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Disciplina de Dietoterapia I
PORTFÓLIO
DE
DIETOTERAPIA
Orientadora: Profa. Me. Danila Torres
Dietoterapia I
Dietoterapia I
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SAÚDE BUCAL
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CÁRIE DENTAL
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A cárie dental é uma doença infecciosa oral na qual o ácido produzido pelo metabolismo bacteriano
de carboidratos fermentáveis leva à invasão bacteriana, causando a desmineralização do esmalte e
destruição da estrutura dental (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1148).
ETIOLOGIA
Diversos fatores são necessários para o surgimento da cárie, sendo os principais: um hospedeiro ou
superfície dental suscetível; microrganismos tais como Streptococcus ou Lactobacillus na placa
dentária ou na cavidade oral; carboidratos fermentáveis na dieta, que servem de substrato para as
bactérias; e tempo (duração) na boca para as bactérias metabolizarem os carboidratos fermentáveis,
produzirem ácidos e causar uma queda no pH salivar para menos de 5,5. Com o pH salivar ácido, as
bactérias orais podem iniciar o processo de desmineralização. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e
RAYMOND, 2016, p. 1149-1152).
SINTOMATOLOGIA
• Dor de dente;
• Dor ao mastigar;
• Sensibilidade ao ingerir alimentos;
• Bebidas quentes, frias ou doces;
• Manchas marrom ou brancas na superfície do dente;
• Gengiva inchada e dolorida; (HENNESSY, p. 1-3, 2022).
DIAGNÓSTICO
A avaliação clínica de rotina identifica cáries em seu período inicial, onde uma intervenção mínima
evita sua progressão. (HENNESSY, p. 3-4, 2022).
TRATAMENTO MÉDICO
O tratamento primário das cáries que envolveram a dentina é a sua remoção por meio de
bloqueamento, seguido de preenchimento do defeito resultante. Cáries incipientes (restritas ao
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esmalte) devem ser remineralizadas por meio de cuidados pessoais (escovação e uso de fio dental),
limpezas, prescrição de pastas de dentes com alto teor de flúor e múltiplas aplicações de flúor no
consultório odontológico. (HENNESSY, p. 5-7, 2022).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
Suprir as necessidades nutricionais para o bom desenvolvimento dos dentes; Auxiliar na nutrição
adequada para uma boa saúde bucal e na prevenção do surgimento de cáries. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1152).
TERAPIA NUTRICIONAL
Deve-se dar prioridade a ingestão de alimentos não cariogênicos, evitar alimentos industrializados,
ou seja, refrigerantes, frutas em calda, conservas e alimentos adoçados com sacarose e xaropes,
dando foco a uma dieta balanceada a fim de elevar o pH salivar para mais ou menos de 5,5. É
recomendada uma dieta cariostática, que consiste em alimentos ricos em proteínas, vegetais e
hortaliças, gomas sem açúcar e alimentos que contenham gordura poliinsaturada. Por se tratar de
algo a longo prazo, é essencial que seja feita uma boa higiene bucal, com pasta rica em flúor e a
utilização de fio dental após as refeições. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p.
1150).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
• HENNESSY, Bernard J. MANUAL MSD: Versão Saúde para a Família. [S. l.: s. n.], 2022. cap.
DISTÚRBIOS DA BOCA E DOS DENTES. Acesso em: 20/06/2023.
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CÁRIE DE MAMADEIRA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
O tempo de contato exagerado com bebidas que contêm carboidratos fermentáveis, juntamente com
a posição da língua contra o mamilo, o que causa o acúmulo de líquido em torno dos incisivos
superiores, especialmente durante o sono, contribui para o processo da cárie. Ocorrem após o uso
prolongado de mamadeira, sucos, leite, fórmulas ou outras bebidas adocicadas. (MOREIRA, p. 4-5.
2011).
ETIOLOGIA
A doença cárie tem etiologia multifatorial. Desenvolve-se a partir da presença do biofilme dental,
que é o responsável por mediar a desmineralização dos tecidos dentários denominados como esmalte
e dentina. Para sua ocorrência, há a necessidade da interação de três fatores: microorganismos
cariogênicos (Streptococcus mutans), substrato fermentável (como a sacarose) e um hospedeiro
vulnerável e tempo. (MOREIRA, p. 25 2011).
SINTOMATOLOGIA
• Cavitações;
• Dor nos dentes intensa;
• Deficiência na fala e na mastigação;
• Fraturas nas coroas dos dentes;
• Manchas brancas;
• Mau hálito;
• Inchaço;
• Irritabilidade; (MOREIRA, p. 26-27 2011).
DIAGNÓSTICO
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TRATAMENTO MÉDICO
Os fatores a ser levados em consideração para realizar um bom tratamento da cárie de mamadeira é,
ter uma boa higienização bucal, fluorterapia domiciliar, visita ao profissional. (MOREIRA, p. 31
2011).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
● Conscientização da família;
● Promoção de uma dieta equilibrada e saudável, modificando as fontes e as quantidades de
carboidratos fermentáveis e inclusão de alimentos cariostáticos. (MOREIRA, p. 30 2011).
TERAPIA NUTRICIONAL
● Não oferecer leite durante a madrugada ou evitar que a criança durma após mamar;
● A higiene bucal (dentes e gengivas). Devem ser limpos com gaze ou pano após de toda
amamentação com mamadeira; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1160).
REFERÊNCIAS
• MOREIRA, A.C.G.S. et al. Prevenção da Cárie de Mamadeira. Revista Gestão & Saúde,
Curitiba, v. 2, n. 2, 2011. Acesso em: 26/06/2023
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DOENÇA PERIODONTAL
INTRODUÇÃO
https://sorrisologia.com.br/
FISIOPATOLOGIA
É uma inflamação da gengiva com infecção causada por bactérias orais e subsequente desnutrição do
aparato de inserção dos dentes. A doença não tratada resulta em uma perda gradual da inserção do
dente no osso. A progressão é influenciada pela geral do hospedeiro e pela integralidade do sistema
imunológico. O fator causal primário no desenvolvimento de doença periodontal é a placa. A doença
periodontal tem seu desenvolvimento mais acelerado em pacientes diabéticos, imunossuprimidos e
em tabagistas. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1163).
ETIOLOGIA
● Dente amolecido;
● Dentes excessivamente sensíveis a temperaturas frias ou quentes;
● Dores agudas ao mastigar;
● Gengiva inchada, vermelha ou dolorida;
● Gengiva com sangramento durante a escovação ou durante o uso de fio dental; (ALMEIDA
2014) Apud, OLIVEIRA p. 3-4, 2018).
DIAGNÓSTICO
Mudanças na cor e aparência dos dentes, gengivas, língua e tecido gengival. OLIVEIRA p. 5, 2018).
TRATAMENTO MÉDICO
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● Periodontite moderada a severa: cirurgia periodontal poderá ser realizada a fim de reduzir
as bolsas, bem como enxerto ósseo para restaurar o osso perdido;
● Raspagem gengival é a única forma de remover a placa que se calcificou e se transformou em
tártaro; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1163-1164).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
● Realizar a higiene pessoal sempre que possível com o auxílio do fio dental;
● Realizar o uso de goma de mascar a base de xilitol quando a escovação não for possível;
● Realizar lanches com alimentos cariostáticos e cariogênicos (queijos, hortaliças, pipoca);
● Remover a placa bacteriana é a chave para prevenir a doença periodontal e melhorar a saúde
bucal; OLIVEIRA p. 10, 2018).
REFERÊNCIAS
• CAMARGO, Gabriela A. C. G.; ABREU, Mariana Gouvêa L.; CORDEIRO, Renata dos Santos;
CRESPO, Marcio Alves; WENDEROSCKY, Letícia de Faria. Aspectos clínicos, microbiológicos
e tratamento periodontal em pacientes fumantes portadores de doença periodontal
crônica: revisão de literatura. Revista brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 73, 2016.
• OLIVEIRA, Tayaka Flores; FERRAZZO, Fernanda Fritzen; FLOREK, Zenir; TEIXEIRA, Rosane
Lino; CHECHI, Vitor Ricardo Correia; MARCHIORI, Paula Marco; TAKEMOTO, Marcos
Massaro. CAUSAS E TRATAMENTOS DA PERIODONTITE. TIPOS DE PERIODONTITE E SUAS
CARACTERÍSTICAS, [s. l.], v. 8, ed. 2, 2018
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Esôfago
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ACALASIA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado por peristaltismo esofágico defeituoso
e falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição. O portador pode evoluir
desenvolvendo desnutrição. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1235).
ETIOLOGIA
Lesão causada por agente tóxico por exposição prolongada a agentes químicos (herbicidas), doenças
autoimunes, infecções virais prévias (varicela, caxumba, sarampo), histórico familiar com esta afecção, fator
emocional com uso contínuo de medicamentos principalmente psiquiátricos, uso prolongado de tabaco e
etilismo e doença de chagas. (LAURINO-NETO, 2018, p. 1-4).
SINTOMATOLOGIA
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• Iniciar o pré e pós-operatório com dieta líquida e ir evoluindo de acordo com a aceitação do paciente;
(LAURINO-NETO, 2018, p. 4-4).
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A presença de refluxo implica em incompetência do EEI, que pode resultar em perda generalizada do
tônus desse esfíncter ou de relaxamentos recorrentes e temporários (i.e., não relacionados à
deglutição). Os relaxamentos transitórios do EEI são desencadeados por distensão gástrica ou
estímulo faríngeo subliminar. Os fatores que contribuem para a competência da junção
esofagogástrica incluem o ângulo da junção cardio esofágica, a ação do diafragma, a gravidade (i.e.,
posição ortostática) e a idade do paciente. (HENRY, p. 210-211, 2014).
SINTOMATOLOGIA
• Corrosão dentária;
• Dor torácica;
• Disfagia;
• Tosse crônica, rouquidão e chiado;
• Queimação retroesternal, com ou sem regurgitação do conteúdo gástrico para a boca;
• Garganta inchada;
• Náuseas após refeições, (HENRY, p. 211, 2014).
DIAGNÓSTICO
• Diagnóstico clínico;
• Endoscopia para pacientes que não respondem ao tratamento empírico;
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• pHmetria de 24h para pacientes com sintomas típicos, mas endoscopia normal, (HENRY, p.
211, 2014).
TRATAMENTO MÉDICO
• Evitar alimentos que podem agravar o quadro de refluxo, causando dor e irritação se o
esôfago estiver inflamado, como: pimenta do reino, refrigerantes, tomate, frutas cítricas;
• Evitar alimentos que aumentam ou estimulam a secreção gástrica, como: bebidas alcoólicas,
café, chocolate, molho vermelho a base de tomate, refeições ricas em gorduras, alimentos que
contenham hortelã ou menta; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p. 1240).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
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HÉRNIA DE HIATO
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
O esôfago passa através do diafragma pelo hiato ou anel esofágico, essa união do esôfago ao anel
esofágico pode se tornar incompleta, permitindo que o esôfago ou uma porção superior do estômago
se mova para cima do diafragma. O tipo mais comum de Hérnia de Hiato é a hérnia por deslizamento
e a forma menos comum é a hérnia paraesofágica. (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND,
2016, p. 1236-1237).
ETIOLOGIA
A Hérnia de Hiato costuma ser desconhecida, mas acredita-se que ocorra pela distensão dos
ligamentos da fáscia entre o esôfago e o diafragma no hiato esofágico (a abertura pela qual o esôfago
atravessa o diafragma). (FILHO; SANTANA; FERNANDES, p. 3-4. 2021)
SINTOMATOLOGIA
• Azia;
• Dor torácica;
• Disfagia;
• Eructação;
• Fadiga. (FILHO; SANTANA; FERNANDES, p. 4-6. 2021).
DIAGNÓSTICO
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• FARIAS, Ana L.; SANTOS, Teresa C. M. M.; SANTOS, Bruna R. A.; FERNANDES,
Cássia C; JESUS, Danielle C; SANTOS, Evelin Aparecida. HÉRNIA DE HIATO: PERFIL
SOCIAL, PATOLÓGICO E CIRÚRGICO DOS PACIENTES QUE SE SUBMETERAM À
CIRURGIA. Revista de Enfermagem UFPE , [s. l.], 2011. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/6854/610
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DIVERTICULOS ESOFÁGICOS
INTRODUÇÃO
https://www.centraldafonoaudiologia.com.br/
FISIOPATOLOGIA
Um divertículo grande pode encher-se de alimento que pode ser regurgitado posteriormente, quando
o indivíduo inclina-se para frente ou quando ele se deita. Acarretar uma pneumonia aspirativa.
(GUMBREVICIUS, p. 46. 2018).
ETIOLOGIA
Podem ser divididos em tração e pulsão. Os divertículos de tração são divertículos verdadeiros,
possuindo todas as camadas do esôfago, mucosa, submucosa e muscular. Estão associados a doenças
crônicas do mediastino. Os divertículos de pulsão são divertículos falsos, portanto, contendo apenas
túnicas mucosas e telas submucosas, causados pelo aumento da pressão intraluminal, secundária a
um distúrbio de motilidade ou obstrução mecânica. (AYUB et al. p, 2. 2017).
SINTOMATOLOGIA
• Aspiração;
• Mau hálito;
• Rouquidão;
• Pneumopatias;
• Tosse;
• Complicações, como: infecção, perfuração e transformação neoplásicas; (AYUB et al. p,2
2017).
DIAGNÓSTICO
• Anamnese completa;
• Esofagograma;
• Endoscopia digestiva alta (EDA);
• Mesometria esofagiana;
• pHmetria;
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TRATAMENTO MÉDICO
• Miotomia;
• Endoscopia digestiva alta.
• Ressecção; (GUMBREVICIUS, p. 47 2018).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
Evitar depósito de alimentos nos divertículos, pois dessa forma, evita-se a inflamação ou a infecção
nessas regiões. (AYUB et al. p, 2. 2017).
TERAPIA NUTRICIONAL
• Dieta branda;
• Ingerir líquidos somente nos intervalos das refeições;
• Realizar a última refeição de 2 a 3 horas antes de deitar-se;
• Sem substâncias irritantes da mucosa; (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016, p.
1238-1239).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
• YUB, Nazir Elias Chalela et al. Divertículo de esôfago médio: relato de caso. Arquivos de Ciências da
Saúde, v. 24, n. 4, p. 73-76, 2017.
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CÂNCER DE ESÔFAGO
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
• Tabagismo;
• Acalasia;
• Esôfago de refluxo;
• Obesidade;
• Megaesôfago causado pela doença de Chagas, levando a perder movimentos peristálticos;
(GUMBREVICIUS, p. 48. 2018).
SINTOMATOLOGIA
• Disfagia;
• Odinofagia;
• Dor atrás do esternocleidomastóideo;
• Perda de peso causada por dificuldade de deglutir os alimentos; (GUMBREVICIUS, p. 48-
49. 2018).
DIAGNÓSTICO
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TRATAMENTO MÉDICO
As opções para tratamento do câncer de esôfago são as mais variadas, incluindo principalmente a
ressecção cirúrgica e o tratamento não-cirúrgico com radioterapia e/ou quimioterapia (exclusiva,
paliativa, neoadjuvante e/ou adjuvante). (MAHAN, ESCOTT-STUMP e RAYMOND, 2016,p 1241).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
• BORGES, Elton Carlos O.; SILVA, Adriana F.; GRAÇAS, Amanda M.; MELO, Fabiano F.
S.; BARCELOS, Adler A.; MYIATA, Seiji. O câncer de esôfago: uma revisão. Revista da
Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, [s. l.], v. 13, ed. 1, 2015. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5168604.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023.
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Estomago
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DISPEPSIA
INTRODUÇÃO
A doença ulcerosa péptica, o refluxo gastroesofágico (com ou sem esofagite) e a neoplasia gástrica
constituem as três entidades maior responsáveis pela sintomatologia dispéptica. A doença ulcerosa
péptica é a etiologia mais importante de dispepsia a considerar, em consequência da sua prevalência
e da existência de terapêutica curativa. Infelizmente o tipo/padrão clínico da sintomatologia não
permite uma distinção clara entre esta entidade e a dispepsia funcional. (MACHADO; LUNARDI;
MAZZOLENI, p. 1-2. 2018).
SINTOMATOLOGIA
• Dor epigástrica;
• Presença de incômoda sensação de plenitude pós-prandial;
• Saciedade precoce;
• Sensação de queimação estomacal;
• Sensação de distensão abdominal, (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 2. 2018).
DIAGNÓSTICO
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• Agentes pró-cinéticos;
• Antiflatulentos;
• Modificação no estilo de vida, (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 5. 2018).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
• Alimentar-se lentamente;
• Não beber e comer em excessos;
• Mastigar bem os alimentos;
• Evitar ir se deitar após as refeições; (MACHADO; LUNARDI; MAZZOLENI, p. 7. 2018).
REFERÊNCIAS
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GASTRITE
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
“A causa mais comum é a infecção por Helicobacter pylori, uma bactéria gram-negativa que é pouco
resistente ao meio ácido do estômago. A infecção pelo H. pylori induz à inflamação pela resposta
inata e imune sistêmica. A olfactomedina 4 é uma glicoproteína regulada positivamente (up-
regulated) em pacientes infectados pelo H. pylori, levando à expressão de citocinas pró-inflamatórias
ou quimiocinas pela ativação do fator nuclear KB mediada pelos receptores Nod1 e Nod2; isso inibe
a resposta imune do hospedeiro e contribui para a persistência da colonização pelo H. pylori”.
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, v. 13, p, 1243).
ETIOLOGIA
(GUMBREVICIUS, p. 64 2018).
SINTOMATOLOGIA
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Remissão dos sintomas, preservando e/ou recuperando o estado nutricional do paciente e evitando
possíveis deficiências nutricionais. (DDINE et al. p, 3. 2012).
TERAPIA NUTRICIONAL
• Mudança na dieta;
• Redução do consumo de alimentos contendo lactose;
• Indivíduos podem precisar de suplementar cálcio e vitamina D;
• Uma dieta totalmente isenta de lactose não é necessária em indivíduos com deficiência de
lactase, a maioria consegue tolerar até 12g/dia de lactose; (DDINE et al. p, 3-4. 2012).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
• Evitar uma dieta totalmente restritiva a lactose, o consumo de produtos lácteos sólidos e
iogurtes são mais toleráveis;
• O uso da lactase exógena é uma alternativa para os intolerantes mais graves;
• Alguns pacientes toleram queijos e margarinas, apenas precisam suspender apenas o leite
propriamente dito;
• Derivados lácteos sólidos e iogurtes são mais toleráveis; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1248).
REFERÊNCIAS
• DDINE, Lissa C.; DDINE, Charif C; RODRIGUES, Cíntia C. R.; KIRSTEN, Vanessa R;
COLPO, Elisângela. FATORES ASSOCIADOS COM A GASTRITE CRÔNICA EM
PACIENTES COM PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO HELICOBACTER PYLORI. ABCD
Arq Bras Cir Dig, [s. l.], 2012.
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UCERA PÉPTICA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A mucosa gástrica e duodenal normal é protegida das ações digestivas de ácido e pepsina pela
secreção de muco, produção de bicarbonato, remoção do excesso de ácido pelo fluxo sanguíneo
normal e pela renovação e reparo rápidos das lesões de células epiteliais. A úlcera péptica se refere à
úlcera que ocorre em decorrência da falha desses mecanismos normais de defesa e reparo.
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1246-1247).
ETIOLOGIA
• Azia;
• Distensão abdominal,
• Náusea;
• Ptialismo;
• Empachamento;
• Eructação;
• Emagrecimento;
• Meteorismo, (VOMERO; COLPO, p 2. 2014).
DIAGNÓSTICO
Dietoterapia I
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TRATAMENTO MÉDICO
• Aliviar os sintomas;
• Dieta adequada e um bom estado nutricional para ajudar na redução da H. pylori;
• Prevenir o refluxo gastroesofágico; (GUMBREVICIUS, p. 64 2018).
TERAPIA NUTRICIONAL
● Aumentar o consumo de: ácidos graxos da série-3 e n-6, que podem ter um efeito protetor;
● Diminuir alimentos que estimulam secreções ácidas, como: café;
● Evitar o consumo excessivo de álcool;
● Estimular o antagonismo do ácido através do consumo de fibras. (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1248).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
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CÂNCER GASTRICO
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
Se caracteriza pelo crescimento desordenado das células que compõem a parede do órgão.
Substituindo o tecido normal do órgão e propagando-se para outras camadas do estômago e podendo
acometer órgãos vizinhos. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1252-1253).
ETIOLOGIA
● Inchaço;
● Disfagia;
● Dor epigástrica;
● Saciedade precoce;
● Vômito com sangue;
● Fezes com sangue escurecido;
● Perda de peso e apetite;
● Fadiga; (BESAGIO et al., p, 5. 2021).
DIAGNÓSTICO
● Biópsia;
● Endoscopia digestiva alta;
● Exame de sangue oculto nas fezes;
● Tomografia Computadorizadas; (TODESCATTO et al., p, 2-3. 2017).
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TRATAMENTO MÉDICO
Dietoterapia I
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Intestino Delgado
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DOENÇA CELÍACA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
Patologia de origem autoimune. É multifatorial, sendo assim, vários fatores influenciam na sua
fisiopatologia; são eles: fatores genéticos, imunológicos e bioquímicos. Tendo como base para sua
etiopatogenia um processo inflamatório causado pela resposta imune inapropriada das células T
intestinais, quando entram em contato com os peptídeos de glúten. (PEREIRA, p, 3-5 2020).
SINTOMATOLOGIA
Clássica: se manifesta principalmente nos primeiros anos de vida com sintomas como diarreia ou
constipação crônica, atrofia da musculatura glútea e anemia ferropriva. Não clássica: caracterizam-
se pela ausência de sintomas digestivos ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.
Assintomática: realização de rastreamento sorológico com os anticorpos antitransglutaminase e
antiendomísio é aceita como diagnóstico definitivo quando os resultados são positivos e confirmados
pela biópsia intestinal, seguida pela resposta sorológica à dieta isenta de glúten. Latente: é
identificada em pacientes com biópsia jejunal normal, consumindo glúten, (PEREIRA, p, 11. 2020).
DIAGNÓSTICO
● Exame clínico;
● Marcadores sorológicos;
● Biópsia (Análise histopatológica da mucosa do intestino delgado); (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1285).
Dietoterapia I
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TRATAMENTO MÉDICO
Adesão de uma dieta isenta de glúten, mas muitos pacientes, apresentam uma resposta a esteroides,
azatioprina, ciclosporina ou outras medicações, classificadas para o uso nas reações inflamatórias ou
imunológicas. (PEREIRA, p, 19. 2020).
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
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DEFICIÊNCIAS DE ENZIMAS IL
INTRODUÇÃO
A intolerância à lactose é uma disfunção que ocorre no intestino delgado causada pela
ausência de uma enzima denominada lactase (β-D-Galactosidase), que está presente
na superfície das células intestinais. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND,
2016, p, 1296). https://www.marcosbraun.med.b
FISIOPATOLOGIA
A lactose é um dissacarídeo composto de glicose e galactose, formado pelas glândulas mamárias dos
mamíferos através da glicose para suprir o componente carboidrato durante a lactação. Quando a
lactose chega à luz intestinal, deverá ser hidrolisada em monossacarídeos pela lactase, que é uma
endoenzima presente na borda em escova da mucosa (células epiteliais de revestimento do intestino).
A digestão deste carboidrato ocorre em todo o delgado, porém, sua atividade é grande no jejuno
proximal, pequena no duodeno e jejuno distal e praticamente ausente no íleo terminal. (MAHAN,
ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1298).
ETIOLOGIA
Com base na etiologia do defeito enzimático a deficiência da enzima β-D-Galactosidase pode ser classificada
em três tipos: Deficiência Congênita: por um problema genético, a criança nasce sem condições de produzir
lactase; Deficiência Primária: diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da
adolescência e até o fim da vida (forma mais comum); Deficiência Secundária: a produção de lactase é
afetada por doenças intestinais; (CUPPARI. P, 472. 2014).
SINTOMATOLOGIA
● Borborigmo;
● Cólicas abdominais.
● Diarreia;
● Distensão abdominal;
● Flatulência;
● Náuseas; (CUPPARI. P, 473. 2014).
DIAGNÓSTICO
● Avaliação da história clínica;
● Teste do pH fecal;
● Teste de tolerância a lactose;
● Teste de liberação do hidrogênio respiratório (HBT); (CUPPARI. P, 473-475. 2014).
Dietoterapia I
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TRATAMENTO MÉDICO
Remissão dos sintomas, preservando e/ou recuperando o estado nutricional do paciente e evitando
possíveis deficiências nutricionais. (CUPPARI. P, 474. 2014).
TERAPIA NUTRICIONAL
● Mudança na dieta;
● Redução do consumo de alimentos contendo lactose;
● Indivíduos podem precisar de suplementar cálcio e vitamina D;
● Uma dieta totalmente isenta de lactose não é necessária em indivíduos com deficiência de
lactase, a maioria consegue tolerar até 12g/dia de lactose; (CUPPARI. P, 474. 2014).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
● Evitar uma dieta totalmente restritiva a lactose, o consumo de produtos lácteos sólidos e
iogurtes são mais toleráveis;
● O uso da lactase exógena é uma alternativa para os intolerantes mais graves;
● Alguns pacientes toleram queijos e margarinas, apenas precisam suspender apenas o leite
propriamente dito;
● Derivados lácteos sólidos e iogurtes são mais toleráveis; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1299-1300).
REFERÊNCIAS
● CUPPARI, Lilian. Nutrição clínica no adulto. 3. ed. [S. l.]: Manole, 2014.
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DOENÇA DE CROHN
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
Conforme a doença progride, a parede intestinal torna-se cada vez mais espessada, com luz estreita e
a membrana mucosa com aspecto emborrachado. O processo inflamatório possui variação de
características morfológicas, microscópicas e macroscópicas. (MAHAN, ESCOTT- STUMP e
RAYMOND, 2016, p, 1304).
ETIOLOGIA
Afetando o sistema gastrointestinal, a doença de Crohn segundo é uma patologia crônica que afeta a
espessura da parede do órgão, e sua etiologia assegura com maior evidência para o fator da
combinação com as alterações ou diminuição da permeabilidade da parede do intestino, de fatores
ambientais e dos antígenos persistentes, no entanto não existem certezas suficientes para garantir a
asserção. (PAPACOSTA, p. 26. 2017).
SINTOMATOLOGIA
● Dor abdominal;
● Diarreia;
● Desnutrição
● Febre;
● Perda de peso; (MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1306).
DIAGNÓSTICO
Dietoterapia I
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● Fase aguda da Doença de Crohn: uso combinado da TNE e drogas está indicado em pacientes
desnutridos, assim como em pacientes com estenose do intestino;
● A TNP está indicada em casos em que a TNE não é possível: obstrução intestinal, intestino
curto com má absorção grave, distúrbios hidroeletrolíticos graves, dismotilidade intestinal
grave;
● A TNP também pode ser usada quando ocorre intolerância à TNE ou impossibilidade de
manutenção adequada de dieta oral associada à ausência de via de acesso para TNE;
● A TNE é efetiva na prevenção das crises de agudização e manutenção da remissão. O uso de
suplemento nutricional oral em complemento à dieta habitual é seguro, bem tolerado e
efetivo na manutenção da remissão na DC;
● A ingestão diária de suplemento oral de 600 kcal é possível em pacientes com DC inativa;
● A ingestão oral com suplemento nutricional em quantidade superior a esta só é possível por
muito curto período na DC ativa; (PAPACOSTA, p. 33-34. 2017).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
Dietoterapia I
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COLITE ULCERATIVA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A RCU é restrita à mucosa e submucosa, com inflamações que envolvem a mucosa do cólon e reto,
levando ao desenvolvimento de úlceras. A doença tem início no reto podendo se estender a todo o
cólon de maneira contínua. (CUNHA, p. 1-2. 2019).
ETIOLOGIA
● Diarreia;
● Dor abdominal;
● Sangramento retal;
● Eliminação de muco nas fezes;
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1306-1307).
DIAGNÓSTICO
● História clínica;
● Exame das fezes;
● Exame endoscópico;
● Achados histopatológicos; (CUNHA, p. 4. 2019).
TRATAMENTO MÉDICO
● Colonoscopia;
● Retossigmoidoscopia flexível;
● Aminossalicilatos orais e por via retal, corticóides, imunossupressores, antibióticos;
(MAHAN, ESCOTT- STUMP e RAYMOND, 2016, p, 1307).
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● Uso de dietas líquidas de poucos resíduos e baixo teor de fibras podem diminuir a carga
antigênica;
● Em muitos casos dieta oral é insuficiente para suprir as necessidades energéticas do paciente.
Indica-se nutrição enteral como melhor suporte, pois são mais completas e bem adequadas,
além de preservar a mucosa, prevenir translocação bacteriana e promover melhora
imunológica;
● Nutrição parenteral é indicada em casos de obstruções, fístulas e doenças mais graves, com
TGI não funcionante; (CUNHA, p. 6. 2019).
RECOMENDAÇÕES/ CONSIDERAÇÕES
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REFERÊNCIAS:
● HENNESSY, Bernard J. MANUAL MSD: Versão Saúde para a Família. [S. l.: s. n.], 2022.
cap. DISTÚRBIOS DA BOCA E DOS DENTES. Acesso em: 20/06/2023.
• CAMARGO, Gabriela A. C. G.; ABREU, Mariana Gouvêa L.; CORDEIRO, Renata dos
Santos; CRESPO, Marcio Alves; WENDEROSCKY, Letícia de Faria. Aspectos clínicos,
microbiológicos e tratamento periodontal em pacientes fumantes portadores de
doença periodontal crônica: revisão de literatura. Revista brasileira de Odontologia,
Rio de Janeiro, v. 73, 2016.
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● FARIAS, Ana L.; SANTOS, Teresa C. M. M.; SANTOS, Bruna R. A.; FERNANDES,
Cássia C; JESUS, Danielle C; SANTOS, Evelin Aparecida. HÉRNIA DE HIATO:
PERFIL SOCIAL, PATOLÓGICO E CIRÚRGICO DOS PACIENTES QUE SE
SUBMETERAM À CIRURGIA. Revista de Enfermagem UFPE , [s. l.], 2011.
Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/6854/610
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