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Faculdade de Medicina
Belém
2020
Essa é uma resenha do vídeo “A história da saúde pública no Brasil – 500 anos na busca de
soluções”, com ênfase nas causas da ineficiência dos serviços de saúde pública.
Durante a colônia e o império, a população rica tinha acesso a tratamentos formais, enquanto o
restante dependia de curandeiros e instituições de caridade religiosas pobres. Dom Pedro I fez
algum avanço com criações como as faculdades de medicina, porém elas foram de pouca eficácia.
Passando para a república velha, ocorreram reformas urbano-sanitárias e campanhas de saúde que
tiveram pouco ou nenhum alcance fora das grandes cidades e cuja implantação autoritária gerou
resistência por parte da população pobre, tal como a Revolta da Vacina mostra. Já nos governos
Getúlio, foram feitos avanços na criação de orgãos e legislações que garantissem assistência
médica para a população rural e urbana, sendo o Ministério da Saúde e a Consolidação dos Direitos
Trabalhistas exemplos disso, porém o investimento na indústria se sobrepôs ao na saúde. No
governo JK pouco foi feito nesta área. Com a instauração do regime militar em 1964, as verbas
destinadas à Saúde se reduziram a 1% do orçamento da União, permitindo o surgimento de
epidemias, o aumento da mortalidade e a piora dos serviços públicos, além do consequente
estímulo à mercantilização da saúde. A partir da redemocratização em 1985 e a Constituição
promulgada de 1988, foram feitos os maiores avanços para construção de sistema de saúde gratuito
e de qualidade para todos os brasileiros, com destaque a criação do Sistema Único de Saúde (SUS),
que, no entanto, tem sua vitalidade constantemente ameaçada pela falta de verbas.