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Enquadramento jurídico

O caso em concreto remetente aos danos causados por animais, que


simultaneamente faz referência ao instituto da responsabilidade civil objetiva.

Primeiramente, a que se ter em conta que os danos consistem na lesão que


determinada pessoa sofre por consequência de um facto humano ou natural

Nesse sentido, danos causados por animais, será o prejuízo que determinada
pessoa sofre por consequência de uma acção animal. Sendo assim, havendo
danos neste âmbito, responde civilmente aquele que estiver a utilizar o animal no
seu interesse.

Pós a responsabilidade civil, consiste na aplicação de medidas coercivas que


obriguem alguém a reparar os dados causados a outrem.

Aspectos doutrinários

Meretíssimo, A doutrina procura dividir a responsabilidade civil em duas


vertentes: Responsabilidade civil subjectiva e Responsabilidade civil objetiva

A primeira é fundada na culpa ao passo que a segunda não depende de culpa

Ora, tendo em conta que os danos foram causados por animais, aquele que os
utilizou no seu interessm deve responder pelo risco criado. Pós segundo o
renomado professor Carlos burity da silva no seu livro teoria geral do direito civil
pág 179, entende que a responsabilidade civil objetiva verifica-se sempre que
alguém é responsabilizado pelo prejuízo causado a terceiro independentemente
de culpa. Mais do que isso, são três os pressupostos da responsabilidade
objetiva : o facto, o dano e o nexo de causalidade, verificados cumulativamente,
deve o agente ser responsabilizado.

Parafraseando o professor Pedro país de Vaz conselhos, entende que " as


consequências danosas de actividades perigosas devem ser suportadas por quem
cria ou mantém o risco, ou por quem dele tira benefício
Pergunta-se como imputar o risco ao agente?, segundo o professor Meneses
leitão no seu livro direito das obrigações volume I pág 53 diz que existem três
teorias para imputar o risco ao agente, teoria do risco proveito; teoria do risco
profissional e a teoria do risco de autoridade.

Porém a que mais nos interessa é a teoria do risco proveito pois estabelece que
aquele que tira proveito de uma situação, deve também suportar os prejuízos que
dela resultem em harmonia ao princípio ubi commoda ibi incommoda.

Meretíssimo, em virtude do facto causador dos danos, seria impossível obrigar o


lesado provar a culpa do autor, estando impossibilitado de provar a culpa, seria
ele mesmo obrigado a suportar os danos, o que seria deixa-lo desprotegido.

Foi por esse motivo que a doutrina entendeu que deve haver responsabilidade
independente de culpa, aquela que é fundada no risco, sendo que, deste risco
pode resultar danos que concomitantemente darão lugar a indemnização.

a indemnização deverá cobrir a totalidade dos danos patrimoniais e deverá ser


calculada levando em consideração os danos emergentes e ainda os lucros
cessantes.

Com relação as danos morais, inicialmente um largo sector da doutrina entende


que não estão sujeitos a indemnização, porém deve haver uma compensação
pelos danos sofridos.

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