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3.1-Identificação do problema
Um problema é discrepância entre a realidade e a situação ideal.
- Um problema público pode estar presente por muito tempo, mas não receber suficiente atenção
porque a colectividade aprendeu a conviver com ele.
- Agenda da mídia- contém um conjunto de problemas que chamam a atenção dos meios de
comunicação, meios esses que influenciam fortemente na opinião pública, e por essa razão as
vezes podem condicionar as agendas políticas e formais.
3.4.Tomada de decisão
A tomada de decisão representa o momento em que interesses dos atores são equacionados e as
intenções de enfrentamento de um problema público são explicitadas.
Nisto, existem três formas de entender a dinâmica de escolha de alternativas de solução para
problemas públicos:
Modelo de racionalidade absoluta: Jan Tinbergen considera que a decisão é uma actividade
puramente racional, em que custos e benefícios das alternativas são calculados pelos atores
políticos para encontrar a melhor opção possível.
John Kingdon fala do modelo dos fluxos múltiplos/modelo da lactado lixo- segundo esse
modelo interpretativo, o fluxo dos problemas é dependente da atenção do político. Cohen, March
e Olsen falam do modelo da lactado lixo propõem a interpretação de que as decisões são meros
encontros casuais dos problemas, das soluções e das oportunidades de tomada de decisão.
É a fase onde as políticas públicas são examinadas, com o intuito de conhecer melhor o estado da
política e o nível de redução do problema que a gerou. É o momento-chave para a produção de
feedback sobre as fazes antecedentes.
Os critérios são operacionalizados através de indicadores, que são artifícios (proxies) que podem
ser criados para medir input, autput e resultado (autcome).
No final deste ponto, o autor traz alguns problemas que podem afetar os resultados da avaliação
da política pública, levando em consideração as informações e o tempo necessário, a avaliação
sistemática é dispendiosa. Em algumas situações as avaliações são difíceis de executar porque os
objetivos da política pública da não são claros. Em outras situações, os objetivos da política
pública são explícitos mas servem apenas para fins simbólicos. Outros problemas estão
relacionados com a multiunidade, a resistência daqueles que são avaliados, a forma de apresentar
os resultados de um processo avaliativo (excesso de Informações, ausência de sumário, formas
de apresentação inadequada, desconexão entre a linguagem apresentada e a linguagem daqueles
interessados na avaliação.
De acordo com Giuliani (2005), as causas da extinção de uma política pública são basicamente
três:
Uma empresa de consultoria em qualidade na gestão pública foi contratado pela Secretaria de
Educação do Governo do Estado para elaborar um sistema de avaliação das escolas públicas
estaduais de ensino médio.
- Algumas escolas localizadas em regiões mais pobres sempre reclamaram da falta de recursos e
acusam desigualdade de tratamento em relação a escolas de outras regiões;
- Não está clara a qualidade de recursos que são utilizados nessas escolas.
- Não está claro em termos comparativos, o nível de satisfação dos usuários de cada escola.
Como podemos notar, o Governo do Estado não tem muitas informações sobre a situação das
suas escolas do ensino médio. Também não há consenso entre os trabalhos da Secretaria de
Educação do que ‘’desempenho académico’’, “qualidade de ensino’’, ‘’produtividade escolar”. A
empresa de consultoria foi contratada exatamente para isso: criar um sistema de avaliação que
gere informações gerências estabeleça:
∙ Indicadores com output (números de alunos que frequentam aulas, números de atividades
extracurriculares etc.).
∙ Padrões absolutos
4-Instituições no Processo de Política Pública
Portanto, “as instituições são um conjunto de práticas sociais que, com alguma persistência,
moldam e constroem as interações entre indivíduos e a coletividade, tipicamente
disciplinadas por organizações e regras formais, apoiando-se sobre específicos pressupostos
cognitivos e normativos” (FERRERA, 1998). As políticas públicas são elaboradas nos
ambientes das instituições.
Ao lidar com as instituições, o analista pode optar pela simplificação da análise, com recurso
a esquemas analíticos, úteis para estudos comparativos porém não detalhados das instituições
formais e informais de todos os casos em análise, o que constitui uma desvantagem na
compreensão da complexidade que envolve o processo de política pública.
4.3-Esquemas analíticos para análise institucional
Grupo
Coeso Desestruturado
Densidade Alta Hierárquico Fatalista
das Baixa Igualitário Individualista
normas
Essa tipologia teve como percursores Aaron B. Wildavsky, um dos maiores teóricos do
campo das políticas públicas, e a pesquisadora Mary Douglas.
O grupo coeso é quando cada indivíduo se identifica fortemente com os outros membros do
mesmo grupo. Quando o grupo é coeso e há grande densidade de normas, a cultura
predominante é a hierárquica, em que políticas públicas são viabilizadas por meio de coerção
legal; Quando o grupo é coeso e a densidade de normas é baixa encontramos a cultura
política igualitária, em que as políticas públicas estão mais baseadas no voluntarismo e nas
redes sociais de apoio mútuo; Quando é débil e a densidade de normas é baixa tem lugar o
individualismo, nessa cultura política o Estado serve apenas para garantir direitos individuais
fundamentais.
Segundo Dahl a dinâmica política é bastante diferente em países onde há total espaço para
contestação pública contra o Governo e países pouco liberais nesse sentido.
Fica evidente, a limitação desses esquemas analíticos para a distinção de regras, cidades,
comunidades ou grupos dentro de determinado contexto institucional nacional. Neste sentido são
necessários estudos e tipologias que sublinham as diferenças de contextos institucionais
infranacionais, infrarregionais e infra- organizacionais, na tentativa de capturar as mudanças das
regiões localizadas e das microculturas.
Ao secretário da fazenda, Max Tavares, foi dada incumbência de manter uma equipe de
técnicos para elaborar nova estratégias de fiscalização e cobrança do principal Tributo estadual, o
Imposto sobre operações relativas a Circulação de mercadorias e Prestação de serviços de
Transporte interestadual e intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
Plano de Genesis
Quatro problemas graves faziam que o grupo C obtivesse receita abaixo de seu potencial:
Após três anos João Grandão anunciou que não concorreria a reeleição.
Os índices da aprovação do governo baixaram para 19%, o desgaste era enorme, Grandão já não
tinha mais vontade de dar o seu parecer na televisão.
A maior insatisfação do eleitorado era com o grande número de obras e projetos não cumpridos
Grandão passou a justificar que tinha herdado uma divida insustentável do governo anterior.
1- Alguns comerciantes mudaram a posição dos seus caixas para poder fugir das câmaras e
poder continuar sonegando (ocultar a fiscalização).
2- O governo do estado comprou câmaras de um fabricante pouco conhecido, e que davam
muitos problemas de manutenção. Mesmo tendo aumentado o número da oferta de
serviços de manutenção dos aparelhos, os preços para manutenção das câmaras
continuaram altos.
3- Os comerciantes e consumidores receberam muito mal as câmaras de vigilância, alegando
perda de privacidade. Alguns momentos cómicos e outros pornográficos foram captados
pelas camaras que por seguida vazaram pela internet e criou um constrangimento total.
Consumidores que alegavam danos morais causados pelo vazamento das imagens.
A secretaria da fazenda teve de suspender a utilização de câmaras enquanto tais ações não
eram julgadas. Esse impasse permaneceu até o fim do mandado do governador.
4- Em pesquisa publicada no maior jornal do Estado 22,3% dos consumidores alegavam ter
passado a exigir a nota fiscal nos últimos anos. Max Tavares comemorou em público: ``O
plano genesis não é perfeito, mas esta dando resultados efetivos``, dados internos da
secretaria da fazenda mostraram que esse avanço era apenas de 5,5%, e que o motivo da
diferença dos indicies era uma falha na pesquisa da divulgação, que se baseou ma
pesquisa da autodeclararão dos consumidores. Esse índice com relação ao aumento de
notas fiscais nunca chegou aos jornais.
5- Os fiscais de tributos foram orientados a intensificar a postura de ``tolerância zero`` apos
a suspensão do uso das câmaras como instrumento de fiscalização.
6- Levantou-se a possibilidade de extinguir as unidades das cidades que tinham, baixa
arrecadação camaras que por seguida vazaram pela internet e criou um constrangimento
total.
7- De salários, benefícios, aluguer de salas, equipamento da repceção das imagens, energia
elétrica etc…
A proposta foi impedida Em pouco tempo a justiça em todo estado passou a receber
ações da parte dos comerciantes e por algumas pressões políticas, argumentando que as
unidades regionais e a Sede da Fazenda na capital não teriam estrutura para receber
muitos ficais excedentes.