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Oficina

GRAFITE NA ESCOLA: uma metodologia alternativa de ensino e


aprendizagem

Local
CEMEB FLORESTAN FERNANDES

Data
OUTUBRO NOVEMBRO E DEZEMBRO

Carga Horária
horas

Público alvo
Alunos da referida escola.

Responsável
Professor Diogo Reis

Introdução
Mudanças significativas vêm acontecendo ao longo dos séculos, nossas escolas não
podem, porém, viver na contramão da realidade, não se pode viver no século XXI como se
estivéssemos no século XVIII. Precisamos entender a realidade do nosso aluno e nos
inserirmos nela de forma concreta e real, nada mais consistente que saber o conhecimento
de mundo do educando e trazê-lo para a realidade escolar. Sabendo que muitos dos nossos
alunos utilizam o grafite como expressão de arte, o CEMEB PROFESSOR FLORESTAN
FERNANDES, irá oferecer aos nossos alunos, dentro de um projeto de abrangência maior,
voltado para o mundo do trabalho, uma oficina intitulada: GRAFITE NA ESCOLA: uma
metodologia alternativa de ensino e aprendizagem.
Segundo Anna Adami, A Arte do Grafite é uma manifestação artística com ensejo de
crítica ou justamente uma linguagem popular, onde os apreciadores possam debater sobre
o tema proposto ou simplesmente admirar a beleza estética dos traços, em meio ao caos da
vida nos grandes centros urbanos. A expressão do grafite é feita em espaços públicos, e a
definição do termo é referente a pintura feita em parede. A origem remete a época do
Império Romano, onde foram encontrados desenhos, e sua popularização aconteceu na
década de 70, chamada de Idade Contemporânea, em alguns bairros da cidade de Nova
York. Inicialmente um grupo de jovens estudantes decidiram marcar as paredes da cidade
com algum tipo de símbolo próprio, a partir daí, o Grafite tomou forma e ganha cada vez
mais técnicas para sua evolução.
O movimento do Hip Hop é um grupo que está intimamente conectado ao universo do
Grafite, pois para este movimento a manifestação através de desenhos e mensagens,
garante a liberdade de expressar as mazelas da humanidade, e ajuda a refletir a realidade
dos menos
favorecidos.
O Grafite teve seu início no Brasil na década de 1970, na cidade de São Paulo, e
insatisfeitos com o tom e linha que seguiam os americanos e desenvolveram as próprias
técnicas, ao complementar o toque de "brasilidade", fato este que colocou em destaque o
traço brasileiro entre
os melhores do mundo.
Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.
A referida oficina será realizada por meio de uma ação Arte-Intervenção na escola, onde
alunos e professores terão a oportunidade de vivenciar e conviver a Arte na prática.

Objetivos
● Debater sobre as manifestações artísticas em espaços não-convencionais.
● Experimentar o caráter transgressor da arte.
● Conhecer e debater sobre as relações entre arte e política.
● Expressar a arte dos nossos alunos, pintando locais específicos da escola,
começando pelo muro (fachada).
● Inserir nossos alunos no mercado de trabalho da grafitagem.

Habilidades
(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma,
direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes
produções artísticas.
(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais,
instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social,
cultural,política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas
diversas,em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir
criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
(EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares,
compreendendo a sua diversidade, bem como os processos de legitimação das
manifestações artísticas na sociedade, desenvolvendo visão crítica e histórica.

Material
O que será utilizado nas aulas expositivas de contextualização serão utilizadas imagens
pesquisadas na internet para serem aproveitadas durante todo o projeto.
Para o grafite precisaremos de tintas para parede de várias cores, rolos, pincéis e trinchas,
esponjas, papéis diversos para colagem, pratos e potes para colocar as tintas e para
limpeza do material.
Para a realização de estêncil - plástico de capa transparente e caneta de retroprojetor para
fazer o desenho, estiletes para cortar o estêncil, e fita crepe para fixar o estêncil na parede.
Para a proposta de ampliar o projeto coletivo na parede - plástico transparente e caneta de
retroprojetor para realização do projeto e retroprojetor para o projetar o desenho na parede.

Metodologia
Inicialmente o professor vai orientar as pesquisas acerca da origem do grafite.
No momento seguinte serão convidados alguns grafiteiros para falarem um pouco sobre as
técnicas de grafitagem. Os estudantes passarão, então, a fazer os desenhos em folhas de
papel. Os professores selecionarão entre os desenhos os melhores e, assim, passar-se-á à
execução do grafite propriamente dita.
Os estudantes que tiveram seus desenhos selecionados serão os responsáveis pela pintura
no muro. Os demais ajudarão a preencher os grafites com as cores definidas.
A oficina culminará com o dia temático, onde não só essa oficina mas, todas as outras
serão apresentadas, nessa especificamente será exposto para a comunidade escolar o
resultado de todo o trabalho com o grafite.

Resultados esperados
O muro pichado em partes e sem cor em outras, ganhará cores e arte com o projeto
interdisciplinar de grafitagem.
Pretendemos que o mesmo seja o cartão de visita da escola, do bairro, da cidade.
Além do resultado prático de mudar a imagem externa da escola, o projeto, possibilitará
identificar grandes talentos entre os estudantes, melhorar a autoestima dos alunos e o valor
da escola como patrimônio de todos.
Almejamos também chamar a atenção das pessoas com essa arte a ponto de inserir nossos
alunos no mercado de trabalho da grafitagem.

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