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CRIMINOSO

PROCEDIME
NTO

RÉGUAS

2016
CRIMINOSO

PROCEDIMENTO

RÉGUAS

2016
NORMAS PROCESSUAIS PENAIS, 2016

Parte 1 Regras de Aplicação Geral 2 - 5Página


Parte 2 Prazos 6 - 14 Nos.
Parte 3 Adiamentos 14 - 16
Parte 4 Gerenciamento de casos 16 - 21
Parte 5 Divulgação 21 - 24
Parte 6 Fiança 25 - 27
Parte 7 Início do processo 27 - 31
Parte 8 Fases processuais e calendário:
Tribunais de Justiça 32 - 37
Parte 9 Fases processuais e calendário:
Suprema Corte 37 – 42
Parte 10 Questões Processuais Gerais 42 – 45
Conteúd
o
Apêndice 1 Resumo dos Prazos do Processo Penal
(formulário tabular)
Questões Sumárias 47
Questões híbridas julgadas 48
sumariamente
Questões indiciárias 49 – 50

Apêndice 2 Formulários de gerenciamento de casos


Formulário de Gestão de Processos do Supremo Tribunal
Federal 52 – 56
Formulário de Gestão de Processos dos Tribunais Judiciais
57 - 59
Regulamento Processual Penal 2016 1
NORMAS PROCESSUAIS PENAIS, 2016

Estas Normas podem ser citadas como Regulamento de Processo Penal, de


2016, e são publicadas em conjunto –

(a) nos termos da secção 197 da Lei de Procedimento Indiciável


(Capítulo 96 das Leis Substantivas de Belize, Edição
Revisada de 2011) e da Secção 95(1) da Lei do Supremo
Tribunal de Justiça (Capítulo 91 das Leis Substantivas de
Belize, Edição Revisada de 2011) como sendo feitas pelo
Presidente do Tribunal, na medida em que regem o
procedimento a adotar em relação a todas as questões
indiciárias que são ouvidas perante os Magistrates' Courts e o
Supremo Tribunal de Belize, com início em um Tribunal de
Justiça em ou após 11 de janeiro de 2016, e

(b) nos termos do artigo 66.º, n.º 1, da Lei dos Tribunais


Inferiores (Capítulo 94 das Leis Substantivas de Belize,
Edição Revisada de 2011), tal como estabelecido pelo Comité
de Regras dos Tribunais Inferiores, na medida em que regem
o procedimento a adotar em relação a todas as questões
sumárias que são apreciadas perante os Tribunais de
Magistrados, com início em ou após 11 de janeiro de 2016.

O início deste Regulamento está sujeito à Regra 4.10, que prevê que as
disposições relativas aos custos desperdiçados não entrarão em vigor até 15
de setembro de 2016.

Para todas as questões que foram iniciadas em um Tribunal de Magistratura


antes de 11 de janeiro de 2016, estas Regras têm efeito persuasivo.

Serão introduzidas regras distintas para as crianças que compareçam


acusadas de infracções penais perante o Tribunal de Família ou um
Tribunal de Magistratura no exercício da sua jurisdição em matéria de
direito da família. Antes de se iniciarem essas regras, estas normas
processuais penais têm efeito persuasivo.

Estas Normas são feitas com a aprovação do Procurador-Geral da


República como Ministro responsável, conforme previsto em:
2 Regulamento Processual Penal 2016
(a) artigo 95.º, n.º 5, da Lei do Supremo Tribunal de Justiça; e

(b) artigo 66.º, n.º 3, da Lei dos Tribunais Inferiores.

PARTE 1

REGRAS DE APLICAÇÃO GERAL

Jurisdição

1.1 (i) Cada Tribunal de Justiça tem competência:

(a) para ouvir e determinar todas as reclamações ou


informações para
infrações de condenação sumária, incluindo
queixas ou informações para a recuperação de
multas, penalidades ou confiscos não
especificamente atribuídos por lei ao Supremo
Tribunal de Justiça;

(b) receber e inquirir todas as acusações de infracções


indiciárias e proferir quaisquer decisões a esse
respeito nos termos da Lei do Procedimento
Indiciável; e

(c) geralmente, para fazer todos os atos e coisas,


exigidos por qualquer estatuto, lei ou uso agora ou
daqui em diante em vigor, pertencentes a um
tribunal de jurisdição sumária na Inglaterra.

(ii) A Suprema Corte tem competência para julgar todas as


questões criminais que lhe são cometidas e os pedidos
de fiança.

Objetivo Primordial

1.2 É dever do Tribunal de Justiça e de todas as partes e


participantes, sempre que o contexto o exija, promover o
Regulamento Processual Penal 2016 3
objectivo primordial.

1.3 O objectivo primordial destas regras é que os processos penais


sejam tratados de forma justa e célere.

1.4 O tratamento de um caso em prol do objetivo primordial inclui

(i) tratar a acusação e a defesa de forma justa;

(ii) assegurar a proteção de todos os direitos do Réu;

(iii) considerar os interesses do Réu, testemunhas, vítimas e


jurados;

(iv) tratar o caso de forma eficiente e célere;

(v) Assegurar que o Tribunal disponha de informações


adequadas
especialmente quando se cogita fiança ou sentença; e

(vi) lidar com os casos de forma a ter em conta –

(a) a gravidade da infração;

(b) a complexidade da questão;

(c) as consequências para um Réu e outros que possam ser


afetados; e

(d) as necessidades de outros casos.

Quando o Tribunal se pronuncia em matéria penal

1.5 O Tribunal reunir-se-á entre as 9h00 e as 16h30. De segunda a


sexta-feira, com exceção dos feriados legais, salvo disposição
em contrário do Regulamento do Juiz ou a menos que o
Presidente do Tribunal ou um Juiz ou Magistrado que preside
a qualquer processo criminal determine que qualquer assunto
seja ouvido em qualquer outra hora ou em qualquer outro dia.
4 Regulamento Processual Penal 2016
Tribunal julgado sempre aberto

1.6 i) Considera-se que o Tribunal está sempre aberto a:

(a) o arquivamento de qualquer documento; e

(b) a transação de negócios judiciais.

(ii ) Não obstante o disposto na alínea i) acima, todos e


quaisquer documentos apresentados ao Tribunal, por via
eletrónica ou não, após as 15:00 horas de qualquer dia
serão datados e considerados arquivados no dia útil
seguinte.

Horário de funcionamento da sede do Tribunal de Justiça

1.7 A secretaria do Tribunal estará aberta ao público para


recebimento de pagamentos em dinheiro e outros entre as
8h30 e as 15h, exceto feriados legais.

Expediente judicial em formato eletrônico

1.8 Todos e quaisquer registos do Tribunal serão, se possível,


criados, inscritos e mantidos por via electrónica.

Registros verbais a serem feitos

1.9 Sempre que possível, deve ser feito um registo integral


contemporâneo de toda e qualquer audiência. Este registo será
efectuado através da utilização de equipamento de gravação
áudio, salvo se o juiz ou magistrado presidente determinar
que a gravação de qualquer audiência seja gravada através da
utilização de equipamento de registo estenográfico ou de
qualquer outro método.

Eventos judiciais a serem registrados

1.10 Os eventos da sala de audiência devem ser gravados em


computadores, ou outro meio autorizado pelo Juiz ou
Magistrado presidente, no momento ou logo que possível
após a audiência do Tribunal. Sempre que possível, os
Regulamento Processual Penal 2016 5
pormenores de cada audição devem ser introduzidos num
sistema informático.

Cópias de pedidos

1.11 Qualquer parte no processo ou o(s) seu(s) advogado(s)


deve(m) receber uma cópia de qualquer despacho proferido
pelo Tribunal relativamente a esse processo. Quaisquer cópias
impressas adicionais ou adicionais só serão fornecidas
mediante o pagamento de uma taxa.

Arquivamento e transmissão electrónicos de documentos

1.12 Qualquer parte no processo tem a liberdade de apresentar, por


transmissão electrónica, todos e quaisquer documentos para
utilização e apreciação pelo Tribunal, incluindo,
nomeadamente, acusações, processos, pedidos, citações e
alegações.

1.13 O Tribunal pode transmitir eletronicamente qualquer


documento, incluindo intimações, mandados de prisão,
notificações de fiança, documentos de liberação e sentenças, a
qualquer parte, não se limitando à polícia, prisão e ao
Ministério Público, por meio de transmissão por e-mail ou
fax.

1.14 i) Sempre que os documentos sejam transmitidos por correio


electrónico ou fax, cabe ao destinatário certificar-se da
autenticidade do documento em questão, tendo em conta
factores como o endereço/número de correio electrónico
a partir do qual o documento foi transmitido e a
aparência do documento em questão.

(ii) Se o destinatário tiver dúvidas razoáveis quanto à


autenticidade da documentação, deve telefonar ao
remetente para verificar as informações.

(iii) Uma cópia impressa da documentação original deve ser


encaminhada ao destinatário mediante solicitação.
6 Regulamento Processual Penal 2016
Parte 2

PRAZOS

Nota: As regras da presente parte estabelecem os prazos máximos dentro


dos quais cada processo deve ser resolvido. Devem ainda ser envidados
todos os esforços para eliminar os casos o mais rapidamente possível , o
que, em alguns casos, resultará numa eliminação substancialmente mais
rápida.

Prazo para a conclusão dos trabalhos: questões sumárias

2.1 (i) Nos casos em que tenha sido proferida Intimação, a Primeira
Audiência deverá ocorrer no prazo de 28 dias a contar
da data da Intimação. Nos casos em que um Réu é
levado ao Tribunal após a acusação, a Primeira
Audiência deve prosseguir imediatamente.

(ii) Sem prejuízo do disposto na regra 2.5 (excepção para os


relatórios periciais), todos os processos devem ser:

(a) apresentados ao Ministério Público no prazo de 4


semanas a contar da data da Primeira Audiência; e

(b) divulgada à defesa no prazo de 8 semanas a contar


da data da Primeira Audiência.

(iii) Sem prejuízo do disposto na regra 2.8 (prazos de


custódia), todas as questões a julgar perante um
Tribunal de Justiça devem ser concluídas num prazo não
superior a 39 semanas (9 meses) a contar da data da
Primeira Audiência.

(iv) Em caso de condenação, o Réu será condenado pelo


Tribunal perante o qual foi condenado num prazo não
superior a 21 dias a contar da data da condenação, salvo
em caso de circunstâncias excepcionais.

Prazo para conclusão dos processos: casos híbridos

2.2 (i) No caso de uma questão que seja triável nos Magistrados ou
Regulamento Processual Penal 2016 7
nos Tribunais Supremos, o Tribunal determinará onde a
questão deve ser julgada na Primeira Audiência. Se o
Ministério Público solicitar o adiamento com base na
necessidade de consultar o Ministério Público, a
audiência para determinar o local terá lugar no prazo
máximo de 14 dias a contar da data da primeira
audiência.

(ii) Quando o Tribunal determinar que a questão deve ser


julgada sumariamente, o prazo para esse processo é o
estabelecido na regra 2.1, com a ressalva de que todos os
autos devem ser:

(a) apresentado pela polícia ao Ministério Público no


prazo de 8 semanas
a partir da data da Primeira Audiência; e

(b) divulgado à defesa no prazo de 16 semanas a


contar da data
da Primeira Audiência.

Esta regra está sujeita à regra 2.5 (exceção para relatórios periciais).

(iii) Quando o Tribunal determinar que a questão deve ser


julgada mediante acusação, o prazo para esse processo é
o estabelecido na regra 2.3.

Prazo para a conclusão do processo: julgamentos sobre acusação

2.3 (i) Nos casos em que tenha sido feita uma Citação, a Primeira
Audiência deve realizar-se no prazo de 28 dias a contar
da data da Citação. Nos casos em que um Réu é levado
ao Tribunal após a acusação, a Primeira Audiência deve
prosseguir imediatamente.

(ii) Sem prejuízo do disposto na regra 2.5 (excepção para os


relatórios periciais), todos os processos devem ser:

(a) preenchido pela polícia e submetido ao Ministério


Público
no prazo de 12 semanas a contar da data da
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primeira audiência; e

(b) divulgado à defesa 14 dias antes da Preliminar


Audiência de instrução.

(iii) Tendo igualmente em conta a regra 8.9 (fast-track em


caso de indicação de confissão de culpa), o inquérito
preliminar terá lugar numa data não superior a 26
semanas (6 meses e meio) a contar da data da primeira
audiência.

(iv) Quando um processo for remetido para julgamento no


Supremo Tribunal, o Tribunal do Magistrado
identificará a próxima sessão praticável em que o
julgamento pode ter lugar e adiará a questão até ao
primeiro dia dessa sessão. O STF deve ser notificado
dessa data sem demora.

(v) Os autos serão remetidos ao Ministério Público e ao


Supremo Tribunal Federal no prazo máximo de 14 dias
a contar da data da Instrução Preliminar;

(vi) Pelo menos 3 dias antes da data da audiência de


instrução fixada pelo Tribunal do Magistrado, a
acusação deve ser preferida e apresentada ao Tribunal,
excepto se o Director do Ministério Público tiver
tomado uma decisão de suspensão do processo.

(vii) O julgamento deve ser listado na primeira data


disponível, não antes de 8 semanas da Acusação sem o
consentimento do Réu;

(viii)Sujeito às Regras 2.8 (prazos de custódia) e 9.2(iii)


(casos prioritários), todas as questões a serem julgadas
perante a Suprema Corte serão concluídas dentro de um
período não superior a 104 semanas (2 anos) a partir da
data da Primeira Audiência.

(ix) Em caso de condenação, o Réu será condenado pelo


Tribunal num prazo não superior a 21 dias a contar da
Regulamento Processual Penal 2016 9
data da condenação, salvo em caso de circunstâncias
excepcionais.

2.4 Nenhuma disposição da alínea vi) do n.o 2 do artigo 2.o deve


ser interpretada no sentido de impedir o director do Ministério
Público de apresentar uma acusação ao Tribunal
relativamente a uma questão cometida que seja atribuída a
uma sessão futura em qualquer momento anterior, desde que,
se tal aditamento for feito menos de 3 dias antes do primeiro
dia da sessão do Tribunal, o Réu tem o direito de requerer ao
Tribunal o adiamento do julgamento para o dia da referida
sessão que, na opinião do Tribunal, permita ao Réu tempo
suficiente para preparar a sua defesa.

Exceção para preenchimento de processos: laudos periciais

2.5 Os prazos previstos nas regras 2.1(ii), 2.2(ii) e 2.3(ii) não se


aplicam aos seguintes casos:

(i) No caso de qualquer questão sumária que envolva prova


forense,
Com exclusão da ADN, os autos devem ser:

(a) apresentado ao Ministério Público no prazo de 8


semanas a contar da primeira
Audição; e

(b) divulgada à defesa no prazo de 16 semanas após a


primeira audiência.

(ii) No caso de qualquer questão que envolva provas de


DNA, os autosdevem ser:

(a) apresentado ao Ministério Público no prazo de 16


semanas a contar da primeira
Audição; e

(b) divulgada à defesa no prazo de 20 semanas após a


Primeira Audiência ou 14 dias antes da Audiência
de Instrução Preliminar, conforme o caso.
10 Regulamento Processual Penal 2016
2.6 Se a polícia tiver dificuldades em obter um relatório pericial,
pode solicitar ao Tribunal uma intimação para garantir a
presença do perito no tribunal para receber uma explicação
sobre as razões do atraso. Caberá ao Tribunal decidir se é
adequado um novo adiamento ou se o processo deve seguir
para julgamento sem a prova do perito.

Atribuição de Advogado

2.7 Em casos capitais, a Suprema Corte deve designar advogado


para um réu não representado no prazo máximo de 14 dias
após o recebimento dos autos do Tribunal do Magistrado.

Nota: de acordo com a Regra 8.1, o Magistrado deve indagar na Primeira


Audiência se o Réu pretende ou não obter representação legal privada em
casos capitais, e essa informação deve ser comunicada ao Supremo
Tribunal para que a atribuição ocorra quando apropriado.

Prazos de Custódia

2.8 No caso de um Réu ser preso preventivamente, seu


julgamento será concluído:

(i) tratando-se de matéria julgada nos Tribunais de Justiça,


no prazo de
um período não superior a 26 semanas (6 meses) a
contar da data da primeira audiência; e

(ii) no caso de matéria julgada no Supremo Tribunal de


Justiça, num prazo não superior a 26 semanas (6 meses)
a contar da data da audiência de acusação.

Expiração dos Prazos de Custódia

2.9 Se o julgamento de um arguido não tiver sido concluído


dentro do prazo de custódia aplicável e não tiver sido
apresentado qualquer pedido nos termos da regra 2.10, o
Tribunal deve indicar imediatamente a questão para uma
audiência de custódia e um pedido de fiança.

2.10 Se, por motivo da competência do Ministério Público, o


Regulamento Processual Penal 2016 11
julgamento do Réu não for concluído dentro dos prazos de
custódia, o Ministério Público deverá elencar o caso para
pedido de prorrogação dos prazos de custódia. Salvo se o
processo já tiver começado, todos e quaisquer desses pedidos
devem ser apresentados ao Tribunal e notificados ao Réu e, se
for caso disso, ao seu advogado, o mais tardar 21 dias antes
do termo do prazo de funcionamento.

2.11 Apresentado o pedido, o Tribunal indicará a questão para


audiência em data não superior a 7 dias antes do termo do
prazo de prisão preventiva e notificará o Ministério Público
ou o Ministério Público, o arguido e, se for caso disso, o(s)
seu(s) advogado(s) da data fixada.

Poder de estender os prazos de custódia

2.12 O Tribunal pode prorrogar os prazos de detenção para além


dos estabelecidos na regra 2.8, se considerar que:

(i) o prazo de detenção não pode, por motivo válido e


justificável,
ser mantido; e

(ii) É do interesse da justiça fazê-lo.

2.13 Em qualquer caso em que o Tribunal prolongue o prazo de


prisão preventiva, o julgamento deve ser concluído logo que
razoavelmente praticável e, em qualquer caso, o mais tardar
nos prazos máximos previstos nas Regras 2.1(iii) (9 meses
para o Magistrate's Court) e 2.3(viii) (2 anos para o Supremo
Tribunal).

2.14 Quando o Tribunal se recusar a prorrogar o prazo de custódia,


o Réu será considerado em liberdade sob fiança, sob reserva
das condições consideradas justas e razoáveis nas
circunstâncias.

Incumprimento dos prazos

2.15 Salvo em circunstâncias excepcionais, quando o Ministério


Público não tenha cumprido qualquer dos prazos acima
12 Regulamento Processual Penal 2016
prescritos, o Tribunal deve ordenar que o processo prossiga
imediatamente para julgamento ou que a questão seja julgada
improcedente.

2.16 Salvo em circunstâncias excepcionais, quando um julgamento


não tiver sido concluído dentro dos prazos máximos
prescritos pelas Regras 2.1(iii) (9 meses para o Magistrate's
Court) e 2.3(viii) (2 anos para o Supremo Tribunal), o
Tribunal deve ordenar que o processo prossiga imediatamente
para julgamento ou que a questão seja rejeitada.

2.17 O Gabinete do Director do Ministério Público ou do


Ministério Público deve ser notificado e ter a oportunidade de
ser ouvido antes de ser proferido um despacho nos termos das
regras 2.15 e 2.16.

2.18 Em todos os casos em que tenha havido um incumprimento


injustificado dos prazos fixados na presente parte ou um
atraso injustificado por qualquer outro motivo, o tribunal deve
considerar a decisão de custas em conformidade com a regra
4.9.

Desistência/Interrupção do Processo

2.19 i) As regras 2.15 e 2.16 não afectam os direitos de:

(a) um procurador de polícia para retirar o processo penal


com a licença do tribunal nos termos do n.º 4 do artigo
50.º da Constituição de Belize; ou

(b) o Director do Ministério Público para suspender o


processo penal nos termos do n.º 2, alínea c), do
artigo 50.º da Constituição de Belize.

(ii) O Tribunal deve conceder licença para desistir do


processo nos termos da subregra i), alínea a), sempre
que, a pedido de um procurador de polícia, se depreenda
das provas disponíveis que não existe qualquer
perspectiva realista de condenação.
Regulamento Processual Penal 2016 13
(iii) Caso não tenha sido apresentado qualquer pedido de
revogação e o Tribunal de Justiça considere que, com
base nas provas disponíveis, não existe uma perspectiva
realista de condenação, deve conceder um adiamento de
14 dias para que o Ministério Público analise se o
processo deve ser retirado.

(iv) O Ministério Público tem o direito de reinstaurar um


processo penal por infracções que tenham sido retiradas
em circunstâncias não limitadas a:

(a) pode demonstrar-se que havia uma perspectiva


realista de condenação com base nas provas
disponíveis no momento em que o processo foi
retirado;

(b) mais provas foram descobertas ou obtidas desde


então, o que fornece uma perspectiva realista de
condenação; ou

(c) uma decisão ou despacho judicial posterior


justifique a
instauração do processo penal.

Prazo para a conclusão dos novos ensaios

2.20 Os prazos fixados na presente parte não se aplicam aos novos


julgamentos que:

(i) no caso de novo julgamento em sede de recurso, será


ouvido no prazo de 6
meses para pessoas em prisão preventiva ou 9 meses
para pessoas sob fiança, a contar da data de pronúncia
de razões pelo Tribunal de Recurso;

(ii) no caso de um novo julgamento na sequência de um júri


suspenso, será ouvido no prazo de 6 meses para as
pessoas em prisão preventiva ou de 9 meses para as
pessoas sob fiança, a contar da data da prolação do
veredicto; ou
14 Regulamento Processual Penal 2016
(iii) no caso de novo julgamento mediante recurso de um
Tribunal Judicial, será ouvido no prazo de 6 semanas
para as pessoas em prisão preventiva ou de 3 meses para
as pessoas sob fiança, a contar da data de pronúncia do
juiz do Supremo Tribunal.

2.21 i) Em caso de sentença do júri, o director do Ministério


Público notificará o tribunal e o arguido da realização
ou não de novo julgamento no prazo de 28 dias.

(11) Em todos os casos em que a notificação não tenha sido


recebida em conformidade com a subregra (i), o tribunal
deve indicar imediatamente a questão para uma
audiência em que o Ministério Público e o Réu
comparecerão.

PARTE 3

ADIAMENTOS

Pedido de adiamento

3.1 Os pedidos de adiamento não devem ser apreciados pelo


Tribunal a menos que seja apresentada ao Tribunal de Justiça
14 dias antes da audiência em relação à qual o pedido é
apresentado e uma cópia seja notificada a todas as outras
partes, excepto se puder ser demonstrado que os fundamentos
do pedido não podiam razoavelmente ter sido conhecidos
antes da apresentação do pedido.

Critérios para concessão de adiamento

3.2 Sem prejuízo do disposto na regra 3.3, os adiamentos só serão


concedidos se o Tribunal considerar que:

(i) Há boas razões para um adiamento; e


Regulamento Processual Penal 2016 15
(ii) É necessário um adiamento para atender aos interesses
da justiça.

3.3 i ) Se tiverem ocorrido dois ou mais adiamentos pelo(s)


mesmo(s) motivo(s), o Tribunal só concederá um novo
adiamento se se verificarem circunstâncias
excepcionais.

(ii) Os casos prioritários, tal como determinados nos termos


da regra 8.2, não devem ser suspensos, a menos que
circunstâncias excepcionais possam ser demonstradas a
contento do Tribunal.

(iii) Uma vez iniciado o julgamento, o adiamento só será


concedido se os fundamentos do pedido não puderem
razoavelmente ser conhecidos no momento do início do
julgamento ou se existirem razões excepcionais que
justifiquem o atraso.

(iv) Salvo indicação em contrário do Tribunal, o Recorrido


comparecerá ou será apresentado, conforme o caso, à
audiência do pedido de adiamento.

3.4 Os pedidos de adiamento devem ser rigorosamente


examinados, nomeadamente com os seguintes factores a ter
em conta:

(i) A justiça sumária deve ser a justiça célere;

(ii) Os atrasos são escandalosos;

(iii) Quanto mais grave a acusação, mais o interesse público


exige que um julgamento ocorra;

(iv) A idade do reclamante virtual e de quaisquer outras


testemunhas significativas;

(v) Se a recusa de anestésico comprometeria ou não


a capacidade do Réu de apresentar plenamente a sua
defesa; e
16 Regulamento Processual Penal 2016
(vi) O histórico dos adiamentos, a cujo pedido foram feitos
quaisquer adiamentos anteriores e as razões
apresentadas.

Anotações:
1. O objectivo primordial destas regras é a eliminação justa e célere dos
casos. Isso não pode ser alcançado pelo Tribunal concedendo prontamente
adiamentos sem que seja demonstrada uma justa causa. É necessário um
cuidado especial em relação aos pedidos apresentados após o início do
julgamento, devendo a presunção geral nesses casos ser sempre contra a
concessão de um adiamento.

2. Esta Parte aplica-se igualmente aos casos em que o advogado do Réu


não compareceu. De acordo com a Regra 4.6(vii), um advogado é obrigado
a notificar o Tribunal imediatamente se tomar conhecimento de um
dispositivo conflitante. O réu não tem direito a adiamentos repetidos para
garantir o direito à representação legal; R v Robinson (1985) 32 WIR 330,
PC. A consideração primordial deve ser a exigência da justiça, tanto para a
acusação quanto para a defesa; R V de Oliveira [1997] Crim L.R. 600.

PARTE 4

GERENCIAMENTO DE CASOS

Responsabilidade e competências do Tribunal

4.1 O Tribunal gere activamente os processos com vista à


realização da justiça e à garantia de que a prestação da justiça
é justa, atempada e eficiente, nomeadamente:

(i) a identificação precoce dos problemas;

(ii) a identificação precoce das testemunhas e suas


necessidades;

(iii) clarificar e dar orientações claras e sólidas sobre o que é


exigido, por quem e até que data no que respeita à
preparação do processo para julgamento;
Regulamento Processual Penal 2016 17
(iv) assegurar que as provas sejam divulgadas o mais
rapidamente possível e apresentadas da forma mais
concisa e abrangente;

(v) Assegurar, mediante a instrução e a prolação das


decisões de custas, se for caso disso, que não se
verifique qualquer atraso desnecessário e evitável na
correcta conclusão de qualquer processo penal;

(vi) de outra forma, assegurando o cumprimento do


calendário dos processos estipulado no presente
regulamento e em diversas legislações;

(vii) dar todas as orientações necessárias para o desenrolar


justo e adequado do processo o mais rapidamente
possível; e

(viii) fazer uso da tecnologia conforme apropriado e


disponível.

4.2 (i) O Tribunal pode dar qualquer orientação e tomar qualquer


medida para gerir um caso ativamente, a menos que essa
direção ou passo seja incompatível com qualquer
promulgação ou com o presente Regulamento.

(11) Em especial, o Tribunal pode:

(a) nomear um Gerente de Caso para monitorar o


progresso de e
gerenciar casos;

(b) listar casos para Audiências de Gerenciamento de


Casos para monitorar o
andamento e gerenciamento de casos;

(c) emitir uma orientação por iniciativa própria ou


sobre o pedido
de qualquer partido;
18 Regulamento Processual Penal 2016
(d) para dar instruções, receber pedidos
e representações por fax, e-mail, telefone ou por
qualquer meio eletrônico e realizar uma audiência
por esses meios;

(e) fixar, adiar, antecipar, prorrogar ou cancelar uma


audiência;

(f) encurtar ou prorrogar um prazo fixado por uma


direção;

(g) caso contrário, variar ou revogar uma direção;

(h) exigir que as questões do caso sejam decididas


separadamente e decidam em que ordem serão
determinadas;

(i) agendar audiências pré-julgamento para determinar


argumentos jurídicos,
incluindo as relativas à admissibilidade da prova
em julgamento; e

(j) especificar as consequências do incumprimento de


um
direção.

4.3 Quaisquer instruções feitas por um Tribunal de Magistratura


em uma questão que seja posteriormente submetida a
julgamento para a Suprema Corte continuarão a produzir
efeitos, a menos e até que a mesma seja revogada, alterada ou
substituída por uma ordem posterior da Suprema Corte.

4.4 Toda e qualquer orientação do Supremo Tribunal Federal


sobre matéria que seja posteriormente julgada em Magistrado
Judicial continuará a produzir efeitos.

4.5 Qualquer poder para dar uma direção sob esta Parte inclui um
poder para variar ou revogar a direção.
Regulamento Processual Penal 2016 19
O dever das partes

4.6 Cada parte e seu advogado devem:

(i) cumprir tempestivamente todas e quaisquer


orientações do Tribunal;

(ii) envidar todos e quaisquer esforços razoáveis e


apropriados para assegurar a presença no Tribunal,
como e quando necessário, de toda e qualquer
testemunha em quem procurem confiar;

(iii) informar imediatamente o Tribunal e cada uma das


outras partes de tudo o que possa afectar a data do
julgamento ou o andamento do processo;

(iv) fiscalizar o cumprimento das orientações;

(v) garantir que eles possam ser contatados


prontamente durante o horário comercial;

(vi) agir pronta e razoavelmente em resposta a toda e


qualquer comunicação sobre o caso;

(vii) comparecer a toda e qualquer audiência e, no caso


de advogados, certificar-se de que, se não
estiverem disponíveis para comparecer a qualquer
audiência específica, façam com que um
representante alternativo apropriado compareça
em seu lugar, observando-se que:

(a) o não cumprimento pode dar origem a uma


condenação nas despesas, nos termos da
regra 4.9 infra; e

(b) Não será aceitável que um pedido de


adiamento seja solicitado simplesmente
porque o advogado está inevitavelmente
ausente de uma audiência.
20 Regulamento Processual Penal 2016
Poder de conceder audiência acelerada

4.7 (i) Em qualquer matéria em que qualquer das seguintes


situações:

a) O Réu;

(c) o reclamante virtual; ou

(d) uma testemunha material que seja obrigada a


comparecer para depor, quer pela acusação
quer pela defesa,

está prestes a deixar a jurisdição sem expectativa de


retorno do Ministério Público e/ou o Réu terá liberdade
para requerer uma audiência célere sobre a questão.

(ii) Esse pedido só será deferido se o Tribunal


considerar:

(a) que fazê-lo não prejudicará


significativamente o Réu; e

(b) que é do interesse da justiça fazê-lo.

(iii) Todos e quaisquer pedidos de audiência acelerada


devem ser apresentados por escrito e apresentados
ao Tribunal e notificados a cada uma das partes
interessadas.

Formulários e Instruções de Gerenciamento de Casos

4.8 (i) Os Formulários de Gerenciamento de Casos anexados a estas


Regras devem ser usados por todas as partes.

(ii) Os Formulários de Gerenciamento de Casos anexados a


estas Regras podem ser adicionados ou alterados pelo
Chief Justice a qualquer momento.

(iii) O Tribunal deve fornecer um registo escrito das


instruções de gestão do processo dadas a todas as partes.
Regulamento Processual Penal 2016 21
Pedidos de Custos Desperdiçados

4.9 i) O Tribunal tem o poder, nas circunstâncias a seguir


indicadas, de ordenar que as despesas de qualquer
audiência desperdiçada e associadas a elas sejam
suportadas por uma determinada pessoa ou parte
envolvida no processo.

(ii) O Tribunal só ordenará o desperdício de custas se a


audiência desperdiçada tiver resultado de acto ou
omissão indevidos, irrazoáveis ou negligentes por parte
de qualquer pessoa ou parte envolvida no processo.

(iii) O Tribunal só ordenará essas despesas se:

(a) considera que o acto ou omissão que deu origem


às circunstâncias enunciadas na subregra ii) supra
poderia razoavelmente ter sido evitado; e

(b) ouvidas as observações da pessoa ou da parte


contra a qual o Tribunal tenciona ordenar essa
condenação nas despesas, o Tribunal de Justiça
considera razoável e no interesse da justiça fazê-
lo.

(iv) O não pagamento de uma condenação em custas


constitui desacato ao tribunal.

4.10 A regra 4.9 entrará em vigor em 15 de 2016, seis meses a


setembro de

partir da data de início deste Regulamento.

Anotações:
1. O poder de ordenar as custas pode ser exercido contra qualquer pessoa
ou parte envolvida no processo. Isso inclui, mas não se limita a, o
Departamento de Polícia e seus oficiais, o Escritório do Diretor do
Ministério Público e seu Crown Counsel, escritórios de advocacia de
defesa ou advogados, pessoal de serviços forenses ou testemunhas.

2. Antes de proferir uma decisão de custas desperdiçadas, é importante


que o Tribunal de Justiça estabeleça, em primeiro lugar, quem é
responsável pelo acto ou omissão que deu origem à audiência
22 Regulamento Processual Penal 2016
desperdiçada.

PART 5

DIVULGAÇÃO

Divulgação pelo Ministério Público

5.1 Em cada Primeira Audiência, o Ministério Público deve


entregar ao Tribunal e ao Réu uma cópia da citação/folha de
acusação e uma ficha informativa descrevendo a natureza do
processo contra ele.

Nota: a ficha técnica é um documento apenas para fins administrativos e


não é admissível em prova num julgamento ou voir dire posterior. Seu
conteúdo não deve fazer parte da apreciação do Magistrado na Instrução
Preliminar.

5.2 O Ministério Público deve, então, fornecer ao Réu:

(i) no caso de matérias apenas sumárias, no prazo de oito


semanas a contar da data
a data da Primeira Audiência;

(ii) no caso de matérias híbridas passíveis de julgamento


sumário, no prazo de dezesseis semanas a contar da data
da Primeira Audiência; e

(iii) No caso de questões indiciárias:

(a) 14 dias antes da Instrução Preliminar; e

(b) uma vez que o assunto tenha sido encaminhado ao


Supremo Tribunal Federal, no prazo de 14 dias
antes da audiência de instrução.

5.3 Divulgação significa fornecer a cada Réu uma cópia dos


autos, exceto qualquer material de natureza administrativa,
legalmente privilegiado ou que esteja coberto pela imunidade
Regulamento Processual Penal 2016 23
de interesse público;

Nota: quando os autos não tiverem sido preenchidos nos prazos acima
prescritos, os agentes policiais devem apresentar ao Ministério Público e
divulgar ao Réu a maior parte dos autos que tenham sido elaborados
(divulgação parcial).

5.4 (i) Quando um Réu estiver representado, a divulgação será


considerada como tendo sido fornecida quando for
notificada ao advogado do Réu.

(ii) Quando um Requerido não estiver representado,


considera-se que a divulgação foi prestada quando:

(a) tratando-se de Réu sob fiança, está pronto para


recolhimento na sede do Ministério Público ou na
Secretaria do Supremo Tribunal Federal, conforme o
caso; ou

(b) no caso de um réu sob custódia, é entregue ao Presídio


Central de Belize.

(iii) Um Réu será solicitado a assinar, ou enviar um aviso de


e-mail, para receber a divulgação uma vez recebida.

Avisos de Provas Adicionais

5.5 (i) A Promotoria terá a liberdade de apresentar e notificar


quaisquer provas adicionais que possam vir à sua posse
e nas quais pretenda se basear a qualquer momento
antes do encerramento do processo da Acusação.

(11) No caso de tal divulgação adicional ser feita, o Tribunal


pode, por sua própria vontade ou a pedido do Requerido
ou em seu nome,

(a) adiar a questão para fornecer tempo adequado para


a devida consideração de tais provas; e/ou

(b) Condenar as despesas decorrentes desse adiamento


24 Regulamento Processual Penal 2016
contra
o Ministério Público ou a polícia, conforme
apropriado, de acordo com a regra 4.9.

Pedido de divulgação pela defesa

5.6 i) Se, mediante requerimento escrito da defesa, o Tribunal


considerar que não foi divulgado material relevante para
o processo na posse do Ministério Público, o Tribunal
ordenará a divulgação desse material.

(11) Todas e quaisquer dessas ordens devem ser cumpridas


no prazo de 14 dias a contar da decisão do Tribunal.

5.7 Todo e qualquer pedido de divulgação deverá ser feito assim


que razoavelmente praticável após o recebimento da
divulgação pelo Ministério Público.

Cópias da Divulgação

5.8 Uma cópia completa da divulgação da acusação deve ser


disponibilizada gratuitamente ao Réu. Posteriormente,
quaisquer cópias adicionais devem ser feitas mediante o
pagamento de uma quantia razoável.

Divulgação pela Defesa: Alibi

5.9 (i) Quando o Réu pretender invocar um álibi, notificará o


particular desta defesa no prazo de 7 dias a contar da
Instrução Preliminar ou da notificação da Notificação de
Provas Adicionais, conforme o caso.

(ii) A notificação de álibi deve incluir o nome, o endereço e


os dados de contacto da testemunha ou, se o nome ou
endereço não for do conhecimento do arguido no
momento em que o notifica, qualquer informação na sua
posse que possa ser de auxílio material para encontrar a
testemunha;

(iii) Se o nome ou o endereço não constarem dessa


notificação, o Requerido deve, a partir de então,
Regulamento Processual Penal 2016 25
continuar a tomar todas as medidas razoáveis para
garantir que o nome, endereço e dados de contacto
sejam determinados;

(iv) Se o nome, morada e dados de contacto não constarem


dessa notificação, mas o Requerido descobrir
posteriormente o nome, morada ou dados de contacto ou
receber outras informações que possam ser úteis para
encontrar a testemunha, deve notificar imediatamente o
nome, morada, dados de contacto ou outras
informações, consoante o caso; e

(v) Se o Réu for notificado pelo Ministério Público ou em


seu nome;
que a testemunha não foi identificada pelas informações
fornecidas, deve imediatamente dar conhecimento de
tais informações, que estão então em sua posse e que
podem ser de auxílio material.

Retenção de Divulgação

5.10 (i) Após o recebimento de um pedido formal por escrito e a


demonstração de justa causa, o Tribunal pode, a
qualquer momento, ordenar que qualquer divulgação
prevista neste Regulamento seja negada ou diferida ou
fazer qualquer outra ordem em relação à mesma que
possa ser considerada apropriada.

(11) Qualquer pedido deste tipo pode ser apreciado em


secções.

PART 6

FIANÇA

Fiança será fixada na Primeira Audiência no Tribunal de Justiça

6.1 Quando um Réu comparecer sob custódia na Primeira


Audiência, o Tribunal, sujeito a quaisquer restrições que
proíbam ou limitem de outra forma o poder de conceder
26 Regulamento Processual Penal 2016
fiança por força da legislação existente, considerará se é
apropriado conceder fiança e poderá, ao fazê-lo, impor
quaisquer condições que pareçam justas e razoáveis nas
circunstâncias.

Fiança após mandado de prisão

6.2 (i ) No momento da expedição de um mandado de prisão, o


Juiz, Magistrado ou Juiz de Paz, conforme o caso, fixará
os termos e condições da fiança (a menos que a fiança
seja negada) até a próxima audiência da questão, a
menos que, por força da legislação existente, a
concessão de fiança seja proibida ou de outra forma
limitada.

(11) Os termos e condições referidos na subregra (i) acima


serão endossados no mandado e o oficial responsável
pela delegacia de polícia para a qual o Réu for levado
providenciará para a libertaçãoimediata do Réu sob
fiança, mediante o cumprimento desses termos e
condições.

Revisão da fiança em relação a pessoas presas preventivamente

6.3 i) O administrador judicial elaborará, até ao primeiro dia útil


de cada mês, uma lista de todas as pessoas que tenham
estado em prisão preventiva no mês anterior em virtude
da sua incapacidade para satisfazer as condições da
fiança.

(ii) A lista referida na subregra i) deve conter, relativamente


a cada pessoa enumerada:

(a) a data da sua prisão preventiva,

(b) As infracções em relação às quais estão em prisão


preventiva;
Regulamento Processual Penal 2016 27
(c) se for caso disso, o cumprimento prévio das
condições de fiança;

(d) suas condições de fiança; e

(e) um breve resumo de todo e qualquer pedido de


fiança feito em
respeito às supostas infrações.

(iii) O Desembargador fará com que a lista seja revista por


um Juiz ou Magistrado que poderá, com ou sem
requerimento feito pelo Réu ou em seu nome, conceder
fiança nas condições que se afigurem justas e razoáveis
nas circunstâncias, salvo que nenhuma alteração resulte
na imposição de condições mais onerosas.

Nota: A regra 2.9 exige que o Tribunal liste imediatamente um pedido de


fiança quando o julgamento do réu preso preventivamente não tiver sido
concluído dentro dos prazos de custódia.

Pedido de fiança

6.4 (i) Sujeito a quaisquer restrições que proíbam ou limitem de


outra forma o poder de conceder fiança por força da
legislação em vigor e mediante pedido feito ao Tribunal
por um Réu, um Juiz ou Magistrado pode, a qualquer
momento, independentemente de o Réu ter sido
condenado a julgamento ou não, considerar a questão da
fiança.

(ii) Quando um Réu estiver sob custódia e não for


representado por um advogado, o pedido de fiança deve
ser apresentado a uma pessoa responsável pela
administração do Estabelecimento Prisional, que deverá
imediatamente apresentar o pedido ao Tribunal.

(iii) Após o recebimento de um pedido de fiança, o


Tribunal deve:

(a) enviar imediatamente cópia do requerimento ao


Ministério Público ou ao Ministério Público,
28 Regulamento Processual Penal 2016
conforme o caso;

(b) fixar data, hora e local para ouvir o pedido; e

(c) Avise a data, hora e local para:

(i) o requerente;

(ii) o Ministério Público; e

(iii) o Presídio.

PART 7

INSTAURAÇÃO DO PROCESSO

Infrações sumárias

7.1 A instauração de processos por infracções sumárias inicia-se


com a audição de uma queixa, que pode ter lugar das
seguintes formas:

(i) Um magistrado ou um juiz de paz pode emitir uma


citação se lhes for apresentada uma queixa de que uma
pessoa cometeu, ou é suspeita de ter cometido, qualquer
crime de condenação sumária.

(ii) Um magistrado ou juiz de paz pode emitir um mandado


de apreensão quando uma queixa é feita por escrito e
sob juramento de que uma pessoa cometeu ou é suspeita
de ter cometido uma infração de condenação sumária e
quando lhe é demonstrada uma boa causa para fazê-lo.

(iii) Qualquer pessoa detida ou detida sem mandado deve ser


presente ao tribunal para que sejam prestadas
informações:

(a) quando o Réu estiver em prisão preventiva, no


prazo de 48 horas a contar da prisão ou detenção;
ou
Regulamento Processual Penal 2016 29
(b) quando o Réu tiver sido solto sob fiança, no prazo
de 28 dias a contar da prisão ou detenção.

Infrações indiciárias/híbridas

7.2 A instauração de processos penais contra as infracções


indiciárias/híbridas inicia-se com a apresentação de
informações ou a audição de uma queixa, que pode ter lugar
das seguintes formas:

(i) Um magistrado ou um juiz de paz pode emitir uma


citação se for apresentada uma queixa perante eles de
que uma infração indiciária ou híbrida foi cometida por
qualquer pessoa e eles são da opinião de que um caso
para fazê-lo é feito para fazê-lo.

(ii) Um magistrado ou juiz de paz pode emitir um mandado


de apreensão quando uma queixa é feita por escrito e
sob juramento de que uma pessoa cometeu uma infração
indiciária ou híbrida e eles são da opinião de que um
caso para fazê-lo é feito.

(iii) Qualquer pessoa detida ou detida sem mandado deve ser


apresentada ao tribunal para que seja ouvida uma
queixa:

(a) quando o Réu estiver em prisão preventiva, no


prazo de 48 horas a contar da prisão ou detenção;
ou

(b) quando o Réu tiver sido solto sob fiança, no prazo


de 28 dias a contar da prisão ou detenção.

Convocação

7.3 i) O pedido de citação pode ser apresentado mesmo que não


haja uma queixa ou informação por escrito ou sob
juramento.

(ii) A convocação deve conter os seguintes elementos:-


30 Regulamento Processual Penal 2016
(a) Uma declaração da alegada infracção, juntamente
com a secção pertinente da Lei de Competência
Sumária (Infracções) ou da Lei do Código Penal
(ou outra legislação, conforme adequado);

(b) Uma breve declaração da natureza da queixa,


incluindo a data, a hora e o local da(s) alegada(s)
infracção(ões);

(c) A data, a hora e o local do tribunal em que o Réu


deve comparecer em resposta à citação, que não
deve ser inferior a 48 horas nem mais tardar 28
dias após a data em que a citação é emitida; e

(d) advertência ao Réu de que, caso não compareça ao


Juízo, poderá ser expedido mandado de prisão.

(iii) A citação será assinada pelo Magistrado ou juiz de paz


que a expedir.

Serviço de Citação

7.4 i) Uma cópia da citação deve ser emitida e transmitida à


polícia, se necessário, no prazo de 7 dias após a
apresentação da queixa ou a apresentação de
informações;

(ii) A partir de então, a citação será feita ao Réu no prazo de


14 dias;

(iii) A citação efectuar-se-á, salvo o disposto na subregra


(iv), entregando-a directamente à pessoa a quem se
destina ou, se a mesma não for praticável, entregando-a
no local habitual de residência ou último endereço
conhecido dessa pessoa;

(iv) Considera-se que o requerido citado foi legalmente


citado:

(a) No caso de um comandante, de um marinheiro ou


de outra pessoa empregada em qualquer navio ou
Regulamento Processual Penal 2016 31
embarcação, se a citação lhe for entregue
directamente ou ao capitão ou oficial encarregado
do navio;

(b) no caso de sociedade, firma ou sociedade, sendo


entregue a sócio, diretor, prefeito, presidente,
presidente, gerente ou secretário ou outro
funcionário da mesma no local normal de
negócios; e

(v) Um corpo de curadores pode ser convocado mediante


citação de qualquer um deles residente em Belize ou de
seu advogado nomeado.

Comprovante de citação

7.5 i) A citação pode ser provada:

(a) Por uma certidão de citação ou notificação que


contenha os dados relativos à data, hora, local e
modo de citação, preenchida e assinada pela
pessoa que efectua a citação ou notificação
apresentada ao Tribunal; ou

(b) no caso de não ter sido razoavelmente viável a


apresentação de tal certidão, pelo Tribunal de
Justiça que ouviu a prova oral da citação da pessoa
que executou a citação.

(ii) A certidão de citação ou notificação deve ser


apresentada ao Tribunal no prazo de 2 dias após a
execução da citação e, em qualquer caso, antes da data
marcada para a audiência.

(iii) A pessoa que efectua a citação deve, salvo se tiver sido


apresentada ao Tribunal uma certidão de citação ou
notificação devidamente preenchida, comparecer à
audiência para a qual o requerido foi citado, a fim de
32 Regulamento Processual Penal 2016
poder depor, se necessário, sobre a citação.

(iv) A não execução ou apresentação de um certificado de


citação ou notificação não afecta a validade do serviço,
sem prejuízo do disposto nas alíneas b ) e iii) da
subregra i.

(v) Um policial pode apresentar um certificado de serviço


por meio eletrônico.

Aplicação das regras aos depoimentos de testemunhas

7.6 As regras 7.5 e 7.6 aplicam-se mutatis mutandis aos


depoimentos de testemunhas.

Mandados de Prisão não cumpridos

7.7 i) O administrador judicial elaborará relatórios trimestrais


sobre a situação de todos os mandados de detenção,
incluindo os mandados judiciais, emitidos durante esse
período.

(ii) No caso de um mandado de prisão permanecer sem


execução por mais de 30 dias, um Magistrado ou Juiz
pode exigir que o Comissário de Polícia informe sobre o
status dos mandados não executados e os esforços feitos
para executá-los.

(iii) O Tribunal pode, se o considerar no interesse da justiça,


cumprir um mandado não executado.

Inativação de caso

7.8 Quando um mandado de prisão de um Réu permanecer não


executado por um período de doze meses após a data de
emissão do mandado, o processo será colocado em uma "lista
de inativos" e só será reativado quando o mandado for
executado e o Réu levado ao Tribunal.

PARTE 8
Regulamento Processual Penal 2016 33
FASES PROCESSUAIS E
CRONOGRAMA: MAGISTRADO JUDICIAL

A primeira audiência

8.1 (i) A Primeira Audiência, em cada caso, será conduzida por


um Magistrado.

(ii) A Primeira Audiência deverá realizar-se no prazo


máximo de 28 dias a contar da data de emissão da
reclamação/citação/informação.

(iii) Na Primeira Audiência ocorrerão os seguintes


elementos:

(a) verificação da identidade, endereço atual e dados


de contato do Réu;

(b) se o Réu estiver, ou pretender ser, representado


deverá ser fornecido o conjunto da representação;

(c) se o Réu não estiver representado, qualquer


intenção ou pedido por parte do Réu de que ele
será legalmente representado será registrado;

(d) as acusações serão lidas ao Réu pelo Magistrado e


a ficha técnica, resumindo as provas, será lida em
voz alta pelo Ministério Público;

(e) O requerido deve receber uma explicação dos seus


direitos, incluindo, se for caso disso, o direito a:

(i) fiança;

(ii) a representação legal e o direito de ter um


advogado nomeado a expensas do Estado em
casos capitais;

(iii) silêncio, salvo no que diz respeito à


confirmação do seu nome e dados de
contacto;
34 Regulamento Processual Penal 2016
(iv) um julgamento;

(v) um intérprete; e

(vi) se o Réu estiver preso, o prazode custódia é


reduzido;

(f) a consideração da fiança será feita;

(iv) Sem prejuízo do disposto na regra 8.2, o Réu


é obrigado a apresentar uma petição à
acusação; e

(v) A notificação, oral e escrita, será entregue ao


Réu da data da próxima audiência.

Nota: A regra 8.1, alíneas iii) a v), não se aplica nos casos em que uma
pessoa se declara culpada por via postal em conformidade com a secção 41
da Lei relativa à competência sumária (procedimento).

Fundamentação

8.2 (i) Para questões meramente sumárias, todos os Réus serão


obrigados a apresentar um fundamento na Primeira
Audiência.

(ii) Para questões híbridas, o Réu será obrigado a apresentar


um recurso imediatamente se o tribunal determinar que
ele deve ser julgado sumariamente.

(iii) Para questões indiciárias, o Réu será questionado se


deseja ou não indicar um fundamento no início de cada
audiência em um Tribunal de Justiça.

Local da Audiência

8.3 (i) A audiência de instrução só poderá ocorrer em casos


híbridos.

(ii) As audiências de foro devem ser conduzidas por um


Magistrado e, sempre que possível, devem ser feitas ao
Regulamento Processual Penal 2016 35
mesmo tempo que a Primeira Audiência.

(iii) O objetivo da Audiência de Foro é determinar se a


questão deve ser julgada ou condenada, conforme o
caso, levando em conta qualquer indicação de
fundamento, no Tribunal de Magistrados ou na Suprema
Corte.

Confissões de não culpa: casos sumários

8.4 Quando for apresentada uma declaração de não culpabilidade


para uma questão sumária, o Magistrado exigirá
imediatamente as seguintes informações a todas as partes
através do preenchimento de um Formulário de Gestão de
Processos:

(i) requerimentos de testemunhas;

(ii) a data e o método pelo qual a divulgação da acusação


será fornecida (de acordo com as Regras 5.2 e 5.4);

(iii) quaisquer questões de facto e de direito a resolver e se


pode ou não ser arrolada uma audiência de instrução
para as determinar; e

(iv) eventuais impedimentos previsíveis para que a questão


prossiga efetivamente para julgamento.

8.5 Se qualquer das partes indicar que a prova pericial será


contestada no julgamento, o tribunal determinará que:

(i) uma reunião de peritos antes da audiência de


julgamento para identificar quais as questões que podem
ser acordadas entre eles; e

(ii) Um relatório, resumindo as conclusões da reunião do


perito, deve ser apresentado ao tribunal logo que
razoavelmente praticável após a realização dessa
reunião.

8.6 O Magistrado enumerará a questão para que o julgamento se


36 Regulamento Processual Penal 2016
realize logo que razoavelmente possível, tendo em conta a
gravidade e a complexidade do caso e, em qualquer caso,
dentro dos prazos prescritos nas Regras 2.1(iii) e 2.8 (6 meses
se a pessoa estiver detida e 9 meses em todos os outros casos).

Indícios de confissão de culpa em casos indiciáveis – tramitação


acelerada

8.7 Se um arguido indicar que tenciona apresentar uma confissão


de culpa a uma infracção indiciária, em conformidade com a
regra 8.2(iii), a questão deve ser incluída para uma
investigação preliminar a realizar no prazo de 14 dias.

Aceitando confissões de culpa

8.8 (i ) Antes de aceitar uma confissão de culpa de qualquer ou


de todas as acusações, o Magistrado deve certificar-se,
quer interrogando pessoalmente o Réu, quer chamando
um advogado para conduzir o interrogatório, que o Réu
cometeu o(s) alegado(s) delito(s), que o fundamento é
apresentado voluntariamente e que é feito com uma
compreensão adequada das consequências.

(ii) Um magistrado pode recusar-se a aceitar qualquer


confissão de culpa se não estiver convencido de que
qualquer das condições estabelecidas na subregra (i)
acima não está preenchida e/ou que não é do interesse
da justiça fazê-lo.

(iii) Se uma confissão de culpa não for aceite, o facto de a


confissão de culpa ter sido proferida não é admissível
como prova em qualquer julgamento subsequente
relativo a essa alegada infracção.

8.9 Se o Réu estiver disposto a declarar-se culpado de delitos


alternativos à(s) de que foi acusado(s), informará o Ministério
Público e o tribunal no momento da acusação.

8.10 Se o Ministério Público exigir o adiamento da consulta do


Ministério Público antes de aceitar um fundamento relativo a
Regulamento Processual Penal 2016 37
uma infracção alternativa, o Tribunal enumerará o processo
para que a audiência se realize no prazo máximo de 14 dias.

Nota: ao aceitar uma confissão de culpa, o tribunal deve averiguar se essa


confissão foi oferecida pelo Réu numa fase anterior do processo. Em caso
afirmativo, o Ministério Público deve explicar por que razão não era
razoável que essa oferta tivesse sido aceite antes.

Investigações Preliminares

8.11 (i) A defesa notificará a acusação se a Inquirição Preliminar


for impugnada pelo menos 7 dias antes de ser ouvida;

(11) Tendo determinado que o caso deve ser remetido ao


Supremo Tribunal Federal, o Tribunal deverá:

(a) identificar a próxima sessão praticável dentro da


qual o caso
pode ser ouvido;

(b) listar o assunto para Julgamento no primeiro dia do


que
sentado;

(c) Indicar as indicações relativas à data e ao método


de
divulgação do Ministério Público (de acordo com
as Regras 5.2 e 5.4);

(d) considerar, sujeito a qualquer proibição ou outras


limitações
decorrente da legislação vigente, a emissão de
fiança;

(e) obter um endereço para o Réu, se sob fiança, para


que lhe possa ser notificado de todos os requisitos
de testemunha, de acordo com o artigo 55 da Lei
de Procedimento Indiciável;

(f) informar o Réu do seu direito de requerer o


comparecimento
38 Regulamento Processual Penal 2016
de testemunhas não convocadas para depor
fisicamente e dos procedimentos envolvidos para a
obrigatoriedade desse comparecimento; e

(g) comunicar ao Réu, oralmente e por escrito, a data


para
a audiência de instrução.

8.12 Em casos capitais, o Tribunal deve averiguar se o Réu


pretende obter a sua própria representação e essa informação
deve ser comunicada ao Supremo Tribunal ao mesmo tempo
que os autos são transmitidos ao Supremo Tribunal de Justiça,
em conformidade com as Regras 2.2(iv) e 8.11.

8.13 De acordo com a regra 2.3(v), o Tribunal do Magistrado deve,


no prazo de 14 dias a contar da data em que um caso é
enviado ao Supremo Tribunal, enviar os autos ao Gabinete do
Diretor do Ministério Público e ao Supremo Tribunal.

PARTE 9

ETAPAS PROCESSUAIS E CRONOGRAMA:


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Casos Prioritários

9.1 i) Após a recepção dos autos relativos a um processo


submetido ao Supremo Tribunal de Justiça, o Supremo
Tribunal de Justiça e o Gabinete do Director do
Ministério Público apreciarão imediatamente se o
processo é ou não prioritário para efeitos da sua
inscrição em julgamento, tendo em conta os seguintes
factores:

(a) Se o Réu está em prisão preventiva ou sob fiança;

(b) Se em prisão preventiva, o tempo que o Réu ficou


aguardando julgamento;
Regulamento Processual Penal 2016 39
(c) A idade e o estado mental do Réu;

(d) A idade e a vulnerabilidade de quaisquer


testemunhas, tendo especialmente em conta se a
passagem do tempo resultaria num risco
invulgarmente aumentado de perda de memória ou
de falta de vontade de depor; e

(e) Qualquer outro factor que o Tribunal considere


relevante.

(ii) Todos os casos prioritários devem ser claramente


rotulados e os detalhes imediatamente notificados ao
Supremo Tribunal Federal ou ao Ministério Público,
conforme o caso.

(iii) Serão envidados todos os esforços para enumerar os


casos prioritários para julgamento na mesma sessão em
que a questão foi cometida.

Preferência da acusação

9.2 (i) No caso de um Réu ser levado ao Supremo Tribunal para


julgamento, o Diretor do Ministério Público pode
preferir uma acusação ou declinar de fazê-lo.

(ii) Todas as acusações serão preferidas e apresentadas ao


Tribunal logo que razoavelmente praticável e, em
qualquer caso, o mais tardar 3 dias antes da audiência de
acusação.

(iii) No caso de o Director do Ministério Público se recusar a


preferir uma acusação, essa decisão será notificada por
escrito ao Chefe de Justiça, ao Réu e ao seu advogado
logo que razoavelmente praticável e, em qualquer caso,
o mais tardar 3 dias antes da acusação.

Assinatura de indiciamentos

9.3 Todas as acusações devem ser assinadas pelo Diretor do


Ministério Público ou pelo Advogado da Coroa agindo sob e
40 Regulamento Processual Penal 2016
de acordo com as instruções gerais ou especiais do Diretor,
caso em que uma declaração nesse sentido será endossada no
rosto da acusação.

Apresentação de acusações

9.4 i) Todas as acusações devem ser apresentadas ao gabinete do


secretário do Supremo Tribunal de Justiça.

(11) No momento da apresentação do depósito, serão


apresentadas duas cópias para uso do Tribunal,
juntamente com um número suficiente de cópias
adicionais para assegurar a citação ou notificação da
acusação a cada Réu.

Citação ou notificação da acusação

9.5 O secretário mandará entregar uma cópia da acusação a cada


arguido ou ao seu advogado no prazo de 7 dias a contar da
apresentação da acusação no Tribunal ou no momento da
audiência de acusação, consoante o que ocorrer primeiro.

Atribuição de Advogado

9.6 Nos casos em que o advogado deva ser atribuído ao Réu, isso
deve ser feito pelo Supremo Tribunal no prazo de 14 dias a
contar da recepção dos autos pelo Tribunal do Magistrado.
Sempre que possível, o Tribunal deve buscar representações
quanto à disponibilidade do advogado antecipado antes de
finalizar a cessão.

9.7 Uma vez designado um advogado para um processo, a recusa


só pode ter lugar após uma audiência se o Tribunal estiver
convencido de que existem ambos os motivos razoáveis e que
um advogado alternativo devidamente qualificado pode ser
obtido sem demora.

Acusação

9.8 No primeiro dia de cada sessão do Supremo Tribunal de


Justiça, terá lugar a Audiência de todos os Réus empenhados
Regulamento Processual Penal 2016 41
nessa sessão.

9.9 (i) Antes de processar o Réu, todas as partes devem indicar a


sua disponibilidade para a acusação através do
preenchimento de um formulário de gestão do processo.

(11) O Juiz informará o Réu do seguinte:

(a) se for o caso, o direito a representação legal, fiança


e/ou intérprete;

(b) o processo de confissão e o direito à redução da


pena por confissão de culpa;

(c) que se o Réu se declarar inocente, o caso será


agendado para julgamento a ser ouvido apenas
perante um juiz ou júri, conforme o caso; e

(d) o direito de receber uma indicação do leque


aplicável de penas ou opções de condenação antes
de apresentar um fundamento.

9.10 O Réu será então indiciado por cada acusação sobre a


acusação ser lida em voz alta e o Réu ser convidado a
apresentar uma petição a seu respeito.

Confissões de não culpa

9.11 Se for apresentada uma declaração de não culpabilidade, as


seguintes questões serão abordadas através do preenchimento
de um formulário de gestão de processos:

(i) nos casos capitais, o andamento da designação de


advogado ao Réu;

(ii) a data e o método de divulgação da Acusação (de acordo


com as Regras 5.2 e 5.4);

(iii) os elementos de uma defesa álibi;

(iv) quaisquer questões de facto e de direito a resolver e se


42 Regulamento Processual Penal 2016
pode ou não ser arrolada uma audiência de instrução
para as determinar;

(v) quais testemunhas o Réu exige para comparecer


fisicamente
julgamento, sua disponibilidade e intimação de
testemunhas;

(vi) quais depoimentos podem ser lidos como provas


acordadas e/ou colocados em admissões de acordo com
as Regras 10.2 e 10.5; e

(vii) A duração estimada do julgamento, incluindo a duração


provável das inquirições de testemunhas; e

(viii) quaisquer requisitos de assistência especial ou de


intérprete.

9.12 Se qualquer das partes indicar que a prova pericial será


contestada no julgamento, o tribunal determinará que:

(i) uma reunião de peritos antes da audiência de


julgamento para identificar quais as questões acordadas
entre eles; e

(ii) Um relatório, resumindo as conclusões da reunião do


perito, deve ser apresentado ao tribunal logo que
razoavelmente praticável após a realização dessa
reunião.

Confissões de culpa

9.13 (i ) Antes de aceitar uma confissão de culpa de uma acusação


ou de qualquer parte dela, o Juiz deve certificar-se, quer
interrogando pessoalmente o Réu, quer chamando um
advogado para conduzir o interrogatório, que o Réu
cometeu o(s) alegado(s) delito(s), que o fundamento é
apresentado voluntariamente e que é feito com uma
compreensão adequada das consequências.

(ii) Um juiz pode recusar-se a aceitar uma confissão de


Regulamento Processual Penal 2016 43
culpa se não estiver convencido de que qualquer das
condições estabelecidas na subregra (i) acima não está
preenchida e/ou que não é do interesse da justiça fazê-
lo.

(iii) Se uma confissão de culpa não for aceite, o facto de a


confissão de culpa ter sido feita não é admissível como
prova em qualquer julgamento subsequente relativo a
essa alegada infracção.

9.14 Se o arguido estiver disposto a declarar-se culpado de


infracções alternativas à(s) qual(is) foi(ram) acusado(s),
informará o Ministério Público e o tribunal na audiência de
acusação.

9.15 Se o Ministério Público exigir o adiamento da consulta do


Ministério Público antes de aceitar um fundamento relativo a
uma infracção alternativa, o Tribunal enumerará o processo
para que a audiência se realize no prazo máximo de 14 dias.

Nota: ao aceitar uma confissão de culpa, o tribunal deve considerar se essa


confissão foi oferecida pelo Réu numa fase anterior do processo. Em caso
afirmativo, o Ministério Público será obrigado a explicar por que razão não
era razoável que esse fundamento tivesse sido apresentado nessa fase
anterior.

Indicação da Amplitude da Pena e Redução da Pena

9.16 Salvo e salvo nos casos em que a lei prescreve uma pena
mínima, um Juiz pode conceder crédito, reduzindo assim a
pena que de outra forma teria sido imposta após a condenação
após o julgamento, a um Réu que se declare culpado no
momento ou após a Acusação. A natureza e a extensão de tal
crédito ficarão a critério do Juiz, salvo se o crédito por
fundamentos apresentados posteriormente à Acusação não for
igual a qualquer crédito que teria sido aplicável se o
fundamento tivesse sido apresentado nessa audiência.

9.17 O Tribunal seguirá as Regras de qualquer Juiz que estejam em


vigor no que diz respeito às audiências de indicação de
44 Regulamento Processual Penal 2016
sentença.

PARTE 10

QUESTÕES PROCESSUAIS GERAIS

Evidências acordadas

Nota: o ponto de partida para a Acusação deve ser a leitura de todos os


depoimentos em prova. Só em relação às testemunhas que fornecem tais
provas materiais que, sem a produção de provas em vida, o processo de
acusação pode ser enfraquecido, é que se deve considerar a possibilidade
de as convocar pessoalmente.

10.1 Antes do julgamento, todas as partes devem considerar


cuidadosamente se o conteúdo de um depoimento de
testemunha está ou não de acordo, caso em que o
comparecimento físico de uma testemunha no julgamento será
normalmente desnecessário. Mesmo quando uma testemunha
presta depoimento material, os interesses da justiça não
podem ser atendidos ao exigir que essa testemunha
compareça ao julgamento.

10.2 Os depoimentos de todas as testemunhas cujo


comparecimento não seja considerado necessário pela
acusação e que não estejam obrigadas pela defesa a
comparecer ao julgamento no momento da audiência de
instrução serão lidos de acordo com o artigo 123 da Lei de
Processo Indiciável.

10.3 Em caso de notificação de provas adicionais, o arguido deve


notificar o Tribunal e o Ministério Público se algum desses
depoimentos pode ser acordado no prazo de 14 dias após a
notificação. A falta de notificação pode resultar na leitura
desses depoimentos de testemunhas, de acordo com a seção
123 da Lei de Procedimento Indiciável.

10.4 O Réu tem o direito, mas não a obrigação, de compartilhar


Regulamento Processual Penal 2016 45
com a Acusação os depoimentos nos quais pretende se basear
como parte de sua defesa. O Ministério Público deve
considerar se pode ou não concordar com a declaração para
que ela seja lida em prova, se compartilhada.

10.5 Sempre que possível, as partes relevantes de um depoimento


acordado devem ser destiladas em um conjunto de admissões,
acordadas entre todas as partes de acordo com a seção 106 da
Lei de Evidências. As admissões devem ser apresentadas ao
Tribunal o mais tardar 7 dias antes da data do julgamento.

Nota: a não apresentação de admissões no Tribunal no prazo fixado pela


regra 10.5 não impedirá que as admissões sejam apresentadas em prova.
Esta forma de prova acordada deve ser utilizada sempre que possível em
julgamentos criminais.

Interpretação

10.6 Sob reserva do disposto no seguinte e salvo se o contexto o


exigir, a Lei de Interpretação aplicar-se-á a estas Regras:

"advogado" significa um Advogado e inclui o Crown Counsel;

"Crianças", as pessoas com idade inferior a 18 anos;

"Sociedade", uma sociedade ou outro organismo corporativo, onde quer


que esteja ou sob a sua composição, e inclui:

(a) sociedade limitada; ou

(b) uma sociedade de responsabilidade limitada; ou

c) Uma empresa de células protegidas; ou

(d) uma empresa de negócios internacionais;

"reclamação" inclui qualquer informação ou cobrança;

"Tribunal", salvo indicação específica, significa o Supremo Tribunal e um


Tribunal de Justiça, agindo no exercício da sua jurisdição penal, e inclui o
Juiz ou Magistrado;
46 Regulamento Processual Penal 2016
"Arguido", uma pessoa contra a qual tenha sido apresentada uma queixa,
informação ou acusação e inclui os arguidos;

"Tribunal de Família" significa um Tribunal de Família estabelecido ao


abrigo da Lei dos Tribunais de Família (Capítulo 93 das Leis Substantivas
de Belize, Edição Revisada de 2011);

"Infração híbrida", qualquer infração que possa ser julgada no Tribunal de


Justiça ou no Supremo Tribunal;

"Infração indiciária", qualquer delito que deva ser julgado no Supremo


Tribunal de Justiça;

"Juiz" significa um juiz do Supremo Tribunal;

"Tribunal de Magistrados", um tribunal de jurisdição sumária estabelecido


ao abrigo da Lei dos Tribunais Inferiores;

"ordem" inclui qualquer condenação;

o "Ministério Público" inclui qualquer pessoa ou parte envolvida com a


acusação do caso;

"promotor" inclui Crown Counsel, promotores civis e policiais;

"delitos sumários" são aqueles passíveis de julgamento apenas em um


Tribunal de Justiça; e

"Denunciante virtual" inclui qualquer vítima ou informante.


Regulamento Processual Penal 2016 47

APPENDIX 1

RESUMO DOS PRAZOS


DO
PROCESSO PENAL
48 Regulamento Processual Penal 2016

Questões Sumárias
Fase do processo Prazo

6 meses a contar da data em que surgiu a


Queixa
questão da queixa

Transmissão de Intimações à Polícia


(quando as Intimações não forem emitidas 7 dias
pela polícia)

Citação do réu 14 dias

Acusação pós-detenção/detenção 48 horas

Primeira audiência (fundamento a a) 28 dias a contar da data da citação; ou (b)


apreciar) Em casos de fiança, 28 dias após a acusação;
c) Em casos de mandado/detenção, 48 horas
após a detenção.

Envio dos autos ao Ministério Público 4 semanas a partir da primeira audiência

Divulgação 8 semanas a partir da primeira audição

Conclusão do Julgamento Sumário


(custódia)
26 semanas da primeira audição (6 meses)

Conclusão do Julgamento Sumário


(fiança)
39 semanas da primeira audição (9 meses)

Audiência de Sentença 21 dias da condenação


Regulamento Processual Penal 2016 49

Questões híbridas julgadas sumariamente

Fase do processo Prazo

Data da Informação/Reclamação -

Transmissão de Intimações à Polícia


(quando as Intimações não forem emitidas 7 dias
pela polícia)

Citação do réu 14 dias

Acusação pós-Prisão / Detenção 48 horas

Primeira audiência (fundamentação) (a)28 dias a contar da data da citação; ou


(b)Em casos de fiança, 28 dias a partir da
acusação;
(c)Em casos de mandado/detenção, 48 horas a
partir da prisão/detenção.

Local da audiência (fundamento a ser


14 dias a contar da data da primeira audiência
tomado)

Envio dos autos ao Ministério Público 8 semanas a partir da primeira audição

Divulgação 16 semanas após a primeira audiência

Conclusão do Julgamento Sumário


(custódia)
26 semanas da primeira audição (6 meses)
Conclusão do Julgamento Sumário
(fiança)
39 semanas da primeira audição (9 meses)

Audiência de Sentença 21 dias da condenação


50 Regulamento Processual Penal 2016

Questões indiciárias
Nota: Esta tabela aplica-se também aos casos híbridos julgados na acusação.
Número
máximo de
Fase do processo Prazo semanas após a
primeira audição
Data da
- -
Informação/Reclamação

Transmissão de
Intimações à Polícia
(quando as Intimações 7 dias -
não forem emitidas pela
polícia)

Citação do réu 14 dias -

Acusação pós-Prisão /
48 horas -
Detenção

(a) 28 dias a contar da data da citação;


ou
Primeira audiência
(b) Em casos de fiança, 28 dias a partir -
(fundamentação)
da acusação;
(c) Em casos de mandado/detenção, 48
Apenas casos híbridos horas a partir da prisão/detenção.

14 dias a contar da data da primeira


Local da audiência 2 semanas
audiência
(fundamento a ser
tomado)

Envio dos autos ao DPP 12 semanas a contar da data da primeira 12 semanas


audiência

Divulgação 14 dias antes da Instrução Preliminar 24 semanas

Defesa para notificar em 7 dias antes da Instrução Preliminar 25 semanas


caso de impugnação
Regulamento Processual Penal 2016 51
52 Regulamento Processual Penal 2016

APPENDIX 2

GERENCIAMENTO DE
CASOS
FORMS
NORMAS PROCESSUAIS PENAIS – FORMULÁRIO DE GESTÃO DE PROCESSOS DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Uma cópia deste formulário deve ser fornecida às partes petrolíferas na conclusão da audiência de acusação.

PARTE
Detalhes
da acusaçãoPARA CONCLUSÃO PELA PROMOTORIA

Regina - v - Nº do processo:

Detalhes de contato

Nome

Telefone:

Email

Prontidão para Julgamento


Regulamento Processual Penal 2016 53

Está a ser pedido um adiamento? {Regra 3.1) • Sim • Não

Se sim. por favor, forneça detalhes sobre adiamentos anteriores:

Foi feita a divulgação? [Regra 5.2, alínea iii)] □ Sim □ Não


Caso contrário, indique a data de
divulgação pode ser feita por:

A polícia pretende reunir mais provas? {Regra 5.5) □ Sim □ NÃO


Em caso afirmativo, forneça
breves pormenores:

Acusação

Foi apresentada uma acusação assinada ao Tribunal? {Regra 9.3) □ Sim □ Não

Caso contrário, queira fornecer


detalhes:

É necessária alguma alteração da acusação? □ Sim □ Não

Confissões de culpa

Uma confissão de culpa de quaisquer delitos alternativos seria aceitável para o Ministério Público?
□ Não
_ Sim

Em caso afirmativo, forneça


breves pormenores:
54 Regulamento Processual Penal 2016

NORMAS PROCESSUAIS PENAIS - FORMULÁRIO DE GESTÃO DE PROCESSOS DO


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Em caso de condenação, o Ministério Público pretende requerer alguma medida acessória?

Essas questões podem ser decididas antes da posse de um júri? {Regra 9.13) • Sim • Não

Por favor, indique quais, se houver, provas periciais serão invocadas no julgamento (incluindo armas de fogo, drogas e DNA):

Por favor, indique se algum equipamento especial será necessário para o teste (como telas ou um laptop):

A apresentação do caso seria auxiliada por um diagrama, mapa de esboço ou fotos? • • Não É necessária uma visita ao local?

• Sim • Não

O A acusação contará com as seguintes provas testemunhais:

Tempo de
Nome Descrição das Provas Datas a evitar Exame

Assinatura do Procurador:...................................................................................
Regulamento Processual Penal 2016 55

NORMAS PROCESSUAIS PENAIS - FORMULÁRIO DE GESTÃO DE PROCESSOS DO


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARTE 2
Elementos
de defesaPARA PREENCHIMENTO PELO OU EM NOME DO ARGUIDO

O Réu entende que receberá crédito por uma confissão de culpa? (Regra 9.16) _ Sim •Não

O Réu quer requerer audiência de instrução de sentença? (Artigo 9.17) □ Sim □ Não

O Réu quer declarar-se culpado de todos ou de quaisquer crimes? □ Sim •Não

O Réu quer se declarar culpado, mas por um delito diferente? (Artigo 9.15) □ Sim □ Não
Há alguma questão em relação à
aptidão do Réu para pleitear ou
ser julgado? • Sim • Não

Em caso afirmativo, forneça


breves pormenores:

NORMAS PROCESSUAIS PENAIS - FORMULÁRIO DE GESTÃO DE PROCESSOS DO


Em caso afirmativo,
forneça breves
pormenores:

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Questões de julgamento (regra 9.11)


Salvo os pormenores relativos ao álibi, que o Réu é obrigado a fornecer nos termos da Lei de Procedimento Indiciável s.125, o
Réu não será obrigado a fornecer essas informações, mas ajudará o Tribunal a descobrir o que está em disputa e a dar as
instruções adequadas para o julgamento. Qualquer informação pode ser usada em evidência.
56 Regulamento Processual Penal 2016

O Réu suscitará em julgamento a seguinte questão de facto:

Se o Réu apresentar uma defesa álibi, indique:

O Réu suscitará os seguintes argumentos jurídicos / impugnará a admissibilidade das seguintes provas:

O Réu requer as seguintes testemunhas de acusação para comparecer ao julgamento:


O que é questão controvertida/material no caso que torna necessário
Nome o comparecimento de testemunhas? (Artigo 10.º, n.º 1) Tempo de Exame

As seguintes testemunhas/fatos da acusação podem ser admitidos como prova consensual:

O Réu pretende arrolar as seguintes testemunhas em julgamento:


Tempo de
Nome Descrição das Provas Datas a evitar Exame

Assinatura do/em nome do Réu:.......................................................


Regulamento Processual Penal 2016 57

NORMAS PROCESSUAIS PENAIS - FORMULÁRIO DE GESTÃO DE


PROCESSOS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARTE 3
Orientações
do TribunalPARA CONCLUSÃO PELO JUIZ

Regina-v- Nº do processo:

Juiz:
Caso prioritário? (Regra 9.1) •Sim •Não Data do Julgamento: Comprimento:

Ordem Por Extensão Anotações

Atribuição de Advogado

Provas da acusação (adicionais)

Ministério Público (mais) Divulgação

Audiência de Gerenciamento de Casos

Lista de Testemunhas de Acusação

Admissões / Depoimentos de testemunhas


acordados
Medidas Especiais Audiência

Elementos das testemunhas de defesa

Prova Pericial da Acusação

Prova Pericial de Defesa

Relatório acordado após a reunião de peritos

Pedido de Divulgação de Defesa

Audiência de Instrução Judicial

Esqueleto em Envios Legais

Resposta a Envios Legais

Transcrição / Resumo da Entrevista Policial

Edições de defesa na Transcrição/Resumo

Acordo com os Pacotes do Júri

CFTV / DVD: formato compatível e testado

Prazos de custódia expiram

Assinatura do Juiz que faz as Orientações:.....................................

Execução judicial do RDC


É responsabilidade da parte contrária identificar qualquer descumprimento de uma orientação feita. O Juiz decidirá
se concede uma prorrogação de prazo ou se lista uma Audiência de Gerenciamento de Caso.
O incumprimento pode resultar numa ou mais das seguintes sanções:
(1) O Tribunal de Justiça que recusa a parte em falta
(Por exemplo, recusando-se a permitir que as provas sejam apresentadas ou a apresentação fora do prazo)
(2) O advogado, administrador, policial ou outra pessoa responsável pela falta de intimação à Justiça para
explicar a revelia.
58 Regulamento Processual Penal 2016

(3) Uma ordem de custos desperdiçada.


Regulamento Processual Penal 2016 59

Formulário de Gerenciamento
Tribunais de Justiça
de Caso
Normas de Processo Penal, Parte 4
Este formulário deve ser preenchido pelo tribunal em todos os casos em que uma
Número do processo
declaração de não culpa é inserida em qualquer tribunal de magistrados. As cópias

devem sera todas as partes


fornecido
Data de entrada do
fundamento NG
Data do julgamento Qualquer informação que não esteja disponível na Primeira Audiência deve ser

inserida o mais rápido possível ou na Audiência de Gerenciamento de Casos

Estimativa do ensaio A falta de informações precisas pode levar à demissão do processo ou a uma ordem

de custas

1. Detalhes da Ofensa
Cargo(s)

Data da
infracção

2. Detalhes de contato
Réus
Nome(s) Data(s) de
Nascimento
D1
D1
D2
D2
D3
D3

Estado
D1 □ Fiança Condições: •Custódia PrazoExpira:

D2 □ Fiança Condições: •Custódia PrazoExpira:

D3 □ Fiança Condições: •Custódia PrazoExpira:

Endereço(s) E-mail & Celular

DI D1

D2 D2

D3 03

Identidade
verificada
por:
D1

D2

D1 □ Sim □ Não
O Réu será legalmente representado no julgamento?
D2 □ Sim □ Não
Em caso afirmativo, forneça o nome e os detalhes de contato do advogado:
D3 •Sim[Não

Acusação
60 Regulamento Processual Penal 2016

Nome Email

Endereço Fax

3. Gerenciamento de avaliação_____________________________________________________
Audiência de Gerenciamento de Caso listada para:

Os autos foram recebidos pelo Ministério Público? • Sim •


Não
Caso contrário, o tribunal ordena que os autos sejam apresentados por:

Foi prestada a Ré? • Sim •


Não
Caso contrário, o tribunal determina que a divulgação seja feita por:

Esperam-se mais provas da acusação? • Sim •


Não
Em caso afirmativo, o tribunal determina que qualquer prova adicional seja divulgada por:

Está a ser pedido um adiamento?


Se sim. Fornecer breves pormenores, incluindo pormenores sobre quaisquer adiamentos anteriores concedidos:

Que provas a acusação vai invocar no julgamento: testemunha I busca provas


Marque/exclua conforme apropriado declaração de cautela I admissão
arma de fogo I droga / DNA I prova pericial
_ boatos
CCTV•
Se for necessário utilizar provas electrónicas, indicar o equipamento necessário para o ensaio:

Quais serão as questões de fato controvertidas no julgamento?


O Réu não será obrigado a fornecer essas informações, mas isso ajudará o tribunal a definir as direções apropriadas
para o julgamento. Qualquer informação fornecida pode ser usada como prova.

Por favor, indique se há questões de admissibilidade de provas I lei que precisará ser determinada: Tribunal orienta
que uma audiência de instrução Io determinar essas questões é listado para:

Por favor, indique o que, se houver. A prova pericial será invocada no julgamento (incluindo armas de fogo, drogas,
DNA, etc.) O Tribunal determina que uma reunião entre peritos, se for caso disso, se realize mediante:

4. Lista de Testemunhas
Regulamento Processual Penal 2016 61

O tribunal deve ser informado de quaisquer alterações ao rol de testemunhas imediatamente e antes do julgamento

Qualquer parte dos depoimentos das testemunhas, que não estão em disputa, pode ser registrada em uma admissão
escrita? • Sim • Não Se sim.

Indicar se alguma das testemunhas necessita de medidas especiais ou outras (incluindo um


intérprete):

5. Ordens Acessórias_____________________________________________________
O não preenchimento desta Parte não obrigará o Ministério Público a requerer uma ordem acessória em caso de condenação

Em caso de condenação, o Ministério Público pretende


requerer:
Relatório antes da Destruição• Compensação•
sentença •
Perda• Sentença pecuniária • Outros □
Se outro, especificar:

6. Assinaturas
Primeira
Audiência:
Data:
Magistrado

Audiência de
Gerenciamento de Caso:
Data:
Magistrado
62 Regulamento Processual Penal 2016

FEITO pelo Desembargador dia de janeiro de


2016.

(KENNE BENJAMIN)
T CHEFE DE
JUSTIÇA

APROVADO pelo Procurador-Geral da dia de janeiro de


República______________________________7 2016.

RECUPERAÇÃO
DE SSA)
PROCURADOR-GERAL
Regulamento Processual Penal 2016 63

FEITO pela Comissão de Normas dos Tribunais Inferiores este dia de janeiro de 2016.

"4.TYMom. . Ot
(ANN-MARIE SMITH)
CORREGEDOR CHEFE

MAGISTRADO
SUPERIOR

MAGISTRADO

APROVADO pelo Procurador-Geral da dia de janeiro de 2016.


República

PROCURADOR-GERAL
Impresso em Belize pela Impressora do Governo

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