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Prática:

MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS


OCORRIDAS ENTRE 1895 E 1930 E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DO
PERU

Introdução

Depois de 200 anos depois de alcançar nossa almejada independência de


nosso país, o Peru teve que passar por momentos críticos em nossa experiência,
desde o boom do guano e do salitre, neste período tive que viver todo o boom da era
republicana, especificamente a república aristocrática que desde o início em nosso
país foi vista com Olhos muito tristes, pois isso já começa com o estabelecimento de
hierarquias em nosso país às quais se devia respeito, foi o período de 1895 a 1930,
um período de instabilidade econômica, política e social especialmente pela questão
do desprezo pela classe proletária, A Serra e as exportações no mercado mundial e
suas relações internacionais.

Desenvolvimento

Este ensaio desenvolve o período da República Aristocrática que se inicia de


1895 a 1919, este período começa em plena reconstrução de nosso país pela Guerra
do Pacífico, período caracterizado pelo domínio político de uma oligarquia dedicada à
agroexportação, Mineração e finanças através do Partido Civil. Este período
apresenta os seguintes governos em nosso país:
 Nicolás de Piérola (1895-1899): É criada a libra peruana de ouro e o Estanco
de la Sal. Grande apoio é dado às instituições de crédito e financeiras. A
escola militar de Chorillos é fundada e o serviço militar obrigatório é
estabelecido.
 López de Romaña (1899 – 1903): o investimento americano em mineração foi
estimulado com a Pasco Minning Company. Foram promulgados os códigos de
mineração, comércio e água. Iniciou-se a construção da ferrovia La Oroya –
Cerro de Pasco e romperam-se as relações diplomáticas com o Chile.
 Manuel Cándamo (1903 – 1904): Governo eleito pelo partido civil. Propõe um
grande projeto de construção ferroviária. Não terminou o mandato presidencial.
 José Pardo y Barreda (1904 – 1908): A grande mobilização social dos
trabalhadores se dá com a federação de padeiros "Estrella del Perú". Escolas
noturnas são criadas e a ferrovia La Oroya – Huancayo é construída. A cripta
dos heróis é construída.
 Primeiro governo de Augusto B. Leguía (1908 – 1912): Enfrentou os pierolistas
do Partido Democrático para chegar ao poder. Promovo a colonização da
selva. Foi promulgada a primeira lei sobre Acidentes de Trabalho. Problemas
fronteiriços ocorreram em todas as fronteiras (Bolívia, Equador, Brasil, Chile e
Colômbia).
 William Billinghurst (1912 – 1914): 8 horas de jornada de trabalho foram
alcançadas, o direito de greve foi regulamentado. Diante da onda de greves, os
civis optaram pelo golpe militar com Oscar Benavides (1914 – 1915).
 Segundo governo de José Pardo y Barreda (1915-1919): rompeu relações com
a Alemanha no marco da Primeira Guerra Mundial.Houve a revolta camponesa
de Rumi Maqui. Houve arbitragem internacional no caso de La Brea e Pariñas.
As exportações subiram. O trabalho de oito horas foi estabelecido em todo o
país. Cáceres apoiou o golpe de Estado de Leguía.

Em nosso país no plano econômico implicava o esgotamento do guano e do


salitre e o retorno da mineração, nesse setor regia o sistema de "enganche" que
consistia na contratação de mão de obra indígena por salários insuficientes e muitas
vezes compulsivamente, com um sistema de "endividamento" em que a qualidade de
devedor permanente os sujeitava a uma relação coercitiva com o empregador. Depois,
surgiram outras produções agrícolas como: açúcar, algodão e lã, sendo a exportação
de matérias-primas a principal atividade econômica naquela conjuntura. Mas tudo isso
contribuiu para a reconstrução do nosso país, ou seja, de um Estado-nação.

A oligarquia era em seu contexto uma classe dominante desde que esta era da
república aristocrática foi desencadeada devido às cinzas que foram acesas a partir da
fase colonial, esses resíduos ainda permaneceram nas relações da classe política
dominante, uma vez que não só representava os interesses desse setor nacional e
estrangeiro modernizante, mas também o setor de latifundiários que baseava seu
poder econômico-social e político em relações feudais predominantes, adotando uma
falsa posição aristocrática. Havia duas classes dominantes os civilistas e os
democratas, essa oligarquia era conhecida como a oligarquia democrática
representada por Nicolás de Piérola que permitiu a estabilidade política para os anos
de 1895 a 1899, e então Piérola transferiu o poder para os civilistas até 1919. Nesses
tempos reinava a democracia, logo após a república, após os golpes de Estado que
ocorriam nos governos ressevos.

A mentalidade oligárquica foi concebida no plano político, o período que se


inicia em 1895 tem duas etapas: a primeira que vai de 1895 a 1919 é dominada por
governos aristocráticos, agrupados em torno do "partido civil" formado por famílias
liminares que gozavam de poder econômico e prestígio social 4. Esse primeiro período
foi a era de ouro do principal modelo oligárquico exportador. E o segundo período
começa com o surgimento da classe média formada por funcionários do Estado, civis
das forças armadas, comerciantes e profissionais. Mas foi justamente no décimo
primeiro ano da Leguía que a democracia se abriu nas classes médias, reconhecendo
direitos às comunidades indígenas, o que foi muito bom para um início ideal de
democracia.

Como bem sabemos, a República aristocrática só dedicou seu tempo às elites


de classe alta, deixando de lado a classe proletária que tinha muitas demandas por
seu desenvolvimento social, econômico e direitos. É como se hoje o governo só
evocasse sua participação para a classe alta e o povo estivesse em outro plano sem
importância ou interesse, por isso as reivindicações são apenas através das greves e
por isso desde então reivindicamos apenas o que nos pertence por direito.

Conclusão

 Deve-se ter em mente que o Peru passou por quatro momentos econômicos
muito influenciados pela situação econômica internacional, tanto nas fases de
crescimento quanto de recessão que durou em média 50 anos, aliado ao
problema do protecionismo contra o livre comércio.
 As crises globais marcaram marcos para todos os momentos econômicos do
Peru e se tornaram profundos conflitos sociais. Guerra Civil entre Cáceres e
Piérola. O histórico Crack de 29 terminou com o boom do açúcar e do algodão
e também teve um impacto social muito duro, gerando como resposta a
perseguição política de comunistas e apristas pela União Revolucionária
liderada por Sánchez Cerro.

Bibliografia

Bello Arellano, Daniel. Venezuela 2014. Instituições e capitalismo periférico: o


Peru da "República Aristocrática" (1895-1919) sob os prismas de
North e Prebisch.
Reyes Flores, Alejandro. Pesquisa Social 2002. Finanças no Peru: 1895-1914.
Durand Guevara, Anahí. México 2014. Movimentos sociais e política no Peru
hoje.
Cosamalon, Jesus. IEP 2020. Volume 4. O Compêndio de História Econômica do
Peru.
Hernan zeolla, Nicolaz. Economia Política e Estudos do Sistema Mundial

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