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Formalização

No tocante à formalização do contrato, o contrato deverá ser registrado


no cartório civil de pessoas jurídicas, tendo o prazo de 30 dias, a contar do dia de
sua constituição. Esse registro, de certa forma, torna formal a celebração da
sociedade simples e lhe confere personalidade jurídica.
Ademais, existe uma série de itens no contrato social para formalização,
conforme segue:
- nomes, informações pessoais (cpf/nacionalidade), firma, entre outros;
- Objeto, sede e prazo da sociedade;
- Capital da sociedade
- A quota de cada sócio, bem como suas obrigações;
- A participação de cada sócio em lucros ou perdas;
- Se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais.

Urge salientar que na falta de algum documento, o contrato será


considerado ineficaz em relação a terceiros que possam vir a utilizá-lo de diversas
formas.
Ademais, Caminha faz algumas considerações, conforme segue:

Com relação às deliberações sociais, a regra geral é a de


quorum de maioria absoluta de votos, sendo que as
modificações contratuais relativas às disposições essenciais
do contrato – aquelas constantes do artigo 997, apenas serão
deliberadas por unanimidade. A natureza desses quoruns, ou
seja, se relativo à maioria dos sócios ou do capital social,
também será discutida mais adiante.

Por fim, caso exista a necessidade de modificação de alguma cláusula do


contrato, só poderá ser feita com prévio consentimento de todos os sócios.

¹CAMINHA Uinie. Notas sobre a sociedade simples no novo Código Civil. Pensar, Fortaleza, v. 11,
fev. 2006. P. 213. Disponível em: https://periodicos.unifor.br/rpen/article/view/793/1653. Acesso em:
16/06/2021.
Extinção

O processo de dissolução de sociedade, sendo ela simples ou parcial, é a


forma de extinção. Nesse sentido, ela pode ser dada diante das seguintes
circunstâncias, conforme art. Art. 1.033 do CC:
I – término do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio,
não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado;
II – o consenso unânime dos sócios;
III – a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo
indeterminado;
IV – a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta
dias;
V – a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar (artigo 1.033).

Ato contínuo, existe a possibilidade da sociedade ser dissolvida através


de petição de qualquer um dos sócios, nas seguintes hipóteses:

I – anulada a sua constituição;

II – exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade (artigos 1.034 e


1.035).

Ademais, existem três formas de resolução da sociedade com relação a


um sócio, como a dissolução parcial, onde a sociedade entra em processo de
liquidação visando a sua extinção, mas em que, um ou alguns dos vínculos
contratuais serão extintos. Conforme anteriormente mencionado, essas hipóteses
são: a morte do sócio, o recesso societário e a exclusão judicial do sócio.²
Na hipótese de morte do sócio, os herdeiros são ressarcidos e nenhum
lugar é ocupado, uma vez que essa sociedade apresenta cláusulas de controle.
No tocante à hipótese de recesso societário, o sócio se retira por vontade
própria. Por último, o caso de exclusão judicial do sócio ocorre quando recebe uma
penalidade, como uma falta grave, sócio remisso, falido, incapacidade
superveniente ou ainda quando o sócio presta algum serviço enquanto realiza
atividades divergentes da sociedade.

Por derradeiro, cumpre salientar que após feita a dissolução, é de


responsabilidade dos sócios providenciar a investidura do liquidante, limitando e
restringindo sua gestão, bem como sendo vedadas novas atividades. Por fim, de
acordo com o art. 1036 do CC, após o cumprimento das medidas, o sócio pode
pugnar pela liquidação judicial.

.
²CAMINHA Uinie. Notas sobre a sociedade simples no novo Código Civil. Pensar, Fortaleza, v. 11,
fev. 2006. P. 214. Disponível em: https://periodicos.unifor.br/rpen/article/view/793/1653. Acesso em:
16/06/2021

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