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REFERÊNCIA:OAKLANDER, V.

, Descobrindo Crianças: A
abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. São Paulo: Texto 13
SUMMUS, 1980. Cap. II.

Nome: Maria Beatriz Ignácio Mendes


RA: N775FG-5
Data: 12/04/2020

O livro Descobrindo Crianças, trás informações sobre técnicas que podem ser
usadas pelo psicólogo e que buscam fugir um pouco do método tradicional de
atendimento e de interpretação de desenhos feitos pelas crianças. O capítulo é
divido em vários subtítulos que focam em determinadas técnicas de desenhos que
venham a ser produzidos pelas crianças.
O primeiro subtítulo do capítulo II trás o nome: O Seu Mundo, em cores, Formas e
Traços, que tem como objetivo fazer com que a criança desenvolva um desenho que
conte um pouco sobre o seu mundo particular sem se utilizar de nenhuma forma
real, apenas se utilizando de traços, linhas, curvas e cores. Depois é pedido para
que a criança conte um pouco sobre o que desenhou e desempenhe os papéis que
foram desenhados por exemplo, uma criança desenhou um círculo azul, ela será
convidada pelo terapeuta a assumir o papel do círculo e contar um pouco sobre
como ele se sente, porque se sente assim, etc. Esse tratamento se mostra muito
efetivo pois faz com que a criança reflita sobre seus problemas.
O próximo subtítulo se chama Desenhos da Família, ele propõe a criança que
desenhe os membros de sua família como símbolos ou animais. Esse tipo de técnica
também trás muita reflexão pois mostra um pouco de como a criança vê esses
membros de sua família e também como se vê no meio de tudo isso. O livro trás
muitos exemplos de crianças que fazem desenhos que após serem interpretados por
elas, mostram algumas problemáticas que estão vivendo dentro de casa.
A autora também nos descreve um pouco sobre a técnica A Roseira, que foi
desenvolvida por John Steves em seu livro Tornar-se Presente. A técnica começa
com o terapeuta pedindo para as crianças que fechem seus olhos, entrem no seu
espaço particular e se imaginem como roseiras, a terapeuta faz diversas
estimulações para que esse processo ocorra de maneira mais fácil produzindo
questionamentos como: Que tipo de roseira você é? , Você possui flores ou apenas
botões?, Como são as suas raízes?, Existe algo em torno de você?, Como está o
clima para você nesse momento?, entre outros. Depois disso é pedido para que as
crianças desenhem o que imaginaram sem se preocuparem muito com a qualidade
do desenho pois depois elas o explicarão para a terapeuta. Essa técnica mostra
muito sobre como a criança se sente no espaço em que se encontra e sobre como
ela se vê.
Também é descrita a técnica O Rabisco, que foi descrita por Edith Kramer em seu
livro Arte como Terapia com Crianças. A técnica consiste em primeiramente pedir
para que a criança, com os olhos fechados, imagine uma grande folha sulfite na sua
frente que possua o tamanho proporcional a seus braços e pernas esticados, depois
é pedido para ela que utilizando seu próprio corpo como ferramenta, faça um
desenho no ar. Depois disso ela deve fazer o mesmo desenho em uma folha sulfite,
após isso é pedido que a criança olhe para seu desenho e procure figuras dentro
dos rabiscos que produziu. O terapeuta pede a criança que conte sobre a história da
figura que ela encontrou, essa técnica também tem o poder de produzir diversas
reflexões para as crianças.
Diversas outras técnicas são citadas no decorrer do texto, sempre se utilizando da
abordagem fenomenológica, a autora defende a utilização delas e também salienta e
importância do psicólogo ter atenção ás suas intepretações, que muitas vezes
tendem a ter um olhar unicamente clínico, sem ter muita atenção as subjetividades
da crianças e já procurando possíveis questões e tratamentos, é importante que o
profissional sempre pergunte para a criança porque ela fez determinado desenho e
qual a ligação dele com a sua vida.
Acredito que esse tipo de literatura seja de grande importância para a formação
profissional do psicólogo pois, além de expor novas técnicas e métodos de análise,
problematiza questões que muitas vezes são esquecidas ou não carregam a
importância que deveriam, isso é muito mostrado quando a autora fala sobre a
Pintura com os Dedos ou A pintura com os pés, coisas que possuem grande poder
terapêutico e muitas vezes não são muito utilizadas.
REFERÊNCIA: CYTRYNOWICZ, M. B., O mundo da criança in
Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyses. n. 9. 2000. Texto 14

Segundo a autora, qual o papel da fantasia para a criança?


R: Segundo a autora, o brincar se utilizando da fantasia produz mais proximidade de
atuação com a realidade da criança, pois, quando ela fantasia se utiliza dos limites
do que é possível para e ela e não dos limites gerais que são lhe passados. O que
faz com que a fantasia se mostre muito acolhedora e ajude no processo da criança
se familiarizar com a realidade e se sentir amparada.

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