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Universidade Federal do Acre

Centro de Ciências da Saúde e do Desporto

Curso Bacharelado em Nutrição

Disciplina de Dietoterapia I

PORTFÓLIO
DE
DIETOTERAPIA
Orientadora: Profa. Me. Danila Torres

Discente: Anderson Augustinho de Araújo

Rio Branco – Acre, 2023

Dietoterapia I
Dietoterapia I
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SAÚDE BUCAL
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Dietoterapia I
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CÁRIE DENTAL

INTRODUÇÃO

A cárie dental é considerada uma das doenças infecciosas mais comuns,


superando até mesmo a asma. Sua prevalência é maior no público infantil,
sendo que as tendências do desenvolvimento da cárie são maiores em crianças
de lares onde a renda é considerada baixa, podendo ser resultado da falta de
acesso à informação, falta de acesso aos cuidados e o custo dos cuidados.
https://clinicaodontologicabh.com/blog/carieria/ (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1147).

FISIOPATOLOGIA

A cárie dental é uma doença infecciosa oral na qual o ácido produzido pelo metabolismo bacteriano
de carboidratos fermentáveis leva à invasão bacteriana, causando a desmineralização do esmalte e
destruição da estrutura dental (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1148).
ETIOLOGIA

Diversos fatores são necessários para o surgimento da cárie, sendo os principais: um hospedeiro ou
superfície dental suscetível; microrganismos tais como Streptococcus ou Lactobacillus na placa
dentária ou na cavidade oral; carboidratos fermentáveis na dieta, que servem de substrato para as
bactérias; e tempo (duração) na boca para as bactérias metabolizarem os carboidratos fermentáveis,
produzirem ácidos e causar uma queda no pH salivar para menos de 5,5. Com o pH salivar ácido, as
bactérias orais podem iniciar o processo de desmineralização. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e
RAYMOND, 2016, p. 1149-1152).
SINTOMATOLOGIA

• Dor de dente;
• Dor ao mastigar;
• Sensibilidade ao ingerir alimentos;
• Bebidas quentes, frias ou doces;
• Manchas marrom ou brancas na superfície do dente;
• Gengiva inchada e dolorida; (HENNESSY, p. 1-3, 2022).
DIAGNÓSTICO

A avaliação clínica de rotina identifica cáries em seu período inicial, onde uma intervenção mínima
evita sua progressão. (HENNESSY, p. 3-4, 2022).
TRATAMENTO MÉDICO

O tratamento primário das cáries que envolveram a dentina é a sua remoção por meio de
bloqueamento, seguido de preenchimento do defeito resultante. Cáries incipientes (restritas ao

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esmalte) devem ser remineralizadas por meio de cuidados pessoais (escovação e uso de fio dental),
limpezas, prescrição de pastas de dentes com alto teor de flúor e múltiplas aplicações de flúor no
consultório odontológico. (HENNESSY, p. 5-7, 2022).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

Suprir as necessidades nutricionais para o bom desenvolvimento dos dentes; Auxiliar na nutrição
adequada para uma boa saúde bucal e na prevenção do surgimento de cáries. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1152).
TERAPIA NUTRICIONAL

Deve-se dar prioridade a ingestão de alimentos não cariogênicos, evitar alimentos industrializados,
ou seja, refrigerantes, frutas em calda, conservas e alimentos adoçados com sacarose e xaropes,
dando foco a uma dieta balanceada a fim de elevar o pH salivar para mais ou menos de 5,5. É
recomendada uma dieta cariostática, que consiste em alimentos ricos em proteínas, vegetais e
hortaliças, gomas sem açúcar e alimentos que contenham gordura poliinsaturada. Por se tratar de
algo a longo prazo, é essencial que seja feita uma boa higiene bucal, com pasta rica em flúor e a
utilização de fio dental após as refeições. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p.
1150).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Práticas de higiene oral adequada;


• Dieta balanceada com modificações das fontes e quantidades de CHO fermentáveis;
• Aumento no consumo de água;
• Evitar refrigerantes e bebidas com alto grau de acidez. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e
RAYMOND, 2016, p. 1152-1153).
REFERÊNCIAS

• HENNESSY, Bernard J. MANUAL MSD: Versão Saúde para a Família. [S. l.: s. n.], 2022. cap.
DISTÚRBIOS DA BOCA E DOS DENTES. Acesso em: 20/06/2023.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 20/06/2023.

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CÁRIE DE MAMADEIRA

INTRODUÇÃO

A cárie de acometimento precoce (CAP), chamada anteriormente de cárie de


mamadeira ou de amamentação, afeta bebês do mundo inteiro devido a longos
períodos de mamadeira com líquidos açucarados (NEVES, 2010 apud PIEDADE p.
12. 2014). É um tipo de desnutrição dental associada ao íntimo contato de
líquidos açucarados fermentáveis com os dentes de leite durante o dia ou à
noite. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1159).
https://www.drpaulocoelho.com.br

FISIOPATOLOGIA

O tempo de contato exagerado com bebidas que contêm carboidratos fermentáveis, juntamente com
a posição da língua contra o mamilo, o que causa o acúmulo de líquido em torno dos incisivos
superiores, especialmente durante o sono, contribui para o processo da cárie. Ocorrem após o uso
prolongado de mamadeira, sucos, leite, fórmulas ou outras bebidas adocicadas. (MOREIRA, p. 4-5.
2011).
ETIOLOGIA

A doença cárie tem etiologia multifatorial. Desenvolve-se a partir da presença do biofilme dental,
que é o responsável por mediar a desmineralização dos tecidos dentários denominados como esmalte
e dentina. Para sua ocorrência, há a necessidade da interação de três fatores: microorganismos
cariogênicos (Streptococcus mutans), substrato fermentável (como a sacarose) e um hospedeiro
vulnerável e tempo. (MOREIRA, p. 25 2011).
SINTOMATOLOGIA

• Cavitações;
• Dor nos dentes intensa;
• Deficiência na fala e na mastigação;
• Fraturas nas coroas dos dentes;
• Manchas brancas;
• Mau hálito;
• Inchaço;
• Irritabilidade; (MOREIRA, p. 26-27 2011).
DIAGNÓSTICO

Diagnóstico observacional, observa-se a integralidade do esmalte dentário, ocorrendo aparição de


manchas brancas e escuras, já em estágio avançado. (MOREIRA, p. 25 2011).

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TRATAMENTO MÉDICO

Os fatores a ser levados em consideração para realizar um bom tratamento da cárie de mamadeira é,
ter uma boa higienização bucal, fluorterapia domiciliar, visita ao profissional. (MOREIRA, p. 31
2011).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

● Conscientização da família;
● Promoção de uma dieta equilibrada e saudável, modificando as fontes e as quantidades de
carboidratos fermentáveis e inclusão de alimentos cariostáticos. (MOREIRA, p. 30 2011).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Lanches entre as refeições devem incluir alimentos cariostáticos;


• Modificação da frequência e do conteúdo das mamadeiras durante o dia, devendo ser
limitado (água, fórmulas ou leite);
• Diminuir a sacarose e os amidos cozidos ou pegajosos, bem como a frequência de lanches e a
duração do tempo de exposição. (PIEDADE p, 16. 2014).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Não oferecer leite durante a madrugada ou evitar que a criança durma após mamar;
● A higiene bucal (dentes e gengivas). Devem ser limpos com gaze ou pano após de toda
amamentação com mamadeira; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1160).
REFERÊNCIAS

• MOREIRA, A.C.G.S. et al. Prevenção da Cárie de Mamadeira. Revista Gestão & Saúde,
Curitiba, v. 2, n. 2, 2011. Acesso em: 26/06/2023

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 20/06/2023.

• PIEDADE, Roberta Ferreira. A ALTA INCIDÊNCIA DA CÁRIE DE MAMADEIRA DURANTE A


INFÂNCIA. 2014. Trabalho de conclusão de curso (Curso de Especialização em Atenção
Básica em Saúde da Família) - Universidade Federal de Minas Gerais, [S. l.], 2014 Acesso
em: 27/06/2023.

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DOENÇA PERIODONTAL

INTRODUÇÃO

‘’Doença Periodontal (DP) é uma infecção crônica produzida por bactérias


gram-negativas, em níveis elevados, causada por acúmulo de componentes
microbianos do biofilme dental que se acumulam no interior dos tecidos do
periodonto.’’ (CAMARGO et al., p.325. v. 73, 2016).

https://sorrisologia.com.br/

FISIOPATOLOGIA

É uma inflamação da gengiva com infecção causada por bactérias orais e subsequente desnutrição do
aparato de inserção dos dentes. A doença não tratada resulta em uma perda gradual da inserção do
dente no osso. A progressão é influenciada pela geral do hospedeiro e pela integralidade do sistema
imunológico. O fator causal primário no desenvolvimento de doença periodontal é a placa. A doença
periodontal tem seu desenvolvimento mais acelerado em pacientes diabéticos, imunossuprimidos e
em tabagistas. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1163).
ETIOLOGIA

A etiologia da doença periodontal é microbiana, sendo agravada quando a higiene bucal é


negligenciada. A placa no sulco gengival produz toxinas que destroem o tecido e permitem o
amolecimento dos dentes. A higiene bucal, a integralidade do sistema imune e a boa nutrição são
fatores importantes, pois o tecido epitelial saudável impede a penetração de endotoxinas bacterianas
no tecido. (RAFFAELLI, p, 12. 2016).
SINTOMATOLOGIA

● Dente amolecido;
● Dentes excessivamente sensíveis a temperaturas frias ou quentes;
● Dores agudas ao mastigar;
● Gengiva inchada, vermelha ou dolorida;
● Gengiva com sangramento durante a escovação ou durante o uso de fio dental; (ALMEIDA
2014) Apud, OLIVEIRA p. 3-4, 2018).
DIAGNÓSTICO

Mudanças na cor e aparência dos dentes, gengivas, língua e tecido gengival. OLIVEIRA p. 5, 2018).
TRATAMENTO MÉDICO

● Doença periodontal em estágio avançado: raspagem e alisamento radicular para tratar as


bolsas periodontais infectadas e a diminuir a inflamação;

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● Periodontite moderada a severa: cirurgia periodontal poderá ser realizada a fim de reduzir
as bolsas, bem como enxerto ósseo para restaurar o osso perdido;
● Raspagem gengival é a única forma de remover a placa que se calcificou e se transformou em
tártaro; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1163-1164).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

● Manutenção do estado nutricional do paciente;


● Diminuição da dor;
● Auxílio na cicatrização; OLIVEIRA p. 8, 2018).
TERAPIA NUTRICIONAL

Observar os níveis de vitamina C, A, E e D, zinco e cálcio. Caso esteja insuficiente, suplementar,


Caso o paciente não esteja com a via oral disponível, pode-se, fazer o uso de fórmulas a fim de
manter suas necessidades supridas; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1163-
1164).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Realizar a higiene pessoal sempre que possível com o auxílio do fio dental;
● Realizar o uso de goma de mascar a base de xilitol quando a escovação não for possível;
● Realizar lanches com alimentos cariostáticos e cariogênicos (queijos, hortaliças, pipoca);
● Remover a placa bacteriana é a chave para prevenir a doença periodontal e melhorar a saúde
bucal; OLIVEIRA p. 10, 2018).
REFERÊNCIAS

• CAMARGO, Gabriela A. C. G.; ABREU, Mariana Gouvêa L.; CORDEIRO, Renata dos Santos;
CRESPO, Marcio Alves; WENDEROSCKY, Letícia de Faria. Aspectos clínicos, microbiológicos
e tratamento periodontal em pacientes fumantes portadores de doença periodontal
crônica: revisão de literatura. Revista brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 73, 2016.

• RAFFAELLI, Marcelo de Paiva. ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL. 2016. Monografia


tese de defesa do trabalho (Mestre em Medicina Dentária) - Universidade Fernando
Pessoa, Porto, 2016.

• OLIVEIRA, Tayaka Flores; FERRAZZO, Fernanda Fritzen; FLOREK, Zenir; TEIXEIRA, Rosane
Lino; CHECHI, Vitor Ricardo Correia; MARCHIORI, Paula Marco; TAKEMOTO, Marcos
Massaro. CAUSAS E TRATAMENTOS DA PERIODONTITE. TIPOS DE PERIODONTITE E SUAS
CARACTERÍSTICAS, [s. l.], v. 8, ed. 2, 2018

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 20/06/2023.

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Esôfago
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ACALASIA

INTRODUÇÃO

Acalasia é uma desordem rara da motilidade esofágica, que se caracteriza por


relaxamento parcial ou ausente do esfíncter inferior do esôfago (EIE) e/ou aperistalse
do corpo esofágico. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016,
p.1233).
https://medsimples.com/acalasia/

FISIOPATOLOGIA

Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado por peristaltismo esofágico defeituoso
e falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição. O portador pode evoluir
desenvolvendo desnutrição. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1235).
ETIOLOGIA

Lesão causada por agente tóxico por exposição prolongada a agentes químicos (herbicidas), doenças
autoimunes, infecções virais prévias (varicela, caxumba, sarampo), histórico familiar com esta afecção, fator
emocional com uso contínuo de medicamentos principalmente psiquiátricos, uso prolongado de tabaco e
etilismo e doença de chagas. (LAURINO-NETO, 2018, p. 1-4).
SINTOMATOLOGIA

• Disfagia para sólidos e líquidos;


• Dor torácica;
• Regurgitação;
• Perda ponderal, leve ou moderada de peso;
• Vômito; (LAURINO-NETO, 2018, p. 2-4).
DIAGNÓSTICO

• Esofagograma com bário;


• Endoscopia alta;
• Manometria esofágica;
• Radiografia simples do tórax; (LAURINO-NETO, 2018, p. 3-4).
TRATAMENTO MÉDICO

• Dilatação pneumática por balão do EEI;


• Miotomia cirúrgica do EEI;
• Miotomia endoscópica peroral; (LEONARDI; CURY, 2014, p. 2-7).

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OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Manutenção do estado nutricional do paciente, evitando desnutrição;


• Auxiliar no tratamento médico; (LEONARDI; CURY, 2014, p. 4-7).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Dieta balanceada de acordo com a tolerância do paciente;


• 1° a 2° semana: dieta da colher;
• 3° a 4° semana: dieta do garfo;
• 5° a 6° semana: dieta da faca; (LEONARDI; CURY, 2014, p. 5-7).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Iniciar o pré e pós-operatório com dieta líquida e ir evoluindo de acordo com a aceitação do paciente;
(LAURINO-NETO, 2018, p. 4-4).
REFERÊNCIAS

• LAURINO-NETO, Rafael Melillo; HERBELLA, Fernando; SCHLOTTMANN, Francisco; PATTI,


Marco. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA ACALÁSIA DO ESÔFAGO. DOS SINTOMAS À
CLASSIFICAÇÃO DE CHICAGO, [s. l.], 2018. Acesso em: 6 jul. 2023.

• LEONARDI, Caroline Josino; CURY, Marcelo. Estudo prospectivo para tratamento de


acalasia pela técnica de miotomia endoscópica POEM (Peroral Endoscopic
Myotomy). Sociedade Brasileira de Hepatologia, [s. l.], 2014. Disponível em:
https://sbhepatologia.org.br/pdf/edicao_1_artigo_2.pdf. Acesso em: 6 jul. 2023.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 06/07/2023.

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DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE)

INTRODUÇÃO

A doença de refluxo gastroesofágica (DRGE) é uma doença que consiste no


refluxo do alimento e suco gástrico presente no estômago para o esôfago
e/ou órgãos adjacentes. Esse conteúdo é refluído é em geral ácido e pode
irritar o esôfago, as cordas vocais e o pulmão. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1234-1235).
NOGUEIRA, D. T. A. F...2023).

FISIOPATOLOGIA

Multifatorial e complexa, envolvendo frequência aumentada dos relaxamentos transitórios do


esfíncter esofágico inferior, esvaziamento gástrico retardado, clearance esofágico deficiente,
alterações na barreira anti-refluxo, diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior,
hipersensibilidade visceral e hiper-reatividade brônquica. Podem estar associados a fatores
ambientais, como: obesidade, alergia alimentar e respiratória, hérnia de hiato, drogas e exposição ao
cigarro. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1235-1236).
ETIOLOGIA

A presença de refluxo implica em incompetência do EEI, que pode resultar em perda generalizada do
tônus desse esfíncter ou de relaxamentos recorrentes e temporários (i.e., não relacionados à
deglutição). Os relaxamentos transitórios do EEI são desencadeados por distensão gástrica ou
estímulo faríngeo subliminar. Os fatores que contribuem para a competência da junção
esofagogástrica incluem o ângulo da junção cardio esofágica, a ação do diafragma, a gravidade (i.e.,
posição ortostática) e a idade do paciente. (HENRY, p. 210-211, 2014).
SINTOMATOLOGIA

• Corrosão dentária;
• Dor torácica;
• Disfagia;
• Tosse crônica, rouquidão e chiado;
• Queimação retroesternal, com ou sem regurgitação do conteúdo gástrico para a boca;
• Garganta inchada;
• Náuseas após refeições, (HENRY, p. 211, 2014).
DIAGNÓSTICO

• Diagnóstico clínico;
• Endoscopia para pacientes que não respondem ao tratamento empírico;

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• pHmetria de 24h para pacientes com sintomas típicos, mas endoscopia normal, (HENRY, p.
211, 2014).
TRATAMENTO MÉDICO

• Inibidores da bomba de prótons, bloqueadores de H2;


• Medicamentos antiácidos e que melhoram o esvaziamento do estômago;
• Tratamento cirúrgico se necessário, (HENRY, p. 212-213, 2014).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Prevenção do refluxo gastrointestinal;


• Prevenção de dor e irritação na fase aguda;
• Redução da capacidade erosiva do refluxo; (HENRY, p. 211, 2014).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Evitar alimentos que podem agravar o quadro de refluxo, causando dor e irritação se o
esôfago estiver inflamado, como: pimenta do reino, refrigerantes, tomate, frutas cítricas;
• Evitar alimentos que aumentam ou estimulam a secreção gástrica, como: bebidas alcoólicas,
café, chocolate, molho vermelho a base de tomate, refeições ricas em gorduras, alimentos que
contenham hortelã ou menta; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1240).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Evitar comer em 3 horas antes das horas de dormir;


• Evitar bebidas alcoólicas;
• Evitar fumar;
• Evitar estimulantes fortes da secreção ácida (p. ex., café, álcool)
• Perder massa corporal em caso de sobrepeso; (HENRY, p. 213-214, 2014).
REFERÊNCIAS

• HENRY, Maria Aparecida. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO


GASTROESOFÁGICO. Refluxo Gastroesofágico. Diagnóstico. Terapêutica. Fundoplicatura.
Cirurgia, [s. l.], 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abcd/a/ypHKhPWMST8F97KFQFpqQBv/?format=pdf&lang=pt. Acesso em:
7 jul. 2023.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 06/07/2023.

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HÉRNIA DE HIATO

INTRODUÇÃO

A Hérnia de Hiato é a manifestação da inconsistência anatômica da região do


hiato esofágico, congênita ou adquirida, que permite a passagem de parte do
estômago pelo diafragma e assim, sua projeção para o tórax. (FILHO;
SANTANA; FERNANDES, p. 2. 2021).
GUMBREVICIUS, p. 46. 2018).

FISIOPATOLOGIA

O esôfago passa através do diafragma pelo hiato ou anel esofágico, essa união do esôfago ao anel
esofágico pode se tornar incompleta, permitindo que o esôfago ou uma porção superior do estômago
se mova para cima do diafragma. O tipo mais comum de Hérnia de Hiato é a hérnia por deslizamento
e a forma menos comum é a hérnia paraesofágica. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND,
2016, p. 1236-1237).
ETIOLOGIA

A Hérnia de Hiato costuma ser desconhecida, mas acredita-se que ocorra pela distensão dos
ligamentos da fáscia entre o esôfago e o diafragma no hiato esofágico (a abertura pela qual o esôfago
atravessa o diafragma). (FILHO; SANTANA; FERNANDES, p. 3-4. 2021)
SINTOMATOLOGIA

• Azia;
• Dor torácica;
• Disfagia;
• Eructação;
• Fadiga. (FILHO; SANTANA; FERNANDES, p. 4-6. 2021).
DIAGNÓSTICO

Em relação ao diagnóstico da Hérnia de Hiato, pode-se levar em consideração o conjunto de sinais e


sintomas atrelados a exames de imagem. Embora, várias técnicas possam ser usadas na imagem, a
seleção da técnica mais eficaz, porém menos invasiva, apresentará os achados mais precisos e
facilitará seu manejo. A radiografia é a primeira técnica utilizada na Hérnia de Hiato, mesmo que
seus achados sejam limitados, também exame, esofagoscopia, endoscopia digestiva alta (EDA),
esofagomanometria e pHmetria esofagiana prolongada. (FARIAS p, 2. 2011).
TRATAMENTO MÉDICO

• A cirurgia de reparação de Hérnia de Hiato é frequentemente combinada com a cirurgia para


a doenças de refluxo gastroesofágico;

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• A cirurgia nem sempre é indicada para Hérnia de Hiato;


• Medicamentos podem ser prescritos como para azia, remédios que neutralizam a acidez
estomacal, diminuam a produção de ácido ou fortaleçam o esfíncter esofágico inferior,
(FARIAS p, 2-3. 2011).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Alívio dos sintomas;


• Prevenção de possíveis sintomas; (FARIAS p, 2. 2011).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Aumentar o fracionamento e diminuir o volume das refeições;


• Dieta hiperprotéica: estimula a secreção de gastrina = aumenta a pressão sobre o EEI;
• Evitar alimentos que diminuem a pressão do EEI, como: alho, álcool, chocolates, cafeína;
• Evitar alimentos que possam irritar o esôfago, como: frutas cítricas, molho de tomate;
• Permanecer ereto por 2h após as refeições; (FARIAS p, 5-8. 2011).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Evitar alimentos gordurosos, muito condimentados e frituras;


• Evitar ingerir muito líquido antes das refeições;
• Evitar beber bebidas alcoólicas e gaseificadas;
• Evitar comer perto do horário de dormir;
• Evitar fumar; (FARIAS p, 6-8. 2011).
REFERÊNCIAS

• FERNANDES, Isabella; BORGES FILHO, Helder Moreira; SANTANA, Micael Cruz.


Hérnia de hiato volumosa por deslizamento retrocardíaca-relato de caso. Brazilian Journal of
Health Review, v. 4, n. 4, p. 16195-16200, 2021.

• FARIAS, Ana L.; SANTOS, Teresa C. M. M.; SANTOS, Bruna R. A.; FERNANDES,
Cássia C; JESUS, Danielle C; SANTOS, Evelin Aparecida. HÉRNIA DE HIATO: PERFIL
SOCIAL, PATOLÓGICO E CIRÚRGICO DOS PACIENTES QUE SE SUBMETERAM À
CIRURGIA. Revista de Enfermagem UFPE , [s. l.], 2011. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/6854/610

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 06/07/2023.

Dietoterapia I
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DIVERTICULOS ESOFÁGICOS

INTRODUÇÃO

“Os divertículos esofágicos são pequenas bolsas em escavações localizadas


nas zonas débeis da parede que, quando inflamadas, recebem o nome de
diverticulite.” (GUMBREVICIUS, p. 46. 2018).

https://www.centraldafonoaudiologia.com.br/

FISIOPATOLOGIA

Um divertículo grande pode encher-se de alimento que pode ser regurgitado posteriormente, quando
o indivíduo inclina-se para frente ou quando ele se deita. Acarretar uma pneumonia aspirativa.
(GUMBREVICIUS, p. 46. 2018).
ETIOLOGIA

Podem ser divididos em tração e pulsão. Os divertículos de tração são divertículos verdadeiros,
possuindo todas as camadas do esôfago, mucosa, submucosa e muscular. Estão associados a doenças
crônicas do mediastino. Os divertículos de pulsão são divertículos falsos, portanto, contendo apenas
túnicas mucosas e telas submucosas, causados pelo aumento da pressão intraluminal, secundária a
um distúrbio de motilidade ou obstrução mecânica. (AYUB et al. p, 2. 2017).
SINTOMATOLOGIA

• Aspiração;
• Mau hálito;
• Rouquidão;
• Pneumopatias;
• Tosse;
• Complicações, como: infecção, perfuração e transformação neoplásicas; (AYUB et al. p,2
2017).
DIAGNÓSTICO

• Anamnese completa;
• Esofagograma;
• Endoscopia digestiva alta (EDA);
• Mesometria esofagiana;
• pHmetria;

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• Teste de função pulmonar, função cardíaca e investigação de doença de Chagas;


(GUMBREVICIUS, p. 46 2018).

TRATAMENTO MÉDICO

• Miotomia;
• Endoscopia digestiva alta.
• Ressecção; (GUMBREVICIUS, p. 47 2018).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

Evitar depósito de alimentos nos divertículos, pois dessa forma, evita-se a inflamação ou a infecção
nessas regiões. (AYUB et al. p, 2. 2017).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Dieta branda;
• Ingerir líquidos somente nos intervalos das refeições;
• Realizar a última refeição de 2 a 3 horas antes de deitar-se;
• Sem substâncias irritantes da mucosa; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p.
1238-1239).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Permanecer ereto por 2h depois das refeições;


• Dieta Hiper PTN: estimular secreção de gastrina: aumentar a pressão sobre o EEl;
• Dieta Hipo LIP;
• Evitar alimentos que diminuam a pressão do EEI: chocolate, cafeína, hortelã, alho e álcool;
• Evitar alimentos irritantes ao esôfago: frutas cítricas, tomate e molho de tomate. (MAHAN,
ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1238-1239).
REFERÊNCIAS

• Assistência nutricional nas patologias do sistema digestório e órgãos anexos / Iara


Gumbrevicius. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

• YUB, Nazir Elias Chalela et al. Divertículo de esôfago médio: relato de caso. Arquivos de Ciências da
Saúde, v. 24, n. 4, p. 73-76, 2017.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 07/07/2023.

Dietoterapia I
19

CÂNCER DE ESÔFAGO

INTRODUÇÃO

O câncer de esôfago é uma neoplasia altamente agressiva, sendo considerada a


sexta causa de morte por câncer no mundo. É uma doença multifatorial ligada a
hábitos alimentares, a costumes e estilo de vida. Destacam-se, neste cenário, o
tabaco, o álcool, as toxinas fúngicas, as deficiências nutricionais, os alimentos e as
bebidas quentes, os agentes infecciosos e os carcinógenos químicos. (FEIL;
BOSCO, p. 1. 2015). https://gastrooncologia.com.br/

FISIOPATOLOGIA

Se desenvolve a partir de células epiteliais, glandulares. O tumor surge no epitélio escamoso de


revestimento esofágico. A lesão inicia-se com espessamento da parede do esôfago, com lesão ou
neoplasia intraepitelial e progride para a massa tumoral polipóide ou exofítica que se proteja para o
lúmen do esôfago, podendo infiltrar a parede esofágica. (FEIL; BOSCO, 1-2. 2015).
ETIOLOGIA

• Tabagismo;
• Acalasia;
• Esôfago de refluxo;
• Obesidade;
• Megaesôfago causado pela doença de Chagas, levando a perder movimentos peristálticos;
(GUMBREVICIUS, p. 48. 2018).
SINTOMATOLOGIA

• Disfagia;
• Odinofagia;
• Dor atrás do esternocleidomastóideo;
• Perda de peso causada por dificuldade de deglutir os alimentos; (GUMBREVICIUS, p. 48-
49. 2018).
DIAGNÓSTICO

• Endoscopia com biópsia;


• TC e ultrassonografia endoscópica;
• Exames sanguíneos básicos (hemograma completo, eletrólitos e testes de função hepática,
devem ser realizados), (BORGES et al., p. 10, 2015).

Dietoterapia I
20

TRATAMENTO MÉDICO

As opções para tratamento do câncer de esôfago são as mais variadas, incluindo principalmente a
ressecção cirúrgica e o tratamento não-cirúrgico com radioterapia e/ou quimioterapia (exclusiva,
paliativa, neoadjuvante e/ou adjuvante). (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016,p 1241).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

Evitar e tratar a desnutrição, fortalecendo o sistema imunológico, mantendo as necessidades


nutricionais satisfeitas antes, durante e após o tratamento. (BORGES et al., p. 12-13, 2015).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Se o paciente apresentar dificuldades na ingestão dos alimentos, podem ser sugeridas


refeições de mais fácil ingestão e alteração de texturas, tentando minimizar o desconforto;
• Realizar refeições a cada 2 a 3 horas, com consistência líquida ou cremosa; (BORGES et al.,
p. 15-16, 2015).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Durante a nutrição enteral se os pacientes apresentarem saciedade precoce ou recusa à toma


do volume total, então uma fórmula com elevado teor energético e proteico é indicado;
• Não é aconselhado por um tempo o consumo de alimentos que podem conter química e
fisicamente abrasivos;
• Os líquidos devem ser consumidos separadamente da hora das refeições (1 hora antes ou 1
hora após), (GUMBREVICIUS, p. 50-51. 2018).
REFERÊNCIAS

• FEIL, Cassiele Carolina; BOSCO, Simone Morelo. CÂNCER DE ESÔFAGO E


DESNUTRIÇÃO: ESTUDO DE CASO. REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, VOL. 7,
N. 3, 2015, [s. l.], 2015.

• BORGES, Elton Carlos O.; SILVA, Adriana F.; GRAÇAS, Amanda M.; MELO, Fabiano F.
S.; BARCELOS, Adler A.; MYIATA, Seiji. O câncer de esôfago: uma revisão. Revista da
Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, [s. l.], v. 13, ed. 1, 2015. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5168604.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 07/07/2023.

• Assistência nutricional nas patologias do sistema digestório e órgãos anexos / Iara


Gumbrevicius. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

Dietoterapia I
21

_________________________________________________________________

Estomago
____________________________________________________________________________________

Dietoterapia I
22

DISPEPSIA

INTRODUÇÃO

A Dispepsia, também conhecida como distúrbio da indigestão, consiste em


um grupo heterogêneo de sintomas como sensação de dor ou desconforto
localizados na parte superior do abdome (epigástrio).
http://rsp.unand.ac.id/leaflet/Dispepsia.pdf (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1242-1243).
FISIOPATOLOGIA

O mecanismo fisiopatológico ainda é desconhecido e o tratamento ainda não totalmente


estabelecido. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1242-1243).
ETIOLOGIA

A doença ulcerosa péptica, o refluxo gastroesofágico (com ou sem esofagite) e a neoplasia gástrica
constituem as três entidades maior responsáveis pela sintomatologia dispéptica. A doença ulcerosa
péptica é a etiologia mais importante de dispepsia a considerar, em consequência da sua prevalência
e da existência de terapêutica curativa. Infelizmente o tipo/padrão clínico da sintomatologia não
permite uma distinção clara entre esta entidade e a dispepsia funcional. (MACHADO; LUNARDI;
MAZZOLENI, p. 1-2. 2018).
SINTOMATOLOGIA

• Dor epigástrica;
• Presença de incômoda sensação de plenitude pós-prandial;
• Saciedade precoce;
• Sensação de queimação estomacal;
• Sensação de distensão abdominal, (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 2. 2018).
DIAGNÓSTICO

• O diagnóstico se baseia nas queixas do paciente e na duração dos sintomas;


• Endoscopia digestiva alta (EDA);
• Anamnese
• Exames físico (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 3. 2018).
TRATAMENTO MÉDICO

• O tratamento depende de acordo com o diagnóstico médico;


• Antiácidos;
• Antagonistas dos receptores de H2;

Dietoterapia I
23

• Agentes pró-cinéticos;
• Antiflatulentos;
• Modificação no estilo de vida, (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 5. 2018).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Adequar a dieta de acordo com as necessidades nutricionais do paciente;


• Manter ou/ promover o estado nutricional adequado, (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p. 1243).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Evitar volumes excessivos de alimentos, elevando consumo de gordura, açúcares, cafeína,


especiarias e álcool;
• Em momentos de crise, retirar a lactose, alimentos ácidos e adoçantes artificiais;
• Recomendações dietéticas: alimentos bem cozidos, adequados em suas quantidades;
• Maior fracionamento e pequenas refeições; (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 7.
2018).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Alimentar-se lentamente;
• Não beber e comer em excessos;
• Mastigar bem os alimentos;
• Evitar ir se deitar após as refeições; (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 7. 2018).
REFERÊNCIAS

• MACHADO, Juliana F; LUNARDI, Felipe L; MAZZOLENI, Luiz E. DISPEPSIA


FUNCIONAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. DISPEPSIA/diagnóstico;
DISPEPSIA/fisiopatologia, DISPEPSIA/terapia., [s. l.], 2018. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881599/dispepsia-funcional-diagnostico-e-
tratamento.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 07/07/2023.

Dietoterapia I
24

GASTRITE

INTRODUÇÃO

Gastrite é o processo inflamatório agudo ou crônico do estômago. Sua gênese


mais comum é decorrente de deficiência parcial ou total dos fatores de proteção
da mucosa gástrica. A inflamação da gastrite resulta de infecção com a mesma
bactéria que causa a maioria das úlceras do estômago. (GUMBREVICIUS, p. 63
2018).
https://progastrojoinville.com.br

FISIOPATOLOGIA

“A causa mais comum é a infecção por Helicobacter pylori, uma bactéria gram-negativa que é pouco
resistente ao meio ácido do estômago. A infecção pelo H. pylori induz à inflamação pela resposta
inata e imune sistêmica. A olfactomedina 4 é uma glicoproteína regulada positivamente (up-
regulated) em pacientes infectados pelo H. pylori, levando à expressão de citocinas pró-inflamatórias
ou quimiocinas pela ativação do fator nuclear KB mediada pelos receptores Nod1 e Nod2; isso inibe
a resposta imune do hospedeiro e contribui para a persistência da colonização pelo H. pylori”.
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, v. 13, p, 1243).
ETIOLOGIA

Infecção por Helicobacter pylori, e é tipicamente confinada à mucosa do


estômago. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1243-1244).

(GUMBREVICIUS, p. 64 2018).

SINTOMATOLOGIA

Os principais sintomas são cólicas abdominais, náuseas, Borborigmo, Diarreia, Distensão


abdominal, Flatulência, embora muitos indivíduos sejam assintomáticos. (GUMBREVICIUS, p. 63
2018).
DIAGNÓSTICO

• Avaliação da história clínica;


• Teste do pH fecal;
• Teste de tolerância a lactose;
• Teste de liberação do hidrogênio respiratório (HBT); (DDINE et al. p, 2. 2012).
TRATAMENTO MÉDICO
“A endoscopia é uma ferramenta diagnóstica comum. O tratamento da gastrite inclui a erradicação
de organismos patogênicos (p. ex., H. pylori) e a retirada de qualquer agente causador. Os
antibióticos e inibidores da bomba de prótons são os principais tratamentos clínicos.” (MAHAN,
ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1245-1246).

Dietoterapia I
25

OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

Remissão dos sintomas, preservando e/ou recuperando o estado nutricional do paciente e evitando
possíveis deficiências nutricionais. (DDINE et al. p, 3. 2012).
TERAPIA NUTRICIONAL

• Mudança na dieta;
• Redução do consumo de alimentos contendo lactose;
• Indivíduos podem precisar de suplementar cálcio e vitamina D;
• Uma dieta totalmente isenta de lactose não é necessária em indivíduos com deficiência de
lactase, a maioria consegue tolerar até 12g/dia de lactose; (DDINE et al. p, 3-4. 2012).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

• Evitar uma dieta totalmente restritiva a lactose, o consumo de produtos lácteos sólidos e
iogurtes são mais toleráveis;
• O uso da lactase exógena é uma alternativa para os intolerantes mais graves;
• Alguns pacientes toleram queijos e margarinas, apenas precisam suspender apenas o leite
propriamente dito;
• Derivados lácteos sólidos e iogurtes são mais toleráveis; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1248).
REFERÊNCIAS

• Assistência nutricional nas patologias do sistema digestório e órgãos anexos / Iara


Gumbrevicius. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

• DDINE, Lissa C.; DDINE, Charif C; RODRIGUES, Cíntia C. R.; KIRSTEN, Vanessa R;
COLPO, Elisângela. FATORES ASSOCIADOS COM A GASTRITE CRÔNICA EM
PACIENTES COM PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO HELICOBACTER PYLORI. ABCD
Arq Bras Cir Dig, [s. l.], 2012.

• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 07/07/2023.

Dietoterapia I
26

UCERA PÉPTICA

INTRODUÇÃO

Úlcera péptica é a perda circunscrita de tecido que ocorre nas porções do


trato digestivo expostas à secreção cloridropéptica: terço inferior do
esôfago, estômago, duodeno proximal e divertículo de Meckel com mucosa
gástrica ectópica. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p,
1246-1247).
https://www.carlasmiderle.com.br/

FISIOPATOLOGIA

A mucosa gástrica e duodenal normal é protegida das ações digestivas de ácido e pepsina pela
secreção de muco, produção de bicarbonato, remoção do excesso de ácido pelo fluxo sanguíneo
normal e pela renovação e reparo rápidos das lesões de células epiteliais. A úlcera péptica se refere à
úlcera que ocorre em decorrência da falha desses mecanismos normais de defesa e reparo.
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1246-1247).
ETIOLOGIA

• Infecção provocada pela bactéria Helicobacter. pylori;


• Álcool e nicotina: inibem a secreção de muco e do bicarbonato de sódio e o aumento da
secreção ácida;
• Uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), (VOMERO; COLPO, p 1.
2014).
SINTOMATOLOGIA

• Azia;
• Distensão abdominal,
• Náusea;
• Ptialismo;
• Empachamento;
• Eructação;
• Emagrecimento;
• Meteorismo, (VOMERO; COLPO, p 2. 2014).
DIAGNÓSTICO

• Endoscopia alta digestiva; (VOMERO; COLPO, p 2-3. 2014).

Dietoterapia I
27

TRATAMENTO MÉDICO

• Antagonistas receptores de H2;


• Antiácidos e antibióticos;
• Inibidores da bomba de prótons (IBP);
• H. pylori; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1250-1251).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Aliviar os sintomas;
• Dieta adequada e um bom estado nutricional para ajudar na redução da H. pylori;
• Prevenir o refluxo gastroesofágico; (GUMBREVICIUS, p. 64 2018).
TERAPIA NUTRICIONAL

● Aumentar o consumo de: ácidos graxos da série-3 e n-6, que podem ter um efeito protetor;
● Diminuir alimentos que estimulam secreções ácidas, como: café;
● Evitar o consumo excessivo de álcool;
● Estimular o antagonismo do ácido através do consumo de fibras. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1248).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Evitar alimentos com pele;


● Mastigar bem os alimentos;
● Usar suplementos para compensar as inadequações dietéticas conforme necessário;
● Frequência de refeições é controversa no tratamento; GUMBREVICIUS, p. 64-65 2018).
REFERÊNCIAS

● VOMERO, Nathália D.; COLPO, Elisângela. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ÚLCERA


PÉPTICA. ABCD Arq Bras Cir Dig, [s. l.], 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abcd/a/ZNG43ZKDkc7T7QwChXmbH6F/?format=pdf&lang=pt. Acesso em:
11 jul. 2023.

● Assistência nutricional nas patologias do sistema digestório e órgãos anexos / Iara


Gumbrevicius. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 08/07/2023.

Dietoterapia I
28

CÂNCER GASTRICO

INTRODUÇÃO

O câncer gástrico também é chamado de câncer de estômago é um tumor


maligno que pode afetar qualquer parte dos órgãos, e que geralmente, se
inicia como uma úlcera. Corresponde à quarta neoplasia mais frequente no
mundo e à segunda causa de morte por câncer. (TODESCATTO et al. p, 2.
2017).
https://www.drdanielpaulino.com

FISIOPATOLOGIA

Se caracteriza pelo crescimento desordenado das células que compõem a parede do órgão.
Substituindo o tecido normal do órgão e propagando-se para outras camadas do estômago e podendo
acometer órgãos vizinhos. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1252-1253).
ETIOLOGIA

A etiologia do câncer gástrico é multivariada, e envolve majoritariamente fatores nutricionais e


ambientais relativos ao estilo de vida, por esse fator, as formas preventivas também são compatíveis
com essas esferas. Ademais, há estreita correlação entre a mudança de hábitos com a redução do
risco do câncer gástrico. (TODESCATTO et al., p, 1-2. 2017).
SINTOMATOLOGIA

● Inchaço;
● Disfagia;
● Dor epigástrica;
● Saciedade precoce;
● Vômito com sangue;
● Fezes com sangue escurecido;
● Perda de peso e apetite;
● Fadiga; (BESAGIO et al., p, 5. 2021).
DIAGNÓSTICO

● Biópsia;
● Endoscopia digestiva alta;
● Exame de sangue oculto nas fezes;
● Tomografia Computadorizadas; (TODESCATTO et al., p, 2-3. 2017).

Dietoterapia I
29

TRATAMENTO MÉDICO

De modo geral, as opções de tratamento para o câncer de estômago incluem quimioterapia,


quimioradioterapia, radioterapia paliativa, terapia direcionada (como a anti-angiogênica) e
imunológica, além das opções de cirurgia (ressecção endoscópica, gastrectomia, linfadenectomia,
recuperação aprimorada e cirurgia minimamente invasiva). (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1253).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

● Adequar as necessidades dos macronutrientes e micronutrientes;


● Melhorar a qualidade de vida com a manutenção das atividades diárias;
● Manter ou recuperar o estado nutricional do paciente; (TODESCATTO et al., p, 7. 2017).
TERAPIA NUTRICIONAL

● O regime dietético é determinado pela localização do câncer, a natureza do distúrbio


funcional e o estágio da doença;
● Quaisquer preferências alimentares a menos que definitivamente prejudiciais, são justificadas
e o paciente deve ficar o mais confortável possível;
● Nos estágios finais da doença, o paciente pode tolerar apenas uma dieta líquida ou pode ser
necessário recorrer à nutrição parenteral; (TODESCATTO et al., p, 8-9. 2017).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Consumir regularmente carnes e peixes;


● Consumir frutas e verduras frescas, contendo: ácido ascórbico e beta caroteno, pois esses
elementos são benéficos por evitar atritos que se transformem em nitrosaminas;
● Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos
conservados em sal, (TODESCATTO et al., p, 8-10. 2017).
REFERÊNCIAS

● TODESCATTO, Alexandra D; GREGOLIN, Bruna P; RODRIGUES, Eduardo; FERREIRA, Mariana


F. C; TONETO, Marcelo G. Câncer Gástrico. Biblioteca virtual de saude Portal de Revistas
Científicas em Ciências da Saúde, [s. l.], 2017.

● BESAGIO, Brenda P; ANDRADE, Emilly C; CARDOSO, Gabriela G; COUTO, Letícia C; SANTINI,


Jéssica X; NUNES, Priscila L. P; CARVALHO, Fernanda B. Câncer gástrico: Revisão de
literatura. Brazilian Journal of Health Review, [s. l.], 2021.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 09/07/2023.

Dietoterapia I
30

_________________________________________________________________

Intestino Delgado
____________________________________________________________________________________

Dietoterapia I
31

DOENÇA CELÍACA

INTRODUÇÃO

A DC é uma intolerância permanente ao glúten, caracterizada por atrofia total ou


subtotal da mucosa do intestino delgado proximal e conseqüente má absorção de
alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1282).
https://brasilescola.uol.com

FISIOPATOLOGIA

O intestino humano possui um comprimento de aproximadamente 7 metros, sendo revestido


internamente por vilosidades. Essas estruturas têm função de aumentar a área da superfície intestinal
e, por conseguinte, favorecer a absorção de água e de nutrientes. As vilosidades intestinais fazem
parte da mucosa, que possui vasos sanguíneos e linfáticos que recebem os produtos obtidos através
do processo de digestão. Em indivíduos com DC o glúten ativo mecanismos inflamatórios e imunológicos
que lesionam o epitélio intestinal acarretando em uma atrofia dessas vilosidades. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1283).
ETIOLOGIA

Patologia de origem autoimune. É multifatorial, sendo assim, vários fatores influenciam na sua
fisiopatologia; são eles: fatores genéticos, imunológicos e bioquímicos. Tendo como base para sua
etiopatogenia um processo inflamatório causado pela resposta imune inapropriada das células T
intestinais, quando entram em contato com os peptídeos de glúten. (PEREIRA, p, 3-5 2020).
SINTOMATOLOGIA

Clássica: se manifesta principalmente nos primeiros anos de vida com sintomas como diarreia ou
constipação crônica, atrofia da musculatura glútea e anemia ferropriva. Não clássica: caracterizam-
se pela ausência de sintomas digestivos ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.
Assintomática: realização de rastreamento sorológico com os anticorpos antitransglutaminase e
antiendomísio é aceita como diagnóstico definitivo quando os resultados são positivos e confirmados
pela biópsia intestinal, seguida pela resposta sorológica à dieta isenta de glúten. Latente: é
identificada em pacientes com biópsia jejunal normal, consumindo glúten, (PEREIRA, p, 11. 2020).
DIAGNÓSTICO

● Exame clínico;
● Marcadores sorológicos;
● Biópsia (Análise histopatológica da mucosa do intestino delgado); (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1285).

Dietoterapia I
32

TRATAMENTO MÉDICO

Adesão de uma dieta isenta de glúten, mas muitos pacientes, apresentam uma resposta a esteroides,
azatioprina, ciclosporina ou outras medicações, classificadas para o uso nas reações inflamatórias ou
imunológicas. (PEREIRA, p, 19. 2020).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

• Estabelecer um plano alimentar equilibrado;


• Eliminar os sintomas e possíveis manifestações extra intestinais; (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1291).
TERAPIA NUTRICIONAL

As intercorrências carenciais decorrentes da má-absorção de nutrientes, por exemplo, deficiência de


ferro, ácido fólico, vitamina B12 e de cálcio, devem ser diagnosticadas e corrigidas. Assim, deve-se
atentar para a importância da suplementação adequada de micronutrientes na terapêutica de correção
dos déficits nutricionais; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1292-1295).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Aderir rigorosamente à dieta com total restrição do glúten;


● A substituição de produtos contendo glúten poderá ser feita por derivados de milho (farinha
de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata), mandioca
(farinha de mandioca, polvilho), além de outros cereais como a linhaça, quinoa, o amaranto e
sementes de gergelim;
● É importante ler atentamente os rótulos dos produtos fazer inspeção cuidadosa das
embalagens; (PEREIRA, p, 19-21. 2020).
REFERÊNCIAS

● EREIRA, ANA C. S. R. FISIOPATOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CELÍACA. 2020.


Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Biomedicina) - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
BRASÍLIA, [S. l.], 2020. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/15048.
Acesso em: 11 jul. 2023.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 10/07/2023.

Dietoterapia I
33

DEFICIÊNCIAS DE ENZIMAS IL

INTRODUÇÃO

A intolerância à lactose é uma disfunção que ocorre no intestino delgado causada pela
ausência de uma enzima denominada lactase (β-D-Galactosidase), que está presente
na superfície das células intestinais. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND,
2016, p, 1296). https://www.marcosbraun.med.b

FISIOPATOLOGIA

A lactose é um dissacarídeo composto de glicose e galactose, formado pelas glândulas mamárias dos
mamíferos através da glicose para suprir o componente carboidrato durante a lactação. Quando a
lactose chega à luz intestinal, deverá ser hidrolisada em monossacarídeos pela lactase, que é uma
endoenzima presente na borda em escova da mucosa (células epiteliais de revestimento do intestino).
A digestão deste carboidrato ocorre em todo o delgado, porém, sua atividade é grande no jejuno
proximal, pequena no duodeno e jejuno distal e praticamente ausente no íleo terminal. (MAHAN,
ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1298).
ETIOLOGIA

Com base na etiologia do defeito enzimático a deficiência da enzima β-D-Galactosidase pode ser classificada
em três tipos: Deficiência Congênita: por um problema genético, a criança nasce sem condições de produzir
lactase; Deficiência Primária: diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da
adolescência e até o fim da vida (forma mais comum); Deficiência Secundária: a produção de lactase é
afetada por doenças intestinais; (CUPPARI. P, 472. 2014).
SINTOMATOLOGIA

● Borborigmo;
● Cólicas abdominais.
● Diarreia;
● Distensão abdominal;
● Flatulência;
● Náuseas; (CUPPARI. P, 473. 2014).
DIAGNÓSTICO
● Avaliação da história clínica;
● Teste do pH fecal;
● Teste de tolerância a lactose;
● Teste de liberação do hidrogênio respiratório (HBT); (CUPPARI. P, 473-475. 2014).

Dietoterapia I
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TRATAMENTO MÉDICO

● Inicialmente se recomenda evitar temporariamente leite e produtos lácteos da dieta para se


obter remissão dos sintomas. Tal tarefa pode ser dificultada pela presença de alimentos com
lactose não identificada na sua composição;
● Medidas farmacológicas podem ser adotadas, a terapia de reposição enzimática com lactase
exógena (+β-galactosidase);
● A ingestão de bebidas fermentadas de leite, por exemplo o Kefir, que, à semelhança dos
iogurtes, contêm diferentes culturas de lactobacilos, podem melhorar a tolerância à digestão
da lactose em adultos; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1298-1299).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

Remissão dos sintomas, preservando e/ou recuperando o estado nutricional do paciente e evitando
possíveis deficiências nutricionais. (CUPPARI. P, 474. 2014).
TERAPIA NUTRICIONAL

● Mudança na dieta;
● Redução do consumo de alimentos contendo lactose;
● Indivíduos podem precisar de suplementar cálcio e vitamina D;
● Uma dieta totalmente isenta de lactose não é necessária em indivíduos com deficiência de
lactase, a maioria consegue tolerar até 12g/dia de lactose; (CUPPARI. P, 474. 2014).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● Evitar uma dieta totalmente restritiva a lactose, o consumo de produtos lácteos sólidos e
iogurtes são mais toleráveis;
● O uso da lactase exógena é uma alternativa para os intolerantes mais graves;
● Alguns pacientes toleram queijos e margarinas, apenas precisam suspender apenas o leite
propriamente dito;
● Derivados lácteos sólidos e iogurtes são mais toleráveis; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1299-1300).
REFERÊNCIAS

● CUPPARI, Lilian. Nutrição clínica no adulto. 3. ed. [S. l.]: Manole, 2014.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 10/07/2023.

Dietoterapia I
35

DOENÇA DE CROHN

INTRODUÇÃO

A doença de Crohn é qualificada como uma doença inflamatória intestinal, de


caráter crônico, recidivante, transmural e que pode afetar qualquer parte do trato
digestivo, desde a boca até o ânus, mas, principalmente, o intestino delgado e o
https://www.progastrofortaleza.com./ cólon. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1303).

FISIOPATOLOGIA

Conforme a doença progride, a parede intestinal torna-se cada vez mais espessada, com luz estreita e
a membrana mucosa com aspecto emborrachado. O processo inflamatório possui variação de
características morfológicas, microscópicas e macroscópicas. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1304).
ETIOLOGIA

Afetando o sistema gastrointestinal, a doença de Crohn segundo é uma patologia crônica que afeta a
espessura da parede do órgão, e sua etiologia assegura com maior evidência para o fator da
combinação com as alterações ou diminuição da permeabilidade da parede do intestino, de fatores
ambientais e dos antígenos persistentes, no entanto não existem certezas suficientes para garantir a
asserção. (PAPACOSTA, p. 26. 2017).
SINTOMATOLOGIA

● Dor abdominal;
● Diarreia;
● Desnutrição
● Febre;
● Perda de peso; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1306).
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da DC é uma somatória da análise dos dados clínicos, endoscópicos, radiológicos,


laboratoriais e histopatológicos, tomografia computadorizada. (PAPACOSTA, p. 29. 2017).
TRATAMENTO MÉDICO

● Corticosteróides, anti-inflamatórios, imunossupressores;


● Alguns casos podem necessitar de intervenção cirúrgica para tratamento de complicações;
● Casos extremos, os pacientes podem ter ressecções extensas ou múltiplas; (PAPACOSTA, p.
31. 2017).

Dietoterapia I
36

OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

● Restaurar e manter o estado nutricional do paciente;


● Corrigir a desnutrição e a deficiência de nutrientes e reverter suas consequências metabólicas
e patológicas; (PAPACOSTA, p. 32. 2017).
TERAPIA NUTRICIONAL

● Fase aguda da Doença de Crohn: uso combinado da TNE e drogas está indicado em pacientes
desnutridos, assim como em pacientes com estenose do intestino;
● A TNP está indicada em casos em que a TNE não é possível: obstrução intestinal, intestino
curto com má absorção grave, distúrbios hidroeletrolíticos graves, dismotilidade intestinal
grave;
● A TNP também pode ser usada quando ocorre intolerância à TNE ou impossibilidade de
manutenção adequada de dieta oral associada à ausência de via de acesso para TNE;
● A TNE é efetiva na prevenção das crises de agudização e manutenção da remissão. O uso de
suplemento nutricional oral em complemento à dieta habitual é seguro, bem tolerado e
efetivo na manutenção da remissão na DC;
● A ingestão diária de suplemento oral de 600 kcal é possível em pacientes com DC inativa;
● A ingestão oral com suplemento nutricional em quantidade superior a esta só é possível por
muito curto período na DC ativa; (PAPACOSTA, p. 33-34. 2017).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● A TNP não é recomendada para manutenção da remissão;


● Na via oral, é recomendado o uso de dietas líquidas de poucos resíduos e baixo teor de fibras;
● Nos casos de pacientes com inflamação intestinal persistente, como naqueles dependentes de
corticoterapia, é recomendado o uso de suplemento nutricional oral;
● Em crianças, a TINE deve ser indicada para evitar atraso no crescimento, na doença leve
moderada; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1306-1308).
REFERÊNCIAS

● PAPACOSTA, Nicolas Garcia et al. Doença de Crohn. Revista de Patologia do Tocantins, v.


4, n. 2, p. 25-35, 2017.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 10/07/2023.

Dietoterapia I
37

COLITE ULCERATIVA

INTRODUÇÃO

A Colite Ulcerativa é uma DII caracterizada pelo acometimento contínuo do tubo


digestivo por um processo inflamatório restrito à mucosa colônica. Esta doença
acomete o reto e extensões proximais variáveis do colo, cujas alterações
inflamatórias superficiais atingem à mucosa e submucosas, resultando em
cripitites e abcessos nas cristas intestinais. (CUNHA, p. 1. 2019). https://mundoeducacao

FISIOPATOLOGIA

A RCU é restrita à mucosa e submucosa, com inflamações que envolvem a mucosa do cólon e reto,
levando ao desenvolvimento de úlceras. A doença tem início no reto podendo se estender a todo o
cólon de maneira contínua. (CUNHA, p. 1-2. 2019).
ETIOLOGIA

● Ativação anormal da resposta imune da mucosa;


● Resposta sistêmica secundária;
● Predisposição genética, irritante desconhecido. (CUNHA, p. 3. 2019).
SINTOMATOLOGIA

● Diarreia;
● Dor abdominal;
● Sangramento retal;
● Eliminação de muco nas fezes;
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1306-1307).
DIAGNÓSTICO

● História clínica;
● Exame das fezes;
● Exame endoscópico;
● Achados histopatológicos; (CUNHA, p. 4. 2019).
TRATAMENTO MÉDICO

● Colonoscopia;
● Retossigmoidoscopia flexível;
● Aminossalicilatos orais e por via retal, corticóides, imunossupressores, antibióticos;
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1307).

Dietoterapia I
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OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL

● Auxiliar na remissão dos sintomas e melhorar o desconforto e dores;


● Corrigir a desnutrição e a deficiência de nutrientes e reverter suas consequências metabólicas
e patológicas;
● Restaurar e melhorar o estado nutricional do paciente; (CUNHA, p. 5. 2019).
TERAPIA NUTRICIONAL

● Uso de dietas líquidas de poucos resíduos e baixo teor de fibras podem diminuir a carga
antigênica;
● Em muitos casos dieta oral é insuficiente para suprir as necessidades energéticas do paciente.
Indica-se nutrição enteral como melhor suporte, pois são mais completas e bem adequadas,
além de preservar a mucosa, prevenir translocação bacteriana e promover melhora
imunológica;
● Nutrição parenteral é indicada em casos de obstruções, fístulas e doenças mais graves, com
TGI não funcionante; (CUNHA, p. 6. 2019).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES

● A terapia nutricional mais indicada é a enteral;


● Cirurgias de ressecção do intestino que podem resultar em síndrome do intestino curto;
● Deve-se considerar o uso de suplementos multivitamínicos contendo ácido fólico, vitamina
B12 e B6;
● Utilização de prebióticos e probióticos pode ser útil e é importante fazer teste de intolerâncias
alimentares; (CUNHA, p. 6-7. 2019).
REFERÊNCIAS

● CUNHA, Vanessa Oliveira da. Caracterização fisiopatológica da doença inflamatória


intestinal, retocolite ulcerativa. 2019.

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e


Dietoterapia. 13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 10/07/2023.

Dietoterapia I
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REFERÊNCIAS:

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• MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos,


Nutrição e Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 20/06/2023.

● MOREIRA, A.C.G.S. et al. Prevenção da Cárie de Mamadeira. Revista Gestão &


Saúde, Curitiba, v. 2, n. 2, 2011. Acesso em: 26/06/2023

● MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos,


Nutrição e Dietoterapia.
13a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Acesso em: 20/06/2023.

● PIEDADE, Roberta Ferreira. A ALTA INCIDÊNCIA DA CÁRIE DE MAMADEIRA


DURANTE A INFÂNCIA. 2014. Trabalho de conclusão de curso (Curso de
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Minas Gerais, [S. l.], 2014 Acesso em: 27/06/2023.

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Dietoterapia I

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