Você está na página 1de 16

Escola Superior de Governação

Curso de Licenciatura em Administração Pública


Cadeira de PGE
3° Ano Laboral
Tema: LIDERANÇA ESTRATÉGICA

Estudantes: Docente:
Alda Paulo
Eva Maria Pascoal
Martins Ricardo Canze
Natercia Rosa Abel Pelembe
Yassina Ismael

Maputo, Abril de 2023


2

INDICE
1. LIDERANÇA ...................................................................................................................... 4
1.1. Importância da liderança nas organizações ...................................................................... 4
1.2. ESTILOS DE LIDERANÇA ........................................................................................... 4
1.2.1. Teorias de Estilos de Lideranca .................................................................................... 5
1.2.1.1. Teoria X .................................................................................................................... 5
1.2.1.2. Teoria Y .................................................................................................................... 6
2. ESTRATÉGICA .................................................................................................................. 6
2.1. Processos de formulação e implementação da estratégia. ................................................ 8
3. Relação entre Liderança-Estratégia ..................................................................................... 8
4. LIDERANÇA ESTRATÉGICA .......................................................................................... 9
4.1. ASPECTO MAIS IMPORTANTE DA LIDERANÇA ESTRATÉGICA. ...................... 9
4.2. Aspectos fundamentais para a liderança estratégica ...................................................... 10
4.3. Diferença entre liderança tradicional e liderança estratégica ......................................... 11
4.4. Vantagens da liderança estratégica na gestão de equipes .............................................. 12
4.5. Passos para aplicar a liderança estratégica ..................................................................... 13
Conclusão.................................................................................................................................. 15
Bibliografia ............................................................................................................................... 16

2
3

Introdução
O que é ao certo uma organização? Edgar Schein (2010) define organização como sendo “a
coordenação racional de actividades de um certo número de pessoas, tendo em vista a realização
de um objectivo ou intenção explícita e comum, através de um divisão do trabalho e funções, de
uma hierarquia de autoridade e de responsabilidade”.
Podemos então reconhecer que uma organização existe como forma de alcançar objectivos que
individualmente seriam impossíveis. Para tal, a fim de se conseguircontemplar as metas
predeterminadas pela organização, uma posição de liderança revela-se imprescindível para que os
seus colaboradores se encontrem correctamente direccionados nas suas tarefas.
Uma boa liderança tem um profundo impacto sobre as organizações, governos, sociedades, e as
actividades do dia-a-dia, porque é a liderança que permite às organizações atingir os seus
objectivos. É expectado dos excelentes gestores terem um nível razoavelmente alto de habilidades
de liderança, cujas características se revelam necessárias para empresas bem sucedidas (Bennis &
Nanus, 1985).

3
4

1. LIDERANÇA

O termo “liderança” tem significados diferentes para diferentes pessoas, isto porque não há uma
definição precisa sobre o tema (Yukl, 2002). Almeida (2013) confirma este facto, referindo que
não existe nenhuma definição precisa sobre o tema, muito devido à sua complexidade que nunca
foi consensual entre os investigadores, pois o assunto é vasto, complexo e está interligado com
todas as áreas de uma organização e, portanto, também ele é um tema delicado de se abordar.
Apesar disso, a maioria das definições de liderança reflectem alguns elementos básicos, incluindo
“influência”, “o grupo”, e “metas/objectivos” (Bryman, 1991). Numa perspectiva organizacional.
Schermerhorn (1999) acredita que liderar é um processo usado para motivar e influenciar outros
para aumentar a produtividade a fim de satisfazer os objectivos da organização, já Hersey et al.
(2001) defende que a liderança influencia o comportamento individual em função de objectivos
pessoais e organizacionais.

1.1. Importância da liderança nas organizações

A liderança possui atributos importantes para as organizações. Empresas bem sucedidas devem parte
do sucesso à liderança e conseqüentemente aos seus líderes pois, eles são fatores indispensáveis para
o desenvolvimento e comprometimento dos colaboradores.
A liderança é essencial para o ciclo de vida da empresa como também para o seu crescimento, pois traz
um enorme diferencial na relação com os colaboradores.
A liderança existe para resolver conflitos, de acordo com Chiavenato (2005, p. 184) “Ela ocorre em
uma dada estrutura social decorrente da distribuição de autoridade de tomar decisões.” Sendo assim, a
liderança pode constituir um determinado grupo, para aumentar a satisfação das necessidades ou evitar
sua diminuição.
1.2. ESTILOS DE LIDERANÇA

Hoje existem vários estilos de liderança, como: autocrático, democrático, permissivo ou liberal,
carismático, situacional, participativo.
❖ Autocrático – É um autoritário como o próprio nome já diz, o líder com este estilo determina
tarefas aos seus liderados, toma decisões sozinho, não leva em consideração a opinião do
grupo, enfim é um líder dominador e ditatorial

4
5

❖ Permissivo ou Liberal – Nesse caso o líder deixa todas as decisões para serem tomadas pelo
grupo, onde na verdade pouco participa. Isso indica que há pouco controle do líder em relação
ao grupo. Esse estilo estimula certo grau de individualismo, proporcionando a fragmentação, e
fortalecendo a indecisão.
❖ Democrático - É o líder que valoriza seu liderado, onde todas as decisões são tomadas pelo
grupo, pois seu objetivo é manter ativa a participação do mesmo, é um líder centralizador que
cria um vínculo de segurança e confiança.
❖ Carismático – O líder carismático busca sempre oportunidades, e tem uma visão estratégica
para motivar e mudar as imperfeições detectadas no grupo. Ele foca o emocional das pessoas,
com isso inspira os colaboradores, estimula o sentimento do grupo, que desenvolve uma
relação de amizade, fazendo do ambiente de trabalho um lugar harmônico. O líder carismático
passa um elevado grau de confiança ao seu grupo.
❖ Situacional – A liderança situacional é voltada para situações diferentes, ela é adequada
conforme a tarefa proposta. Hersey e Blanchard (1986) desenvolveram um conceito de
liderança situacional onde há duas variáveis, o comportamento do líder e a maturidade de seus
subordinados.
❖ Participativo – está diretamente focado em preparar e desenvolver as pessoas, estimulando e
fazendo o trabalho em equipe de forma dinâmica, não se prendendo a teorias formais. Esse tipo
de líder tem um grande poder de persuasão perante seus liderados, pois visa o seu desempenho
através de plano de trabalho, metas, decisões, planejamento e execução, priorizando o esforço
e comprometimento de cada um.
1.2.1. Teorias de Estilos de Lideranca

McGregor (apud Hersey e Blanchard, 1986) afirma que o ambiente de trabalho harmônico é um
fator de motivação para os colaboradores, sendo assim apresenta a Teoria X e Y que analisa o
comportamento humano.
1.2.1.1. Teoria X

(...)supõe que a maioria das pessoas prefere ser dirigida, não está
interessada em assumir responsabilidades e deseja, acima de tudo,
segurança. Essa filosofia é acompanhada pela crença de que as
pessoas são motivadas pelo dinheiro, pelos benefícios marginais e
pela ameaça de punição. McGregor (idem, 1986 p. 60)

5
6

Segundo a Teoria X que apresenta uma visão negativa do comportamento humano, os


colaboradores, no contexto organizacional não querem assumir responsabilidades e ao mesmo
tempo exigem segurança, eles trabalham motivados através de recompensas. Esse conceito na
maioria das vezes é verídico, pois empresas de vários ramos propõem benefícios aos colaboradores
de acordo com as metas alcançadas por cada um.
McGregor concluiu que as hipóteses da Teoria X sobre a natureza humana, quando universalmente
aplicadas, são muitas vezes inexatas, e que os métodos administrativos baseados nessas idéias
podem ser incapazes de motivar as pessoas a trabalhar de acordo com os objetivos da empresa.
(Hersey e Blanchard, 1986 p. 61)
1.2.1.2. Teoria Y

Diante disso McGregor, desenvolveu a Teoria Y, que visa um colaborador maduro e responsável.
De acordo com a teoia Y,
Postula que os indivíduos podem basicamente autodirigir-se e ser criativos
no trabalho, se forem adequadamente motivados. Por isso uma função
essencial dos administradores é a de desencadear esse potencial nas
pessoas. Uma pessoa corretamente motivada pode atingir melhor os seus
próprios objetivos esforços para a realização dos objetivos da empresa.
(Hersey e Blanchard, 1986 p. 61)
Essa teoria acredita e confia na capacidade existente dentro de cada colaborador, como tomar decisões
inovadoras, não sendo um privilégio exclusivo daqueles que ocupam uma posição hierárquica mais
alta. Os colaboradores têm mais responsabilidade, e encaram o trabalho de uma forma natural, mas não
podemos deixar de ressaltar que para uma motivação adequada é necessário a figura inusitada de um
líder, pois esse é um dos principais papéis dentro da organização.

2. ESTRATÉGICA

De acordo com Freire (1997) e Robalo Santos (2008), a palavra estratégia deriva do termo grego
“strategos”, que combina “stratos” (exército) com “-ag” (liderar). Assim, “strategos” significa
literalmente «a função do general do exército». Em virtude das suas raízes militares, a estratégia é
geralmente definida como a disposição das tropas com vista a alcançar a vitória sobre o inimigo.
A estratégia concebida pelo general traduz-se depois num plano de campanha que determina as
acções ofensivas e defensivas a levar a cabo.

6
7

Na visão de Chaveanato (2004-204), estratégia é a mobilização de todos os recursos da


organização em âmbito global, visando atingir objetivos globais a longo prazo. Uma estratégia
definir um conjunto de táticas.
Segunda Oliveira (2007, citado por Andreuzza, 2008:08) estratégia é um processo administrativo
para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização, visando ao optimizado grau
de factores externos , não controláveis, e atuando de forma inovadora e diferenciada.
Mintzberg (1987) e Mintzberg et al. (2005) defendem o reconhecimento
explícito das múltiplas definições que a mesma compreende, sem a
necessidade de uma “definição única/definição correcta”.
Se formos a perecber, nao existe uma definicao correcta nesse ramo do saber, no entanto, diferentes
autores tratam o termo estrategia de formas semelhantes tendo em conta os elementos em comum
(os caminhos para alcance dos objectivos).
É neste sentido que Mintzberg (1987) propõe cinco dimensões de definições formais de estratégia,
que por si, se centram nas ideias de plano, estratagema, padrão, posição e perspectiva (os cinco
P’s da estratégia: plan, play, pattern, position & perspective).
• A estratégia assumida como um plano - traduzir-se-á numa actuação
conscientemente pretendida, numa ou múltiplas linhas de orientação para encarar
uma dada situação. De acordo com essa definição, as estratégias deverão reunir
duas características essenciais: são formuladas antes das acções a que se aplicam e
são desenvolvidas consciente e deliberadamente.
Nesta acepção se poderá enquadrar o conceito de estratégia de Peter Drucker (2001)
como acção finalizada ou ainda o de Glueck & Jauch (1980) como plano global,
unificado e integrado capaz de assegurar a consecução dos objectivos da empresa.
Essencialmente, a óptica que prevalece é sempre a da concepção precedendo a
acção.
• Plano orientado para a acção - Trata-se de um padrão num fluxo de acções de
acordo com Mintzberg (1987).
• Como padrão - Por conseguinte, as definições de estratégia como um plano ou
como padrão podem serdistintas e independentes entre elas. Na realidade, os planos
podem não chegar a materializar-se enquanto os padrões podem surgir sem
qualquer plano pré-concebido.

7
8

• A estratégia poderá ainda ser assumida como uma posição - um meio para
identificar onde a organização se localiza. A estratégia torna-se assim na força
mediadora, ou na “articulação”, segundo Hofer & Schendel (1978), entre a
organização e o seu meio envolvente, isto é, entre o seu contexto interno e externo.
• Poderá também ser ainda entendido estratégia como uma perspectiva - na medida
em que o seu conteúdo não consiste apenas num posicionamento escolhido, mas
numa maneira enraizada de apreender o meio envolvente, explorando mercados,
políticas, influências e eficiências económicas ou produtivas.
2.1. Processos de formulação e implementação da estratégia.

Estes dois processos, se bem que distintos, estão intimamente associados como processos
interactivos complexos nos quais a política, os valores, a cultura organizacional e os estilos de
gestão determinam ou condicionam as decisões estratégicas, podendo também variar consoante a
conjugação de factores internos e externos.
Consiste em desenhar, em torno da visão da organização, fazendo com que ela se traduza em
objectivos concretos e correlacionados que servirão de base ao desenvolvimento do sistema de
medição e respectiva monitorização estratégica. Por outro lado, o processo de planeamento e
implementação estabelece metas que, ao longo das diversas perspectivas e temas estratégicos
permitem atingir a visão da empresa, garantindo que os recursos sejam disponíveis em função do
contributo destes para o cumprimento dos objectivos estratégicos da empresa.
Ainda assim, é possível considerar três linhas básicas na abordagem à formação de estratégia: a
formação de estratégia como um processo racional e formal, como um processo negociado, ou
ainda, como um processo global ou de construção permanente.

3. Relação entre Liderança-Estratégia

Desde a abordagem clássica da gestão, com o estudo de teorias clássicas defendida por Henri
Fayol, da gestão como administração de Frederick Taylor, à teoria da burocracia de Max Weber e
finalmente a teoria neoclássica de Peter Druker, podemos verificar uma nítida evolução da
abordagem humanística da gestão. Como tal, é notória a ligação entre a gestão e a liderança,
nomeadamente no que diz respeito os estilos de liderança e a influência dos mesmos no ambiente
organizacional.

8
9

A liderança é um aspecto de particular relevância, visto que a capacidade de liderança e o


envolvimento dos líderes no processo de gestão estratégica são factores determinantes do sucesso
das empresas, uma vez que influencia outros pontos vitais como a motivação dos recursos
humanos, a sua flexibilidade e produtividade. Este é um aspecto definitivamente importante para
se perceber que o estilo de liderança é uma variável fundamental ao nível da execução dos planos
estratégicos das organizações (Varela & Dias, 2015).

4. LIDERANÇA ESTRATÉGICA

A liderança estratégica consiste em alinhar a atuação de uma equipe ao planejamento de uma


empresa, desde a seleção de talentos até sua rotina diária, considerando os valores e objetivos da
organização para estimular a autonomia e o engajamento dos membros do time. Nesse modelo, o
líder não fica limitado a delegar tarefas e avaliar o desempenho, ele também deve consolidar uma
cultura organizacional para que seus comandados conheçam o passo a passo da operação e tenham
liberdade para usar suas habilidades para alcançar melhores resultados. Daí a importância de
começar a liderança estratégica desde os primeiros momentos do desenvolvimento de equipes.
Dessa forma, é possível encontrar funcionários com o perfil ideal para atender as necessidades da
empresa com máximo engajamento e desempenho. Vale destacar ainda que esse estilo de liderança
também busca estimular os colaboradores e fornecer recursos para o crescimento individual,
aumentando a confiança e identificação entre as partes. Indiretamente, esses fatores resultam em
melhor alinhamento entre os valores do seu negócio e aqueles defendidos pelos funcionários, que
representam sua empresa no atendimento ao cliente e podem, a partir disso, entregar uma
experiência mais empática e positiva.

4.1. ASPECTO MAIS IMPORTANTE DA LIDERANÇA ESTRATÉGICA.

Influenciar funcionários a tomar, voluntariamente, decisões que ajudem a organização é


o aspecto mais importante da liderança estratégica. Segundo Tichy e Cohen (1997, p. 106): Quando
nao se pode controlar, dar ordens ou monitorar, a única coisa que nos resta é confiar. Isso significa
que os líderes precisam ter certeza de que as pessoas em quem estão confiando têm valores para
tomar as decisões e atitudes que eles querem.”

9
10

4.2. Aspectos fundamentais para a liderança estratégica

De modo geral, temos cinco características principais para conhecermos. São elas:
1. Definição de prioridades
A rotina de uma equipe deve focar no atendimento das demandas da empresa, isso qualquer líder
pode conseguir ao distribuir e acompanhar a execução de tarefas pelos seus comandados. Porém,
o líder estratégico vai além, observando a lista de atividades e definindo quais são mais importantes
ou urgentes. Ao estabelecer uma ordem de prioridade, é possível aumentar o valor obtido pela
equipe em um dia de trabalho. Além de concluir um certo número de tarefas, ela pode ter maior
impacto nos resultados gerais da organização.
2. Conhecimento do planejamento estratégico
É claro que não dá para alinhar operação interna e estratégia da empresa sem conhecer o
planejamento, portanto, essa é uma característica fundamental da liderança estratégica. Isso
envolve estar por dentro das metas de curto, médio e longo prazo, mas também exige conhecer os
valores e missão da empresa, para que o perfil da equipe seja montado de acordo com essa visão.
Na prática, esse cuidado melhora a identificação e pode estabelecer um padrão de qualidade mais
uniforme para toda a organização.
3. Desenvolvimento coletivo e individual
A liderança estratégica deve conhecer profundamente as habilidades dos membros da sua equipe,
selecionando colaboradores com talentos alinhados às principais necessidades de uma empresa,
para que seja possível melhorar o aproveitamento dos recursos humanos do negócio. Além disso,
tem como característica estimular o desenvolvimento das equipes e de cada funcionário, com
treinamentos, especializações e outras técnicas, para aumentar a capacidade de atender as
demandas com cada vez mais qualidade e eficiência. Importante lembrar que essa prática também
ajuda na fidelização dos colaboradores, o que é capaz de otimizar o desempenho e melhorar o
aproveitamento dos investimentos realizados na formação de equipes e profissionais.
4. Autonomia e engajamento
Na liderança estratégica, todos os membros da equipe são incentivados a participar dos processos
de tomadas de decisões e conhecerem os objetivos gerais da organização. Dessa forma, eles se
sentem mais valorizados e identificados com um negócio, melhorando o engajamento nas tarefas
diárias. Ao mesmo tempo, como o líder na definição de prioridades e alinhamento estratégico, eles

10
11

podem atuar com maior autonomia na rotina, sem precisarem constantemente consultar o gestor
para obter orientações a respeito das tarefas. Dessa forma, é possível aumentar a agilidade no
atendimento das demandas da equipe, sem perder a qualidade do produto final. Também é
relevante apontar que uma equipe mais independente reduz as distrações e interrupções na rotina
da liderança, permitindo foco total na gestão da equipe, acompanhamento dos indicadores de
performance e visão estratégica.

5. Ferramentas tecnológicas
Por ser uma abordagem mais moderna, focada em inteligência, a liderança estratégica tem como
um de seus pilares o uso de ferramentas e tecnologias para execução das tarefas diárias e
acompanhamento de resultados. Nesse ponto, é relevante incluir o uso de softwares de CRM para
centralizar a atuação de diferentes equipes e profissionais, facilitando a gestão estratégica de uma
operação.
4.3. Diferença entre liderança tradicional e liderança estratégica

Uma boa forma de entender o que é a liderança estratégica e o que pode ser alcançado ao adotar
esse modelo de gestão de equipes, é comparando ele com uma abordagem mais tradicional.
A liderança estratégica coloca os seguintes valores em prática:
• Conhecimento profundo das estratégias da empresa;
• Promoção de uma cultura focada no planejamento estratégico;
• Definição de prioridades;
• Aproveitamento de habilidades individuais;
• Incentivo a autonomia e independência;
• Estímulo ao engajamento dos colaboradores;
• Participação da equipe nas decisões internas da gestão;
• Estímulo a colaboratividade;
• Apoio de ferramentas e tecnologias para gerar melhores resultados;
• Alinhamento entre valores empresariais e individuais.
Em contrapartida, uma liderança tradicional costuma ser executada por um perfil de líder
autocrático, que centraliza as decisões em sua mão e faz a gestão da equipe de maneira

11
12

conservadora, limitando a entrada de ferramentas para inovar a operação e auxiliar o time a fazer
um bom trabalho.
A tendência é que esse modelo evite que os colaboradores atuem de maneira independente,
gerenciando o que será feito e como cada tarefa deve ser executada, o que pode gerar resultados
mais previsíveis, mas limitam o engajamento individual e reduzem o alcance máximo da equipe.
Também podemos observar a diferença entre liderança estratégica e tradicional por meio do fluxo
de informações dentro da equipe. Enquanto líderes mais conservadores se comunicam de cima
para baixo, do ponto A ao B, um líder estratégico trabalha em ciclos, pois ele conta com seus
comandados para tomar decisões e constantemente obtém seu feedback para melhorar a rotina
interna.
4.4. Vantagens da liderança estratégica na gestão de equipes

Tudo isso seria facilmente descartado se a liderança estratégica não fosse capaz de gerar benefícios
incontestáveis na formação e desenvolvimento de equipes de alta performance. Por isso, antes de
explicar como se tornar um líder estratégico, vamos listar as vantagens dessa abordagem.
a) Decisões consolidadas
Um ponto-chave da liderança estratégica está no conhecimento do plano de ações e objetivos da
empresa, considerando suas informações para tomar decisões e gerenciar a equipe. Como
resultado, o processo de tomada de decisões se torna mais assertivo e embasado.Toda ação é
consolidada com uma justificativa clara, ajudando os colaboradores a enxergarem o propósito de
cada ação, melhorando o comprometimento com a qualidade do resultado.

b) Ambiente mais confortável e amigável


Diminuindo a rigidez com que as tarefas são passadas para a equipe, o líder estratégico pode tornar
o ambiente de trabalho mais amigável e confortável, mantendo o foco do time no atendimento da
demanda, sem gerar tensão e pressionar os colaboradores sem necessidade. Eles sabem o que,
como e por que algo precisa ser feito, sem que o gestor precise ficar em cima, melhorando a
qualidade do ambiente interno.

c) Maior agilidade e eficiência na operação


Com o ganho de autonomia e produtividade, uma equipe tende a ser mais ágil e eficiente.

12
13

Enquanto os colaboradores focam no atendimento da demanda e aplicação das suas habilidades


para alcançar os melhores resultados, o líder do time se concentra em definir as prioridades,
fornecer orientação e acompanhar o desempenho.
Dessa forma, temos um melhor aproveitamento das capacidades de cada um, ao mesmo tempo que
reduzimos as distrações ao longo da rotina, estimulando a produtividade de uma equipe.

d) Desenvolvimento de cultura organizacional otimizada


Essas medidas servem para formar e divulgar uma cultura organizacional otimizada dentro da
empresa, fazendo com que os funcionários entendam os valores que ela defende e sejam mais
comprometidos com essa visão de mercado. Assim, eles se tornam melhores representantes de um
negócio, seja para lidar com fornecedores quanto o cliente final, o que pode melhorar a experiência
de consumo oferecida ao estimular a transparência e atenção aos detalhes. Também devemos
destacar que a criação de uma cultura pautada pela liderança estratégica pode facilitar a adoção de
novas tecnologias e práticas para um negócio, seguindo um processo já conhecido para
implementar novidades e gerar resultados positivos em menos tempo.

e) Maior fidelização de funcionários


Tudo isso ajuda a fidelizar e engajar seus funcionários, fazendo valer a pena todo investimento
realizado para seleção, treinamento, capacitação e desenvolvimento dos melhores talentos
disponíveis no mercado.

4.5. Passos para aplicar a liderança estratégica

O mais importante é saber quais são os aspectos fundamentais para a liderança estratégica e
entender a hora certa de praticar cada um deles.
Passo 1. Conheça sua estratégia e suas metas
Entenda quais são as responsabilidades da sua equipe, conhecendo profundamente o planejamento
estratégico na empresa e quais são as metas estabelecidas para que o negócio seja considerado um
sucesso.

13
14

Passo 2. Defina como sua equipe pode contribuir ao crescimento da empresa


A partir desse conhecimento, trace um paralelo com o seu setor e veja o que sua equipe precisa
fazer para ajudar a empresa a conquistar suas metas. O ideal é criar objetivos internos alinhados
com as expectativas gerais da organização, sendo realista e desafiador ao mesmo tempo.
Passo 3. Promova uma atuação integrada e colaborativa
A integração de equipes de diferentes responsabilidades é uma boa forma de obter resultados mais
assertivos para uma organização.
O alinhamento promovido pela gestão estratégica tem foco nas metas gerais de um negócio, por
isso, a atuação de um setor deve ser integrado às demais equipes internas, estimulando a
colaboratividade e gerando um foco único para todos.
Passo 4. Invista em capacitação
Depois, é hora de capacitar sua equipe para fazer sua parte e conquistar os objetivos traçados.
Então, selecione os melhores talentos para atender sua demanda e invista em treinamentos para
que eles entreguem uma alta performance na rotina diária.
Passo 5. Acompanhe os resultados
Fique de olho nos resultados obtidos para garantir que eles estão alinhados às metas internas e
gerais. Também vale a pena usar os indicadores de desempenho para gerar insights, identificar
falhas e oportunidades de melhorias na atuação da equipe.
Passo 6. Tenha a tecnologia como sua aliada
Manter a liderança estratégica pode ser desafiador quando não temos as ferramentas certas à
disposição. Para remediar esse problema, a tecnologia é sua maior aliada, fornecendo soluções
inteligentes por meio das plataformas de gestão.

14
15

Conclusão.
A liderança estratégica é tão fundamental dentro de qualquer negócio que até mesmo pequenos
empreendimentos podem ser influenciados pela liderança estratégica. Em última análise, o fruto
será bom ou ruim, independentemente do que foi feito. Por isso, investir no engajamento da equipe,
focando em cada colaborador individualmente quando necessário, é importante para o bem-estar
da instituição, formando uma estrutura sólida para a construção desse modelo de liderança.

15
16

Bibliografia

• TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São


Paulo, Atlas, 1987. 175p.
• ARRUDA, Nirlene Aparecida; Vasconcellos, Roberto Roma. Planejamento
Estratégico: O Balanced Scorecard na Indústria do Setor Siderúrgico. VII
Congresso Nacional de Gestão em ExceLência, 2011.
• VICENTE, A. Q. Liderança: da teoria clássica à gestão democrática. 34 f. Monografia (Especialização em
Gestão de RH) – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro, 2005.

• ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. Rio de Janeiro: JC, 1999.


• KOONTZ, H. Administração Recursos Humanos: desenvolvimento de administradores.
São Paulo: Pioneira, 1986.

16

Você também pode gostar