por asfixia que essa aumenta a diurese, vale ressaltar que a
mesma não deve ser ministrada de forma rápida.
Diagnóstico
Pois provoca hemólise, o que piora ainda mais a
É dado com base na anamnese e nos sinais clínicos troca de oxigênio do animal.
(protrusão da 3° pálpebra, andar rígido). Por se
Na terapia reparadora (fluidoterapia), em alguns
tratar de uma infecção, depois de um tempo e de
casos pode se usar cateter (14/16) em uma
acordo com a proliferação bacteriana, os níveis de
velocidade rápida. Quando o animal estiver com
leucócitos tendem a subir (leucocitose).
problemas para defecar pode se realizar enema.
Tratamento Que consiste na sondagem retal com água morna,
com a função de lubrificar as fezes ressecadas.
Relaxamento muscular: é a primeira medida a ser
promovida, através dos miorrelaxantes. A fluidoterapia deve ser administrada a favor da
corrente sanguínea, afim de não causar hemólise
Acepromazina: é um vasodilatador e de se evitar a formação de trombos.
periférico, o que auxilia na morte da
bactéria, visto que aumenta o oxigênio. Antitoxina: neutraliza a toxina -> Soro
Pode administrado pelas vias: EV, IM e SC, antitetânico.
dependendo do tempo de ação desejado.
Sistêmico: administrado por via
Xilazina
endovenosa (200 000 UI)
Detomidina
Raquidiana (100 000 UI)
Água oxigenada: deve ser administrada no local Local: infiltração em torno da lesão. Nesse
da lesão onde foi a porta de entrada para a caso pode se utilizar somente o pó do
bactéria. Por se tratar de uma bactéria anaeróbica, soluto no local.
ao se colocar água oxigenada no local acaba
OBS: Cada frasco de soro contém 5 000 UI
matando a mesma.
Combate a infecção: realiza-se a administração de
Uso de algodão na orelha: com o intuito de se
Penicilina G. Procaína (40.000 UI/Kg), pela via
diminuir os ruídos e consequentemente deixar o
intramuscular.
animal mais calmo.
Toxinas liberadas pelo C. Tetani
Anticonvulsivantes: pode ser administrado nos
casos mais graves (Diazepan). Tetanolisina: ocasiona a disseminação da infecção
a medida que se aumenta a necrose tissular local.
Fluidoterapia reparadora: Na busca de reidratar o
animal. Iniciando a hidratação com solução de Tetanospasmina: desencadeia os sinais do tétano.
NaCl 0,9 %. Posteriormente se usa o Ringer com
lactato para repor a perda dos eletrólitos e por fim
se usa o soro glicosado para repor a energia do
animal.
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Tratamento
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Prognóstico Prevenção
É uma neuropatia infecciosa de caráter letal, que nível de estresse auxilia no aparecimento dos
afeta tanto potros como também animais adultos sinais clínicos.
e que possui uma evolução de semana a meses.
Sinais clínicos
Essa por sua vez é conhecida popularmente como
“bambeira”. Incoordenação
Monoparesia
As raças mais acometidas são PSI e quarto de
Paresia – Paraplegia de homólogos
milha, em decorrência do crescimento rápido.
Ataxia simétrica, fraqueza, atrofia dos
Associada também com a baixa da imunidade
membros pélvico (afetando: quadríceps,
(Imunossupressão).
glúteos, m.
OBS: essa baixa pode ser decorrente do uso de infraespinhoso/supraespinhoso).
corticoides. Sinais cerebelares/tronco
encefálico/núcleos de nervos cranianos
Etiologia
(depressão, disfagia, cegueira, ataxia,
A mieloencefalite protozoária equina é provocada paralisia facial).
pelo protozoário Sarcocystis neurona, um oocisto Protrusão, paralisia flácida/atrofia da
esporulado que ganha o epitélio intestinal do língua
roedor (reservatório). Posteriormente esses são Atrofia do m. masseter e temporal (em
eliminados, contaminando assim os alimentos, a decorrência de lesões no nervos
águas, os pássaros e consequentemente os cranianos), geralmente assimétricas.
equinos. Diminuição das respostas sensoriais
contralaterais a lesão.
A partir da ingestão dos esporocistos infectantes,
esses vão penetrar no epitélio intestinal e no Forma crônica: forma mista (atinge a região
endotélio vascular de vários órgãos. Onde migram cefálica e muscular)
para alguns órgãos, a forma de merozoítos tem
Ataxia simétrica
predisposição pela musculatura esquelética e
Hipometria
cardíaca.
Inclinação corporal
Manifestações clínicas Ambulação em círculo (geralmente ocorre
para o lado contrário da lesão)
São bastante variadas em decorrência do
Sarcocystis pegar a corrente sanguínea, podendo Obs: atrofia quadríceps femoral.
levar a quadros de lesões focais ou multifocais
Diagnóstico
(manifestações clínicas mais severas).
Geralmente o diagnóstico é presuntivo, sendo
Os sinais podem ser abruptos ou insidiosos (se
baseado nos sinais clínicos e nas respostas
manifestam lentamente). Vale ressaltar que o
terapêuticas. Caso se obtenha essas respostas,
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É uma manifestação clínica de muitas entidade Essa estenose pode ser de forma funcional (se ver
patológicas que afetam a medula espinhal dos uma debilidade no movimento do cavalo) ou
cavalos, podendo receber o nome de: estática (alteração de falta de locomoção
absoluta).
Mal formação vertebral cervical
Incoordenação equina/potro Evolução
Síndrome de Wobbler
É de caráter progressivo, ao longo das
Ataxia dos potros
semanas.
É uma patologia decorrente de uma compressão, Geralmente os animais se apresentam
por estenose do canal vertebral ou ocasionada por mais parados, quietos.
uma mudança na articulação cervical.
ESTABILIDADE VETEBRAL DINÂMICA OU
Epidemiologia FUNCIONAL
Mais comum em jovens potros (raça: PSI e Acomete potros de até 18 meses, ocasionada por
QM). uma subluxação (estreitamento do canal vertebral
E em raças de crescimento rápido/bem durante uma flexão) ou por uma protrusão para o
nutridos interior do canal (levando a uma compressão da
Podendo ser decorrentes de distúrbios de medula). Também pode ocorrer uma extrusão (se
cálcio e fósforo por exemplo. (Ideal: 2 Ca: tem a ruptura do anel fibroso e o núcleo pulposo
1 Fósforo). sai. Nesse caso não se dar para fazer correção
Provocados também por exercícios cirúrgica). Podendo ser afetado as vértebras de C3
precoce e traumáticos a C5.
4 anos com essa patologia, na qual comprime o flexão e extensão anormais, abdução excessiva.
canal vertebral. Para confirmar todas essas manifestações clínicas,
se abre os membros do animal.
Manifestações clínicas
Tratamento
Dependendo do local e de como se encontra a
alteração cervical, essas manifestações podem ser Por se tratar de uma lesão cervical, na sua maioria
rápidas ou mais lenta. Onde o animal pode o tratamento é apenas cirúrgico.
apresentar:
Diagnóstico
Restrição dos movimentos cervicais
É dado por meio da anamnese, sinais clínicos e
Passos forçados
principalmente por exames complementares,
Déficits proprioceptivos (manobras
como raio x e mielografia contrastada (utiliza-se
dificultadas)
meios de contraste dentro da medula, para avaliar
Hipermetria (aumento das passadas)
se existe compressão ou não).
Espasticidade (em decorrência disso, o
animal muitas vezes não consegue andar). OBS: Vale lembrar que ao colocar meio de
Flexão de boleto contraste na medula, o bisel da agulha deve estar
Postura anormais dos membros voltada para a parte caudal da medula. Além disso,
Arrastamento das pinças dos cascos ao é importante que a cabeça do animal esteja
giro voltada um pouco para cima, afim de estimular o
meio de contraste a descer.
OBS: os membros pélvicos muitas vezes apresenta
uma incoordenação e ataxia simétrica, fraqueza,
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É um processo inflamatório da mucosa dos seios craniais, comum no seio maxilar em decorrência de
problemas dentários.
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Patogenia Tratamento
Inicialmente se tem uma inflamação, que pode O ideal é que o tratamento seja o mais precoce
levar a uma proliferação bacteriana e acúmulo de possível (anti-infeccioso de amplo espectro e
exsudativo fétido. Quando não tratadas pode bactericida). Para combater a febre, usa-se
provocar: osteólise (destruição do osso), antipirético (dipirona) e anti-inflamatório
fistulação (comunicação da cavidade com o meio (flunixin, meloxicam) afim de reduzir a inflamação.
externo e osteomielite facial (infecção instalada
no osso).
Sinais clínicos
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(PM)
Nesse caso se tem margem livre do palato mole Diagnóstico
sobre a epiglote. Com isso o ar entra
É realizado com auxílio do endoscópio
normalmente, mas tem problemas na sua saída
(ocasionando acumulo de CO2). Nesse caso, o Correção
cavalo vai demostrar como sinal clínico o ronco.
Pode ser feita sem o uso de endoscópio, onde se
As principais causas dessa patologia são: seda o animal, usa o abre boca e com o auxílio de
uma áster cortante se faz a incisão do palato mole,
Lesão do ramo faríngeo do N. Vago
expondo a epiglote. (A cabeça do cavalo deve ficar
Atonia de epiglote
baixa, devido poder ocorrer sangramento nesse
Cisto faríngeos.
processo).
Podendo ter correlação com causas inflamatórias,
tumoral, nervosa e genética (podendo ser
transmitido geneticamente).
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Observando a mucosa oral, também é possível OBS: As secreções podem se enquadrar em mais
identificar a presença ou não de lesões, vesículas, de um tipo.
úlceras. Podendo ter se desenvolvido em
Avaliação dos linfonodos
decorrência da alimentação ou de processos
patológicos (febre aftosa, estomatite vesicular). Os linfonodos estão envolvidos tanto com o
Nos touros a mucosa prepucial pode ser avaliada. sistema imune, como com a drenagem do
organismos. Devendo ser avaliados em pares e em
As mucosas também podem ser classificadas em:
relação ao seu:
Ictéricas: amareladas, podendo ser
Tamanho: o aumento no tamanho pode
decorrente de crise hemolítica, doença
decorrer de alguma infecção.
hepática ou colestases (obstruções dos
Consistência
ductos biliares).
Mobilidade
Cianóticas: Azuladas/arroxeadas, em
Sensibilidade
resposta a um déficit na oxigenação.
Temperatura
Podendo ser causada por diversos fatores
(em bovinos é bem comum em casos de
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Avaliação da urina
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Teste de visão: teste de obstáculos (em situação o oculomotor está acometido. (Problema
ambiente estranho), é tido como padrão de oculomotor)
ouro.
Nervos cranianos III, IV e VI (oculomotor, troclear
Teste de ameaça: se avalia o N. Óptico
e abducente): ao avaliar o posicionamento do
(sensitivo) e N. Facial (motor).
globo ocular, é importante ter cuidado com o
Aproximando a mão do olho do animal,
posicionamento da cabeça do animal, na qual
sem encostar e sem provocar “vento”.
deve estar reta. Sendo interessante que o animal
Reflexo pupilar: avalia se a pupila faz
fique malhado.
midríase e miose, N. Óptico (leva a
informação) e N. Oculomotor (recebe a Estrabismo lateral
informação). O nervo oculomotor Estrabismo dorsal
controla a pupila, é motor para a pálpebra Estrabismo medial
superior e responsável pelo
posicionamento do globo. Nervos cranianos V e VII (trigêmeo e facial): o
Reflexo palpebral: está envolvido nesse nervo trigêmeo possui a função sensitiva na face e
processo o nervo trigêmeo que é sensitivo motora para os músculos da mastigação).
para essa função e o nervo facial motor. Intoxicação por Prosopis Juliflora (Algaroba)
Reflexo corneal: se toca na ponta do
globo ocular e esse tende a retrair. Quem
coordena essa função é o nervo
abducente.
posicionamento ocular), heat tilt, déficit auditivo e ecopatias. Em decorrência disso devemos sempre
ataxia. Outros pares de nervos que estão em avaliar o contexto que o animal está inserido.
comunicação com o sistema vestibular incluem: o
Alimentação
III, IV e VI. Sendo comum o acometimento junto
Higiene das instalações
com o VII (por proximidade).
Tipos de bezerreiro (os bezerros são os
Nervo IX, X e XII (Glossofaríngeo, Vago e principais ruminantes que desenvolvem
Hipoglosso) doença respiratória, por esse motivo é
importante se saber os tipos de
Glossofaríngeo: motor para os músculos
bezerreiros)
da faringe e laringe, sendo sensitivo para
Tipos de comedouros (quando muito altos
a língua.
podem lesionar a região da traquéia)
Vago: Sensitivo e motor para os órgão
Temperatura
internos (sistema digestório).
Umidade
Hipoglosso: motor para a língua, quando
Ventilação
lesionado a língua fica flácida.
Superlotação (vai predispor ao
Para avaliação desses, se observa a presença de surgimento de patologias respiratórias).
disfagia, o reflexo de deglutição e funcionamento
Alterações na mecânica da respiração
dos órgãos.
Pode ocorrer em decorrência de dificuldade de
Nervo XI (Acessório): não tem importância clínica
expansão pulmonar ou na entrada de ar. Assim
para os ruminantes. Esse por sua vez, inerva a
como uma dificuldade de retração pulmonar
região do pescoço e músculos cervicais, quando
(elasticidade) ou na saída de ar (por acumulo de
lesionado o pescoço do animal fica rígido.
secreções).
Distúrbios proprioceptivos
Inspeção do tórax
O animal deve apresentar consciência dos seus
É realizada a observação, em um posicionamento
membros em relação ao ambiente que o rodeia.
na parte de trás do animal e em ângulo oblíquo.
Distúrbios proprioceptivos vão ocasionar
Para se analisar o início do movimento (expansão
anormalidades de postura, podendo ser
do tórax e contração do abdômen).
decorrentes de problemas de medula, tronco
encefálico, cerebelo e cérebro. Vale ressaltar que OBS: Isso deve ser realizado sem a estimulação do
problemas de postura pode ser decorrente animal. Visto que ao agitar o animal, pode-se
também de fraqueza e dor, além de problemas de ocorrer alteração nos parâmetros.
proprioceptivo.
A frequência respiratória pode alterar tanto por
Para avaliação de déficit proprioceptivo pode ser questões patológicas, como de forma fisiológica
realizado o teste com obstáculo (vendando o (em decorrência de exercício, gestação).
animal), deslocação do membro (cruzando esses,
Alterações respiratórias
na tentativa do animal se ajustar sozinho).
Frequência:
Semiologia do sistema respiratório Taquipnéia (aumento da FR)
Bradipnéia (diminuição da FR)
As patologias relacionadas ao sistema respiratória
muitas das vezes está relacionada com o manejo e Tipo:
o ambiente, ou seja, são doenças chamadas de Costoabdominal (normal)
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Essa postura é comum de se encontrar em Lesões que ocupem mais ou menos o tamanho de
bezerros com quadros de broncopneumonia, um punho, pode transformar o som da área
pneumonia, pleuropneumonia. percutida de claro para maciço.
A auscultação vai ser dependente da quantidade aos sons patológicos se escuta uma crepitação fina
de ar + a quantidade de tecido acima da área de (som semelhante a fricção dos dedos sobre o
interesse da ausculta. cabelo) que muitas vezes ocorre no final da
inspiração. Podendo ocorrer em quadros de
Sons normais X sons patológicos
pneumonias, pleuropneumonias e em casos de
LARINGOTRAQUEAL som fisiológico presente na edema pulmonar.
região da laringe a traqueia. Se tiver a presença de
secreção vai se ter um som patológico (estridor
traqueal – lembra um ronco). Som comum de se Demais ruídos patológicos
encontrar na rinotraqueite infecciosa ou em
Ronco: produzido em grandes brônquios através
doenças que promovam uma laringotraqueite.
de secreções aderidas.
No limite entre a traqueia e brônquio, se encontra
Sibilos: deformação drástica de origem
o som traqueobrônquico (normal). Quando se
extraluminal ou por secreções fortemente
tem alterações, vai ocorrer a formação dos sons
aderidas ou no broncoespasmo (som semelhante
patológicos: crepitação grossa (semelhante ao
ao piado de ave)
estouro do plástico bolha). A formação desse som
se dar pela presença de líquido e pela passagem Roce pleural: em decorrência de uma inflamação
das bolhas de ar que se rompem. Se por acaso o na pleura, a mesma acaba não deslizando mais e
líquido estiver muito viscoso, o som produzido acaba provocando um atrito (som semelhante ao
será semelhante a um ronco (pneumonias, atrito de folhas de papel).
bronquites e edema pulmonar)
Área de silencio pulmonar
Na região mais dorsal do pulmão (bronquíolo
terminal e parênquima), o som fisiológico As principais patologias que levam a esse quadro
encontrado é o broncobronquíolo. Já em relação são: abcessos pulmonares e tuberculose miliar.
É causado pelas toxinas produzidas pela bactéria Água estagnada (com grande quantidade
Clostridium botulinum, essa por sua vez é de matéria orgânica, mais comum no
encontrada principalmente no ambiente e nas período de seca).
fezes dos animais. Onde se desenvolvem em locais
Muitos animais em decorrência de uma
anaeróbicos, com calor e umidade. Sendo
deficiência de FÓSFORO, acabam desenvolvendo
considerada uma toxinfecção de caráter alimentar
osteofagia (hábito de roer ou se alimentar de
e hídrico.
ossos). O que acaba predispondo o animal a
O poder de letalidade dessa patologia vai ser desenvolver o botulismo.
variável, dependendo da quantidade de toxina
Para que se tenha contração muscular, é
absorvida.
necessária a liberação e ligação de
Fontes de infecção neurotransmissores (acetilcolina). As toxinas
produzidas pelo Clostridium botulinum, vão se
Carcaça
ligar aos receptores de acetilcolina e assim acaba
Alimentos mal conservados
Cama de frango
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Acesso único e exclusivo de Bruna Araújo Pereira - 705.920.064-92
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Sinais clínicos
Mugidos
Bruxismo (ranger dos dentes)
Nistagmo (movimento involuntário do
globo ocular)
Trismo mandibular (dificuldade de
abertura da boca)
Diminuição do reflexo anal
Aumento da salivação
Depressão ou agressividade
Patogenia Incoordenação motora
Quando o vírus entra no organismo animal, esse Bexiga repleta
pode iniciar sua replicação viral no próprio local de Cegueira
entrada. Com isso, o vírus começa a competir e se Tremores
ligar aos receptores de acetilcolina (impedindo Lesões de tronco encefálico (afeta os
assim que ocorra a contração muscular). Onde por nervos cranianos)
via axonal retrógrada (forma centrípeta) vão Paralisia de cauda
“subir” pelos nervos periféricos e afetar o sistema Paralisia progressiva (flácida ou espástica)
nervoso central (medula e posteriormente Movimentos de pedalagem
encéfalo). A evolução da doença até o óbito geralmente
Após atingir o sistema nervoso central, o vírus vai ocorre em um período de 2 a 8 dias, podendo até
se dissipar para outras regiões do corpo, no chegar a 10. Enquanto que a evolução para
sentido do fluxo nervoso (forma centrífuga). Onde decúbito permanente é de 2 a 3 dias.
geralmente afetam locais de maior inervação Diagnóstico
(principalmente glândulas).
É dado por meio da anamnese, juntamente com os
OBS: É importante ressaltar que no período de 2 a sinais clínicos e achados de necropsia.
15 dias (após se infectar) o animal pode estar Macroscopicamente (no exame
contaminado sem demonstrar sinais clínicos. anatomopatológico) é possível identificar a
Progressão congestão das leptomeninges. Na histopatologia
se observa uma meningoencefalite
A progressão entre a exposição e a presença do linfoplasmocitária (acúmulo de células de defesa
vírus no sistema nervoso, vai ser dependente de perivascular).
alguns fatores, como:
Além disso, quando ocorre a replicação viral se
Carga viral inoculada tem também a formação do corpúsculo de Negri
Área afetada (se é um local de maior (inclusão viral intracitoplasmático) dentro do
inervação, o tempo de progressão tende a neurônio.
ser mais curto).
Imunidade do hospedeiro Controle e profilaxia
Característica da ferida (porta de entrada) Combate do morcego (uso de pomada
Epidemiologia vampiricida, ocasiona hemorragia e
consequentemente morte do morcego).
Geralmente bovinos jovens (2 a 3 anos) Vacinação: realizada a partir de 3 meses,
desenvolvem mais raiva do que os adultos. E isso com reforço em 30 dias. Em animais acima
pode ser ocasionado em decorrência dos mais de 3 meses, se realiza o reforço após
jovens apresentarem uma menor quantidade de 60/90 dias. (Dose de 2 ml, intramuscular).
anticorpos contra o vírus.
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(FCM)
É uma doença infecciosa, viral que tanto está Fezes
associada ao sistema respiratório, como ao
Patogenia
sistema nervoso, na qual apresenta alta
letalidade. A sua etiopatologia envolve: A AHV1 e a OvHV-2 afetam os animais susceptíveis
por meio do contato íntimo com secreções de
Alcelaphine herpesvírus 1 (AHV-1) –
reservatórios, através de animais que apresentem
Variação africana
sintomas e também por meio de aerossóis de
Herpesvírus ovino-2 (OvHV-2) – Forma
reservatórios.
ovino, podendo afetar bovinos.
Herpesvírus caprino-2 (CpHV-2) – O período de incubação dura em torno de 14 a 90
Endêmico restrito para caprinos. dias, variando de acordo com o status imunológico
FCM clássica de veado cauda branca e carga viral. E podem afetar os seguintes
sistemas:
OBS: Herpesvírus sempre está associado ao status
Digestório: ocasiona ulcerações (orais, ruminais,
de imunidade do portador. Onde os animais
omasais) assim como também no abomaso,
podem ser portadores e ao apresentarem um
aumento dos linfonodos mesentéricos e secreções
certo nível de estresse ou algum outro fator que
fibrinóides (mais consistentes)
desencadeie uma imunossupressão esse vírus
consegue ser eliminado. Respiratório: pleurite fibrinosa, exsudato catarral
a fibrinopurulento podendo está presente na luz
É um vírus envelopado, diferente do vírus da raiva,
da traqueia, brônquios e bronquíolos. Petéquias
onde possui uma facilidade de degradação
(mucosa da traqueia e brônquios)
(sensíveis em pH ácido)
Urogenital: nefrite intersticiais, focos pálidos na
Aspectos epidemiológicos
superfície renal, equimoses e petéquias.
Criações consorciadas entre bovinos e
Nervoso: o animal vai apresentar a córnea com
ovinos (os bovinos são sensíveis ao OvHV-
opacidade (esbranquiçada) e inflamação. Se tem
2)
também hemorragia de leptomeninges e
Ovinos jovens, quando desenvolve a
hiperemia difusa.
doença essa é subclínica (assintomática)
Em relação aos bovinos, normalmente Sinais clínicos
afetam animais de 2 a 4 anos
Alta letalidade e baixa morbidade (baixa Os animais começam a apresentar uma
capacidade de infectar outros indivíduos) conjuntivite, que evolui para uma ceratite e ocorre
Épocas de parição de ovinos (secreções o surgimento da opacidade. Levando esse a
pós parto), dentem a se ter uma maior apresentar perda da acuidade visual.
carga viral, o que leva a uma maior As secreções começam bem aquosas, porém sua
contaminação do ambiente. Através das consistência vai aumentando. O curso da doença é
secreções vaginais, leite, colostro. considerado agudo 3 a 7 dias, mas na maioria dos
Tanques contaminados com secreções casos os animais morrem em 15 dias.
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(IBR)
Nos bovinos as herpeviroses importantes, BHV-1.2= leva ao surgimento de doenças
incluem: BHV-1 (se subdivide), BHV-2 e BHV-5. reprodutivas (vulvovaginite,
balanopostite (inflamação do prepúcio e
BHV-1.1= ocasiona a IBR (normalmente
pênis, nos machos. Podendo ocasionar
afetar o sistema respiratório, porém pode
também abortos). Sendo limitada ao
ocasionar aborto – em decorrência da
sistema reprodutor, podendo ocasionar
disseminação do vírus pela via
septicemia também nos bezerros.
hematógena).
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BHV-2= ocasiona mamilite herpética Se por acaso o animal estiver gestante, quando
(tetos e úbere), além de septicemia infectado, vai se ter uma infecção fetal, uterina e
(principalmente nos bezerros – doença degeneração placentária.
multissistêmica neonato)
IBR (BHV-1)
BHV-5= Meningoencefalite (inflamação
das meninges e do encéfalo) É endêmico no Brasil, com prevalência nos
rebanhos de 8-82%. Sua importância
Causa intenso prejuízo no rebanho, vindo a
epidemiológica de dar pela latência, onde os
acometer bezerros e vacas adultas.
proprietários não irão saber quem é portador do
Etiologia BH1-1 vírus ou não. Os bovinos são mais susceptíveis,
porém também podem infectar suínos silvestres,
É ocasionado por um vírus envelopado,
ovinos e caprinos. O transito frequente de animais
imunossupressor e de DNA fita dupla, que possui
nos rebanhos pode ser um fator predisponente.
na sua superfície entorno de 10 a 12 glicoproteínas
(gB, gC e gD). Onde gB e gD é responsável pela A transmissão ocorre por meio do contato direto
penetração da partícula viral no citoplasma ou indireto, onde os animais podem ser
(permitindo que ocorra a síntese proteica do portadores assintomáticos, imunossuprimidos
vírus), enquanto que a gC é uma proteína de (uso crônico de corticoides) e condições de
imunogenicidade (induz o sistema imune a estresse (febre de transporte, bezerreiros
produzir imunidade). superlotados, transporte de bezerros com animais
adultos). Assim como deficiência na oferta de
O vírus é imunossupressor, age reduzindo o
colostro (falha de passagem de imunidade
MHC1(sendo assim não tem o sequestro das
passiva) e o desmame precoce. Em casos de
células de defesa), reduz fagocitose e induz a
infecções em bezerros com menos de 30 dias, se
apoptose na célula de defesa (morte celular
tem o aparecimento de sintomas graves.
programada).
Doença genital BHV-1.2
Forma de disseminação viral:
Pode ser transmitido principalmente pelo coito,
Célula-célula
onde o sêmen pode servir como veículo de
Hematógena (sistêmica)
contaminação. Podendo o macho contaminar a
Nervosa
fêmea ou o oposto também.
Após a replicação viral se inicia a infecção ativa,
BHV-1.1
onde se tem a lise celular do epitélio respiratório.
Após ocorrer a infecção, o vírus faz o transporte Essa patologia pode se apresentar como casos
via axonal retrógrada nos ramos do nervo subclínicos, surtos (no rebanho) e conjuntivites.
trigêmeo, onde vai permanecer nos gânglios desse
Podendo levar a mortalidade embrionária e fetal,
nervo no período de latência. Quando a infecção
casos de abortamento (principalmente no terço
atinge o sistema reprodutivo, se tem a via axonal
final, por volta dos 7 meses), mumificação fetal e
retrograda para a região dos gânglios sacrais.
infecções multissistêmicas do recém-nascido
Na fase de latência, se tem uma menor quantidade (septicemia).
de vírus, não se tendo a lise celular. Podendo esse
OBS: Mas os animais não apresentam mal
vírus ficar armazenado nos linfonodos, gânglios
formação.
nervosos e baço, sem que seja agredido pelo
corpo. Vale salientar que ao se ter estresse, esse Sinais clínicos
vírus volta para a forma ativa. Onde nessa o vírus
sai dos gânglios e segue o fluxo normal, no sentido Febre (40,5 a 42°C)
da sinapse. Depressão
ANOREXIA
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O colostro deve ser mamado em até 12 horas, A quantidade de colostro a ser fornecido varia de
onde os enterócidos possui uma maior capacidade 10 a 15% do peso vivo do animal.
de absorção. Posteriormente esses vão se
modificar e assim diminuir a absorção de
imunoglobulinas (por pinocitose).
Pasteurella multocida está presente no trato Animais que apresentam essas bactérias, no
respiratório do animal (nasofaringe e orofaringe) próprio hábito de mamar pode levar a instalação
e normalmente não causa problemas. Porém em da bactéria na teta da vaca, ocasionando mastite
casos onde se tem lesão da mucosa do trato
Patogenia
respiratório e o rompimento da barreira muco
ciliar, essa migra para os pulmões. Essas apresentam vários mecanismos para driblar
o sistema imunológico, como:
Apresentanda 6 tipos (A, B, C, D, E e F), variando
de acordo com a imunoglobulina que ela vai Fímbrias: que ajudam na fixação e
estimular. A do tipo A causa pneumonia e mastite colonização da bactéria (sensibiliza o
em bovinos e ovinos. Enquanto que a do tipo B e E sistema imune)
causa septicemia hemorrágica. Cápsula: dificulta a atividade fagocitária
(antifagocitária).
A Mannheimia é também conhecida como febre
Endotoxinas: causam lesões vasculares
dos transportes. A M. haemolytica nos bovinos
Leucotoxinas: impedem a ação dos
ocasiona pneumonia, nos ovinos gera pneumonia,
neutrófilos e plaquetas, levando a uma
septicemia em cordeiros menores de 3 meses e
perda de sangue (hemorragia) e
mastite grangrenosa. E em caprinos, septicemia.
surgimento de petéquias.
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Figura 2: tabela do escore de saúde de bezerros (retirada do artigo Principais afecções respiratórias de bovino leiteiro)
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Para realização dessa técnica e drenagem do A superfície cortante da agulha deve estar
líquido, pode ser utilizado cateter (18 ou 14). Onde voltada para baixo, para evitar que ocorra
o local para realização da drenagem é escolhido o corte da sonda.
por meio do ultrassom (pela região com maior O pescoço do animal não deve ficar muito
quantidade de líquido). Geralmente quando os esticado, caso contrário irá diminuir o
dois lados estão afetados, a drenagem não pode lúmen da traqueia.
ser feita de ambos os lados no mesmo dia. A agulha deve ser introduzida um pouco
lateralizada
Em decorrência da consistência da fibrina, as vezes
Não se pode pressionar o cateter/agulha,
é necessário se utilizar um trocarte ou uma cânula
caso contrário irá perfurar o outro lado da
de Grymer-Sterner. Afim de que todo o líquido
traqueia.
seja drenado.
A seringa deve se acoplar na sonda, afim
Esse líquido pode ser coletado em tubo seco de não pressionar o cateter.
(exame bacteriológico) ou em tubo com EDTA O bico da seringa deve ficar voltado para a
(para citologia) e assim ser analisado. parte mais alta, para que não ocorra
retorno da amostra obtida
Lavado traqueobrônquico A agulha e a sonda devem ser removidos
É realizada a tricotomia, antissepsia e bloqueio da juntos.
região. Se palpa a região entre os anéis traqueais A solução fisiológica deve ser aquecida,
e se entra com o mandril do cateter 14. Para antes de ser introduzida no animal.
coletar o conteúdo, se usa uma sonda por dentro A análise do lavado só consegue identificar
do mandril. É injetado pela sonda, cerca de 20 a 40 alterações do brônquio principal.
ml de solução fisiológica e logo em seguida se
aspira. Geralmente o conteúdo aspirado é turvo. Também pode ser realizado o lavado
brônquioalveolar, por meio de uma endoscopia ou
Com isso, se tem a coleta totalmente asséptica de uma sonda apropriada.
para realização do exame microbiológico e analise
da celularidade.
provocada por essa bactéria ocasiona a formação complexo primário (o do pulmão – linfonodo
do granuloma. mediastino, intestino – linfonodo mesentérico.
Curiosidade: O M. bovis é utilizado como matéria A lesão pode estabilizar (onde o animal tem a
prima para vacina BCG. doença, porém é assintomático) ou progredir e
ocasionar uma generalização da infecção (o
Epidemiologia
granuloma vai romper vasos próximos e liberar
Se dar principalmente pela introdução de animais êmbolos sépticos para todo o organismo)
infectados e assintomáticos (principalmente pela
Sinais clínicos
via respiratória e digestiva).
Emagrecimento progressivo crônico e
Transmissão
intolerância ao exercício
Aerossóis Linfonodo retrofaringeo e e
Secreções (podem contaminar as supraescapulares aumentados
instalações, bebedouros, pastagens, água Tosse
(contaminação via indireta), alimentos), Estertores pulmonares
se espalhando por todo ambiente Roce pleural
manejado pelos animais. Extensa área de silêncio pulmonar (devido
Colostro (em caso de vacas infectadas, a junção de vários granulomas)
essas acabam contaminando os bezerros) Dispneia
Fezes (em casos de tuberculose digestiva)
Pode ocorre o retardo do surgimento de sinais
Sêmen e urina (mais difícil)
clínicos, os quais podem aparecer somente após 5
Gotículas
anos da infecção. Visto que costuma ser uma
Leite cru, queijo, carne
doença progressiva crônica, o que dificulta o seu
A principal via de transmissão é a via respiratória controle.
e a segunda é a digestiva. Mas pode acontecer de
Na forma precoce (biliar – é considerada
no momento que o animal expectorar, engolir a
subaguda) os sinais podem surgir mais
secreção. O que acaba infectando o trato
rapidamente, acompanhados de febre, apatia,
digestório, levando a eliminação do bacilo pelas
emagrecimento rápido, inapetência, levando a
fezes.
caquexia e morte.
Nos bovinos, a principal fonte de infecção é a
A nível digestório não se tem o aparecimento de
aquisição de animais infectados.
sinais clínicos, sendo as lesões mais voltadas ao
Patogenia linfonodo, devido ao epitélio se renovar
constantemente.
Quando o bacilo adentra o corpo do animal, os
neutrófilos vão ataca-lo, porém não conseguem Diagnóstico
captura-lo. Com a infecção e persistência do
É realizado pela tuberculina (proteína purificada).
agente, esse será capturado pelos macrófagos. A
capacidade do organismo de eliminar essa Teste da prega caudal
bactéria, vai depender da virulência dela, da carga
É um teste de triagem, realizada mais em
infectante e da imunidade do hospedeiro.
rebanhos de corte. Onde é inoculado 0,1 ml de
O organismo tenta eliminar esse agente e em solução intradérmica na base da cauda, de 6 a 10
decorrência de uma reação de hipersensibilidade cm distante do anus. A leitura é realizada com 72
do tipo tardia, se tem a formação do granuloma. horas, onde se compara o lado oposto da inspeção
Quando não eliminado pelo organismo, o bacilo e palpação. Em animais positivos se tem a
vai se multiplicar dentro dos macrófagos e esse formação do granuloma (aumento de volume na
vão ser direcionado para o linfonodo satélite – região).
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Prevenção e controle
A ruminação é uma atividade mecânica que visa é composto por uma microbiota ruminal, que
diminuir as partículas alimentares e aumentar a contém bactérias (gram – principalmente),
produção de saliva (o que aumenta a quantidade protozoários (infuzórios) e fungos (leveduras).
de bicarbonato, que apresenta ação tamponante). Essa microbiota vai variar de acordo com a
No rúmen se tem a formação dos ácidos graxos alimentação, podendo ser adquirida também pela
voláteis (acetato, propionato e butirato), onde o lambedura, hábito de mamar (através do contato
propionato é percurso na formação da glicose. com a teta), secreções, cocho comunitário.
Além do mais, esses animais vão ser produtores de
Por isso é importante a partir de 2 semanas ofertar
dióxido de carbono e metano, na qual são
gradativamente a alimentação aos bezerros
eliminados pela eructação.
(forragem e alimentação sólida), afim de diminuir
Um outra particularidade dos ruminantes a dependência do leite e enriquecer a flora
compreende a digestão microbiana que ocorre no ruminal.
rúmen (fermentação microbiana). Esse por sua vez
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A adaptação do concentrado deve No exame pode ser utilizado ainda para palpação
corresponder de 1 a 1,5 % do peso do indireta, através da sonda Thygessen ou sonda de
animal, visto que o consumo exacerbado Shambye. Em casos de corpo estranho como
pode levar ao desenvolvimento de caroço de manga, maracujá ou outro similar, não
acidose ruminal. Devendo esse ser se tem problema desse ser empurrado para o
aumentado de forma gradual. rúmen no momento da desobstrução. Com
Cuidado com a forma de fornecimento, exceção de objetos pontiagudos e que possam
alimentos quando administrados em penetrar na mucosa ou órgãos, onde esses trazem
locais junto as fezes tendem a aumentar a risco a saúde do animal.
carga parasitária. Além de levar a uma
OBS: O local de mais fácil obstrução compreende
maior rejeição do alimento pelos animais.
a entrada do esôfago torácico, pelo fato dessa
Ter cuidado também para não favorecer a
região se ter uma certa angulação.
disputa pela comida.
Se atentar a estocagem da alimentação, se Inspeção da silhueta abdominal
é feita em silo ou galpões.
Deve ser feita a inspeção da vista caudal e lateral
Observações importantes dos animais. Patologias tendem a levar ao
surgimento de alterações na silhueta.
Apetite caprichoso (hiporexia – o animal
realiza uma seleção da alimentação) Timpanismo por gás livre: Região do flanco
Apetite alterado (parorexia) esquerdo distendido, devido ao acumulo de gás do
Apetite ausente (anorexia) rúmen.
Atividade de ruminação (o animal chega a
ruminar de 7 a 8 horas por dia, sendo o Timpanismo espumoso: Pode ser causada por
fator mais importante em relação ao leguminosas de alto poder fermentável,
sistema digestório) normalmente ocasionada por pastagens
Atividade de eructação (eliminação dos (forragem novas). Silhueta convexa, presença de
gases provenientes da fermentação).
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gás (não livre) com ingesta/líquido (aspecto de Ascite: acúmulo de líquido no abdômen, causa um
espuma). abaulamento ventral, geralmente está associado a
problemas hepático, diminuição da pressão
Acidose ruminal: atinge a região tanto dorsal
oncótica (baixa de proteína – albumina). EX:
como ventral, silhueta convexa do lado esquerdo.
intoxicação por Tephrosia cinerea (causa necrose
Aumento do conteúdo líquido.
hepática)
Indigestão vagal: Padrão maça-pera (lado direito),
Eventrações e demais aumentos de volumes:
podendo ser ocasionado pelo rúmen está se
Consiste no avanço dos órgãos por uma falha na
deslocando para a direita ou falha no
musculatura do abdômen. Semelhante a um tipo
esvaziamento pilórico.
de hérnia, podendo ocorre por traumas ou por
Hidropsia fetal: abaulamento ventral, em causa da decência de suturas recentes (cirurgias
decorrência de um acúmulo de líquido nos prévias).
envoltórios fetais (útero repleto de líquido), na
qual comprime o rúmen.
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