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Após as partes serem instadas, por diversas vezes (fls. 214, 226 e
236), adveio aos autos notícia da tramitação de tentativa de acordo
perante a CCAF (Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração
Federal – fls. 257/259), com posterior intimação do Itertins sobre o
andamento dos desdobramentos administrativos (fl. 265), oportunidade
na qual expôs:
2) Competência do STF
3) Mérito
Vê-se, pois, que está claro que a área titulada pelos requeridos-
particulares e alienada pelo Itertins (208,9522 ha), coincide com aquela
maior área arrecadada e desapropriada pela União (1.681,34ha), não se
tratando de terra devoluta, diante da desapropriação realizada pelo Ente
nacional.
Não há comprovação nos autos que o Itertins ou os particulares
tenham requerido ou obtido certidão expedida pelos correspondentes
órgãos federais que atestassem não estar a área em questão utilizada para
fins de reforma agrária, sendo ônus probatório que lhes competiam,
tendo em vista o art. 373, II, do CPC/15 (norma idêntica ao art. 333, II, do
CPC/73).
A discussão sobre a titularidade de áreas envolvendo alienação a non
domino, não é nova nesta Corte, tendo sido assentado nas ACOs 481 e 477
que a titularidade da União permaneceu incólume, caso estivesse diante
de situação jurídica consolidada, tal como nos casos de desapropriação
para fins de reforma agrária. Citem-se as ementas dos referidos julgados.
Ou seja, aquele que possuir justo título – tal como no caso dos autos
em que parte passiva particular apresenta título de propriedade
registrado em cartório – ostenta presunção de boa-fé, a qual só é elidida
por prova em contrário ou quando a lei expressamente afastar tal
presunção, situações que não presentes no caso em tela até o advento
desta decisão que reconhece a propriedade da União sobre a área de
208,9522 ha, razão pela qual, a partir da intimação deste decisum, inverte-
se a presunção de boa-fé para má-fé.
O atual Código Civil de 2002 (com entrada em vigor em 11.1.2003),
assim disciplina a matéria:
Por outro lado, os arts. 1.219 a 1.222 do atual Código Civil assim
disciplinam:
5) Honorários advocatícios
6) Decisão