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 Trafico privilegiado não tem natureza hedionda, o que afasta o impedimento

para a concessão de indulto quando aplicada a causa de diminuição prevista no

art. 33 §4° da lei de drogas;

 Verificar que a condenação simultânea de trafico e associação, afasta a

incidência de causa especial de diminuição prevista no 33, §4º;

 O agente que transporta, conhecido como ‘’mula’’, integra organização

criminosa, o que afasta a aplicação da minorante;

 A lei nº11.343/06 aboliu a majorante da associação eventual para o tráfico

prevista no art. 18, III, primeira parte, da lei nº6.368/76;

 A incidência de mais de uma causa de aumento prevista no art. 40 não implica a

automática majoração da pena acima do mínimo de 2/3 na terceira fase, pois sua

exasperação exige fundamentação concreta;

 Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes do art. 40 aos

crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de trafico, porquanto são

delitos autônomos, cujas penas devem ser calculadas e fixadas separadamente;

 O laudo pericial definitivo atestando a ilicitude da droga afasta eventuais

irregularidades do laudo preliminar realizado na fase de investigação, ou seja,

com o laudo definir-se-á, se é trafico ou usuário;

 Analisar se o juiz verificou a natureza e à quantidade da substancia apreendida, o

local, condições em que se desenvolveu a ação, circunstancias sociais, pessoais,

conduta e antecedentes do agente;

 A quantidade de substancia apreendida não poderá ser analisada dissociada dos

demais elementos, de modo que a apreensão de grande quantidade de drogas em

poder de um indivíduo não enseja por si só, reconhecimento de tráfico;


 Ao entendimento da defesa, deve-se alegar que, para a condenação do crime de

33, necessário se faz comprovação amiúde, da finalidade e destinação da droga

(mercancia), caso contrário, estaríamos diante de um 28 da mesma lei;

 Quando mencionado ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, é indispensável

que, para comprovação de materialidade, o animus associativo seja de forma

ESTÁVEL E DURADOURA, com finalidade de mercancia, caso contrário, é

passível de questionamento. Uma vez que, deve-se ter a demonstração do

vínculo de estabilidade entre duas ou mais pessoas, não sendo suficiente a

união ocasional e episódica. Logo, não se pode transformar o crime de

associação, que é um delito contra a paz publica – capaz de expor a risco o

bem jurídico tutelado, em um concurso de agentes;

 A tese desclassificatória deve ser corroborada por documentos médicos do

consumo de droga por parte do acusado (declaração médica, histórico de

internação, laudo), ou algo do tipo, que ajude comprovar que ele seja

usuário. SEMPRE QUE POSSÍVEL, PEDIR ISSO!

 Solicitar que o acusado esclareça em juízo que não praticou o crime de tráfico de

drogas imputado na denuncia criminal, bem como sua condição de mero usuário

de entorpecentes;

 A defesa deve juntar aos autos, documentos relacionados a ocupação lícita do

acusado para evidenciar que sobrevive honestamente e que não depende

economicamente do tráfico de drogas para sobreviver;

 Caso seja possível, a defesa evidenciar que o local onde o assistido foi preso,

seja utilizado para o consumo de drogas;


 A ausência de denuncias anteriores ao crime de tráfico de drogas também deve

ser abordada em favor do acusado, de modo a evidenciar a inexistência de

qualquer vínculo anterior com a prática criminosa do tráfico;

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