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2.

Mecanismos da corrosão
2.1. Introdução

• Dentre todos os mecanismos de corrosão


existentes, predominará um deles, de acordo
com o material e o meio corrosivo envolvido.
• Podem ser de dois tipos:
✓ Mecanismo Eletroquímico; ou
✓ Mecanismo Químico.

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2.2. Corrosão eletroquímica
• Ocorre devido ao fluxo de elétrons entre dois
materiais, o ânodo (que sofre oxidação) e perde
elétrons, cedendo-os ao cátodo (que, por sua vez, sofre
redução), e também pela diferença de potenciais de
oxidação e redução, respectivamente, entre eles.
• Envolve a participação de uma solução eletrolítica,
que permite a movimentação de cargas elétricas.
• A solução eletrolítica consiste em uma solução de um
eletrólito condutora de eletricidade.
• Um eletrólito é qualquer substância que, dissociada ou
ionizada, libera cátions e ânions pela adição de
solvente ou por aquecimento.

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• Uma substância que não libera íons nessas condições
e, portanto, não se torna condutora de eletricidade, é
chamada de um não eletrólito.
• Uma solução de uma substância desse tipo é chamada
de não eletrolítica.
• As soluções de ácidos e bases, objetos de estudo desta
disciplina, são eletrolíticas.
• As soluções eletrolíticas mais comuns são:
✓ soluções aquosas,
✓ gases atmosféricos,
✓ solo, pois pode conter significativas quantidades de
umidade e saisa dissolvidos ou fundidos.
a. Sais são compostos orgânicos ou inorgânicos de caráter iônico. Ao se dissociarem em água,
produzirão íons diferentes de H+ e OH-. Costumam ter alto ponto de fusão e boa solubilidade em
água. Podem ter caráter ácido, básico ou neutro.

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2.3. Tipos de corrosão eletroquímica
2.3.1. Formadas por materiais (eletrodos) distintos
• Ocorre ligando-se dois metais ou ligas, por exemplo, e,
concomitantemente, imergindo-os em um mesmo
eletrólito (solução eletrolítica).
• Forma-se uma pilha de corrosão galvânica, também
conhecida como corrosão bimetálica.
• É um processo eletroquímico que ocorre quando metais
distintos entram em contato elétrico através de um mesmo
eletrólito. Basicamente, um metal começa a corroer o
outro, conforme o exemplo ilustrado na Figura 04.
✓ A aplicação da proteção catódica, através da inserção
de um metal de “sacrifício” sobre a estrutura metálica de
casco de um navio para que este não sofra diretamente
uma reação de oxirredução, como mostra a Figura 04.
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Figura 04: Corrosão em cascos de navios
Fonte:
https://www.santillana.pt/files/DNLCNT/Priv/_11812_c.book/266/resources/imagem_178_179.png

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• Em uma reação de oxirredução:
• Oxidação: é um processo que resulta na perda de um ou
mais elétrons pelas substâncias (átomos, íons ou
moléculas). O seu estado de oxidação altera-se para
valores mais positivos.
• Redução: é um processo que resulta em ganho de um ou
mais elétrons pelas substâncias (átomos, íons ou
moléculas). O seu estado de oxidação atinge valores mais
negativos (ou menos positivos).
• Agente oxidante: é aquele que aceita elétrons e é
reduzido durante o processo.
• Agente redutor: é aquele que perde elétrons e que se
oxida no processo.
A redução e a oxidação sempre ocorrem
simultaneamente.
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• Através da utilização da
tabela de semirreações, é
possível identificar quem
será o agente oxidante e o
agente redutor, Figura 05.
• De acordo com o exemplo,
as reações envolvidas são:

Zn(s) → Zn 2+ (aq) + 2 e-1


Fe2+ (aq) + 2 e-1 → Fe (s)
Zn(s) + Fe2+ (aq) → Zn 2+ (aq) + Fe (s)

Figura 05: Série Eletroquímica Qualitativa


Fonte: https://www.santillana.pt/files/DNLCNT/Priv/_11812_c.book/266/resources/p174_fig13.jpg
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• Meios de prevenção contra a corrosão galvânica

• Evitar o contato metal-metal: coloca-se entre os


mesmos, um material isolante (não condutor);
• Utilização de inibidores: usado principalmente
em equipamentos químicos pelo qual haja
presença de material agressivo.

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