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Prof.

Marcondes de Souza
INFORMAÇÕES BÁSICAS:

Livro adotado: “Fundamentos de Ortopedia e


Traumatologia” editor: Prof. Volpon

Haverá uma prova final, com perguntas e


respostas escritas, realizada na Sala Pró-aluno
da FMRP.
LEVAR FOLHA DE PAPEL

Alguns horários serão destinados ao estudo.

Para a aula de imobilização de membros


inferiores, dois alunos (as) deverão levar
bermuda.

Algumas aulas estão no moodle


DIRETRIZES
ORTOPEDIA PEDIÁTRICA:
Livro Básico:
DIRETRIZES: TEMAS SELECIONADOS
“Fundamentos de Ortopedia e
Traumatologia”
1. Displasia do desenvolvimento do quadril (Biblioteca Central)

2. Afecções do pé: Pé torto congênito


Pé plano

3. Alinhamento frontal do joelho no


desenvolvimento
ORTOPEDIA PEDIÁTRICA E DO ADOLESCENTE DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
FMRP - USP (DDQ)

É a associação de:

 Displasia do acetábulo (acetábulo raso)

 Frouxidão da cápsula

Esta combinação resulta:


 mau encaixe entre cabeça e acetábulo,
que leva à instabilidade (movimentação
anormal entre a cabeça do fêmur e o
acetábulo).

 A instabilidade pode ocorrer em maior


ou menor grau, ou seja: há diferentes
graus de displasia do desenvolvimento
do quadril.
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
(DDQ)

A
É a associação de:

 Displasia do acetábulo (acetábulo raso)

 Frouxidão da cápsula

Esta combinação resulta:


 mau encaixe entre cabeça e acetábulo,
que leva à instabilidade (movimentação
anormal entre a cabeça do fêmur e o
acetábulo).

FAC. MED. RIBEIRÃO  A instabilidade pode ocorrer em maior


PRETO USP ou menor grau, ou seja: há diferentes
graus de displasia do desenvolvimento
Prof. Volpon do quadril.
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
(DDQ)

No início a DDQ é apenas uma instabili-


dade que pode ser revertida com o
tratamento.
Se não tratada, pode ocorrer a migração
progressiva da cabeça do fêmur que sai
do acetábulo.
Neste caso, a denominação é de luxação
Luxação congênita do quadril direito: resultado
final da progressão de uma DDQ. congênita do quadril, como mostra a
Instala-se após o nascimento, piora quando figura ao lado.
a criança anda.
IMPORTANTE!
Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

A DDQ não dá sinais externos


específicos:
 Não doi
 Não limita movimentos
 Não deforma.

LOGO:
Só será diagnosticada, se procurada
FATORES DE RISCO
1- CASOS NA FAMÍLIA Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

Há vários fatores de risco.

Os mais importantes são casos

na família, ou apresentação
2- APRESENTAÇÃO PÉLVICA
pélvica.
DIAGNÓSTICO
MANOBRA DE ORTOLANI Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

Sinal do ressalto
Manobra de Ortolani

 Realizada nas primeiras 48 h

de vida.

 Obrigatória em todo o RN.

 Encaminhe os casos positivos,

ou duvidosos.
EXAMES COMPLEMENTARES
ULTRASSONOGRAFIA DO QUADRIL PARA DDQ Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

RX não serve
Ultrassonografia (US)
Exame muito sensível, mas exami-
nador dependente.
US
Realizado logo ao nascer se
 Ortolani positivo

Realizado com 4 semanas se

 Suspeita clínica
 Exame tardio, mas houve suspeita
 Fatores de risco presentes
 Apresentação pélvica
TRATAMENTO
Órtese de Pavlik*
Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

Órtese de Pavlik, por 8 semanas


controle com US

ENCAIXAR O QUADRIL
E COLOCAR A ÓRTESE

A órtese coloca os membros inferiores


em posição tal que o quadril displásico
fica reduzido (encaixado).

Os quadris ficam em flexão, abdução


e rotação externa e a articulação sofre
remodelação, corrigindo a displasia
(Mesmo com apenas um quadril
displásico, a órtese inclui os 2 quadris) O posicionamento é mantido por
meio de correias e suspensórios.
*Há outros tipos de órtese. Esta é a mais comum em nosso meio.
Afecções do pé no RN
Pé torto congênito
Afecções do pé

Pé torto congênito (PTC)

Deformidade do pé que resulta


da associação de 4 deformidades
básicas:

1- Equino
2- Varo
3- Aduto
4- cavo

O aspecto do pé é o que está ilustrado


ao lado.
Pé torto congênito

O diagnóstico é clínico

Equino Varo

Aspecto clínico típico


Cavo Aduto do PTC

Deformidades básicas do PTC


Saiba definir cada uma delas (livro)
Pé torto congênito

E SE NÃO TRATAR?

PTC não tratado


Pé torto congênito

Tratamento precoce

correções progressivas

 Manipulações delicadas

 Gesso a cada 7 dias

 Depois, secção percutânea


do tendão Aquiles

 Prognóstico: bom

Fases do tratamento do PTC


Diminuição
acentuada do arco
plantar
No pé plano (“pé chato”) há
diminuição acentuada do arco
plantar e o tornozelo está
inclinado medialmente
Inclinação do
tornozelo (valgo)
DESENVOLVIMENTO DO
ARCO PLANTAR MEDIAL
DO PÉ
A MAIOR PARTE DAS CRIANÇAS NASCE COM O PÉ PLANO.
ATÉ OS 6 ANOS DE IDADE O PÉ ESTÁ NORMAL EM 90%
DOS CASOS.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE TRATAMENTO.
NÃO SE USAM PALMILHAS OU SAPATOS ESPECIAIS (são ineficazes)
Entretanto, o pé plano pode
O pé plano pode
ser patológico e, Características
ser patológico: 1- Associado a doenças de base
nessesocasos, o tratamento
tratamento é (síndromes, mielomeningocele,

geralmente é cirúrgico
cirúrgico
paralisia cerebral)
2- Rígido
cirúrgico 3- Doloroso
4- Limitante
5- Progressivo
6- Uni ou bilateral
Características

Gravidade Assimetria Rigidez


DESVIOS DO JOELHO NO PLANO FRONTAL DEFINIÇÃO

Ilustração de deformidades
no plano frontal
varo valgo Varo: os joelhos se afastam e os pés
se aproximam
Veja livro
Valgo: os joelhos e aproximam e
os pés se afastam
DESVIOS DO JOELHO NO PLANO FRONTAL

Entre estes casos há situações patológicas e outras fisiológicas.


Diferencie-os
Desenvolvimento do ângulo frontal do joelho, conforme a idade

RN: geno varo


6 MESES: retificação
1 ANO: inicia a valgização
4 ANOS: máximo de valgização
4-6 ANOS: desvalgiza o excesso para se
tornar normal (discreto valgo)
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS

Diferenciar variações normais das


situações patológicas

Estas duas crianças são normais


AVALIAÇÃO DO ALINHAMENTO DO JOELHO Elementos de Avaliação

 Antecedentes familiares
 Progressão
 Antecedentes mórbidos
 Desenvolvimento neuromotor
 Características do desvios
As variações fisiológicas não são tratadas, mas
somente acompanhadas

O geno varo/valgo na criança normal


tendem a se corrigir espontaneamente
JOELHO INFANTIL PATOLÓGICO
PROGRESSI VO
A SS IM
É T RI C
O
 DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
 TRATAMENTO ESPECÍFICO
O QUE É? Legg-Calvé-Perthes

A doença de Legg-Calvé-Perthes é afecção do


quadril da criança, de causa desconhecida, em
que ocorre necrose do núcleo de ossificação da
cabeça do fêmur

DEPOIS, ESPONTANEAMENTE, OCORRE A


REVASCULARIZAÇÃO, E A CABEÇA REFAZ-SE
Para ser Perthes:
• Criança
• Necrose do núcleo ossificação cabeça do fêmur
• Idiopática
Legg-Calvé-Perthes

A cabeça afetada se deforma


com o peso do corpo.
Com o tempo a circulação retorna
espontaneamente e o núcleo reossifica,
mas deformada.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? Legg-Calvé-Perthes

•Idade típica: escolar


•Sintomatologia discreta: dores intermitentes
na virilha ou joelho
•Claudicação continuada, ou não

O diagnóstico é radiográfico:
surgem sinais de necrose no núcleo
de ossificação (núcleo mais branco e irregular)
Às vezes o núcleo já está deformado
Legg-Calvé-Perthes
TRATAMENTO

1- Deve ser feito antes da cabeça se deformar


2- Casos leves não precisam ser tratados
3- Casos graves devem ser operados
4- Sempre encaminhe para o ortopedista
5- Não se usam aparelhos (ineficazes)
ESCORREGAMENTO EPIFISÁRIO DA CABEÇA DO FÊMUR Quadril normal

A cabeça do fêmur se descola do colo e perde


o alinhamento com ele

Normalmente, uma linha traçada pelo eixo do


colo corta o centro da cabeça (figura A) A

No escorregamento há perda desse


alinhamento (figura B)

B
Cabeça do fêmur desalinhada
Escorregamento epifisário

1- Ocorre no adolescente obeso e com atraso


desenvolvimento sexual,
2- Ou no adolescente magro que está crescendo muito
3- Etiologia desconhecida: causas hormonais?
4- Dá dor no quadril que pode ser aguda, ou crônica
5- O membro inferior fica rodado externamente, tanto na
postura, quanto na marcha e no exame físico
O escorregamento epifisário é uma grave condição, muito sujeita a
complicações
O diagnóstico precoce é fundamental
Os tratamentos são todos cirúrgicos e a cirurgia varia conforme o caso
As chaves para diagnóstico são:
adolescente
dor no quadril
rotação externa de todo o membro inferior
O diagnóstico é radiográfico
Qualquer suspeita deve ser encaminhada ao ortopedista

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