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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

INSTITUIDA PELA LEI Nº.10.425 DE 19/04/2002 – D.O.U. DE


22/04/2002

CAMPUS CENTRO-OESTE DONA LINDU – CCO


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OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM TEÓRICO-PRÁTICA:

VIVENCIAR A PARTIR DOS CASOS O ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE, REFLETIR E


DISCUTIR A AÇÃO DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE ENFERMAGEM

Caso Área Hospitalar:

Clara é uma adolescente de 16 anos que está acompanhada pela sua mãe, e é
internada na unidade de clínica médica do Hospital Santa Cruz para tratamento de
Infecção Urinária. Ao chegar à unidade, a enfermeira inicia a admissão da jovem.

A enfermeira Flora inicia a anamnese de Clara que permanece na presença da mãe.


Flora inicia sua entrevista questionando a história pregressa de Clara com as seguintes
perguntas:

Você sente dor ao urinar?

Qual é a frequência das micções, há presença de sangue ou pus?

Como é a sua alimentação em casa?

Neste momento a mãe interrompe a consulta e fala o que a filha gosta de comer...

E a sua alimentação na escola?

A mãe responde que a filha tem ido muito mal à escola.

A enfermeira volta-se para Clara e pergunta: você gosta de estudar Clara?

Clara diz que sim, mas que ultimamente está sem disposição para estudar.

A mãe relata que na maior parte das vezes, ela parece sem energia, com diminuição do
apetite e dorme pouco, mas em outras ocasiões, dorme muito e mostra-se letárgica.
Na noite anterior, ela voltou de uma festa agitada, com os olhos dilatados, cheirando
bebida alcoólica.

Clara neste instante pede para mãe sair da sala, pois queria conversar a sós com a
enfermeira. Flora então disse à Clara que era importante que sua mãe ficasse na
consulta.
Flora indaga à Clara se ela consome bebida alcoólica ou se já experimentou algum tipo
de droga. A adolescente responde que não.

A enfermeira inicia o seu exame físico iniciando a investigação sobre as eliminações e


pede que Clara deite-se na cama para a realização do exame da genitália. Neste
momento, Clara pediu que a mãe saísse, mas a enfermeira disse para a mãe ficar. Flora
pergunta à jovem se ela já havia iniciado as atividades sexuais... Clara responde
firmemente que não.

A enfermeira verifica os sinais vitais e procede com o exame físico.

PA: 140x70mmHg

R: 20 rpm

FC: 125 bpm

T: 37,9ºC

A mãe pergunta para a enfermeira se a pressão da filha está normal, a enfermeira diz
que sim.

Em seguida, Flora encaminha a adolescente para o quarto ao lado de uma menina de 4


anos de idade e explica que um técnico de enfermagem continuará o atendimento.

Questões norteadoras após a exposição da cena:

DISCUSSÃO:

- Como a enfermeira deve conduzir a entrevista da adolescente? Ela fez a abordagem


correta?

-Quais são os achados principais relatados no caso e que merecem investigação?

-A enfermeira fez as perguntas necessárias? Você acha que ela deveria ter perguntado
mais alguma coisa?

-Com relação a presença da mãe, você como futuro enfermeiro o que faria?

- Como deveria ser o exame físico ideal para Clara.

- Os sinais vitais estão adequados para idade?

-Quais são os aspectos que merecem atenção no momento da internação do


adolescente no hospital?
Caso 2- Atenção Primária

João é um jovem de 14 anos, numa conversa com a enfermeira Tânia em sua escola
relata que sente-se muito estranho, sua mãe tem reclamado que ele está desastrado
de um tempo para cá, derruba tudo por onde passa e está com mania de abraçá-la
como se estivesse espremendo uma laranja (forte demais). Agora ele mal cabe em sua
cama e costuma bater a cabeça em portas baixas por onde sempre passou como no
porão de sua casa, os braços parecem ter vida própria e ao tentar pegar um garfo
sobre a pia costuma derrubar alguns copos. Os tios e primos assim como alguns
amigos o chateiam devido à sua voz que parece um coachar, às vezes ele começa a
falar grosso e na mesma frase fala bem agudo, além dos desafinos que são constantes.
João relata que seu pênis tem coçado muito e que está com a glande e o prepúcio
edemaciados e avermelhados, sente queimação e até o roçar da cueca o incomoda.
Relata ainda que antes disto acontecer ficou brincando de dar pequenas pancadinhas
no pênis durante muito tempo. Ao exame físico, Tânia confirmou os relatos de João,
verificou ainda que a higiene estava precária principalmente no sulco peniano verificou
que uma característica poderia estar dificultando a higienização do local que era
estenose do óstio prepucial que impedia a retração do prepúcio até a glande. Quanto
ao desenvolvimento sexual secundário, Tânia observou que ele estava no 3º estágio de
Tanner.

Questões norteadoras

DISCUSSÃO

1- Dê uma justificativa para o fato de estar desajeitado e abraçando as pessoas


forte demais. Fale sobre o fenômeno pelo qual ele está passando que causa
estas questões. Em que idades ele ocorre nos meninos. Por quanto tempo ele
permanece após o início nos meninos? Mostre com um gráfico também. O que
o enfermeiro pode orientar a família?
2- Quais os aspectos que deverão ser interrogados na anamnese?
3- Fale sobre a voz de João. Que fenômeno é esse? O que o enfermeiro pode fazer
para ajudá-lo?
4- Qual (ais) os hormônios responsáveis pelas modificações corporais relatadas no
caso? Explique o mecanismo de produção.
5- Em quais locais do corpo dos meninos FSH atua? Ele influencia qual evento da
puberdade? E o LH?
6- De acordo com as queixas de João relativas ao pênis, o que as mesmas
sugerem? Quais as prováveis causas? Qual a conduta esperada do enfermeiro?
7- As características do pênis que a enfermeira observa ao exame físico e que
podem estar dificultando a higiene pode ser o que? Qual a orientação que o
enfermeiro faz na puericultura para evitar uma futura cirurgia neste sentido?
8- Caso a pessoa não siga essas orientações corretamente, ela corre um risco. Que
risco é este? Descreva-o.
9- Qual alteração que pode ocorrer no pênis devido a formação de uma coleção
de urina e esmegma no saco prepucial? Descreva-a.

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