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DOS PRECEDENTES EM MUNÍCIPIOS VIZINHOS

Várias decisões do Poder Executivo de cidades vizinhas foram unânimes


em reconhecer o direito de isonomia salarial, o efetivo exercício das atribuições
do professor de creche e a valorização na carreira, realizando o
enquadramento/transformação do profissional da educação com a inclusão no
Estatuto do Magistério/ Planos de Carreira, Cargos e Salários, cujo Projeto de
Lei foi encaminhado para apreciação do Poder Legislativo Municipal.

Por certo, objetivando corrigir as distorções havidas e garantir a


adequação salarial, profissional e aplicar a legislação específica às questões
correlatas aos profissionais da educação, em âmbito nacional e em vários
municípios do Estado de São Paulo a transformação/enquadramento se
efetivou, assim ocorrendo nas cidades de São Bernardo do Campo (Lei
4.681/98 - Artigo 75), São Paulo (Lei 13.574/03 - Artigo 2º), Diadema (Lei
Complementar 251/2007- Artigo 1º. e ss.), Osasco (Lei Complementar
168/2008 - Artigo 1º. e ss.), Paulínia (Lei No. 3.168,de 27 de dezembro de
2010 - Artigo 1º. e ss.), Itatiba (Lei No. 4.623, de 23 de dezembro de 2013 –
Artigos 172, 173, 174 , 175 ss.), Universidade de São Paulo (Lei No.
1.202/2013, Artigos 1º. e ss.) entre outros, onde foram incluídas as
educadoras com atuação nas creches no Estatuto do Magistério, com a
consequente transformação/enquadramento do cargo/emprego e a mudança
de nomenclatura para PROFESSOR, o que também esta se realizando em
âmbito nacional, a saber:

Município de São Bernardo do Campo – Lei nº 4.681/1998

Dispõe sobre o Ensino Público Municipal, o


Estatuto do Magistério do Município de São Bernardo do
Campo, Criação do Quadro Técnico Educacional, Planos de
Cargos e Carreiras dos Profissionais da Educação, e dá outras
providencias.

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Art.75 – Ficam transformadas em cargo de Professor de Educação
Básica Infantil, Nível de Referencia M, Anexo 3, Tabela I-QME-PP-I,
Quadro do Magistério Estatutário, Parte Permanente, Cargo de
Carreira, os cargos de Monitor de Creche, referência c=7, C-8, C-9 e
C-10 e os cargos de Monitor, referencia lotados no Departamento de
Educação – SEC-1, Anexo 30, Tabela X-EPR-PP-IV, Quadro de
Pessoal Estatutário, Parte Permanente, Cargos Isolados de
Provimento Efetivo, da lei municipal 2240, de 13 de agosto de 1978,
com suas alterações, cujos ocupantes estejam no efetivo exercício
das atribuições de seu cargo e preencham os requisitos exigidos
para o provimento do cargo de Professor de Educação Básica –
Infantil, na data da publicação desta lei.

Parágrafo único – Aos Monitores de Creche e Monitores que não


possuem os requisitos exigidos, fica assegurada a transformação de
seus cargos nos termos do disposto no caput deste artigo, quando
vierem a obter a habilitação necessária ao provimento do cargo de
Professor de Educação Básica – Infantil, desde que esta seja obtida
até o prazo máximo de 5 (cinco) anos, a contar da data da
publicação desta lei.

Município de São Paulo – Lei nº 13.575/2003

Dispõe sobre a Transformação e Inclusão


no Quadro do Magistério Municipal, do Quadro dos
Profissionais de Educação dos Cargos de Auxiliar de
Desenvolvimento Infantil, Pedagógico e Diretor de Equipamento
Social, e dá outras providências.

Art. 2º – Ficam transformados 4000 (quatro mil) cargos vagos de


Auxiliar de Desenvolvimento Infantil do Quadro dos Profissionais da

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Promoção Social, organizado pela Lei nº 11.633, de 1994, em
Professor de Desenvolvimento Infantil, na conformidade do Anexo I,
desta lei, que passam a integrar o Anexo I – Tabela B. da lei nº
11.434, de 1993.

Parágrafo Único – Os cargos ora transformados passam a integrar a


Classe II, da carreira do Magistério Municipal, do Quadro dos
Profissionais de Educação.

Município de Diadema – Lei nº 251/2007

Cria o cargo de “Professor de


Desenvolvimento Integral” de provimento efetivo e natureza
transitória e dá outras providências.

Art. 1º – Fica criado no quadro de servidores do Poder Executivo do


Município o cargo de “Professor de Desenvolvimento Integral” de
natureza específica e transitória, de provimento exclusivo dos atuais
ocupantes do cargo de Educador Infantil.
(...)

Município de Osasco – Lei nº 168/2008

Art. 78. Os cargos de pajem serão enquadrados, nos termos desta


Lei Complementar, em cargos de Professor de Desenvolvimento
Infantil, respectivamente, na medida em que seus titulares
comprovarem possuir a habilitação exigida e o preenchimento das
exigências específicas para o provimento desses cargos.

Município de Paulínia – Lei nº 3168/2010

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Dispõe sobre a transformação e inclusão
dos cargos/empregos de Educadoras Infantis no quadro do
Magistério Municipal, do quadro dos Profissionais de educação,
e dá Outras Providências.

Art. 1º – Fica autorizada a transformação dos cargos e empregos


de Educadora Infantil do Quadro dos Profissionais da Família
Ocupacional Operacional, organizado pela Lei No. 1.295, de 15 de
maio de 1990e alterações posteriores, em Professor de Educação
Infantil – Creche.

Parágrafo único – Os cargos e empregos transformados passam a


integrar a carreira do Magistério Público da prefeitura Municipal de
Paulínia – Lei 1.296, de 15 de maio de 1990e alterações posteriores,
passando a pertencer ao Quadro dos Profissionais de Educação da
Família Ocupacional Ensino – lei 1.295, de 15 de maio de 1.990.

Município de Itatiba – Lei nº 4623/2013

Estrutura e organiza a educação pública


municipal, institui o Estatuto do Magistério e o Plano de
Carreira e Remuneração para os Profissionais da Educação, e
dá Outras Providências.

Art. 172. Os empregos públicos de Educador de Creche,


existentes no quadro de servidores da Prefeitura do Município de
Itatiba, afetos à Secretaria da Educação, atualmente referência
salarial 109, criados pelas Leis Municipais nºs 3.239/99 e 3.309/00,
cujas atribuições e forma de provimento encontram-se previstas na
Lei Municipal nº 3.244/99, passam a denominar-se Professor de
Desenvolvimento Infantil a partir da homologação da presente Lei,
com referência salarial 113.

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§ 1º. Ficam criados 100 (cem) empregos públicos de Professor de
Desenvolvimento Infantil, com referência salarial 113.
§ 2º. Os novos titulares dos empregos públicos de Professor de
Desenvolvimento Infantil serão enquadrados em nível e faixa salarial
inicial conforme disposto no Anexo II desta Lei.
Art. 173. A Secretaria Municipal de Administração por meio da
Seção de Recursos Humanos, com a colaboração da Secretaria
Municipal de Educação, apostilará os títulos e os enquadramentos e
fará as devidas anotações nos prontuários dos funcionários
abrangidos por esta Lei.
Parágrafo único. Fica estipulado o prazo de 12 (doze) meses a
contar do início do próximo ano letivo para realização dos
enquadramentos do pessoal do Quadro do Magistério, não sendo
este de caráter retroativo.
Art. 174. Os profissionais de educação, ocupantes de cargos de
provimento efetivo, criados, redenominados e reclassificados, ficam
enquadrados no Plano de Carreira e Remuneração do Magistério de
que trata esta Lei.
Art. 175. Os integrantes do Magistério que se encontram em regime
de acumulação de cargo, na data da promulgação desta Lei,
poderão continuar neste regime, desde que não haja
incompatibilidade de horário e considere o intervalo legalmente
estabelecido para descanso e locomoção de uma unidade para
outra.

Universidade de São Paulo – Lei nº 1202/2013

Altera a Lei Complementar nº 1.074, de 11


de dezembro de 2008, que cria empregos na Universidade de
São Paulo-USP, e dá providências correlatas.

Artigo 1º - Fica acrescido à Lei Complementar nº 1.074, de 11 de


dezembro de 2008, o Anexo IV, para criar, no Subquadro de

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Empregos Públicos da Universidade de São Paulo, os empregos
públicos de Professor de Educação Infantil- PROFEI/USP e
Professor de Ensino Fundamental e Ensino Médio - PROFEM/USP.
Artigo 2º - Os empregos a que se refere o artigo lº desta lei
complementar destinam-se ao atendimento:
I - da educação infantil nas Unidades de Educação Infantil;
II - do ensino fundamental e médio na Escola de Aplicação da
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Artigo 3º - Para o ingresso nos empregos públicos criados por esta
lei complementar será exigida a habilitação específica prevista na
Lei federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.
Artigo 4º - Os salários dos empregos constantes do Anexo IV desta
lei complementar, corresponderão ao Grupo Superior, Faixa Inicial 1,
Nível "A", da Escala de Vencimentos aplicável aos servidores
técnicos e administrativos da Universidade de São Paulo - USP.
Artigo 5º - As despesas resultantes da aplicação desta lei
complementar correrão à conta das dotações próprias consignadas
no orçamento da Universidade de São Paulo.
Artigo 6º - Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias
entram em vigor na data de sua publicação.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 1º - Os atuais servidores ocupantes de empregos públicos
pertencentes à categoria profissional de Educador, atualmente
lotados no Quadro de servidores da Escola de Aplicação, em
exercício das funções de magistério, terão a nomenclatura do
emprego alterada para Professor de Ensino Fundamental e Ensino
Médio - PROFEM/USP.
Artigo 2º - Os atuais servidores ocupantes de empregos públicos
pertencentes à categoria profissional de Educador e aqueles
pertencentes à categoria profissional de Técnico de Apoio Educativo,
que sejam portadores da habilitação exigida pela Lei federal nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, em exercício de funções de
magistério, lotados nas Unidades de Educação Infantil da
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Universidade de São Paulo, passarão a integrar a categoria de
Professor de Educação Infantil - PROFEI/USP.

(...)

Mister esclarecer que os procedimentos realizados nos municípios


acima mencionados, ou seja, a criação de Leis que incluíram as educadoras
com atuação em creche e ensino fundamental, com a consequente
transformação/enquadramento do cargo/emprego e a mudança de
nomenclatura para PROFESSOR, bem como a inclusão no Estatuto e Planos
de Carreira do Magistério atenderam todas as exigências, dentre elas a
passagem pela Comissão de Constituição e Justiça, para a apreciação dos
projetos que tramitaram na Assembleia Legislativa, antes de serem votadas e
aprovadas.

Referida Comissão avaliou os aspectos constitucional, legal e


jurídico das proposições. Desta forma, resta claro que as Legislações dos
Municípios em tela atenderam referidos aspectos, caracterizando, assim, ser
legalmente possível o pleito em causa, devendo, pois, ser reconsiderado por
Vossas Senhorias.

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