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Hoje, venho apresentar o meu trabalho de projeto individual alusivo á filosofia da arte.

A obra de arte que eu escolhi foi Solas, uma música da autoria de Jamie Duffy, lançada
no dia 14 de outubro de 2022.
Como já referi o autor é Jamie Duffy, músico e compositor nascido em 2002, em
Glaslough, na Irlanda. Tem atualmente 21 anos e tendo lançado já algumas músicas,
Solas (que significa “leve” em irlandês) foi para ele uma incrível conquista. Desde o
lançamento, foi transmitido 40 milhões de vezes e teve mais de 18 milhões de
reproduções no YouTube.
Sob o ponto de vista filosófico é levantado um problema no que diz respeito á
definição de arte. Começo por dizer que, este se prende com o facto de se saber se um
determinado objeto é considerado arte ou não, no fundo, procura-se diferenciar os
objetos comuns (do nosso dia a dia) dos artísticos. Uma boa definição de arte
concentra tanto condições necessárias (características que todas as obras de arte têm
em comum) como condições suficientes (características que só a arte tem). Para se
encontrar a solução para este problema temos à nossa disposição cinco teorias, das
quais 3 são essencialistas (teoria da representação, expressivista e formalista) e 2 são
não essencialistas (teoria histórica e institucional).
Através da obra de arte escolhida irei expor a teoria da arte como expressão. Segundo
esta teoria, uma obra apenas é considerada arte se tiver como função transmitir um
determinado sentimento e/ou emoção ao sujeito, de forma autêntica, eficaz e
intencional (deve contagiar o público).
Neste caso em concreto, posso dizer que esta música dispõe de um leque de emoções
que interage com a nossa mente. Pessoalmente, ao ouvi-la, senti paz, liberdade,
alegria, esperança, mas, ao mesmo tempo, solidão, raiva, dor, desespero e tristeza. Um
misto de sensações. Acaba por ser bastante emocionante e por fazer com que
tenhamos diversas memórias ao som da música. Para além disso, detém uma melodia
bastante bonita, reconfortante e relaxante, com um lado bastante poético mesmo não
tendo o recurso de palavras. É uma espécie de narrativa, poderosa e muito tocante.
Estes aspetos foram relevantes para a escolha da obra apresentada.
Existem várias versões da teoria, sendo mais relevante a de Lev Tolstoi, escritor que
defende que “X é arte se exprime as emoções do seu criador e, ao mesmo tempo,
desperta essas mesmas emoções no seu público”, e a de Collingwood que afirma que o
contágio do público não é condição necessária para que um determinado objeto seja
considerado arte.
Relativamente aos argumentos a favor relacionados com esta teoria, realço o facto de
para além de oferecer um critério de classificação (mais sentimentos melhor é a arte),
está de acordo com o que muitos artistas pensam ser a arte.
Em contrapartida, a inacessibilidade dos estados emocionais e mentais do artista, o
facto de o artista nem sempre sentir o que a obra exprime, a existência de arte
inexpressiva, a possibilidade de haver propriedades ou sentidos que o artista não
desenhou e, ainda, o artista poder não ter tido a intenção de expressar sentimentos,
são algumas das objeções á teoria expressivista. A obra escolhida poderá ser um
exemplo disto, uma vez que o músico compôs esta obra para expressar os seus
sentimentos, e pela atividade aqui realizada iremos perceber, no fim da minha
apresentação, que as emoções poderão ser distintas, inclusive da intenção do autor
que compôs esta obra.
Contudo, eu defendo esta teoria, uma vez que discordo com o facto de que o artista
pode não ter tido nenhuma emoção durante a realização da sua arte. Para mim, todos
os artistas têm uma intenção quando estão a criar, mesmo que depois a sua criação
não seja apreciada como uma obra de arte.

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