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Geografia

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTES: A REDE RODOVIÁRIA

Leonor - O tema do nosso trabalho está incluído na Distribuição espacial das redes de transporte, dentro do qual nos
vamos focar na Rede Rodoviária nacional.

OBJETIVOS
Leonor

Como objetivos do nosso trabalho temos:

 Definir conceitos como rede de transportes, acessibilidade, conectivade, itenerários principais, entre outros;
 Enumerar as diversas funções da rede de transportes;
 Explicar o desenvolvimento e a evolução que a rede rodoviária nacional sofreu ao longo dos anos;
Mariana
 Identificar os objetivos impostos pela política nacional de trasnportes;
 Explicitar os planos rodoviários nacionais nomeadamente o PRN 2000;
 Caracterizar a rede rodoviária nacional, a nível continental e das regiões autónomas;
Constança
 Comparar a nossa rede nacional no contexto europeu;
 Enumerar as vantagens, as desvantagens e problemas presentes na rede de estradas;
 E por último, apresentar soluções para esses mesmos problemas que visam modernizar a nossa rede.

A REDE DE TRANSPORTES
Constança - Definimos rede de transportes como um conjunto interligado de rotas, vias e einfraestruturas que permite a
circulação dos meios de transporte num determinado território. Podemos ter diferentes tipos de redes, meios e modos
de transportes.

AS MULTIFUNÇÕES DA REDE DE TRANSPORTE


Leonor - Desde os aquedutos e as pontes romanas até as estradas e autoestradas dos dias de hoje são as redes de
transporte que configuram o território. São estas que determinam a forma como as atividades se distribuem, a
população se organiza, as fronteiras se definem e criam novas tipologias de utilização dos espaços. A rede de
transportes gera emprego e facilita as deslocações tanto de passageiros e de mercadorias, sendo um importante fator
de desenvolvimento para a economia de cada país como para a economia mundial. A globalização de produtos e
serviços só foi possível com o desenvolvimento de uma rede de transportes, permitindo conhecer novas culturas e
estilos de vida.

ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE

Mariana - É importante que as redes de transportem ofereçam uma máxima acessibilidade e conectividade.

A acessibilidade é o grau de facilidade com que se pode chegar a um local a partir de outro, considerando o custo da
deslocação e o tempo demorado. A acessibilidade depende da extensão e qualidade das infraestruturas tal como dos
serviços de transportes.

Já a conectividade corresponde ao número, natureza e capacidade de ligações estabelecidas, em várias redes. Um


exemplo é a rede de telecomunicações e a de transportes que acabam por interligar as aglomerações urbanas e as
principais redes.
Constança - Pretende-se sempre que uma rede de transporte ofereça o máximo de acessibilidade aos seus habitantes
mas que ao mesmo tempo permita a conectividade dentro do território.

Mariana - O Nó do Carregado permitiu criar uma nova área de logística na zona, através do aproveitamento da A1. Criou
o máximo de acessibilidade uma vez que faz ligações com caminhos de ferro relativamente perto de Lisboa e que ligam
ao aeroporto e ao porto.

Leonor - Uma forma simples de explicar o conceito de conectividade é através da teoria dos grafos, que como sabem
demos este ano em macs. Neste caso, as linhas laranjas correspondem aos itinerários diretos e os pontos azuis ao
lugares. Olhando para a figura é possível perceber que para ir de C até D não há uma ligação direta, é preciso passar por
A e B. No contexto de uma rede de transportes, para considerar que temos uma máxima acessibilidade de deslocação é
preciso aumentar a conectividade, por exemplo criando uma ligação direta entre os dois locais

A EVOLUÇÃO DA REDE RODOVIÁRIA NACIONAL

Constança - A evolução do número e do tipo de veículos evidencia crescente importância do transporte rodoviário,
sendo o modo de transporte dominante no nosso país. Assim, foi necessário desenvolver uma rede nacional rodoviária
capaz de dar respostas às exigências, melhorando a extensão e qualidade da rede viária.

A entrada de Portugal na CEE (Comunidade Económica Europeia) em 1986, atualmente União Europeia, foi um fator de
desenvolvimento, uma vez que, foram feitos investimentos que visavam melhorar o sistema nacional de transportes.
Através dos FEE (Fundo Europeu Estrutural) disponíveis Portugal contou com diversas melhorias ao nível da rede e
infraestruturas.

OS IMPACTOS DO INVESTIMENTO

Mariana - Foram feitos investimentos a todos os níveis, mas daremos especial atenção aos da rede rodoviária. Estes
abrangeram o aumento, a renovação e modernização das redes de transporte rodoviário. Houve uma melhoria na
qualidade de estradas existentes, preocuparam-se em alargar a extensão e a largura das estradas, melhorar o piso e
criar itenerários mais retilíneos e com menos declives. Por exemplo, nos anos 80 as estradas eram bastante estreitas,
sem sinalização e com um mau pavimento.

Leonor - A ponte 25 de abril é um bom exemplo, conseguimos observar que contava apenas com três faixas em um
sentido, hoje em dia conta com mais de 5, existindo um maior engarrafamento antigamente, como o podemos
observar. Não existia uma sinalização adequada ao contrário de hoje em dia, existindo a numeração de faixas e sinais
luminosos que melhora a condução noturna.

Mariana - A tabela ilustra as alterações positivas que os investimentos da UE tiveram no nosso país, em 1999 a rede
rodoviária contava com 11,991km de estradas, sendo 1,368km de itenerários principais e em 2020 contamos com
14,325km de uma rede rodoviária nacional, quase duplicando os valores dos itenerários principais.

Leonor - Em termos de estradas nacionais e regionais houve uma diminuição entre 1999 até 2010, período em que
ocorreu uma modernização destas estradas, tornando algumas delas autoestradas.

OBJETIVOS DA POLÍTIC A NACIONAL DE TRANSPORTES

Constança - O Programa Nacional de Desenvolvimeto Económico e Social (PNDES) cruzou-se com diversos desafios pelo
que numa tentativa de desenvolver o país definiram os objetivos da política de transportes para o período 2000-2006:

 Integração internacional do país, tentando fazer com que o nosso país se tornasse mais competitivo no contexto
ibérico e europeu;
 Reforço do sistema urbano nacional e na sua capacidade atrativa e competitiva;
 Reforço da coesão e solidariedade internas;
 Aposta prioritária na logística;
PLANOS RODOVIÁRIOS NACIONAIS

Leonor - O plano rodoviário nacional é um documento legislativo que estabelece as necessidades de comunicações
rodoviárias de Portugal.

PNR 1945

Leonor - O plano rodoviário nacional de 1945 é o nosso primeiro plano e tentou combater a deficiência da rede de
estradas fixando novas características técnicas e hierarquizando a rede rodoviária em três classes defindo as larguras
mínimas. Nesta altura a rede nacional contava aproximadamente com 20 600km.

Como referido anteriormente, o pnr de 1945 hierarquiza as estradas dividindo-as em treês classes, como o documento
diz a primeira classe refere-se aos itenerários principais que são considerados a base de apoio a toda a rede rodoviária
do país. As estradas de 1 e 2 classe são as que contituem a rede complementar do país e as de 3 classe ajudam diversas
regiões no seu desenvolvimento económico e turístico.

PNR 1985

Constança - Em Portugal até 1985 as normas da política rodoviária estavam definidas no PNR de 1945. Acontece que a
melhoria das condições economicas europeias originou um rápido desenvolvimento do tráfego automóvel tornando
este plano obsuleto. Assim snedo, em 78 foi revisto e surgiu o PRN de 1985 que planeava uma rede rodoviária com
cerca de 10 000km.

Este plano manteve a hierarquização em 3 níveis e estabeceu-se que todas as sedes de conselho tivessem acesso
através das estradas nacionais à rede principal. O plano permitiu a construção de vários km de novas estradas e a
renovação de muitas existentes. Como podemos ver no mapa, ligaram-se novas estradas ao interior, o que permitiu
uma melhor circulação interna e melhorou a acessibilidade aos restantes países da Europa.

PNR 2000

Mariana - A última revisão ocorreu em 1998 e corresponde ao PNR 2000. Foi revisto para dar resposta ao
desenvolvimento socio-económico do país após a adesão à União Europeia.

Prevê um total de 16 500km a rede de estradas passa a apresentar uma nova estrutura, com a classificação de: rede
Fundamental, Rede Complementar e Estradas Nacionais.

A Rede fundamental é constituída por 9 itinerários principais (IP), onde se incluem as vias rápidas, ou seja, as
autoestradas e a ligação entre os principais centros urbanos. A rede fundamental integra-se na Rede Internacional,
permitindo uma ligação rápida e eficaz ao centro da Europa.

A Rede Complementar é constituida pelas estradas que fazem ligação entre a rede fundamental e os centros urbanos de
influência concelhia e pelas estradas que asseguram ligação entre as duas áreas metropolitanas. Os itenerários
complementares (IC) são os que permitem estas ligações intermédias.

Na rede complementar incluem-se as estradas nacionais (EN) divididas em duas grandes categorias: as estradas
regionais (ER) e as estradas municipais (EM);

DOCUMENTO

Leonor - O plano rodoviário 2000 combatendo a litoralização pelo que houve um maior apoio no desenvolvimento
económico do interior, foi também uma tentativa de assegurar o crescimento económico de Portugal e para isso
diminuiram-se os custos e tornou-se mais fácil a competitividade. O plano de 2000 preocupa-se bastante com o
ambiente e sustentabilidade. Recuperou o conceito de estrada nacional e criou o de estrada regional classificando-as
como redes complementares. As estradas nacionais tornam-se numa alternativa às autoestradas e vias rápidas, visto
que não é necessário o pagamento de portagens

Em síntese o pnr de 2000, mantem classifica a rede rodoviária como Rede Principale rede complementar e acrescenta
os conceitos de estrada nacional, regional e municipal.

A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL

Constança - Em 2012, a rede rodoviária portuguesa tinha uma extensão de 14 284km.

Os Itenerários principais, que são as estradas representadas a rosa no mapa têm uma dimensão de 2340km como
podemos ver no gráfico;

Os itenerários complementares representados a azul, constituem 1864km.

O conjunto de estradas nacionais, regionais e municipais representadas a laranja, verde e verde claro respetivamente,
são as que ocupam a maior densidade no nosso país como seria de esperar, mais específicamente ocupam 10620km de
território.

REDE RODOVIÁRIA NO CONTINENTE

Leonor - Os contrastes observados tanto na intensidade de tráfego como na densidade da rede de estradas acabam por
intensificar as assimetrias regionais entre o litoral e o interior e o norte e o sul.

Como poderíamos calcular, existe uma maior densidade de estradas no litoral face ao interior, esta diferença é bem
vísivel ao interpretar a mancha de rosa escuro no litoral entre Viana do Castelo e a Península de Setúbal.

Ao analisar o mapa, conseguimos destacar três cidades principais: Braga, Porto e Lisboa, estas apresentam uma maior
densidade de rede bastante elevada, contando com mais de 250km de rede por 1000km2.

Em oposição, temos Beja e Castelo Branco que como podemos observar no gráfico são as cidades que apresentam
menos km de estradas por 1000 habitantes, ao contrário das cidades já referidas.

Mariana - Podemos explicar estas disparidades através do simples facto de que as regiões do norte e do litoral são mais
populosas e mais desenvolvidas, assim sendo, apresentam-se mais bem servidas de estradas, pelo contrário temos o
interior e o sul, que são zonas menos populosas e economicamente têm um papel menos ativo, assim caracterizam-se
por uma rede mais rarefeita, ou seja, menos densa.

Considera-se que a nossa rede é insuficiente no que toca à ligação das cidades do interior à rede fundamental e
consequentemente é insuficiente na ligação a outras redes europeias, assim vai se tentar modernizar e aumentar as
estradas procurando desenvolver o país e equilibrar o acesso da população a bens e serviços.

Achamos importante referir que a ligação norte sul pelo interior é feita por um Itenerário Complementar, pelo IC2. O
que, como todos calculamos, é um percurso mais demorado, não sendo uma ligação muito direta e havendo
necessidade de reforço.

REDE RODOVIÁRIA DAS R.AUTÓNOMAS

Constança - Houve a necessidade de aproximar os principais aglomerados de cada ilha, e percebeu-se que a rede de
estradas era insuficiente, assim procurou-se desenvolver a rede rodoviária de cada ilha, melhorando a acessibilidade
dos habitantes à outra costa da ilha.
Mariana - Antigamente, existia “uma estrada circular” ao longo da costa da ilha e insuficientes atravessamentos, assim
quando alguem estava por exemplo em São Miguel, em Ponta Delgada e queria chegar à Ribeira Grande teria de
percorrer um número bastante mais elevado de km, visto que tinha que circundar a costa.

Os investimentos nos últimos anos, têm servido para atenuar este problemas criando uma maior conectividade entre a
rede o que melhora, bastante, a qualidade de vida dos habitantes dos arquipélagos.

A REDE RODOVIÁRIA NO CONTEXTO EUROPEU

Constança - A rede rodoviária portuguesa apresenta uma das redes principais com menor densidade a quando
comparada com os restantes países da União Europeia.

A rede da Europa do Sul onde o nosso páis está incluido é bastante fraca e debilitada, podemos observar através da
imagem, vendo que só existem duas conexões principais a Espanha. A Europa Central inclui países mais desenvolvidos e
equilibrados, isto está expresso a nível da sua rede rodoviária, comparando com a Alemanha por exemplo, conseguimos
perceber que a nossa rede é bastante fraca pela quantidade do número de estradas.

No segundo mapa no nosso território não existe nenhuma área de estacionamento classificada como segura para
camiões e se compararmos com Espanha com a Alemanha e com os Países Baixos o nosso país está muito menos
desenvolvido ao nível da segurança.

A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL

VANTAGENS

Leonor - Em todo o território assitiu-se a uma melhoria da cobertura rodoviária, percebeu-se que o transporte
rodoviários, assim como a sua rede, eram essenciais para o desenvolvimento dos países, uma vez que apresentam
diversas vantagens.

O meio de transporte rodoviário é adequado para curtas e médias distâncias apresentando uma grande flexibilidade,
permite o transporte porta a porta e revela-se rápido e cómodo, assim como os trajetos.

Com a considerável evolução tecnológica os transportes aumentaram a sua capacidade de carga e de especialização
para mercadorias diversificadas, isto reflete-se na diminição dos custos de transportes. A frota dos CTT é um bom
exemplo, dado que tem diversos meios de transporte para fazer o correio chegar até às nossas casas, chegam nos desde
carrinhas que transportam encomendas a simples motas que nos trazem cartas.

O meio de transporte rodoviário torna-se vantajoso para territórios menores e até mesmo no contexto europeu visto
que o próprio continente é pequeno em comparação a outros.

Todas estas vantagens aumentaram a competetividade do transporte rodoviário face a outros meios, principalmente
face ao ferroviário.

DESVANTAGENS/ PROBLEMAS

Mariana - Apesar do trabalho desempenhado para melhorar a rede persistem alguns problemas e desvantagens.

O automóvel tornou-se um bem acessível, o que acaba por traduzir o nível médio de vida da população, mas apesar de
parecer uma vantagem, gerou vários problemas como o aumento excessívo do tráfego, especialmente em grandes
centros urbanos, onde os congestionamentos são cada vez mais intensos e frequentes principalmente em hora de
ponta.

Em Portugal, os transportes representam uma parte importante do consumo de energia final, sendo o transporte
rodoviário responsável pela quase totalidade desse consumo. Também é o maior responsável pelo consumo de
produtos pretolíferos para fins energéticos contribuindo assim para a forte dependência energética de Portugal face ao
exterior.

O automóvel tornar-se um transporte particular, consumindo combustíveis fósseis e portanto aumenta a poluição
atmosférica, que já atinge níveis bastante preocupantes em diversas cidades europeias.

PROBLEMAS AMBIENTAIS

Constança - Para comprovar aquilo que dissemos, iremos mostrar um pequeno vídeo onde fala das desvantagens da
utilização dos meios de transporte rodoviário explicando também algumas soluções.

A elevada sinistralidade é outro problema associado à utilização dos meios de transporte rodoviário, tendo Portugal um
mau historial em sinistralidade rodoviária a nível europeu e a nível mundial. No contexto União Europeia, Portugal e a
Grécia são destacados como os países com maior sinistralidade rodoviária

TRAGÉDIA ENTRE OS RIOS

Leonor - Como referido, Portugal foi alvo de vários sinistros e um dos que ficou para a história foi a Tragédia entre os
Rios. O transporte rodoviário é marcado por vários estrangulamentos estruturais e isto deve-se à irresponsabilidade dos
condutores, por exemplo em relação ao incumprimento do código de estrada, ao consumo de álcool e drogas e a
degradação de muitas estradas e pontes, como neste caso.

SOLUÇÕES

Constança - É necessário corrigir algumas desvantagens assim como reduzir os problemas no meio de transporte
rodoviário, assim sendo podem-se aplicar algumas medidas como:

É necessário que se construam infraestruturas viárias capazes de acompanhar os progressos tecnológicos;

Deve-se incentivar às alternativas amigas do ambiente procurando reduzir o tráfego de veículos poluentes, o ensino têm
um papel bastante importante pois deveria implementar campanhas que alertassem e sensibilizassem a prevenção
rodoviária.

Nas medidas amigas do ambiente, deveriam ser promovida a construção de ciclovias. A nossa cidade recentemente
adquiriu um conjunto de ciclovias e também de biblicletas elétricas, transformando a cidade e reduzindo impactos
socioambientais.

DIA SEM CARROS

Mariana - Achámos engraçado mostrar a iniciativa “dia sem carros”, esta é uma campanha de consciencialização
adotada pela União Europeia. Esta atividade decorre no dia 22 de setembro e cerca de 25% da área total da concelho de
Lisboa foi interdita ao trânsito, assim a atividde incentiva os cidadãos a escolher meios de transporte alternativos.

Houve algumas áreas da capital que continuaram com um intenso trânsito mas em outras as pessoas acabaram por
substituir os carros por bicicletas, patins em linha e skates por exemplo.

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