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DERMATOTERAPIA FUNCIONAL
TEMA 1 – ACNE
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prolonga-se por um tempo variável. Acomete mais o sexo masculino, devido à
influência androgênica.
O problema geralmente inicia mais cedo no sexo feminino do que no
masculino. As meninas terão acne entre os 13 e 16 anos, enquanto os meninos
começam a ter o problema aos 15, até os 19 anos. Isso não é uma regra
específica; ela pode iniciar antes ou depois. A genética também tem a sua
influência, e algumas pessoas podem sofrer com este problema depois da
adolescência. Isso é uma exceção e não uma regra.
A acne vulgar, polimorfa ou juvenil geralmente atinge a parte central que
chamamos de T (testa, nariz e queixo), e é caracterizada por comedões fechados
(microquistos) ou comedões abertos (pontos negros), e por lesões inflamatórias
(pápulas, pústulas, cistos e nódulos). Os comedões ou cravos (como são
chamados popularmente), são consequência da obstrução do fluxo de saída da
oleosidade dos folículos capilares abertos sobre a face.
Quatro fatores que favorecem o aparecimento da acne:
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que faz parte da microbiota normal que habita nossa pele, sendo o principal
microrganismo envolvido na etiopatogenia da acne vulgar.
• Hiperprodução sebácea: Proliferação das bactérias, favorecendo o
aparecimento da acne. Estão presentes também, em grande quantidade, o
P. avidum e P. propionicum, que se localizam na face e no tronco superior,
locais de maior concentração das glândulas sebáceas. Elas evidenciam a
relação direta entre a população bacteriana e a seborreia local.
• Hipersecreção sebácea: Comum na adolescência. As glândulas
sebáceas produzem excesso de sebo, por conta da ação hormonal que
controlam tais funções. Elas se tornam mais ativas na fase da puberdade,
quando o aumento do sebo decorre da estimulação hormonal androgênica.
Tais glândulas são controladas por esses hormônios. O sebo é sintetizado
continuamente pelas glândulas e secretado para a superfície da pele
através do óstio do folículo pilossebáceo. As glândulas sebáceas estão
localizadas no corpo todo, sendo em maior número e tamanho na face,
dorso, tórax anterior e ombros. A excreção de lipídeos feita por essa
glândula é controlada por hormônios, que são mais ativos durante a
puberdade. A elevada produção de sebo leva a um desequilíbrio entre a
produção e a capacidade de excreção, gerando obstrução no folículo
pilossebáceo, e decorrente infecção.
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1.1 Inflamação folicular e dérmica subjacente
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• Pápulas: Lesões eritematosas, elevadas e doloridas. Persistem por
algumas semanas e a reparação é lenta. Pode deixar cicatriz depressiva e
hiperpigmentada.
• Pústulas: Lesões eritematosas, com secreção amarelada (pus).
• Nódulos: Lesões eritematosas, maiores, de consistência fribroelástica,
resultantes do rompimento de comedões e processo inflamatório, podendo
originar abcessos. O comedão é destruído e a secreção sebácea e os pelos
irão gerar uma reação inflamatória crônica de corpo estranho, podendo
permanecer por semanas ou meses, deixando uma desagradável cicatriz.
A acne, para ser tratada, tem que ser analisada para verificarmos em que
grau se encontra. Sabendo classificar o grau, podemos definir o tratamento mais
adequado.
Existem também diferentes tipos de acne que não podemos manipular;
temos também que reconhecer lesões que se assemelham à acne, para
encaminhar ao dermatologista, pois não podem ser tratadas pela área da estética,
mas sim com medicamentos oral e tópico, próprios da área médica.
Saber classificar e definir o tipo de acne do paciente é o principal ponto de
partida para propor um bom tratamento ou encaminhar o paciente a quem de
direito. A classificação mais comum é a que divide a acne em 5 graus:
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e a porção anterior e posterior do tórax, podendo chegar até a região dos
glúteos.
• Acne grau V – ulminante ou fulminans. É extremamente rara, devastadora
e grave. Tem início abrupto, ataca frequentemente o sexo masculino,
poliartralgia. Causa febre, aumento de leucócitos, poliartralgia com
infecção e necrose, hemorragia em algumas lesões. Sua causa é
desconhecida, mas acredita-se que pode estar relacionada com prováveis
mecanismos inflamatórios e imunológicos. Acredita-se também que a
predominância no sexo masculino pode ser explicada pela alta taxa de
testosterona durante a puberdade. Este tipo de acne só pode ser tratadO
pela área médica.
Crédito: ksenia_bravo_design/Shutterstock.
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intrínsecas específicas do recém-nascido. É um fator passageiro, mas deve ser
tratado por dermatologista para evitar sequelas ou cicatrizes. A estética não atua
neste tipo de acne.
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observam-se complicações pulmonares, hematológicas, neurológicas, hepáticas
e metabólicas. Alguns casos severos podem levar à morte.
Este tipo de acne é comum nos meses de verão, pelo efeito do calor, e
desaparece com a mudança do clima. Geralmente, acomete pessoas que têm
muita sudorese. A fisiopatologia do processo poderia estar relacionada com a
presença de edema do orifício folicular e inflamação subsequente. As lesões
apresentam-se com características pápulas vermelho-violáceas endurecidas e
pústulas, algumas vezes com certo grau de prurido; geralmente localizam-se no
tronco, ombros, e estendem-se para os braços. Os fotoprotetores oleosos e
horários inadequados de exposição solar pioram muito esse quadro. Em casos
brandos, o uso de substâncias queratolíticas e sabonetes antissépticos ajuda a
resolver. Em casos muito severos, devemos encaminhar ao médico para uso de
antibióticos.
Este tipo de acne aparece pela ação de traumas físicos repetitivos na pele,
como pressão, tensões, alongamentos e estiramentos. Geralmente é causada
pelo uso de chapéus, bonés, faixas de cabelo, colares e fitas cirúrgicas, e calças
jeans muito apertada.
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2.9 Acne escoriada
TEMA 3 – ROSÁCEA
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predisposição familiar e genética (mais comum em brancos e europeus), como
também forte predisposição psicológica. A sensibilidade, por sua vez, pode ter
como causa a hereditariedade, a cor da pele e a própria estrutura da pele.
Embora a causa da rosácea ainda seja um mistério, a presença de eritemas
e teleangectasías na região central da face, acompanhadas de pápulas e
pústulas, geralmente é de fácil diagnóstico. Existem quatro tipos de rosáceas:
eritemato-telangectasica (subtipo 1), papulopustuloso (subtipo 2), fimatoso ou
rinófima (subtipo 3), e ocular (subtipo 4), que pode acompanhar qualquer um dos
outros ou apresentar-se isoladamente.
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3.3 Tratamento da rosácea
Não existe cura para a rosácea, mas sim controle. O dermatologista deve
atuar imediatamente, para que os sintomas não se agravem. Problemas que
podem agravar a rosácea devem ser afastados ou controlados, como bebidas
alcóolicas, exposição solar, vento, frio, ingestão de comidas quentes
(principalmente condimentos fortes, como pimenta).
O tratamento se inicia com sabonetes apropriados, filtros solares com
elevada proteção, uso de antimicrobianos tópicos e antiparasitários. Em casos
persistentes e reincidentes, utiliza-se isotretinoina oral em doses baixas.
O laser e a luz pulsada são excelentes para o tratamento das
teleangectasías. Esse tipo de pele é extremamente sensível a produtos químicos
e físicos, como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e
peelings.
3.4 Prevenção
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• Evitar álcool e comidas apimentadas.
• Utilizar maquiagem corretiva com proteção solar.
• Cuidar com exercícios exagerados, sol, drogas vasodilatadoras, ácidos
tópicos, sabonetes agressivos com álcool ou acetona, esfoliações e
tratamentos agressivos.
• Acompanhamento com dermatologista periodicamente.
TEMA 4 – DERMATITES
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aparecer também nas regiões das sobrancelhas, cílios, centro do rosto, peito e
dobras da pele.
Apresentam-se na forma de lesões avermelhadas ou descamações, com
prurido na região do couro cabeludo, nos supercílios, barba e proximidades do
nariz, posterior às orelhas e ao longo do tronco. No bebê, é conhecida como crosta
láctea. Os fatores reguladores interferem na evolução da dermatite; entre eles
estão o estresse emocional, consumo do álcool e alimentos gordurosos; além dos
fatores locais: banhos muito quente, fatores climáticos e baixas temperaturas.
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4.5 Dermatite numular
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A coloração depende principalmente da melanina produzida pelos
melanócitos.
A melanina é um pigmento endógeno, sintetizado pelos melanócitos, que
são células especializadas, presentes na camada basal da epiderme, entre os
queratinócitos basais. Os melanócitos, juntamente com os queratinócitos e as
células de Langerhans, formam a unidade melanocitária, onde ocorre a
melanogênese (síntese da melanina). A melanogênese é controlada pelo
hormônio estimulador do melanócito (MSH), além do estrógeno e da
progesterona, e pela enzima tirosinase.
5.2 Discromias
5.2.1 Acromias
5.2.2 Hipocromias
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como manchas mais claras que o tom da pele do indivíduo, caracterizadas pela
diminuição da melanina epidérmica. São provocadas pela ausência de
melanócitos e por problemas na formação e transferência de melanossomas para
os queratinócitos, ocasionado a produção insuficiente de melanina. Pode haver
correlação com a falta de vitamina B.
5.2.3 Hipercromias
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1. Melasma epidérmico – a formação de melanina aparece somente no nível
da epiderme.
2. Melasma dérmico – o melasma está em nível mais profundo, e atingiu a
derme. Seu clareamento é mais difícil.
3. Melasma misto – as manchas já atingiram tanto a epiderme quanto a
derme.
• Propensão genética;
• Aumento da produção e depósito de melanina;
• Depósito de hemossiderina (pigmento resultante da transformação do
pigmento do sangue);
• Alterações hormonais;
• Estresse físico e mental;
• Reações alérgicas;
• Exposição solar e radiação uv (foto envelhecimento);
• Alcoolismo e tabagismo.
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REFERÊNCIAS
BERGFELD, W. Guia para uma pele saudável e jovem. Rio de Janeiro: Campos;
1977.
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