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@RT. S
Caros leitores,

Aqui é a Anna, gostaria de agradecer muito por


terem escolhido este livro. Quer já tenham lido e só
estejam empolgados com o lancamento do filme, quer
seja sua primeira vez, seu apoio significa muito para mim.
Para quem já faz parte da familia After, queria
apenas escrever algo especial aqui para celebrar quão
longe chegamos desde o primeiro capitulo no wattpad.
Voce trasnformaram nossa modesta narrativa em uma
serie de livros best-seller e agora num FILME!! Sei que
vão amar ver a historia ganhar vida na tela, e sempre
poderão reencontrar as partes de que sentirem falta
nestas paginas. Amo todos vocês mais que posso explicar,
e espero que amem o filme que criamos juntos. <3
Falamos em breve 😉

ANNA TODD

@RT. S
98.

Tudo gira na minha mente. Minha paranoia cresce

a cada segundo, e não sei por quanto tempo mais

consigo segurar. Impedir esse erro – não, traição –

de se derramar, de se despejar sobre minha vida

parece impossível. Acho que convenci Molly e Jace a

manter a boca fechada e o ego bem longe do meu

relacionamento. Passei a última hora envolto em seus

joguinhos, mentindo e me esforçando para não

chegar nem perto da verdade.

“Não entendo essa obsessão por ela. Nem é tão

bonita. Já disse um milhão de vezes. E, para piorar,

ainda é super pretensiosa.”

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Molly não desiste do assunto. não para de falar de Tessa

desde que apareceu esta noite. Agora está sentada na

beira da doca, balançando os pés.

“Olha só pra você, usando palavras difíceis.” Jace

sorri para Molly. “Eu não iria tão longe, mas Tessa não

se encaixa aqui. Isso está bem claro.” Ele olha pra mim,

mas vira o rosto depressa.

Jace joga alguma coisa na água. Uma garrafa. Ela

flutua, e penso na mesma hora no que Tessa diria sobre

jogar lixo no lixo.

O celular de Molly vibra sem parar na mão dela.

Sempre que lê o que aparece na tela, fico ainda mais

impaciente.

“Já chega de falar dela.” Olho para Jace, que está de

uniforme. “Vai trabalhar hoje?”

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Ele balança a cabeça em negativa, então olho para

Molly. “Não. Eu ia fazer umas horas a mais agora à

tarde, mas desisti. Estão com fome?”

Molly levanta da doca de madeira num pulo.

“Sempre! Vamos no Blind Bob´s. Steph está lá.”

Penso em recusar e voltar para casa, para Tessa,

onde é meu lugar, mas algo me impede de usar o bom

senso. Antes que perceba, estamos os três no meu carro,

indo para o Blind Bob´s. Talvez eu conte para todo

mundo de uma vez, o grupo inteiro – aquele lance de

mata dois coelhos com uma cajadada só -, e descubra o

que preciso fazer para impedir que estraguem minha

vida inteira.

Odeio o poder que esses caras têm sobre mim.

Sobre Tessa. Sobre nossa vida juntos. Caralho. Preciso

contar antes de irmos para Londres, se ela topar ir

comigo. Sei que vai, porque não conseguiria recusar

uma oferta para visitar a terra de seus heróis literários.


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“De quem é esse carro?” Molly aponta para o carro

de Tessa, estacionado ali, e sinto um frio na barriga.

Perdi o controle hoje, fui um completo idiota, e agora ela

está aqui, com meus amigos. Isso pode dar muito, muito

errado em questão de segundos. Não vou deixar.

Molly diz algo para Jace que não entendo. Como

um idiota, ignoro, focando em impedir meus pés de

correrem para o Bob´s.

Entro, com os dois logo atrás. Sacudo a neve do

cabelo e me aproximo de Tessa.

Tenho que tirá-la daqui – e rápido.

“Tessa, preciso falar com você.”

“Agora?”

“Sim. Agora.” Pago seu braço. Ela se afasta um

pouco. “o que está fazendo aqui?”, pergunto em voz

baixa, de modo que só Tessa possa me ouvir. Tento

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controlar a raiva. Sei que não é culpa dela, mas ser

racional não é exatamente meu negócio.

“vim ver Steph.”

Sei que está mentindo por causa da maneira

como morde o lábio inferior, nervosa.

“Porra nenhuma.” Olho para os outros. Molly

nos encara sorrindo. Merda. “você precisa ir”, digo a

Tessa, esperando que obedeça.

“como é?” É claro que ala não cede.

“Você precisa ir para casa.”

“Que casa? Meu novo quarto?” Tessa diz, me

pressionando. Meu sangue gela. Está claro que

conversaram antes que eu chegasse.

Isso não pode acontecer. Não aqui, não agora.

“Sim, eu contei para eles. Disse que estamos

morando juntos. E por que você não fez isso?


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Imagina como estou me sentindo idiota? Pensei que

já tinha passado dessa fase de manter tudo em

segredo.”

Meu peito queima. Engulo a raiva.

Tento mentir, impedir que a coisa exploda

neste bar de merda. “Eu não estava...”

“Estou cansada dos seus segredos e dessa

enganação toda, Hardin. Toda vez que penso que a

gente está se acertando...”

Não consigo achar as palavras. Nem umazinha

que faça sentido ou que possa consertar as coisas.

Nada. “Desculpe. Eu não estava mantendo nada em

segredo. Só estava esperando”

Nem presto atenção as palavras frenéticas que

saem dos meus lábios. Passo os olhos pelo local,

tentando organizar os pensamentos. Minha mente

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está a toda, criando o pior cenário possível. Só sei

que preciso tirar Tessa daqui.

“Não posso continuar assim... você sabe disso,

né?

“É eu sei.” E como. Não quero continuar assim

também. Já faz muito tempo. Só que não sei como

consertar as coisas, “A gente pode conversar sobre

isso em casa?”

Tessa assente, e eu sinalizo para a mesa onde

meus supostos amigos estão sentados. Vou até eles.

“A gente precisa ir”, digo.

Jace sorri, o que me deixa louco. Conheço essa

cara. “Mas já?”, ele pergunta, cutucando a ferida que

não quero que sangre.

“Já.” Olho para Tessa. Precisamos ir, tento

comunicar a ela com meus olhos.

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“Vão voltar para o apartamento de vocês?”,

Steph pergunta a Tessa.

Ela arregala os olhos para mim.

“o que?”, Molly pergunta, embasbacada.

“O apartamento deles. Os dois estão morando

juntos”, Steph explica, golpeando Molly com as

palavras. Jace franze as sobrancelhas, e observo

enquanto os dois assimilam o que foi dito.

“Ora, ora, ora.” Molly bate as unhas na mesa, me

queimando com seu olhar. “Que interessante.” Seus

lábios se fazem. Passa a mão pelo cabelo, puxando

um pouco, em pânico.

É exatamente isso que Molly quer: uma abertura

para penetrar na bolha em que tento manter Tess.

“Molly...”

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Ela levanta uma sobrancelha. Continua olhando

apenas para mim. “Você não acha que está levando

essa história longe demais?”

Não sei o que vou dizer, mas minha boca se mexe.

“Molly, eu juro por Deus, se você não calar a boca...”

“que história? O que ele está levando longe demais?”

A voz de Tessa falha no fim da pergunta.

Juro por Deus – e sei que não falo com Ele há um

bom tempo – que se conseguimos dar o fora daqui...

conto tudo pra ela. Só precisamos ficar sozinhos,

longe daqui.

“Tessa, vá lá pra fora”, tento convence-la.

“Não, que história é essa que ele está levando longe

demais? Conte!”, Tessa grita. Ela não vai embora. Eu

a conheço bem.

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“Espere aí. Ah, então você está na jogada?” Molly ri e

lambe os lábios. “Eu tinha certeza! Disse para Jace

que você sabia de tudo, mas ele não acreditou.

Hardin, você deve uma boa grana para Zed por isso”.

Molly levanta.

Sinto os olhos de todos em mim, mas só me importo

com Tessa e o modo como lagrimas começam a se

acumular em seus olhos cinzas.

Com a voz tremula, ela pergunta: “eu sabia o que?”.

Tento mais uma vez afasta-la do caos. Dessa vez, vou

pegar seu braço, mas ela não deixa e se põe de pé.

Molly parece achar graça em Tessa a desafiando tão

de perto. “Para de se fazer de boba, sei que você sabe.

O que foi que ele fez? Dividiu o dinheiro com você?”

“Tessa...” toco os dedos dela, esperando traze-la de

volta para mim. Mas Tessa afasta minha mão.

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“Conte! Do que é que ela está falando?”

Qualquer esperança de que palavras saiam da

minha boca desaparece. Tento falar, mas não

consigo.

Molly gargalha. “Então você não sabe mesmo? Ah,

isso é demais. Pessoal, senta que lá vem história!”

“Não faça isso”, Steph pede. Não consigo falar. Qual

é o meu problema?

Molly não para. Eu sabia que não pararia. “tem

certeza que quer saber, princesinha?”

“Conte”, Tessa ordena de novo.

É como se eu estivesse vendo um filme. Assistindo a

cena à minha frente. Mesmo que eu queira que meu

personagem se mova, pegue Tessa e saia correndo,

ou que pelo menos fale alguma coisa, nada acontece.

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Tento me convencer de que assim é melhor. Que,

quando antes Tessa souber como sou zoado, melhor

pra ela. Pelo menos não vou ter que contar eu mesma

– não vou ter que dizer nada. Sim, sou um covarde,

mas todo mundo já sabia disso.

Molly acaba com meu último plano. “Não, acho que

quem precisa contar é Hardin”

“Apoiada”, Jace diz, levantando uma cerveja no ar.

“Vá em frente, Hardin, conte.”

Violência física não ajudaria em nada agora... não

adiantaria socar Jace nos dentes. Repito isso para

mim mesmo enquanto o mundo à minha volta gira.

Preto e vermelho, é tudo o que consigo ver. E azul,

dos olhos de Tessa. Focamos em mim, implorando

por respostas.

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“Eu... conto lá fora”, digo a ela. Seria muito pior

contar na frente de todo mundo. Ainda que já

saibam. Porra, que situação de merda.

Vejo o momento em que decide que não vai a lugar

nenhum comigo. “Não, você vai me contar aqui na

frente deles, para não ter como mentir.”

“Desculpe”, digo, como se pudesse melhorar alguma

coisa. “Tessa, você precisa lembrar que isso tudo

aconteceu antes de eu conhecer você.”

“Conte”

“Naquela noite... naquela segunda noite... na

segunda festa em que você apareceu, quando

jogamos verdade ou desafio... quando Nete

perguntou se você era virgem...” Não sei por onde

começar... ou onde terminar. Queria que ela tivesse

me deixado antes. Como todas as merdas que fiz, ela

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deveria ter terminado comigo há muito tempo. Teria

sido muito melhor. Para mim, para Tessa. Em vez

dessa crucificação publica dela, do que temos.

Tínhamos.

“Continue...”, Jace me apressa.

“você disse que sim... e alguém teve a ideia...” As

palavras ficam presas na minha garganta. Minha

mente e meu corpo imploram para que eu não faço

isso aqui.

“Quem teve a ideia?”, Molly me interrompe.

“Eu... eu tive a ideia”, solto, me esforçando para não

desviar os olhos dos de Tessa. Deveria desviar, para

minha própria sanidade, mas não posso. Devo a ela

pelo menos isso. “Que seria... que poderia ser

divertido... fazer uma aposta”. O mundo à nossa volta

começa a ruir, e Tessa começa a chorar. Cravo as

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unhas nas mãos, esperando que saia sangue. Seria

uma distração da dor percorrendo o restante do meu

corpo.

Segundos de respiração silenciosa parecem horas de

conversa enquanto espero que alguém fale. Tessa

quebra o contato visual comigo e vira para Steph.

“Você sabia?”

“Eu... quase contei várias vezes, Tess”, Steph diz, e

me pergunto se é verdade. Não parece provável, mas

suas lagrimas são bastante convincentes.

“Não acreditei quando ele disse que conseguiu, nem

depois de ver a camisinha”, Jace diz, jogando

gasolina no fogo.

Molly ri. “Eu também não! Mas o lençol... sangue no

lençol é uma coisa que não dá para contestar!”

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Sou do tipo de homem – não, o tipo de garoto – que

levaria o lençol sujo de sangue para os amigos verem.

Sou exatamente como meu pai. Ou até pior.

“Tessa, desculpe”. Avançou na direção dela. Não sei

nem como consegue olhar para mim. Me odeio muito

mais do que ela seria capaz de odiar, o que ajuda a

compensar a fúria e a humilhação até olha-la de

novo.

Molly continua a destroçar o que restou de nós dois.

Nem mando que cale a boca dessa vez. Mereço ser

lembrado de como sou repulsivo. Nem sei se ouço

sua voz de fato. Só ouço os soluços de Tessa ao meu

lado enquanto Molly prossegue.

“Bom, ele achou que fosse ganha a aposta

naquela noite. Estava todo convencido, mais Zed

avisou que você não ia liberar tão fácil. Acho que Zed

estava certo, mas você acabou cedendo bem antes do


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que eu pensava, então ainda bem que não pus

dinheiro nessa aposta..., mas você devia saber que

pelo menos vale algum dinheiro, apesar de Zed quase

ter dado para trás algumas vezes. Mas, com o

dinheiro de Jace, Logan e Zed na jogada, espero pelo

menos que ele tenha pagado um jantar para você!”,

Molly conclui, rindo.

Jace virou o que restava da cerveja, e me vi no

reflexo da garrafa. Engoli a bile que subia pela

garganta quando ele falou. “Eu só lamento ter

perdido a famosa declaração de amor na frente de

todo mundo. Ouvi dizer que foi hilário.”

Quero que pare. Tudo isso. Não consigo mais. Mas

quem grita é Tristan, interrompendo as provocações

de Jace e Molly. “Parem com isso, porra! Vão se

foder, não estão vendo que ela está chateada?”

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“Diga alguma coisa, linda, por favor”, consigo pedir.

A expressão de Tessa deixa claro que minhas

palavras são como facadas nela.

“Não me chame assim! Como teve coragem de fazer

isso comigo? Você... você... eu não...” Ela chora.

“Eu sei que fiz besteira...” nem sei como começar.

“Fiz besteira” é a maneira mais leve de descrever o

que fiz. Por que não consigo nem falar, porra?

“Fez besteira? Você fez besteira?” Ela grita comigo.

Seu rosto está vermelho, seus olhos parecem

selvagens, e isso não me reconforta. Em geral, a raiva

é minha amiga – meu consolo. Mas agora não. “Só

me diz o motivo. Por que eu?” Sua voz suplicante

falha com um soluço.

“porque você cruzou meu caminho.” Tento ser

sincero, apesar de ser horrível. “E era um desafio. E

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era um desafio para mim. Eu não conhecia você,

Tessa. Não sabia que ia me apaixonar.”

Ela reage como se aquilo fosse um tapa na cara.

Queria que ela me batesse. Me socasse. Qualquer

coisa.

“Você é doente. Você é a porra de um doente!”, Tessa

grita, olhando para mim e para meus amigos como se

fossemos todos iguais. Talvez sejamos mesmo. Sou

mais parecido com eles que com Tessa. Quase deixei

que me convencesse do contrário.

Quando a toco de novo, ela finalmente me dá o que

quero: um tapa na cara. A dor é bem-vinda.

“Você estragou tudo! Tirou de mim uma coisa que

não era sua, Hardin, e que eu ia entregar para alguém

que me amasse, que me amasse de verdade. E você

me tirou isso por... por dinheiro? Não estou falando

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com minha mãe por sua causa. Abri mão de tudo! Eu

tinha uma pessoa que me amava, e que jamais faria

isso que você fez. Você é um escroto.”

Suas palavras são muito piores do que o tapa na

cara. Minhas mãos querem se cerrar em punhos,

querem socar o metal ou madeira mais duros que

houver por perto. Tento focar nela de novo. Antes

que me dê conta, estou falando. Sou um homem

desesperado.

“Mas eu te amo, Tessa, mais do que tudo. Eu ia

contar. Tentei impedir que contassem. Não queria

que você ficasse sabendo. Foi por isso que passei

aquela noite fora tentando fazer todo mundo

prometer que não ia dizer nada. Eu ia contar em

breve. Agora que estamos morando juntos, isso não

ia fazer mais diferença.”

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“você... você... ia, meu Deus, Hardin! Qual é seu

problema? Você acha que sair por aí pedindo para

ninguém contar para mim é coisa que se faça? Você

acha que porque a gente mora junto eu ia deixar isso

para lá? Foi por isso que fez tanta questão de pôr o

meu nome naquele contrato? Você é doente!" seus

olhos soltam faíscas. Tessa olha para cima e depois

de volta para mim. “Foi por isso que foi buscar

minhas coisas, porque estava com medo de que Steph

me contasse!”

Não exatamente. Eu só queria te manter escondida.

Guardo essas palavras para mim.

“O que você fez com o dinheiro, Hardin?”

“Eu...” Eu não deveria contar.

“Conte.” Ela não me deixa escolha.

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“Seu carro... a pintura... o deposito do aluguel.

Pensei que se... Quase contei um monte de vez,

quando senti que não era mais só uma aposta. Eu te

amo... e desde o começo. Juro.”

“você guardou a camisinha para mostrar para eles,

Hardin! Você mostrou o lençol ensanguentado,

caralho!” Levo as mãos aos cabelos e começo a puxá-

los. “Ai, meu Deus! Como sou idiota. Enquanto eu

revivia os detalhes da melhor noite da minha vida,

você estava mostrando o lençol para seus amigos.”

“Eu sei... isso não tem desculpa..., mas você precisa

me perdoar. Vamos superar isso”, arrisco. Sei que ela

está muito além desse ponto, mas estou delirando,

com tudo acontecendo tão rápido.

“perdoar você?” Ela ri. Não está achando graça de

verdade, o que só torna tudo pior. “Você arruinou

minha vida... sabe disso, né? Claro que sabe. Essa era
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sua intenção desde o início, lembra? Você prometeu

que ia acabar comigo. Parabéns, Hardin, você

conseguiu. Quer que dê dinheiro pra você? Ou que

arrume outra virgem?”

Caralho. Meus olhos queimam, meu corpo está

determinado a se dobrar sobre si mesmo. Tessa, por

favor. Eu te amo, e você sabe disso. Vamos para casa,

por favor. Posso explicar tudo.”

“Para casa? Aquela não é minha casa. Nunca foi, e

nos dois sabemos disso.”

“O que posso fazer? Faço qualquer coisa.” Sem nem

pensar, me ajoelho. Vou suplicar até não aguentar

mais, o bar fechar e a neve derreter. Se precisar, vou

ficar, de joelhos, até bem depois que o inverno for

embora.

“Nada. Não pode fazer mais nada comigo, Hardin.”

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Ela está falando sério? Sempre vai se sentir assim? A

porta se abre atrás de Tessa, e Zed entra no exato

instante em que ela tenta ir embora. Tudo o que

acontece depois que ele leva as mãos aos ombros dela

é um borrão. Independente do quanto eu me esforce

para entender o que está acontecendo, não consigo.

Tento levantar, impedi-la. Mas Tessa desaparece com

ela, e não há absolutamente nada que eu possa fazer.

Steph tenta falar comigo. “Hardin, sinto muito por

isso...”

“levanta, cara”, Jace diz. Mal consigo ouvi-los.

Só consigo ouvir o vento forte lá fora, levando a

única coisa boa da minha vida para longe de mim.

@RT. S
FIM... 😉

@RT. S

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