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Overtrading e
Gestão Financeira
ESTARÁ A SUA EMPRESA EM OVERTRADING?
AUTOR:
AGOSTINHO COSTA
WWW.ESCOLADENEGOCIOS.COM
“Onde há uma empresa de sucesso, alguém tomou alguma vez uma
decisão corajosa”
- Peter Drucker
É costume dizer-se que, quando os ventos são favoráveis, qualquer barco navega
sem problemas.
Os problemas surgem, quando uma pequena crise aparece e as empresas não estão
preparadas para a enfrentar. Um caso concreto de falta de preparação, é não ter
uma estrutura financeira sólida.
Para exemplificar estes casos, Warren Buffett costuma utilizar a seguinte expressão:
“Só quando a maré baixa, é que você descobre quem estava a nadar nu.”
Querendo com isto dizer que quando a estrutura financeira duma organização não é
a adequada, as crises, por pequenas que sejam, mostram quem não estava
financeiramente preparado, para as enfrentar.
Meus amigos, um Ferrari sem combustível não anda. Não deixa de ser um bom carro,
mas não anda sem combustível. Da mesma forma, um negócio sem capital, não
funciona.
A empresa, pode não ter o capital adequado para financiar o seu nível de atividade. É
fundamental perceber as causas que levaram a essa situação, para podermos atuar
sobre as mesmas e corrigirmos o problema. A isso chama-se GESTÃO.
A melhor forma para combater uma “Dor” empresarial, não é a aplicação dum
“Analgésico” – financiamento, mas sim o combate da causa. No combate das causas
devemos envolver toda a equipa.
A Estrutura Financeira de uma empresa tem pois a ver com o modo como a
empresa é financiada.
A empresa pode ser financiada só com capitais próprios ou ser financiada por
capitais próprios e capitais alheios. Neste último caso, é importante saber qual a
componente de médio prazo e a de curto prazo, para percebermos se a empresa tem
o montante de capitais permanentes necessário par financiar os seus Ativos Fixos e
as necessidades de fundo de maneio permanentes.
Por sua vez, é aconselhável que dentro dos capitais permanentes, os capitais
próprios sejam superiores ao passivo de médio e longo prazo.
c) …
Assim, enquanto os valores dos ativos correntes (stocks e Clientes), não ficam
disponíveis, para fazer face aos seus compromissos correntes, a empresa poderá
recorrer ao seu Fundo de Maneio. A empresa deve pois ter um Fundo de Maneio
construído à medida das suas necessidades.
O Fundo de Maneio adequado a uma instituição, é específico de cada organização. Depende da forma como
decorre o seu ciclo de exploração e do seu ciclo financeiro (PM Rec + PM Stock - PM Pag.), pois tal facto vai
influenciar as suas Necessidades de Fundo de Maneio.
Por exemplo:
a) Numa fase de Crescimento da Atividade
b) Quando existe uma má gestão das necessidades de fundo de maneio (má gestão dos Prazos médios
de recebimento, de stockagem e de pagamento)
c) Quando ocorre financiamento inadequado do Ativo Fixo (Capitais permanentes <Ativo Fixo)
d) Quando ocorre perda de Rentabilidade
e) …
Poderemos então constatar, que entre 2 períodos de tempo, irão ocorrer:
Daqui resultarão:
Então, nessa situação, a empresa vai precisar de financiar, esse diferencial que
tenderá a aumentar.
No início, pode parecer uma coisa de pequena dimensão, mas poderá ir aumentando
ao longo do tempo, tornando-se um hábito, não questionado, tantas as vezes em que
é repetido.
Por exemplo. Imaginemos esta situação:
A forma mais cómoda (não a mais correta) de resolver esta Tesouraria negativa, é
solicitar empréstimos de curto prazo, obrigando à repetição sistemática dos referidos
pedidos de financiamento de curto prazo, pois o desequilíbrio é já permanente e não
pontual.
Com a utilização deste tipo de financiamentos (de curto prazo), estamos a combater
o efeito do problema e não as causas do problema.
Pela análise da evolução da Tesouraria negativa, poderemos avaliar se:
Uma das razões para termos empresas com excessivo endividamento de curto prazo,
poderá ser conforme referimos anteriormente, uma ineficiente gestão dos ativos
correntes de exploração e dos passivos correntes de exploração. A outra, poderá ser
por ter um insuficiente Fundo de Maneio, resultante porventura de baixo
Autofinanciamento...
Em certos ramos de atividade, com fortes flutuações cíclicas, será mais adequado ter
uma maior percentagem de capitais próprios, para conseguir evitar que em períodos
de crise, o custo do endividamento absorva a maior parte dos resultados
operacionais, os quais provavelmente serão menores em períodos de abrandamento
da atividade, podendo até mesmo provocar Resultados Negativos.
Combater as Causas, e não os efeitos das Necessidades de Financiamento
Nesses casos, em que a empresa já está com um Fundo de Maneio menor que as
Necessidades de Fundo de Maneio, teremos mesmo que aumentar o Fundo de
Maneio. Poderemos fazê-lo via aumento dos Capitais Próprios, ou via aumento dos
Empréstimos a Médio e Longo Prazo (PMLP).
O aumento dos Empréstimos a Médio e Longo Prazo (PMLP), não é a forma mais
adequada para melhorar o Fundo de Maneio, de forma sustentável.
Porquê?
Insolvência
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