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LUXAÇÃO PATELAR EM CÃES: TRATAMENTO E ABORDAGEM

FISIOTERAPÊUTICA

As luxações patelares casualmente são identificadas em gatos, diferente dos cães. Em felinos
domésticos, o deslocamento da patela para fora de seu sulco troclear é por muitas vezes uma
afecção assintomática ou concomitante a luxação coxofemural.

Embora a luxação patelar congênita não é identificada desde o nascimento do animal, os fatores
contribuintes para a ocorrência do deslocamento, anormalidades anatômicas, já estão presentes ou
se desenvolvendo no decorrer do crescimento do animal.

Com os seguidos deslocamentos da patela para fora do sulco troclear de forma medial, o deslize sob
a crista troclear medial faz com que haja a degeneração da cartilagem articular, ou também a patela,
expondo o osso subcondral, e consequentemente, causando dor e a apresentação de claudicação.

O prognóstico para pacientes que passam por correção cirurgica, os casos que se situam nos graus
de 1 a 3 tem uma boa recuperação relacionado ao retorno funcional do membro, em casos de grau 4
o prognóstico passa a ser reservado.

Outras condições patológicas podem estar concomitantes a luxação de patela, como a ruptura do
ligamento cruzado, displasia coxofemoral e contratura muscular. Pode-se correlacionar o histórico
de um animal já ter sido diagnosticado com luxação patelar e apresentar uma piora súbita com a
ruptura do ligamento cruzado.

Ao se classificar o grau de luxação da patela pode-se definir o diagnóstico e as alternativas para que
haja o reparo. Mesmo que o grau de luxação são seja sinônimo da expressão dos sinais clínicos, é um
bom controle para a monitoração da progressão do paciente.

Geralmente a claudicação é manifestada pela sustentação do peso leve até o arrastamento do


membro ocasionalmente. Quando há claudicação bilateral, o animal pode não “mancar”, mas o sinal
é sutil, onde é possivel visualizar o paciente concentrando o peso nos membros anteriores.

O exame físico para identificação de luxação patelar no membro é efetivamente melhor quando
feito em decúbito lateral. O pé do paciente deve ser rotacionado interna e externamente ao mesmo
tempo em que se desloca a patela lateral e medial, respectivamente.
A realização da cirurgia de forma precoce é recomendada para cães de porte médio/grande para
evitar a futura erosão e deformidade da tróclea.

Durante o período de 6 semanas a partir da cirurgia, o animal deve ter restrição das atividades
físicas, podendo somente realizar atividades específicas para a reabilitação do membro e
caminhadas na coleira. O retorno às atividades se supervisão deve ser feito de forma gradual pelas
próximas 6 semanas. Exercícios onde é exigido equilíbrio, ambulação sem e com presença de
obstáculos, atividades com inclinação, executar subidas e descidas de escadas e leves corridas são
indicados nestes casos.

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