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Fundamentos do

TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL (TPI)
Equipe:
Ana Luiza Pereira Schueda
Emerson Valdinei dos Santos
Fabrícia Marcello Nolli
Shayane Stainik Moreira.
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
A criação do Tribunal Internacional simbolizou imensa
conquista para o mundo, representando uma importante
evolução no anseio da responsabilização dos autores de
crimes contra a humanidade.

Foi criado pelo Estatuto de Roma - um organismo


internacional permanente - com jurisdição para investigar e
julgar indivíduos acusados de genocídio, crimes contra a
humanidade, crimes de guerra e crime de agressão.
o que é o TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL?
- No Direito Internacional ele é considerado uma
personalidade jurídica;
- Não faz parte da ONU, mesmo que tenha vínculo desde sua
concepção nos esboços da assembléia geral da ONU;
- Sua função é complementar jurisdições penais
internacionais quando estas não forem suficientes para
fundamentação e o julgamento de determinados crimes que
são de sua competência;
- Tem semelhança com uma função subsidiária, ou seja,
quando o Estado não realiza a verificação de determinada
conduta dentro de suas competências, então o TPI é
provocado a reagir.
Estrutura
O TPI é composto por quatro órgãos: Presidência, Seções Judiciais
(Recursos, Julgamento em Primeira Instância e Instrução),
Promotoria e Secretariado.
A Promotoria do TPI consiste em órgão autônomo, independente,
responsável pela investigação e pelo exercício da ação penal. Sua
coordenação é exercida por um Procurador, eleito para mandato de
nove anos pela AEP, por votação secreta e maioria absoluta.
O Secretariado é responsável pelos aspectos não judiciais da
administração e funcionamento do TPI. Sua coordenação é exercida
pelo Secretário, “principal funcionário administrativo do
Tribunal”.
Composição
As funções judiciais do TPI são exercidas por dezoito
magistrados, eleitos pela Assembleia dos Estados Partes para
mandato de nove anos. Uma vez eleitos, os juízes são
alocados em uma das três Seções do TPI: Instrução,
Julgamento em Primeira Instância ou Recursos.
COMPETÊNCIA
A estrutura criada pelo Estatuto de Roma distingue as seções judiciais da
Presidência, esta com função mais administrativa. O Presidente e os dois
Vice-Presidentes do Tribunal são eleitos dentre os seus pares, por maioria
absoluta, para mandato de três anos. No plano administrativo, as suas
atribuições incluem a supervisão do Secretariado do Tribunal e a contribuição
para o desenvolvimento de políticas administrativas relativas ao funcionamento
geral da instituição, como o regulamento de pessoal e de segurança da
informação. Já no plano judicial e de relações externas, a Presidência é
responsável pela negociação e conclusão de acordos em nome do Tribunal; a
execução de julgamentos, de multas e ordens de reparação; e a aprovação de
modelos de formulários e documentos para uso nos procedimentos perante o
Tribunal. Também cabe à Presidência a decisão sobre a alocação dos juízes nas
respectivas seções do Tribunal, a criação de Juízos e a atribuição de
situações e casos a eles.
Jurisdição
A jurisdição temporal do TPI para crimes contra a humanidade, genocídio e
crimes de guerra limita-se a crimes cometidos após 1º de julho de 2002, data
em que entrou em vigor o Estatuto de Roma.

O referido tratado estabelece sistema misto de jurisdição, com foco nos


princípios de territorialidade (local onde foi cometido o crime) e de
nacionalidade ativa (autor da conduta). Dos três mecanismos disponíveis para
acionar o Tribunal, apenas o encaminhamento de situação pelo CSNU possibilita
a investigação e julgamento de crimes sem vínculo territorial ou de
nacionalidade ativa com Estado que tenha aceitado a jurisdição do TPI.

Nos demais casos (encaminhamento por Estado Parte ou investigação de ofício


pela Promotoria), o art. 12 do Estatuto de Roma exige vínculo territorial ou
de nacionalidade ativa entre o crime e um Estado Parte no Estatuto.
Jurisdição
O referido instrumento internacional prevê também que terceiros Estados
podem aceitar a jurisdição do Tribunal para crimes cometidos em seu
território ou por seus nacionais, por meio de declaração expressa. Já
para o crime de agressão, a jurisdição temporal do TPI inicia-se em
17/7/2018 e pode ser exercida por meio de encaminhamento do Conselho de
Segurança ou em virtude de investigação de ofício pela Promotoria, a
qual depende de autorização do Juízo de Instrução.

A jurisdição do TPI é, ademais, subsidiária a dos sistemas jurídicos


dos Estados Partes. Assim, com base no princípio da complementaridade,
o TPI só poderá intervir quando o Estado com jurisdição sobre o caso
não estiver em condições de investigar e eventualmente julgar o
acusado, ou não revelar disposição de fazê-lo.

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