Você está na página 1de 8

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

IFNMG - Campus Montes Claros


Curso técnico em Química Integrado ao Ensino Médio

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS EM

AMOSTRAS DE LEITE EM PÓ

Relatório entregue como parte integrante das exigências


para a aprovação na disciplina de Laboratório de Química
Analítica no Curso Técnico em Química Integrado ao
Ensino Médio do Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais - IFNMG – Campus Montes Claros. Professora:
Junaí Carvalho de Souza Lopes..

Ana Clara R. R. Rocha


Ana Rosa M. G. Ribeiro
Anne Emanuelle V. Silva
Clara Cauane R. Martins
Giovana Ramos Ribeiro
Yasmim de Fátima Macedo

Montes Claros, Setembro de 2023


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO..............................................................................................................................3
3. PARTE EXPERIMENTAL..................................................................................................... 3
4. RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................................................... 4
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 6
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................7

1
1. INTRODUÇÃO

No dia 14 de setembro de 2023, foi realizado no laboratório de química analítica do


Prédio de Ensino 1 do IFNMG - Campus Montes Claros, pela disciplina de Laboratório de
Química Analítica Instrumental, uma aula ministrada pela professora Junaí Carvalho de Souza
Lopes, intitulada “Gravimetria por cinzas totais - Determinação do teor de cinzas em amostras
de leite em pó”.
Como é amplamente reconhecido, as inúmeras atividades conduzidas em ambientes
laboratoriais desempenham um papel fundamental no avanço contínuo da pesquisa científica
e, consequentemente, na melhoria da nossa qualidade de vida. Nesse sentido, para garantir
que esse progresso se mantenha em constante crescimento, diversos equipamentos são
essenciais em um laboratório de alto nível, entre os quais podemos citar o Forno Mufla
(PROLAB, 2014) .
A Mufla, também conhecido como Forno de Mufla, desempenha um papel central em
qualquer laboratório, especialmente em ambientes de pesquisa química, onde a necessidade de
alcançar temperaturas extremamente elevadas é frequente, sobretudo para a calcinação de
substâncias. Sua estrutura básica envolve uma câmara metálica revestida com material
refratário de alta qualidade e resistências capazes de elevar a temperatura interna a mais de
1000°C (PROLAB, 2014).
A determinação de cinzas, também conhecida como a análise de resíduos, é um
procedimento de grande relevância na área laboratorial. Nesse processo, utiliza-se a Mufla
para gerar calor e realizar a queima completa da matéria orgânica presente na amostra,
resultando na preservação apenas dos minerais remanescentes (SPLABOR, 2018).
O resíduo inorgânico que persiste após a incineração da matéria orgânica em uma
amostra é o que define a composição da cinza do alimento em questão. Entre os principais
componentes dessa cinza, encontram-se elementos como K, Na, Ca e Mg em quantidades
substanciais, enquanto Al, Fe, Cu, Mn e Zn estão presentes em menor escala. Além disso,
também é possível identificar traços de elementos como I, F e outros, os quais se apresentam
sob a forma de óxidos, sulfatos, fosfatos, silicatos e cloretos, dependendo das condições de
incineração e da composição específica da amostra (SPLABOR, 2018).

2
O resíduo resultante nem sempre é uma representação abrangente de todas as
substâncias inorgânicas contidas na amostra, uma vez que durante o processo de aquecimento,
alguns sais podem sofrer redução ou volatilização. O teor de cinzas nos produtos lácteos varia
na faixa de 0,7% a 6,0% (OLIVEIRA, 2008) .

2. OBJETIVO

Determinar o teor de cinzas em amostras de leite em pó comercializadas em alguns


estabelecimentos do município de Montes Claros.

3. PARTE EXPERIMENTAL

Inicialmente, colocou-se os cadinhos na mufla para aquecer a uma temperatura de


105°C por aproximadamente 20 minutos, e em seguida o levou para esfriar fora do dessecador
em temperatura ambiente. Sendo assim, após a estabilização, utilizando uma balança analítica,
pesou-se em duplicata 5,0000 g de amostras do leite em pó em cadinhos diferentes.
Levou-se os cadinhos contendo as amostras do leite em pó para a mufla a 550°C -
570°C e aguardou-se três horas. Após esse processo, transferiu-se os cadinhos com cinza para
resfriar no dessecador. Por fim, pesou-se os cadinhos com as cinzas em triplicata para
aumentar a confiabilidade dos resultados.

3.1. Materiais

● Cadinho de porcelana;
● Espátula;
● Béqueres;
● Pinça de metal.

3
3.2. Reagentes

● Amostras de leite em pó.

3.3. Equipamentos

● Balança analítica: marca- Marte: modelo- AY220 - d = 0,0001g;


● Dessecador com sílica gel;
● Mufla.

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Após retirar-se os cadinhos do primeiro aquecimento em mufla, realizou-se a pesagem


dos mesmos em duplicata utilizando uma balança analítica, calculou-se o peso médio e
obteve-se os resultados expressos no quadro 1.

Quadro 1: Peso dos cadinhos 1 e 2 após primeiro aquecimento na mufla.

𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 1 𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 2

𝑃𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 1 27, 6521 𝑔 26, 0750 𝑔

𝑃𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 2 27, 6518 𝑔 26, 0749 𝑔

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 27, 6519 𝑔 26, 0749 𝑔

Fonte: Autoria própria.

Ademais, depois de levar os cadinhos contendo 5,0000 gramas de leite em pó para a


incineração na mufla a temperatura de °C, as cinzas apresentaram coloração preta e branca.
Dessa forma, pesou-se três vezes cada cadinho para aumentar a confiabilidade e encontrou-se
o peso médio destes valores, como mostra o quadro 2.

4
Quadro 2: Peso dos cadinhos 1 e 2 após a incineração do leite em pó na mufla.

𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 1 𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 2

𝑃𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 1 27, 7960 𝑔 26, 2200 𝑔

𝑃𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 2 27, 7961 𝑔 26, 2201 𝑔

𝑃𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 3 27, 7962 𝑔 26, 2200 𝑔

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 27, 7961 𝑔 26, 2200 𝑔

Fonte: Autoria própria.

Para encontrar quantidade de cinzas em cada cadinho, subtraiu-se do peso médio do


cadinho com amostra incinerada o valor médio descoberto inicialmente (apenas do cadinho), e
obteve-se, utilizando a seguinte equação, o resultado expresso no quadro 3.

𝑚𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 = 𝑚𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 − 𝑚𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜

Quadro 3: Massa final da cinza proveniente da incineração do leite em pó na mufla.

𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 1 𝐶𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 2

𝑚𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 0, 1442 𝑔 0, 1451 𝑔

Fonte: Autoria própria.

Além disso, determinou-se a massa média de cinzas obtida na prática. Para isso,
somou os valores encontrados e dividiu-se pelo número de fatores somados, como
demonstrado a seguir:
𝑚𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 1 + 𝑚𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 2
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 = 2

0,1442 + 0,1451
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 = 2

5
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎 = 0, 1446 𝑔

Com o valor médio da massa em gramas das cinzas (𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠) e também da

amostra inicial de leite em pó descrita como P (5,000 g), foi possível encontrar a porcentagem
de cinzas totais no leite em pó (𝑚/𝑚), utilizando a razão entre eles multiplicado por 100.
Dessa forma, calculou-se então que a porcentagem de cinzas totais adquirida na prática como
apresentado abaixo:

𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 × 100,0


𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 % (𝑚/𝑚) = 𝑃

0,1446 × 100,0
𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 % (𝑚/𝑚) = 5,000

𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 % (𝑚/𝑚) = 2, 892 %

Assim, encontra-se que a porcentagem de cinzas totais foi de 2, 892 %. Uma vez que,
de acordo com ,o valor teórico de cinzas nos produtos lácteos varia de 0,7% a 6,0%,
percebe-se que o resultado encontrado está dentro do esperado.

5. CONCLUSÃO

Em conclusão, a aula prática realizada em laboratório, que tinha como objetivo


determinar as cinzas do leite em pó e compreender a utilização da mufla, foi satisfatória. Os
resultados obtidos indicam que a porcentagem de cinzas totais no leite em pó foi de 2,892%.
Esse valor encontra-se dentro da faixa esperada de 0,7% a 6,0% para produtos lácteos,
conforme relatado, o que sugere que as amostras de leite em pó analisadas estão de acordo
com as normas de qualidade estabelecidas. Além disso, amplificou-se o conhecimento sobre a
utilização correta da mufla.

6
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, G. L. The effects of tariffs on the whole milk powder trade between Brazil and
Argentina: a game theoretic analysis. Rev. econ. contemp. 2008, vol.12, n.2, pp. 333-353.
Disponível em: <file:///C:/Users/clara/Downloads/20635-48159-1-SM.pdf> Acesso em: 20 de
setembro de 2023

PROLAB. Saiba o que é e como funciona um forno mufla. Disponível em:


<https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos-aplicacoes/saiba-o-que-e-e-como-funciona-u
m-forno-mufla/>. Acesso em: 20 de setembro de 2023.

SPLABOR. Aprendendo mais sobre forno mufla: equipamento essencial para o controle de
qualidade em alimentos e fármacos - algumas metodologias. Disponível em:
https:<//www.splabor.com.br/blog/forno-mufla-2/aprendendo-mais-forno-mufla-equipamento-
essencial-para-o-controle-de-qualidade-em-alimentos-e-farmacos-algumas-metodologias/.>
Acesso em: 20 de setembro de 2023.

Você também pode gostar