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Manaus
2023
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LISTA DE TABELAS
Tabela 7 -Origem e destino das exportações de carne bovina nos períodos de janeiro
a outubro de 2019 e de 2020 20
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GRÁFICOS
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Sumário
Apresentação 5
Considerações finais 26
Referências 27
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Apresentação
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1. A indústria da carne bovina no mundo
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1.2 Produção de carne bovina no mundo
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Gráfico 1 - Evolução da produção de carne bovina no mundo
( milhões de toneladas métricas)
No comércio global a exportação de carne bovina é muito importante. Vários países têm
uma indústria pecuária desenvolvida e são grandes exportadores de carne bovina.
Podemos ver na tabela 2 que a exportação de carne bovina no mundo vem aumentando
ao longo dos anos.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina. O país possui uma indústria
pecuária robusta e é conhecido por sua produção em larga escala. Outros grandes
exportadores de carne bovina incluem Estados Unidos, Austrália, Índia e Argentina como é
visto na tabela 2, esses países possuem uma capacidade significativa de produção e
exportam para atender à demanda de outros países.
Os principais destinos das exportações de carne bovina variam, mas alguns dos principais
importadores incluem China, Estados Unidos, Japão, União Europeia, Rússia e Coreia do
Sul. A demanda por carne bovina pode ser impulsionada por fatores como crescimento
populacional, aumento da renda per capita, mudanças nas preferências alimentares e
desenvolvimento econômico.
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Tabela 2 - Panorama da exportação de carne bovina no mundo
(milhões de toneladas métricas).
As importações de carne bovina também podem ser afetadas por fatores como
mudanças nas políticas comerciais, tarifas, cotas de importação, acordos comerciais
internacionais e surtos de doenças em animais. Por exemplo, restrições impostas
devido a preocupações sanitárias, como a ocorrência de casos de doenças como a
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febre aftosa, podem impactar temporariamente as importações de carne bovina de
certas regiões.
2. Principais mercados
A produção mundial de carne bovina no mundo cresceu 1,7% em 2021 em relação a 2020,
e no período de 2016 a 2021 o crescimento foi de 6%. O consumo nos próximos anos
deve aumentar devido ao aumento populacional, sendo assim, deixando o mercado de
produção de carne bovina aquecido.
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2.1 Consumo
O consumo de carne bovina no mundo tem sido significativo ao longo dos anos. A
carne bovina é uma fonte popular de proteína e é apreciada por seu sabor e textura
em várias culturas. Países como os Estados Unidos, Brasil, China e Argentina são
os países que mais consomem carne bovina no mundo. Esses países possuem uma
cultura tradicional de consumo de carne bovina e uma indústria pecuária bem
desenvolvida. Por outro lado, países de baixa renda e em desenvolvimento, o
consumo de carne bovina é geralmente mais baixo devido a fatores como custo,
acesso limitado e preferência por outras fontes de proteína, como aves, peixes e
legumes. Nas últimas décadas, tem havido mudanças no consumo de carne bovina
em diferentes partes do mundo. Em alguns países desenvolvidos, como Estados
Unidos e alguns países europeus, o consumo de carne bovina per capita tem
diminuído devido a preocupações com saúde, sustentabilidade ambiental e
bem-estar animal.
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Tabela 4 - Consumo global de carne bovina(milhões de toneladas métricas)
Segundo a OCDE, nos últimos 50 anos o consumo bovino de carne aumentou mais
de cinco vezes. E segundo a projeção realizada pelo estudo, a expectativa é que na
média o consumo de carne aumente ano após ano, atingindo a marca de 43,7
kg/capita em 2030. O aumento do consumo de carne está relacionado à melhora no
padrão de vida e a urbanização da população - que faz com que haja uma mudança
no estilo de dieta, e favorece o aumento do consumo de carne bovina. No relatório
de 2021, como é visto na tabela 5, o Brasil é um dos maiores consumidores per
capita de carne bovina no mundo, ficando apenas atrás da Argentina e Estados
Unidos, primeiro e segundo lugar consecutivamente.
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Tabela 5 - Ranking de consumo per capita de carne bovina
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● Sanidade: doenças animais que envolvem riscos à saúde humana ou à produção
doméstica levaram a recorrentes crises sanitárias e ao fechamento de mercados
para o país afetado. Além disso, a disseminação global de algumas doenças abalou
o mundo. O Brasil tornou-se o maior exportador de carne bovina em 2005, como
resultado da detecção da doença da vaca louca em 2003 nos EUA.
● O mundo deve produzir 61,16 milhões de toneladas equivalente carcaça de carne
bovina em 2021, crescendo 1% em relação a 2020. Segundo as projeções, os
Estados Unidos seguem como o principal produtor mundial com 20% do volume
global produzido, seguido do Brasil com 16,8% e a União Europeia aparecendo em
terceiro lugar com 12,5%. A China, quarto maior produtor mundial de carne bovina,
também deve apresentar crescimento da produção de 1% até o final de 2021, mas
com sua produção ainda muito aquém do seu consumo interno. Índia e Argentina,
quinto e sexto no ranking dos maiores produtores do mundo, aparecem como
destaques, aumentando, respectivamente, 10% e 9% no período analisado. Já a
Austrália, que teve crescimento irrisório no período, experimentou uma forte queda
da produção em 2020 em relação a 2019.
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Além disso, é importante mencionar que o mercado de carne bovina no Brasil é composto
por diferentes segmentos, incluindo a produção, processamento, distribuição e varejo. Essa
cadeia produtiva gera empregos e movimenta a economia em diversas regiões do país,
tornando-se uma importante fonte de renda para produtores rurais e empresas envolvidas
na atividade.
O consumo de carne bovina varia de país para país e é influenciado por fatores culturais,
econômicos e alimentares. Em geral, a carne bovina é uma importante fonte de proteína na
dieta de muitas pessoas ao redor do mundo. Ela é apreciada por sua versatilidade culinária
e sabor característico.
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Os países com maior consumo per capita de carne bovina geralmente incluem nações
como Uruguai, Argentina, Brasil e Estados Unidos, onde o consumo de carne bovina é
tradicionalmente elevado. Esses países têm uma cultura de churrasco e grelhados, e a
carne bovina é uma parte importante de suas dietas.
É importante destacar que o consumo de carne bovina tem sido objeto de discussões em
relação aos impactos ambientais e à saúde humana. A produção de carne bovina em larga
escala está associada a emissões significativas de gases de efeito estufa e desmatamento,
além de preocupações sobre o bem-estar animal. Além disso, algumas pesquisas sugerem
que o consumo excessivo de carne vermelha pode estar relacionado a certas doenças,
como doenças cardíacas e certos tipos de câncer.
Diante dessas questões, muitas pessoas têm adotado uma abordagem mais consciente e
equilibrada em relação ao consumo de carne bovina, buscando reduzir o consumo,
escolher carnes provenientes de produção sustentável ou optar por dietas mais baseadas
em vegetais. Essas escolhas podem ajudar a reduzir o impacto ambiental e promover uma
alimentação mais saudável e equilibrada.
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Tabela 6 - Consumo mundial de carne bovina, em mil toneladas em equivalente
carcaça, de 2010 a 2021
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Gráfico 3 - – Desempenho do abate de bovinos por sexo no Brasil (cabeças)
No que diz respeito às exportações de carne bovina nordestina, a Ásia se destacou como o
principal destino, concentrando 70% do volume total. Embora tenha havido uma redução
de -3,69% no volume exportado para essa região, o faturamento aumentou em +6,86%.
Entre os países asiáticos, o principal destino da carne bovina nordestina é Hong Kong, que
é uma região administrativa da China.
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Tabela 7 – Origem e destino das exportações de carne bovina nos períodos de
janeiro a outubro de 2019 e de 2020
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4. Os desafios estratégicos para a cadeia produtiva
da carne bovina e a visão de futuro
Nas últimas quatro décadas a cadeia produtiva da carne bovina sofreu uma modernização
revolucionária, sustentada por avanços tecnológicos dos sistemas de produção e na
organização da cadeia, com claro reflexo na produtividade, na qualidade da carne e,
consequentemente, no aumento da competitividade (Preuss, 2019; Roblek, 2016).
Cabe contextualizar que esta evolução esteve sempre calcada em ativos estratégicos
encontradas no país, tais como: condições climáticas favoráveis, disponibilidade de terras a
preços baixos, oferta abundante de mão de obra, tecnologia de produção adaptada às
condições do país, entre outros, o que determinou, de certa forma, a alavancagem da
competitividade deste setor. Entretanto, percebe-se que na última década houve um
movimento crescente de deterioração desses ativos, decorrente de uma forte pressão de
custos, que por sua vez deriva de um grande aumento da remuneração e da escassez do
fator de produção mão-de-obra, importante valorização das terras e crescentes restrições
socioambientais.
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Figura 4. As Dez Megatendências para a cadeia produtiva da carne bovina em 2040.
Fonte: CiCarne (2020)..
Esse será o nome do jogo: bem-estar animal. Produzir respeitando o bem-estar animal ao
longo de toda a cadeia será mandatório e nenhum elo poderá ficar de fora. A propriedade,
o transporte e o frigorífico serão exigidos a apresentarem certificados de produção com
bem-estar animal. A rastreabilidade, impulsionada pela expansão digital e pelos
consumidores exigentes, será primordial para aderência do mercado aos produtos
pecuários, em que fatores como bem-estar animal, boas práticas produtivas e
sustentabilidade serão temas chave para aceitabilidade do mercado, fatores estes que, em
contrapartida, eliminarão do mercado aqueles que não se adequarem à nova forma
de consumir da população.
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Os frigoríficos terão que se adaptar a profundas mudanças em seu sistema produtivo e de
abastecimento de matéria prima. Para atender um consumidor que exigirá produtos mais
naturais, haverá necessidade de aumento das exigências na aquisição de matéria prima
provenientes dos pecuaristas, com marcante demanda por avanço na qualidade de carne e
exigências por sistemas de manejo sustentáveis, com ampla adoção de produtos biológicos
e implementação rigorosa de bem-estar animal em suas propriedades. Tendência forte para
atender o mercado externo, essa também será refletida no modo de consumo dos
brasileiros, que se tornarão mais conscientes e exigentes quanto à aquisição de produtos
cárneos.
O fenômeno que já ocorre em produtos mais sofisticados como vinho e queijo chegará
cada vez mais forte às carnes. Pecuaristas e frigoríficos irão trabalhar fortemente em
termos de diferenciação de cortes e processos produtivos em busca de geração de valor a
seus produtos. A carne terá dezenas ou até centenas de denominações de origem, cortes e
porcionamentos, para satisfazer consumidores exigentes e em busca de novas
experiências gastronômicas. A integração do sistema produtivo com acesso digital ajudará
muito nesse processo, o que também possibilitará maior transparência de todo o sistema.
Nos próximos vinte anos o Brasil irá ocupar espaço cada vez mais relevante no mercado
de carne e de genética bovina. Os avanços oriundos da introdução de biotecnologias e o
amplo esforço de toda a cadeia em termos de produção sustentável, bem-estar animal e
qualidade de carne criarão a base para tal crescimento. O país se destacará na exportação
de genética, de animais vivos para abate, de cortes de carne e de subprodutos, atingindo,
tanto mercados emergentes, como sofisticados. Consequentemente, as exportações de
carne bovina terão maior expressividade, deixando de representar 20% das vendas de
produtos cárneos e podendo atingir um montante maior do total comercializado nesse
segmento, mesmo em um cenário de crescimento do consumo interno de carne bovina.
A onda digital irá impactar toda cadeia produtiva da carne bovina. A maior transformação
será no processo de distribuição, seja de insumos, gado ou da carne. Parte de
intermediários serão ceifados do sistema. A relevância da qualidade e sustentabilidade
crescerá via interação digital com o consumidor final. Nas propriedades, a gestão chegará
a outro patamar com muita tecnologia embarcada, o que possibilitará eliminação de
gargalos da produção. O mesmo fenômeno ocorrerá nos frigoríficos, onde robôs irão mudar
a forma de processamento, impactando nos custos, na produtividade industrial e na
qualidade do produto final.
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Considerações Finais
O Brasil tem potencial para se tornar um mega exportador de carne e genética bovina,
impulsionado pela introdução de biotecnologias, produção sustentável e qualidade do
produto. O país poderá atingir mercados emergentes e sofisticados, expandindo suas
exportações e consolidando sua posição no mercado global.
A transformação digital será uma forte aliada em toda a cadeia produtiva da carne bovina,
impactando a distribuição, a gestão das propriedades e a produção nos frigoríficos. A
automação reduzirá a dependência de mão de obra, exigindo profissionais capacitados e
qualificados para lidar com as tecnologias emergentes.
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Referências Bibliográficas
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/232238/1/DOC-291-
Final-em-Alta.pdf
https://www.oaltotaquari.com.br/portal/2019/12/cotacao-da-carne-bovina-bagunca-me
rcado-interno/
https://www.embrapa.br/documents/1355108/51748908/Boletim+CiCarne+48_02-2021.
pdf/53bb8c5d-abb1-76b8-34fc-b81e3ef787f6
https://blog.terrainvestimentos.com.br/perspectivas-para-o-mercado-de-carne-bovina
-em-2023/
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