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1.

A taxa de retorno esperada de uma carteira de


activos:
a) É a medida ponderada dos riscos esperados dos
activos que compõem a carteira;
b) Define a composição da carteira óptima;
c) É a medida ponderada dos retornos esperados
dos activos que compõem a carteira.
d) A e C são verdade;
e) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira

2. Num mercado financeiro onde além de um


conjunto de activos com risco também se
transacciona um activo sem risco.
a) Todos os investidores incluem esse activo sem
risco nas suas carteiras,
b) Todas as carteiras eficientes se situam na recta do
mercado de capitais
c) Todas as carteiras são eficientes
d) A e B são verdade
e) Todas as respostas anteriores são verdadeiras.

3. A fronteira eficiente é a parte do lugar


geométrico das oportunidades de investimentos
na qual cada ponto corresponde a uma carteira.
a) Com maior do que as outras carteiras que têm a
mesma taxa de retorno ou;
b)Com menor risco do que as outras carteiras
que têm a mesma taxa de retorno ou;
c) Com menor retorno em comparação com as outras
carteiras que têm o mesmo risco;
d) Dominadas por todas as outras carteiras.
e) B e C são verdadeiras.

4. O risco de um investimento financeiro


a) Pode ser medido recorrendo ao conceito
estatístico de variância
b) É o valor esperado do retorno do investimento
c) Pode ser medido recorrendo ao conceito
estatístico de desvio padrão.
d) A e B são verdade
e) A e C são verdade

5. A recta de mercado de capitais


a) Tem inclinação positiva no espaço geométrico
que considera no eixo das abcissas o risco
medido pelo desvio padrão e no eixo das
ordenadas o retorno esperado dos activos
financeiros.
b) É a fronteira eficiente num mercado onde só se
transacionam activos com risco
c) É constituída por todas as carteiras dominadas
d) Tem inclinação positiva no espaço geométrico que
considera no eixo das ordenadas o retorno
esperado dos activos financeiros.
Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.
6. A noção de liquidez de mercado tem implícita
duas ideias:
a) A instabilidade dos preços e a profundidade do
mercado;
b) A profundidade do mercado e a continuidade dos
preços;
c) A variação dos preços e a estabilidade dos
mercados;
d) A profundidade dos mercados e a variação dos
preços;
e) Todas as alíneas anteriores estão correctas;
f) Todas as alíneas anteriores estão erradas.

7. O índice de mercado Dow Jones Industrial


average índex:
a) Diz-nos qual é a evolução do preço de uma carteira
que, em termos de valor, combina as 500 acçoes na
mesma proporção em que elas existem no mesmo
mercado;
b) Tal como o S&P, elas levam em conta os
dividendos e que, por conseguinte, podem ser
usados como indicadores de rentabilidade;
c) É o índice que se calcula somando os preços das
acções de 30 empresas e dividindo por factor de
ajustamento;
d) É um indicador de rentabilidade que inclui
dividendos.
1 𝑛−1𝑛 𝑛 𝜎𝑖𝑗
8. A equação: 𝜎 2
𝑃
2
= 𝜎̅ + ∑𝑖=1 ∑𝑗=1 , diz-
𝑛 𝑛 𝑛(𝑛−1)
nos:
a) Que a medida que o número de activos do
portfolio aumenta o risco da rentabilidade do
portfolio decresce;
b) Que a medida que o número de activos do
portfolio aumenta o risco da rentabilidade do
portfolio cresce;
c) Que a medida que o número de activos do
portfolio diminui o risco da rentabilidade do
portfolio decresce;
d) Que a medida que o número de activos do
portfolio aumenta o risco da rentabilidade do
portfolio mantem-se constante.

9. De acordo com o modelo de factores:


a) Os activos financeiros são todos independentes;
b) Não há qualquer relação entre os activos que se
transaccionam num mercado;
c) Quando o mercado esta em expansão as
cotações dos activos costumam subir;
d) Quando o mercado esta em expansão as cotações
dos activos costumam descer;
e) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.

10. A expressão 𝜎 2 𝑖 = 𝛽 2 𝑖 𝜎 2 𝑀 + 𝜎 2 𝑒𝑖 define:


a) O valor do risco específico de um determinado
activo;
b) O valor do risco de um activo financeiro,
medido pela variância;
c) O valor do risco de um activo financeiro, medido
pelo desvio padrão;
d) O valor do risco sistemático de um determinado
activo;
e) O valor do risco de uma carteira de activos.

11. O premio de risco:


a) O montante máximo que um investidor
estaria disposto a pagar para não defrontar a
alternativa com risco;
b) O montante máximo que um investidor estaria
disposto a pagar para defrontar a alternativa com
risco;
c) O montante mínimo que um investidor estaria
disposto a pagar para não defrontar a alternativa
com risco;
d) O montante mínimo que um investidor estaria
disposto a pagar para defrontar a alternativa com
risco.

12. O coeficiente de aversão ao risco absoluta de


Arrow-Pratt:
a) Baseia-se na ideia de que um agente avesso ao
risco tem uma função de utilidade convexa e
quanto mais convexa for a função de utilidade
maior é o grau de aversão;
b) Baseia-se na ideia de que um agente avesso ao
risco tem uma função de utilidade concava e
quanto mais concava for a função de utilidade
menor é o grau de aversão;
c) Baseia-se na ideia de que um agente avesso ao
risco tem uma função de utilidade concava e
quanto mais côncava for a função de utilidade
maior é o grau de aversão.

13. Discuta o processo de Diversificação de uma


carteira.
R:

14. Admita que dispõe das seguintes acções para


investir:
Acção A Acção B Acção C
Beta 1,2 1,4 0,8
Desvio padrão 12% 14% 8%
Coeficiente de correlação: A e B=0,6; A e C=0,4; B e
C=0,5
A rendibilidade esperada para o mercado acionista é
de 12%, enquanto que os títulos sem riscos
apresentam uma rendibilidade de 5%.
a) Suponha que pretende aplicar AKZ 100.000,00 nas
acções A, B e C (tendo como restrição que o valor a
aplicar em A+B não poderá ser inferior a 70% da
carteira) e obter um rendimento de 13%.
Determine a composição da certeira, bem como o
respectivo nível de risco.

15. Considera as seguintes informações relativas a


duas acções:
Acção A Acção B
Rentabilidade esperada 15% 10%
Desvio padrão da rentabilidade esperada 12% 8%
Valor de cotação ERU10 EUR15
Coeficiente de correlação linear entre as
rentabilidades esperadas das acções A e B=0,5
Pretende-se que:
a) Supondo que o investidor pretende aplicar
Euro120.000 e obter um rendimento esperado de
10,5%, determine a composição da carteira a
constituir bem como o desvio padrão da respectiva
taxa de rentabilidade.
R: Determinação da composição da carteira
A composição da carteira (``p´´) para uma carteira de
títulos é dada pela média das rentabilidades de cada
um dos títulos componentes, ponderada pelo peso
relativo de cada activo no portefólio, então ``𝑋𝐴 ´´ (peso
relativo das acções A na carteira) e ``𝑋𝐵 ´´ (peso relativo
daas acções B na certeira) deverão ser tais que:
10,5% = 15%𝑋𝐴 + 10%𝑋𝐵 10,5% = 15%𝑋𝐴 + 10%(1 − 𝑋𝐴 )
{ ↔{
𝑋𝐴 + 𝑋𝐵 = 1 𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴
10,5% = 15%𝑋𝐴 + 10% − 10%𝑋𝐴 10,5% − 10% = 15%𝑋𝐴 − 10%𝑋𝐴
{ ↔{
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴 𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴
0,5%
0,5% = 5%𝑋𝐴 𝑋𝐴 = = 0,1 𝑋𝐴 = 0,1
{ ↔{ 5% ↔{
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴 𝑋𝐵 = 1 − 0,1 = 0,9 𝑋𝐵 = 0,9
Em síntese, o investidor deve aplicar 10% da sua
riqueza (isto é, 0,1 × 𝐸𝑈𝑅120.000 = 𝐸𝑈𝑅12.000) nas
acções A e os restantes 90% (ou seja, 0,9 ×
𝐸𝑈𝑅120.000 = 𝐸𝑈𝑅108.000) nas acções B. Para o
12.000
efeito, terá de adquirir 1.200 acções A ( ) e 7.200
10
108.000
acções B ( )
15
Cálculo do desvio padrão da taxa de rentabilidade da carteira (𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 )≡
(0,1; 0,9)
O desvio padrão da taxa de rentabilidade da carteira (𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 ) pode ser
obtido do seguinte modo:
2 2 2
𝜎𝑃 = 𝑋𝐴 𝜎𝐴 + 𝑋𝐵 𝜎𝐵 2 + 2𝑋𝐴 𝑋𝐵 𝜎𝐴,𝐵

Onde 𝜎𝐴,𝐵 = 𝐶𝑂𝑉(𝑟𝐴 , 𝑟𝐵 )
Mas como, ao invés da covariância, apenas é conhecido o valor do
coeficiente de correlação linear (𝜌𝐴,𝐵 ) e sabe-se que 𝜎𝐴,𝐵 = 𝜎𝐴 ∗ 𝜎𝐵 ∗ 𝜌𝐴,𝐵 ,
então é preferível recorrer á seguinte expressão:
2 2
𝜎𝑃 = √𝑋𝐴 𝜎𝐴 + 𝑋𝐵 𝜎𝐵 2 + 2𝑋𝐴 𝑋𝐵 𝜎𝐴,𝐵 𝜌𝐴,𝐵
2

Deste modo
𝜎𝑃 = √(0,1)2 (0,12)2 + (0,9)2 (0,08)2 + 2 × 0,1 × 0,9 × 0,12 × 0,08 × 0,5
𝜎𝑃 = √0,000144 + 0,005184 + 0,000864 = 0,07869 × 100 = 7,869%

b) Analise a eficiência da carteira definida na alínea


anterior.
R: Uma carteira de títulos diz-se eficiente quando não
existe nenhum outro portfolio que ofereça maior
rentabilidade esperada para igual nível de risco ou
menor risco para idêntico nível de rentabilidade.

2
𝜎𝑃 = 𝑉𝐴𝑅(𝑟𝑃 ) = 𝑉𝐴𝑅(𝑋𝐴 𝑟𝐴 + 𝑋𝐵 𝑟𝐵 )
Com efeito
2 2
= 𝑋𝐴 𝑉𝐴𝑅(𝑟𝐴 ) + 𝑋𝐵 𝑉𝐴𝑅(𝑟𝐵 ) + 2𝑋𝐴 𝑋𝐵 𝐶𝑂𝑉(𝑟𝐴 𝑟𝐵 )
Sendo nível de risco da carteira medido pelo
respectivo desvio padrão da taxa de rentabilidade.
Tratando-se apenas duas acções, o conjunto de
possibilidades de investimento (ou seja, o conjunto de
carteiras que podem ser constituídas combinando, em
diferentes proporções, os diversos títulos) é
graficamente representado por hipérbole, no caso em
analise, trata-se do arco BA ilustrado no gráfico
anterior. Todavia, somente as carteiras situadas sobre
o troco ascendente da parábola (arco CA) podem ser
consideradas carteiras eficientes, visto que qualquer
carteira pertencente à partida descendente da
parábola é superada em termos de rentabilidade
(para igual nível de risco) por um outro portfólio
situado sobre a fronteira eficiente de Markowitz (arco
CA).
Consequentemente, á analise da eficiência da
certeira (𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 ) ≡ (0,1; 0,9) consiste em verificar se
tal carteira está ou não situada sobre o arco CA (arco
compreendido entre a carteira de menor risco – C – e a
carteira de maior rentabilidade - A). Para tal, ir-se-á
deduzir a equação representativa da fronteira
eficiente de Markowitz:
𝐸 (𝑟𝑃 ) = 15𝑋𝐴 + 10𝑋𝐵
𝑋𝐴 + 𝑋𝐵 = 1

𝜎𝑃 = √(12)2 ∗ 𝑋𝐴 2 + (8)2 ∗ 𝑋𝐵 2 + 2 ∗ 𝑋𝐴 ∗ 𝑋𝐵 ∗ 12 ∗ 8 ∗ 0,5


{
𝐸 (𝑟𝑃 ) = 15𝑋𝐴 + 10(1 − 𝑋𝐴 )
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴

√ 2 2 + 96𝑋 ∗ (1 − 𝑋 )
𝜎
{ 𝑃 = 144𝑋𝐴 + 64(1 − 𝑋𝐴 ) 𝐴 𝐴
𝐸 (𝑟𝑃 ) = 15𝑋𝐴 + 10 − 10𝑋𝐴
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴

𝜎𝑃 = √144𝑋𝐴 2 + 64(1 − 2𝑋𝐴 + 𝑋𝐴 2 ) + 96𝑋𝐴 − 96𝑋𝐴 2


{
𝐸 (𝑟𝑃 )
𝐸 (𝑟𝑃 ) = 5𝑋𝐴 + 10 ↔ 5𝑋𝐴 = 𝐸 (𝑟𝑃 ) − 10 ↔ 𝑋𝐴 = −2
5
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴

√ 2 2 2
𝜎
{ 𝑃 = 144𝑋𝐴 + 64 − 128𝑋𝐴 + 64𝑋𝐴 + 96𝑋𝐴 − 96𝑋𝐴

𝐸(𝑟𝑃 )
𝑋𝐴 = −2
5
√ 2
{ 𝜎𝑃 = 112𝑋𝐴 − 32𝑋𝐴 + 64
𝐸(𝑟𝑃 )
𝑋𝐴 = −2
5
𝐸(𝑟𝑃 ) 𝐸 ( 𝑟𝑃 )
𝜎𝑃 = √112( − 2)2 − 32 ( − 2) + 64
{ 5 5
𝐸(𝑟𝑃 )
𝑋𝐴 = −2
{ 5
𝜎𝑃 = √4,48𝐸(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576
A equação anterior 𝜎𝑃 = √4,48𝐸(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576
representa o conjunto de possibilidades de
investimentos, pois existindo apenas dois títulos a
portfolio a portfolio a portfolio frontier identifica-se -
se -se com o feasible portfolio set. Para obter a
equação representativa da fronteira eficiente de
Markowitz há que considerar a expressão anterior,
mas somente a partir do ponto de desvio padrão
mínimo:
𝐸(𝑟𝐷 ) > 𝐸(𝑟𝐵 )
Por exemplo, {
𝜎𝐷 = 𝜎𝐵
Trata-se de uma equação de uma parábola, no espaço
média – variância, ou de uma hipérbole, no espaço
média – desvio padrão.
𝑑𝜎𝑃 8,96𝐸(𝑟𝑃 )−96
Min.𝜎𝑃 : =0↔ 2
=0
𝑑𝐸(𝑟𝑃 ) 2√4,48(𝑟𝑃 ) −96𝐸 (𝑟𝑃 )+576
8,96𝐸(𝑟𝑃 ) − 96 = 0 Λ 2√4,48𝐸 (𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576 ≠ 0
96
𝐸 (𝑟𝑃 ) = = 10,714%
8,96
Fronteira eficiente de Markowitz≡ 𝜎𝑃 = √4,48(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576
Para 𝐸 (𝑟𝑃 ) ≥ 10,714%

Concluindo, a carteira (𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 ) ≡ (0,1; 0,9) não é


eficiente, dado que o seu rendimento esperado 10,5%
é inferior ao nível de rendimento associado à carteira
de desvio padrão mínimo, pelo que a carteira em
analise (ponto E do gráfico anterior) situa-se fora da
fronteira eficiente de Markowitz.
A condição de segunda ordem, pois:
𝑑 2 𝜎𝑃 1105,92
2
= ≥0
𝑑𝐸(𝑟𝑃 ) 4 ∗ √(4,48𝐸(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576)3
O nível mínimo de risco que pode ser obtido mediante
a combinação das acções A e B é então de:
𝜎𝑃 (𝐸 (𝑟𝑃 ) = 10,714%) = √4,48(10,714)2 − 96 ∗ 10,714 + 576 = 7,856%

c) Repita as alíneas a e b, admitindo que o investidor pretende agora obter


um rendimento esperado de 12%.
R: Determinação da composição da carteira:
12 = 15𝑋𝐴 + 10𝑋𝐵 12 = 15𝑋𝐴 + 10(1 − 𝑋𝐴 )
(𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 ) : { ↔{
𝑋𝐴 + 𝑋𝐵 = 1 𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴
12 = 15𝑋𝐴 + 10 − 10𝑋𝐴 2 = 5𝑋𝐴 𝑋𝐴 = 0,4
{ ↔{ ↔{
𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴 𝑋𝐵 = 1 − 𝑋𝐴 𝑋𝐵 = 0,6
Para obter uma rentabilidade de 12%, o investidor
deve aplicar 40% da sua riqueza nas acções A
(adquirindo 0,4 × 𝐸𝑈𝑅120.000 ÷ 10 = 4.800 𝑡í𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠)
e 60% nas acções B (adquirindo 4.800 títulos=0,6 ×
𝐸𝑈𝑅120.000 ÷ 15).
Determinação do desvio padrão associado à carteira
(𝑋𝐴 ; 𝑋𝐵 ) ≡ (0,4; 0,6)
𝜎𝑃 = √(0,4)2 ∗ (12)2 + (0,6)2 ∗ (8)2 + 2 ∗ 0,4 ∗ 0,6 ∗ 12 ∗ 8 ∗ 0,5 = 8,314%

Analisando da eficiência da carteira (𝑥𝐴 ; 𝑥𝐵 ) ≡ (0,4; 0,6)


A carteira em analise é eficiente, ou seja, está situada sobre a fronteira
eficiente de Markowitz, pois o seu nível de rendimento 12% é
superior ao rendimento associado ao portfolio de desvio padrão
mínimo 10,714%

d) Sabendo que investidor pode realizar aplicações


e contrair empréstimos à taxa de juro sem risco de
6%:
❖ Mantém a composição estabelecida na alínea c
para uma carteira eficiente a um nível de
rentabilidade esperada de 12%?
R: Existindo a possibilidade de efectuar aplicações
financeiras ou financiamentos á taxa do activo sem
risco (designada por 𝑟𝑖 ), então a fronteira eficiente
(lugar geométrico das carteiras eficientes) passa a ser
dada pela semi recta com origem no ponto
(𝜎𝑃 , 𝐸(𝑟𝑃 ) ≡ (0%, 𝑟𝑖 = 6%)) e tangente à fronteira
eficiente de Markowitz, ou seja, uma carteira eficiente
será sempre uma combinação linear entre a carteira
de tangencia desirteira eficiente será sempre uma
combinação linear entre a carteira de tangencia
(designada por T) e aplicações ou financiamento à taxa
do activo sem risco. Consequentemente, a carteira de
tangencia constitui o único portfolio apenas composto
por acções que é eficiente, pelo que a carteira definida
na alínea c somente será eficiente caso corresponda à
carteira de tangencia. Seguidamente ir-se-á proceder
à determinação da carteira T aproveitando o facto de,
no ponto T, a inclinação da fronteira eficiente de
Markowitz ser igual à inclinação da nova fronteira
eficiente.

No ponto T, a inclinação da fronteira de Markowitz é


igual a:
𝑑𝐸(𝑟𝑃 ) 1 1
( )𝑃≡𝑇 = ( )𝑃≡𝑇 = ( )𝑃≡𝑇
𝑑𝜎𝑃 𝑑𝜎𝑃 8,96𝐸 (𝑟𝑃 ) − 96
𝑑𝐸(𝑟𝑃 ) 2√4,48𝐸(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸 (𝑟𝑃 ) + 576
2√4,48𝐸(𝑟𝑇 )2 − 96𝐸(𝑟𝑇 ) + 576
8,96𝐸(𝑟𝑇 ) − 96
De igual modo, a inclinação, no ponto T, da recta
representativa da nova fronteira eficiente é dada por:
𝐸 (𝑟𝑇 )−6
.
𝜎𝑇 −0
Assim, como, no ponto T, as duas inclinações são
idênticas e, por outro lado, o desvio padrão dado pela
recta é igual ao determinado pela curva
representativa da fronteira eficiente de Markowitz
isto é (𝜎𝑇 √4,48𝐸(𝑟𝑃 )2 − 96𝐸(𝑟𝑃 ) + 576), logo:
2√4,48𝐸(𝑟𝑇 )2 − 96𝐸(𝑟𝑇 ) + 576
8,96𝐸(𝑟𝑇 ) − 96
𝐸 (𝑟𝑇 ) − 6
↔ 𝐸 (𝑟𝑇 ) = 13,636%
√4,48𝐸(𝑟𝑇 )2 − 96𝐸(𝑟𝑇 ) + 576
Portanto:
𝜎𝑇 = √4,48(13,636)2 − 96 ∗ 13,636 + 576 = 10%
Concluindo, a carteira definitiva na alínea c:(𝜎𝑃 , 𝐸(𝑟𝑃 ))
≡ (8,314%, 12%) não é eficiente, na medida em que
não coincide com a carteira de tangencia: (𝜎𝑃 , 𝐸(𝑟𝑃 ))
≡ (8,314%, 12%)

❖ Caso contrário, determine a composição do


desvio padrão da taxa de rentabilidade para a nova
carteira?
R: Como 12% < 𝐸(𝑟𝑇 ), então a carteira eficiente para
um nível de rendimento de 12% irá consistir numa
combinação entre a carteira de tangencia e uma
aplicação à taxa sem risco (ponto F do gráfico
seguinte), proporcionando necessariamente um
desvio padrão inferior a 8,314%

Assim, designando por 𝑥𝑇 a percentagem da riqueza


do investidor aplicada na carteira de tangencia e por
𝑟𝐼 a percentagem investida no activo sem risco, vem:
12 = 13,636𝑥𝑇 + 6𝑥𝐼
𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ≡ (𝑥𝑇 , 𝑥𝐼 ): {
𝑥𝑇 + 𝑥𝐼 = 1
12 = 13,636𝑥𝑇 + 6(1 − 𝑥𝑇 ) 12 = 13,636𝑥𝑇 + 6 − 6𝑥𝑇
{ →{
𝑥𝐼 = 1 − 𝑥𝑇 𝑥𝐼 = 1 − 𝑥𝑇
7,636𝑥𝑇 = 6 𝑥𝑇 = 0,78575 𝑥𝑇 = 0,78575
{ →{ →{
𝑥𝐼 = 1 − 𝑥𝑇 𝑥𝐼 = 1 − 0,78575 𝑥𝐼 = 0,21425
Caso contrário (ou seja, se o nível de rendimento
desejado fosse superior à rentabilidade esperada para a
carteira de tangencia), haverá que contrair um
financiamento à taxa de juro sem risco para aplicar o
montante obtido (juntamente com a riqueza do
investidor) na carteira de tangencia.
Daqui resulta que o investidor deve aplicar
78,575% da sua riqueza na carteira de tangência e os
restantes 21,425% no activo sem risco.
Mas, como a carteira de tangência integra apenas
acções A e B, proporcionando um rendimento de
13,636%, então:
13,636% = 15𝑥𝐴 + 10𝑥𝐵 13,636% = 15𝑥𝐴 + 10(1 − 𝑥𝐴 )
{ ≡{
𝑥𝐴 + 𝑥𝐵 = 1 𝑥𝐵 = 1 − 𝑥𝐴
13,636% = 15𝑥𝐴 + 10 − 10𝑥𝐴 5𝑥𝐴 = 3,636%
{ ≡{
𝑥𝐵 = 1 − 𝑥𝐴 𝑥𝐵 = 1 − 𝑥𝐴
3,636%
𝑥𝐴 = 𝑥𝐴 = 0,7272 𝑥𝐴 = 0,7272
{ 5 ≡{ ≡{
𝑥𝐵 = 1 − 0,7272 𝑥𝐵 = 0,2728
𝑥𝐵 = 1 − 𝑥𝐴
É composta em 72,72% por acções A e em 27,28% por
acções B, pelo que:
(𝑥𝑇 ; 𝑥𝑓 ) ≡ (78,575%; 21,425%)
(𝑥𝐴 ; 𝑥𝐵 ; 𝑥𝑓 ) ≡ (78,757% ∗ 72,72%; 78,757% ∗ 27,28%; 21,425%)
(𝑥𝐴 ; 𝑥𝐵 ; 𝑥𝑓 ) ≡ (57,12156%; 21,4849096%; 21,425%)
O investidor, para obter uma remuneração de 12%
minimizando o risco, deve aplicar a sua riqueza do
seguinte modo: 57,140% em acções
A(0,57140*120/10=6,857 acções); 21,435% em acções
B (0,21435*120/15=1,715 acções) e 21,425%
(0,21425*120=25,71) numa aplicação sem risco.
Constituindo, o investidor, a carteira definida
anteriormente:
(𝑥𝑇 ; 𝑥𝑓 ) ≡ (78,575%; 21,425%)
(𝑥𝐴 ; 𝑥𝐵 ; 𝑥𝑓 ) ≡ (57,12156%; 21,4849096%; 21,425%) ele irá
incorrer num nível de risco de:
𝜎𝑃 = √𝑥 2 𝑇 × 𝜎 2 𝑇 + 𝑥 2𝑓 × 𝜎 2𝑓 + 2 × 𝑥𝑇 × 𝑥𝑓 × 𝜎𝑇 × 𝜎𝑓 × 𝑃𝑇,𝑓
𝜎𝑃 = √(0,5714)2 ∗ (12)2 + (0,21435)2 ∗ (8)2 + 2 × 0,5714 ∗ 0,21435 ∗ 12 ∗ 8 ∗ 0,5

𝜎𝑃 = √47,0157 + 2,9405 + 11,7581 = √61,7143


𝜎𝑃 = 7,8558%

16. O Fundo de Investimento ESC pretende optimizar


a decomposição da sua carteira de activos em
três grandes áreas de negócios: obrigações,
acções e imobiliário. O quadro seguinte resume
as previsões efectuadas sobre a evolução dos três
segmentos de mercado durante o próximo ano
bem como a actual composição da carteira do
Fundo ESC.
Obrigações Acções Imobiliário
Taxa de rentabilidade esperada 4,0% 10% 20%
Desvio padrão da taxa de rentabilidade 3,0% 20% 15%
Parâmetro beta - 0,8 -
Composição actual da carteira 50% 20% 30%
As correlações históricas entre as taxas de
rentabilidade dos diversos mercados são resumidas
no quadro seguinte
Obrigações Acções Imobiliário
Obrigações 1
Acções -0,4 1
Imobiliário 0,6 0,0 1
Com base nos elementos anteriores, deduziu-se a
seguinte equação para a fronteira eficiente de
Markwitz:
𝜎 2 𝑃 = 0,6722𝐸(𝑟𝑃 )2 − 0,0377𝐸 (𝑟𝑃 ) + 0,001 Λ 𝐸 (𝑟𝑃 ) ≥ 2,80%
Pretende-se:
a) Analise a eficiência da actual composição do Fundo
ESC.
R: A actual composição é eficiente se a sua
rentabilidade esperada e desvio padrão obedece a
equação do portfolio frontier e estiverem acima da
minintum variance portfolio.
𝐸 (𝑟𝑃 ) = 4% ∗ 0,5 + 10% ∗ 0,2 + 20% ∗ 0,3 = 10%

𝜎 2 𝑃 = (0,5 × 0,03)2 + (0,2 × 0,2)2 + (0,3 × 0,15)2


+ 2 × 0,5 × 0,2 × 0,03 × 0,2 × (−0,4)
+ 2 × 0,5 × 0,3 × 0,03 × 0,15 × 0,6
𝜎 2 𝑃 = 0,00418 = √0,00418 = 0,06465 = 6,465%
Via equação do portfolio frontier:
𝜎 2 𝑃 = 0,6722(0.1)2 − 0,0377(0,1) + 0,001 = 0,003952
𝜎𝑃 = √0,003952 = 0,06286 = 6,286% < 6,465%
A actual composição da carteira não é eficiente, uma vez que
é possível, para igual taxa de rentabilidade esperada obter
um menor nível de risco.

b) Calcule os níveis de rentabilidade esperada e de risco


que o Fundo ESC deverá ter por objectivo, assumindo a
seguinte função de utilidade: 𝑈 = 𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ].
𝑀𝐴𝑋
R: {𝐸(𝑟 ); 𝜎2 } 𝑈 = 𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ]
𝑃 𝑃
0,6722(0.1)2 − 0,0377(0,1) + 0,001 − 𝜎 2 𝑃 = 0
𝑆𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 { 𝑒
𝐸 (𝑟𝑃 ) ≥ 𝐸(𝑟𝑚𝑣𝑝 )
Condições de primeira ordem:
𝜕𝐿 2 ]
2
= 0 ↔ −6𝑒𝑥𝑝 [𝐸 ( 𝑟𝑃 ) − 6𝜎 𝑃 + 𝜆[−1] = 0
𝜕𝜎 𝑃
𝜆 = −6𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ]
𝜕𝐿
=0
𝜕𝐸(𝑟𝑃 )
𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ] + 𝜆[2 × 0,6722𝐸 (𝑟𝑃 ) − 0,0377] = 0
𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ] − 6𝑒𝑥𝑝[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 6𝜎 2 𝑃 ] × [2 × 0,6722𝐸 (𝑟𝑃 ) − 0,0377] = 0
1 − 6 × [2 × 0,6722𝐸 (𝑟𝑃 ) − 0,0377] = 0
−1,186382𝐸 (𝑟𝑃 ) + 1,2262 = 0
−1,2262
𝐸 (𝑟𝑃 ) = = 15,20% > 2,8%
−1,186382
𝜕𝐿
= 0 ≡ 0,6722𝐸 (𝑟𝑃 )2 − 0,0377(𝑟𝑃 ) + 0,001 − 𝜎 2 𝑃 = 0
𝜕𝜆
2
𝜎 𝑃 = 0,6722𝐸(0,1520) − 0,0377(0,1520) + 0,001
2

𝜎 2 𝑃 = 0,0108 = √0,0108 = 0,1039 = 10,39%

c) Sabendo que os bilhetes do Tesouro a um ano estão


actualmente cotados a 96,15%, qual a taxa de
rentabilidade esperada a 1 ano para o índice Dow Jones
Eurostock?
100%
R: 𝑟𝐼 = − 1 = 1,04 − 1 = 0,04 = 4%
96,15%
𝐸 (𝑟𝑀 ): 10% = 4% + [𝐸 (𝑟𝑀 ) − 4%] × 0,8
10% − 4% = 0,8𝐸 (𝑟𝑀 ) − 0,032
0,06+0,032=0,8 𝐸 (𝑟𝑀 )
0,092
𝐸 (𝑟𝑀 ) = = 0,115 = 11,5%
0,8
17. O Fundo de Investimento ESC, pretende optimizar a
decomposição da sua carteira de activos em quatro
grandes áreas de negócios: obrigações, acções,
imobiliário e liquidez (ou seja, depósitos bancários). O
quadro seguinte resume as previsões efectuadas sobre
a evolução dos quatro segmentos de mercado durante o
próximo ano bem como a actual composição da carteira
do Fundo ESC.
Obrigações Acções Imobiliário Liquidez
Taxa de rentabilidade esperada 4,0% 8% 20% 3%
Desvio padrão da taxa de rentabilidade 2,0% 25% 15% 0%
Composição actual da carteira 55% 15% 20% 10%
As correlações históricas entre as taxas de rentabilidade dos
diversos mercados no quadro seguinte (As provisões para o mercado
accionista baseiam-se no índice Dow Jones Eurosck):
Obrigações Acções Imobiliário
Obrigações 1
Acções -0,4 1
Imobiliário 0,5 -0,1 1
Com base nos elementos relativos aos segmentos accionista,
obrigacionista e imobiliário, deduziu-se a seguinte equação
para a portfolio frontier:
𝜎 2 𝑃 = 0,7430𝐸(𝑟𝑃 )2 − 0,049𝐸 (𝑟𝑃 ) + 0,0011
Pretende-se que:
a) Calcule a taxa de rentabilidade esperada e o respectivo
desvio padrão para a carteira de variância mínima.
𝑀𝑖𝑛 𝜎2 𝑃 =0,7430𝐸(𝑟𝑃 )2 −0,049𝐸 (𝑟𝑃 )+0,0011
R: 𝐸(𝑟 )
𝑃
Condição de 1ª ordem
𝜕𝜎2 𝑃
= 0 ↔ 2 × 0,7430𝐸 (𝑟𝑃 ) − 0,049 = 0
𝜕𝐸(𝑟𝑃 )
0,049
1,486𝐸 (𝑟𝑃 ) = 0,049 ↔ 𝐸(𝑟𝑚𝑣𝑝 ) = = 0,0329 = 3,33%
1,486
√ 2
𝜎𝑃 = 0,7430𝐸(0,033) − 0,049𝐸(0,033) + 0,0011
𝜎𝑃 = √0,000808 − 0,00162 + 0,0011 = √0,000288
𝜎𝑃 = 0,01697 = 1,697%

b) Analise a eficiência da actual composição do Fundo ESC,


sabendo que a carteira de tangencia possui uma
rentabilidade esperada igual a 14,15% e um desvio
padrão a 9,47%
R: Actual composição
𝐸(𝑟𝑃 ) = 4% × 0,55 + 8 × 0,15 + 20% × 0,2 + 3% × 0,1
𝐸(𝑟𝑃 ) = 0,022 + 0,012 + 0,04 + 0,003 = 0,077 = 7,7%

𝜎 2 𝑃 = (0,55 × 0,02)2 + (0,15 × 0,25)2 + (0,2 × 0,15)2


+ 2 × 0,55 × 0,15 × 0,02 × 0,25 × (−0,4)
+ 2 × 0,55 × 0,2 × 0,02 × 0,15 × 0,5
+ 2 × 0,15 × 0,2 × 0,25 × 0,15 × (−0,1)
𝜎 2 𝑃 = 0,000121 + 0,00140625 + 0,0009 − 0,00033
+ 0,00033 − 0,000225
𝜎 2 𝑃 = 0,0022025
𝜎𝑃 = √0,00220225 = 0,04693 = 4,693%
Equação da fronteira eficiente global:
14,15% − 3%
𝐸(𝑟𝑃 ) = 3% + × 𝜎𝑃
9,47%
A actual composição só eficiente se a anterior equação for
verificada:
14,15% − 3%
𝐸(𝑟𝑃 ) = 3% + × 4,693%
9,47%
𝐸(𝑟𝑃 ) = 0,085 = 8,5% ≠ 7,7%
Visto a anterior proposição ser falsa, conclui-se que a actual
composição é ineficiente. De facto, para igual nível de risco
(4,693%) é possível obter um maior nível de rentabilidade
esperada (8,5%>7,7%).

c) Calcule a taxa de rentabilidade esperada e o respectivo


desvio padrão para a carteira óptima, assumindo a
seguinte função de utilidade:𝑈 = 𝑙𝑛[𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 2 𝑃 ].
𝑀𝐴𝑋 𝑈=𝑙𝑛[𝐸 (𝑟𝑃 )−4𝜎 2 𝑃 ]
R: {𝐸 (𝑟𝑃 ); 𝜎𝑃 }
14,15% − 3%
𝑆𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 {𝐸(𝑟𝑃 ) = 3% + × 𝜎𝑃
9,47%
𝑀𝐴𝑋 𝑈=𝑙𝑛[𝐸 (𝑟𝑃 )−4𝜎 2 𝑃 ]+𝜆[0,03+1,1774𝜎𝑃 −𝐸(𝑟𝑃 )]
{𝐸 (𝑟𝑃 ); 𝜎𝑃 ;𝜆}
Condição de primeira ordem
𝜕𝐿 1
=0↔ 2
−𝜆 =0
𝜕𝐸(𝑟𝑃 ) 𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 𝑃
1
𝜆=
𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 2 𝑃
𝜕𝐿 −8𝜎𝑃
=0↔ 2
+ 1,1774𝜆 = 0
𝜕𝜎𝑃 𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 𝑃
−8𝜎𝑃 1,1774
2
+ 2
=0
𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 𝑃 𝐸 (𝑟𝑃 ) − 4𝜎 𝑃
1,1774
𝜎𝑃 = = 14,72%
8
𝜕𝐿
= 0 ↔ 0,03 + 1,1774𝜎𝑃 − 𝐸 (𝑟𝑃 ) = 0
𝜕𝜆
𝐸(𝑟𝑃 ) = 3% + 1,1774 × 14,72% = 0,2033 = 20,33%
d) Sabendo que a taxa de rentabilidade esperada a 1 ano
para o índice Dow Jones Eurosck 50 é igual a 7%, calcule
o parâmetro beta da componente accionista do Fundo
ESC.
R: 8% = 3% + (7% − 3%) × 𝛽
𝛽 = 1,25

18. Da análise da carteira de acções MPN (denominada em


EUR) apuraram-se os seguintes indicadores:
• Rentabilidade esperada para o próximo ano=18% e
• Variância da taxa de rentabilidade=244.
Por outro lado, prevê-se que o índice Dow Jones Eurostock
50 registe um acréscimo anual de 23% e a análise da
variância do índice indica um valor de 310.
Sabendo que os Bilhetes do Tesouro a 1 ano estão, neste
momento, a ser emitidos a 3%, pretende-se que analise a
eficiência da carteira MPN.
R: A carteira de acções MPN – [𝜎𝑃 , 𝐸(𝑟𝑃 )] ≡ (√244 =
15,620%, 18%) não certamente eficiente, pois a única
carteira apenas composta por acções (isto é, que não engloba
aplicações ou financiamentos à taxa de juro sem risco) que se
encontra sobre a capital Market Line (CML) é a carteira cópia
do mercado [𝜎𝑃 , 𝐸(𝑟𝑃 )] ≡ (√310 = 17,607%; 23%).
Com efeito, é possível identificar um portfolio baseado na
conclusão da carteira cópia do mercado (ponto M do gráfico
seguinte) e do activo sem risco que, face á carteira MPN,
fornece um menor desvio padrão para igual rentabilidade
(ponto X):

18 = 23𝑥𝑀 + 3𝑥𝑖 18 = 23𝑥𝑀 + 3𝑥𝑖 18 = 23𝑥𝑀 + 3 − 3𝑥𝑀


{ { {
𝑥𝑀 + 𝑥𝑖 = 1 𝑥𝑖 = 1 − 𝑥𝑀 𝑥𝑖 = 1 − 𝑥𝑀
15
18 − 3 = 20𝑥𝑀 15 = 20𝑥𝑀 𝑥𝑀 = = 0,75
{ { { 20
𝑥𝑖 = 1 − 𝑥𝑀 𝑥𝑖 = 1 − 𝑥𝑀
𝑥𝑖 = 1 − 0,75 = 0,25
Assim, sendo 75% da riqueza investida na carteira cópia do
mercado e os restantes 25% aplicados na aquisição de
Bilhetes do Tesouro, obter-se-á uma remuneração de 18% e
um desvio padrão de apenas:
𝜎𝑃 = 0,75 × 17,607% = 13,205% (< 15,620)

19. Admita que dispõe das seguintes acções para investir:


Acção A Acção B Acção C
Beta 1,2 1,4 0,8
Desvio padrão 12% 14% 8%
Coeficientes de correlação A/B=0,6; A/C=0,4; B/C=0,5
A rentabilidade esperada para o mercado acionista é de 12%,
enquanto que os títulos sem risco apresentam uma
rentabilidade de 5%
Pretende-se:
a) Suponha que pretende aplicar EUr100.000 nas acções A,
B (tendo como restrição que o valor a aplicar em A+B não
poderá ser inferior a 70% da carteira) e obter um
rendimento de 13%. Determine a composição da
carteira, bem como o respectivo nível de risco.
R: Rentabilidade esperada de A=5% + 1,2(12% − 5%) = 13,4%
Rentabilidade esperada de B=5% + 1,4(12% − 5%) = 14,8%
Rentabilidade esperada de B=5% + 0,8(12% − 5%) = 10,6%
13,4%𝑊𝑎 + 14,8𝑊𝑏 + 10,6%𝑊𝑐 = 13%
𝑊𝑎 + 𝑊𝑏 + 𝑊𝑐 = 1 → 𝑊𝑎 + 𝑊𝑏 = 0,7 → 𝑊𝑏 = 0,7 − 𝑊𝑎
𝑊𝑎 + 0,7 − 𝑊𝑎 + 𝑊𝑐 = 1 ↔ 𝑊𝑐 = 1 − 0,7
𝑊𝑐 = 0,3
𝑊𝑎 = 38,57%
{𝑊𝑏 = 31,43%
𝑊𝑐 = 30,0%
O risco da carteira é dado pela seguinte expressão:
𝜎𝑐 2 = (38,57% ∗ 12%)2 + (31,43% ∗ 14%)2 + (30% ∗ 8%)2
+ (2 ∗ 38,57% ∗ 12% ∗ 31,43 ∗ 14% ∗ 0,6)
+ (2 ∗ 38,57% ∗ 12% ∗ 30% ∗ 8% ∗ 0,4) + (2 ∗ 31,43% ∗ 14%
∗ 30% ∗ 8% ∗ 0,5)
2
𝜎𝑐 = 9,51%

b) Analise a eficiência da carteira anterior. Se esta não for


eficiente determine a composição da carteira eficiente
para o mesmo nível de rentabilidade.
R: Considerando que o investidor pode efectuar aplicações e
financiamento à taxa de juro sem risco teremos como
carteira eficiente, e à luz do CAPM, uma combinação de
carteira cópia de mercado com activo sem risco, a qual para
uma rentabilidade idêntica, apresentará um nível de risco
inferior.
12%𝑊𝑚 + 5%𝑊𝑓 = 13% 12%𝑊𝑚 + 5%(1 − 𝑊𝑚 ) = 13%
{ {
𝑊𝑚 + 𝑊𝑓 = 1 𝑊𝑓 = 1 − 𝑊𝑚
12%𝑊𝑚 + 5% − 5%𝑊𝑚 = 13% 7%𝑊𝑚 = 8%
{𝑊 = 1 − 𝑊 {𝑊 = 1 − 𝑊
𝑓 𝑚 𝑓 𝑚
8%
𝑊𝑚 = 𝑊𝑚 = 1,1429 𝑊𝑚 = 1,1428
{ 7% {𝑊 = 1 − 1,1420 {𝑊 = −0,1429
𝑓 𝑓
𝑊𝑓 = 1 − 𝑊𝑚
Para obter a mesma rentabilidade o investidor
endivida-se em 14.290 Euros à taxa de risco nula e
aplica 114.290 Euros na certeira cópia do mercado.
20. Considere que determinada carteira é composta
da seguinte forma:
𝐵𝑖𝑙ℎ𝑒𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑇𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 400.000 𝐸𝑢𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐴𝐵𝐶 600.000 𝐸𝑢𝑟𝑜𝑠
À luz do CAPM prevê-se uma rentabilidade para a
globalidade daquelas aplicações de 25%, sendo a taxa
sem risco (𝑟𝐼 ) de 5% e o beta da carteira ABC de 1,5.
a) Qual é a rentabilidade para o mercado acionista?
R: O investimento é 1.000.000, logo 400.000 é 40%
dos Bilhetes de Tesouro e 600.000 é 60% pela carteira
ABC, e possui uma rentabilidade total de 25%.
(0,4 × 5%) + (0,6 × 𝐸 (𝑟𝐴𝐵𝐶 )) = 25%
0,6𝐸 (𝑟𝐴𝐵𝐶 ) = 25% − 2%
23%
𝐸 (𝑟𝐴𝐵𝐶 ) = = 38,33%
0,6
Sabendo que o beta da carteira ABC é de 1,5, temos:
38,33% = 5% + 1,5 × (𝐸 (𝑟𝑀 ) − 5%)
38,33% = 5% + 1.5𝐸 (𝑟𝑀 ) − 7,5
38,33% + 2,5% = 1,5𝐸(𝑟𝑀 )
40,83%
𝐸 (𝑟𝑀 ) = = 27,22%
1.5

b) A introdução da acção Q, no montante de 200.000


Euros na carteira ABC (que passará assim de
600.000 para 800.000 Euros), irá incrementar a
rentabilidade da globalidade das aplicações para
27%. Determine o beta da acção Q.
R: O valor total da carteira passará de 1.000.000 Euros
para 1.200.000 Euros. Assim:
200 1000
× 𝐸(𝑟𝑄 ) + × 25% = 27%
1200 1200
0,167𝐸(𝑟𝑄 ) + 20,833% = 27%
0,167𝐸(𝑟𝑄 ) = 6,167%
6,167%
𝐸(𝑟𝑄 ) = = 36,9% ≅ 37%, então:
16,7%
37% = 5% + 𝛽𝑄 × (27,22% − 5%)
37% − 5% = 22,22%𝛽𝑄
32%
𝛽𝑄 = = 1,44
22,22%

21. Considere as seguintes informações:


Acção Acção Carteira cópia Activo
A B do mercado sem risco
Rentabilidade esperada 19,45% 20,5% 15% 3%
Rentabilidade esperada de equilíbrio ? ? 15% 3%
Coeficiente de correlação linear com a 0,9 0,8 1 0
carteira cópia de mercado
Desvio padrão da taxa de rentabilidade 12% 15% 8% 0%
esperada
Pretende-se que:
a) Desenhe a Security Market Line
R: Como para representar uma recta basta conhecer
dois pontos e, por outro lado, sabe-se que os
parâmetros beta associados à carteira cópia do
mercado (𝛽𝑀 ) e ao activo sem risco (𝛽𝑟 ) são iguais à
unidade e a zero, respectivamente, logo:
b) Calcule os parâmetros beta das duas acções.
R: Acção A
𝜎𝐴,𝑀 𝜎𝐴,𝑀 𝜎𝐴,𝑀
𝛽𝐴 = 2 ↔ 𝛽𝐴 = 2 =
𝜎 𝑀 8 64
Sendo:
𝛽𝐴 = 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑏𝑒𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑐çã𝑜 𝐴
𝜎𝐴,𝑀 = 𝐶𝑜𝑣𝑎𝑟𝑖ã𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑐çã𝑜 𝐴 𝑒
𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑐ó𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜; 𝑒
2
𝜎 𝑀 = 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜
𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
Portanto:
𝜎𝐴,𝑀 = 𝑃𝐴,𝑀 × 𝜎𝐴 × 𝜎𝑀 ↔ 𝜎𝐴,𝑀 = 0,9 × 12 × 8 = 86.4
Sendo:
𝑃𝐴.𝑀 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑡𝑎
𝑥𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑐çã𝑜 𝐴 𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
𝜎𝐴 = 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎
𝑎𝑐çã𝑜 𝐴; 𝑒
𝜎𝑀 = 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜
𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
Então:
86,4
𝛽𝐴 = = 1,35
64
Acção B
𝑃𝐵.𝑀 × 𝜎𝐵 × 𝜎𝑀 0,8 × 15 12
𝛽𝐵 = → 𝛽𝐵 = = = 1,5
𝜎𝑀 8 8

c) Posicione as duas acções na Security Market Line.


R: A Security Market Line relaciona a rentabilidade
esperada de equilíbrio com o parâmetro beta (ou seja,
com o risco de mercado, único risco revelante de um
título, quando inserido numa carteira completamente
diversificada) de determinado activo.
Assim, uma vez determinados, na alínea anterior,
os parâmetros beta associados às acções A e B, basta
agora calcular as suas rentabilidades de equilíbrio
mediante a utilização da fórmula:
𝐸 𝑆𝑀𝐿 (𝑟𝑖 ) = 𝑟𝑖 + (𝐸 (𝑟𝑀 ) − 𝑟𝑖 ) × 𝛽𝑖
Sendo:
𝑆𝑀𝐿 ( )
𝐸 𝑟𝑖 = 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 ``𝑖´´
𝑟𝑖 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜
𝐸 (𝑟𝑀 ) = 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑐ó𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜; 𝑒
𝛽𝑖 = 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑏𝑒𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 ``𝑖´´
E considerando 𝐸 (𝑟𝑀 ) = 15% 𝑒 𝑟𝑖 = 3%:
Rendibilidade de equilíbrio esperada para o título A
𝑆𝑀𝐿 ( )
𝐸 𝑟𝐴 = 3 + (15 − 3) × 1,35 = 19,20%
𝐸 𝑆𝑀𝐿 (𝑟𝐵 ) = 3 + (15 − 3) × 1,5 = 21%

d) Calcule os parâmetros alfa (de Jensen) das duas


acções.
R: Como: 𝛼𝑖 = 𝐸 (𝑟𝑖 ) − 𝐸 𝑆𝑀𝐿 (𝑟𝑖 )
Sendo:
𝛼𝑖 = 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑙𝑓𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 ``𝑖´´
𝐸 (𝑟𝑖 ) = 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 ``𝑖´´; 𝑒
𝐸 𝑆𝑀𝐿 (𝑟𝑖 ) = 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 ``𝑖´´. Então:
Parâmetro alfa associado à acção A:
𝛼𝐴 = 19,45% − 19,20% = 0,25%
Parâmetro alfa associado à acção B:
𝛼𝐵 = 20,5% − 21% = −0,5%

e) Formule a decisão de investimento a tomar face a


cada uma das duas acções.
R: Acção A: 𝛼𝐴 > 0 → Comprar (desde que a acção A
seja inserida numa carteira completamente
diversificada).
Acção B: 𝛼𝐵 < 0 → Vender

f) Calcule o índice Treynor das duas acções:


𝐸 (𝑟𝐴 )−𝑟𝑓 19,45%−3%
R: 𝐼𝑇𝐴 = = = 0,122
𝛽𝐴 1,35
𝐸 (𝑟𝐵 ) − 𝑟𝑓 19,45% − 3%
𝐼𝑇𝐵 = = = 0,117
𝛽𝐵 1,5
A acção A remunera melhor o respectivo nível de risco
sistemático.

g) Calcule o índice Sharpe das duas acções.


𝐸 (𝑟𝐴 )−𝑟𝑓 19,45%−3%
R: 𝐼𝑆𝐴 = = = 1,1371
𝜎𝐴 12%
𝐸 (𝑟𝐵 ) − 𝑟𝑓 19,45% − 3%
𝐼𝑆𝐵 = = = 1,097
𝜎𝐵 15%
A acção A remunera seu nível de risco total.

22. Considere a seguinte carteira x constituída por


três acções (A, B, C):
Peso Desvio padrão de Covariâncias
relativo rentabilidade
A B C
A 20% 10% A 0,0100 0,0090 0,0032
B 30% 15% B 0,0225 0,0096
C 50% 8% C 0,0064
A rentabilidade esperada para o mercado acionista é
de 15%, com um desvio padrão de 7%. A
rentabilidade do activo sem risco é de 5%.
Pretende-se que:
a) Determine o risco (desvio padrão da rentabilidade)
da certeira.
R: 𝜎 2 𝑥 = (𝑊 2𝐴 𝜎 2𝐴 ) + (𝑊 2 𝐵 𝜎 2 𝐵 ) + (𝑊 2 𝐶 𝜎 2 𝐶 ) +
(2𝑊𝐴 𝑊𝐵 𝜎𝐴𝐵 ) + (2𝑊𝐴 𝑊𝐶 𝜎𝐴𝐶 ) + (2𝑊𝐵 𝑊𝐶 𝜎𝐵𝐶 )
2 2 2
𝜎 𝑥 = 0,2 × 0,01 + 0,3 × 0,0225)
( ) (
+ (0,52 × 0,0064) + (2 × 0,2 × 0,3 × 0,009)
+ (2 × 0,2 × 0,5 × 0,0032)
+ (2 × 0,3 × 0,5 × 0,0096)
𝜎 2 𝑥 = 0,0004 + 0,002025 + 0,0016 + 0,00108
+ 0,00064 + 0,00288
𝜎 2 𝑥 = 0,008625
𝜎𝑥 = √0,008625 = 0,09287 = 9,287%

b) Defina uma carteira Y (composta e rentabilidade


esperada) situada na Capital Market Line, cujo
nível de risco seja idêntico ao da carteira x.
R: 𝜎𝑌 = 𝑊𝑀 𝜎𝑀 ↔ 0,09287 = 𝑊𝑀 × 0,07
0,09287
𝑊𝑀 = = 1,3267
0,07
𝑊𝑀 + 𝑊𝐹 = 1 ↔ 𝑊𝐹 = 1 − 𝑊𝑀 ↔ 𝑊𝐹 = 1 − 1,3267
𝑊𝐹 = −0,3267
𝐸(𝑅𝑌 ) = 1,3267 × 15% − 0,3267 × 5%
𝐸(𝑅𝑌 ) = 0,199005 − 0,016335 = 0,18267
𝐸(𝐸𝑌 ) = 18,267%

23. Considere as seguintes informações:


Rentabilidade Desvio padrão Coeficiente de
correlação com o
esperada da rentabilidade mercado
Acção A 7% 0,9
Acção B 14% 0,8
Carteira mercado 16% 12%
Activo risco nulo 5%
O coeficiente de correlação linear entre as
rentabilidades de A e B é de 0,75. Admita que pode
fazer aplicações e financiamentos à taxa do activo sem
risco.
Pretende-se que:
a) Determine a composição de uma carteira que inclua
apenas as acções A e B, de modo a que a sua
rentabilidade esperada seja de 13%.
R: 𝑊𝐴 × 𝐸 (𝑟𝐴 ) + 𝑊𝐵 (𝑟𝐵 ) = 13%
Relativamente a acção A temos:
𝜎𝐴 𝜎𝑀 𝑃𝐴𝑀 0,07 × 0,12 × 0,9 0,00756
𝛽𝐴 = 2
= 2
=
𝜎 𝑀 0,12 0,0144
𝛽𝐴 = 0,525
𝐸 (𝑟𝐴 ) = 5% + 0,525(16% − 5%) = 0,10775
𝐸(𝑟𝐴 ) = 10,775%
Relativamente à acção B temos:
0,14 × 0,12 × 0,8 0,01344
𝛽𝐵 = 2
= = 0,93333333333
0,12 0,0144
𝛽𝐵 = 93,333333%
𝐸 (𝑟𝐵 ) = 5% + 0,9(3)(16% − 5%) = 0,1526666667
𝐸(𝑟𝐵 ) = 15,26666667%
Para o cálculo dos pesos relativos de cada uma das
acções (𝑊𝐴 ; 𝑊𝐵 ) temos:
10,775𝑊𝐴 + 15,27𝑊𝐵 = 13 10,775𝑊𝐴 + 15,27(1 − 𝑊𝐴 ) = 13
{ {
𝑊𝐴 + 𝑊𝐵 = 1 𝑊𝐵 = 1 − 𝑊𝐴
10,775𝑊𝐴 + 15,27 − 15,27𝑊𝐴 = 13
{
𝑊𝐵 = 1 − 𝑊𝐴
−2,27
−4,495𝑊𝐴 = −2,67 𝑊𝐴 = 𝑊𝐴 = 0,505
{ { −4,495 {𝑊 = 1 − 0,505
𝑊 =1−𝑊
𝐵 𝐴 𝐵
𝑊𝐵 = 1 − 𝑊𝐴
𝑊𝐴 = 50,5%
{
𝑊𝐵 = 0,495 = 49,5

b) Determine o risco total e o risco específico da


carteira calculada na alínea anterior.
R: Risco total 𝜎𝑃 :
𝜎 2 𝑃 = (𝑊𝐴 𝜎𝐴 )2 + (𝑊𝐵 𝜎𝐵 )2 + 2𝑊𝐴 𝑊𝐵 𝜎𝐴 𝜎𝐵 𝑃𝐴𝐵
𝜎 2 𝑃 = (0,505 × 0,07)2 + (0,495 × 0,14)2
+ 2 × 0,505 × 0,495 × 0,07 × 0,14 × 0,75
𝜎 2 𝑃 = 0,00125 + 0,004802 + 0,00367 = 0,009722
𝜎𝑃 = √0,009722 = 0,09862 = 9,682%
Risco específico 𝜎𝑒𝑃 :
2 2 2
𝜎 𝑃 = (𝛽𝑃 𝜎𝑀 ) + 𝜎 𝑒𝑃
𝛽𝑃 = 𝑊𝐴 𝛽𝐴 + 𝑊𝐵 𝛽𝐵 = 0,505 × 0,525 + 0,495 × 0,9(3)
𝛽𝑃 = 0,265125 + 0,462 = 0,727125 = 72,7125%
𝜎 2 𝑒𝑃 = 𝜎 2 𝑃 − (𝛽𝑃 𝜎𝑀 )2 ↔ 𝜎𝑒𝑃 = 4,6%
c) A carteira é totalmente diversificada? Justifique.
R: Ao possuir risco específico, não pode ser
considerada totalmente diversificada.

d) Admita que tem 10.000 Euros para investir. Qual a


melhor forma de aplicar este valor de modo a obter
uma rentabilidade esperada de 18%?
R: A forma mais eficiente de efectuar uma aplicação,
corresponde a investir numa composição de activos
sem risco e carteira cópia de mercado.
(𝑊𝑚 ; 𝑊𝑓 ) =? ; 𝐸 (𝑟𝑃 ) = 18%
16%𝑊𝑚 + 5%𝑊𝑓 = 18% 16%𝑊𝑚 + 5%(1 − 𝑊𝑚 ) = 18%
{ {𝑊 = 1 − 𝑊
𝑊𝑚 + 𝑊𝑓 = 1 𝑓 𝑚
16%𝑊𝑚 + 5% − 5%𝑊𝑚 = 18% 11%𝑊𝑚 = 13%
{𝑊 = 1 − 𝑊 {𝑊 = 1 − 𝑊
𝑓 𝑚 𝑓 𝑚
13%
𝑊𝑚 = = 1,1818
{ 11%
𝑊𝑓 = 1 − 1,1818 = −0,1818

24. A acção A irá ser trocada pela acção D, com um 𝛽


de 0,8 na carteira T e na qual ambas têm um peso
de 20%. Com esta permuta ir-se-á reduzir a
rentabilidade de equilíbrio da carteira T de 19%
para 18%.
a) Considerando que a rentabilidade prevista para o
mercado é de 15% e que a taxa sem risco é de 7%,
determine a rentabilidade de equilíbrio da acção A.
R: 𝐸 (𝑟𝑀 ) = 15%; 𝑟𝑓 = 7%; 𝛽𝐷 = 0,8
𝐸 (𝑟𝐷 ) = 7% + 0,8 × (15% − 7%)
𝐸(𝑟𝐷 ) = 0,134 = 13,4%
Conhecendo a rentabilidade da acção D, é possível
determinar a rentabilidade global dos restantes 80%
0,2 × 13,4% + 0,8 × 𝑅(𝑅𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠) = 18%
0,0268 + 0,8𝑅(𝑅𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠) = 18%
0,8𝑅(𝑅𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠) = 0,1532
0,1532
𝑅(𝑅𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠) = = 0,1915 = 19,15%
0,8
Desta forma será possível determinar a rentabilidade
da acção A
0,2 × 𝐸 (𝑟𝐴 ) + 0,8 × 19,15% = 19%
0,2𝐸 (𝑟𝐴 ) + 15,32% = 19; 0,2𝐸 (𝑟𝐴 ) = 19% − 15,32%
0,0368
𝐸 (𝑟𝐴 ) = = 0,184 = 18,4%
0,2

b) Se o desvio padrão de rentabilidade do mercado for


de 20% e o desvio padrão de rentabilidade residual
do título A de 3,5%, identifique a rentabilidade de
uma carteira exclusivamente constituída por uma
carteira cópia de mercado e o activo sem risco, que
tem o mesmo risco da acção A
R: 𝜎𝑀 = 20%; 𝜎𝜀 𝐴 = 3,5%; 𝛽𝐴 = 1,425
Risco total de A:𝜎 2𝐴 = 𝛽 2 𝐴 𝜎 2 𝑀 + 𝜎 2 𝜀 𝐴
𝜎 2𝐴 = 1. 4252 × 0, 22 + 0,0352
𝜎 2𝐴 = 008245 ↔ 𝜎𝐴 = √0,08245
𝜎𝐴 = 0,28714 = 28,714%
𝜎 2 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝑊 2 𝑚 × 𝜎 2 𝑚 + 𝑊 2𝑓 × 𝜎 2𝑓 + 2𝑊𝑚 𝑊𝑓 𝜎𝑚𝑓
𝜎𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝑊𝑚 × 𝜎𝑚 ↔ 28,714% = 𝑊𝑚 × 20%
28,714%
28,714% = 𝑊𝑚 × 20% 𝑊𝑚 = = 1,4357
{𝑊 + 𝑊 = 1 { 20%
𝑚 𝑓
1,4357 + 𝑊𝑓 = 1
𝑊𝑚 = 1,4357 𝑊𝑚 = 1,4357
{ {
𝑊𝑓 = 1 − 1,4357 𝑊𝑓 = −0,4357
𝐸(𝑟𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎) = 1.4357 × 15% − 0,4357 × 7%
𝐸(𝑟𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎) = 0,215355 − 0,030499 = 0,18486
𝐸(𝑟𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎) = 18,486%

25. Considere os seguintes activos:


Activo A Activo B
Condições de mercado Rentabilidade Rentabilidade Probabilidade
Bom 16 8 ¼
Médio 12 8 ½
Mau 8 8 ¼
a) Calcule o valor esperado e a variância para a
carteira constituída pelos activos na mesma
proporção. Comenta cada passo.
R: Para encontrarmos o valor da carteira 1º teremos de
encontrar os valores de cada um dos activos, para o
activo B não vale apena fazer contas. A rentabilidade do
activo B é sempre 8%, seja qual for o estado do tempo
da natureza. Como a rentabilidade não varia o seu
desvio padrão é nulo. Isso significa que o activo B é um
activo sem risco, oferece sempre a mesma
rentabilidade seja qual for o estado da natureza.
Quanto ao activo A, a sua rentabilidade esperada é:
1 1 1
𝐸(𝑅𝐴 ) = 16 × + 12 × + 8 ×
4 2 4
𝐸(𝑅𝐴 ) = 4 + 6 + 2 = 12
E a sua variância é:
1 1 1
𝑣𝑎𝑟(𝑅𝐴 ) = × (16 − 12) + × (12 − 12) + × (8 − 12)2
2 2
4 2 4
𝑣𝑎𝑟(𝑟𝐴 ) = 4 + 0 + 4 = 8
Além disso, como a rentabilidade do activo B não
varia, os desvios em relação à média são sempre zero
para o activo B, o que implica que a covariância entre
os activos A e B é nula. No que toca a carteira basta
calcularmos a rentabilidade em cada estado do tempo
da natureza e depois calcular o seu valor esperado e a
sua variância.
Condições de Rentabilidade Rentabilidade 0,5𝐴 + 0,5𝐵 Probabilidade
mercado
Bom 16 8 12 ¼
Médio 12 8 10 ½
Mau 8 8 8 ¼
Logo a rentabilidade esperada da carteira e a
variância desta carteira são:
𝐸 (𝑅𝑃 ) = 0,5 × 12 + 0,5 × 8 = 6 + 4 = 10
𝑣𝑎𝑟(𝑅𝐴 ) =

26. Responda duas das seguintes três questões.


I. Explique o que são carteiras eficientes e porquê
que são chamadas de carteiras dominantes. De um
exemplo gráfico.
II. Explique resumidamente como funciona as
operações em conta margem.
III. Diz quais são os principais intervenientes do
mercado monetário e explicite os produtos
financeiros comercializados neste mercado.
Os mercados financeiros pode ser:
❖ Mercado primário – é o mercado no qual um
título financeiro é oferecido pela primeira vez ao
Público.
Neste tipo de mercado as empresas ou o governo
emitem títulos e usam o dinheiro obtido com a sua
venda para financiar investimentos reais, ou no caso
do governo para financiar défices orçamentais.
❖ O mercado secundário – é o mercado no qual as
transações anteriormente efectuadas de títulos no
mercado primário sejam efectuadas entre
diferentes investidores.
A oferta inicial pode ser privada ou pública.

Em todos os mercados, existem regras que têm de ser


satisfeitas numa oferta pública de títulos, em
particular, é necessário tornar disponível
determinado tipo de informação, que possibilite aos
investidores potenciais avaliar o investimento.
De acordo com a maturidade dos produtos financeiros
os mercados financeiros podem ser:
❖ Mercado monetário – é aquele onde são
transaccionados produtos financeiros de curto
prazo;
❖ Mercado de capitais – aquele onde são
transaccionados produtos financeiros de longo
prazo.
No mercado de capitais, as transações do mercado
secundário podem ocorrer num mercado organizado
ou num mercado de balcão (over-the-counter) ou
OTC.

Mercados organizados – os mercados de capitais


organizados são aquilo que são chamados por bolsas
de valores, as transações são efectuadas através de
leilões centralizados.
Os mercados podem estar organizados de várias
formas. Num mercado com negociação contínua as
transações podem ocorrer em qualquer momento.
Em contrapartida, num mercado com negociação
em chamadas (cal market) as transações ocorrem só
em terminados momentos de tempo.

Mercados organizados em Angola


A entidade reguladora e supervisora dos mercados de
capitais em Angola é a CMC (Comissão do mercado de
Capitais) que é uma pessoa colectiva de direito
público, dotada de personalidade jurídica e autonomia
administrativa, financeira e de património próprio,
sujeita á superintendência do Presidente da República
e à tutela do Ministério das Finanças.
A CMC, regula supervisiona, fiscaliza e promove os
valores mobiliários.

Ordens de bolsas
As ordens relativas a operações de compra ou venda
de títulos na bolsa pode ser dada pelos investigadores
directamente a um corrector a que deve executar, ou
podem se dadas a intermediários financeiros que
depois contactam os correctores.
Uma ordem de bolsa indica:
1. Natureza da transação (venda ou compra)
2. Natureza dos títulos a transacionar
3. Tipo de operarão e condições em que deve ser
realizada;
4. Modalidades da ordem quanto ao preço (ao
melhor preço; com limite de preço, com menção
stop, ao melhor preço)
5. Prazo de validade da ordem por prazo
determinado
6. Data em que a ordem é dada.

A regra prioridade- preço implica que as ofertas de


compra e venda ao melhor preço tem prioridade
sobre as outras ofertas.
A regra da prioridade-tempo diz que condições
idênticas relativamente ao preço devem ser satisfeitas
primeiro as ordens que dadas primeiros.

Operações de conta margem


Um investidor pode adquirir títulos com dinheiro, ou
pode adquirir títulos pagando parte do dinheiro e
pedindo emprestado o restante. Quando isso acontece,
quando o investidor pede emprestado para comprar o
título diz-se que a compra foi a margem.

Índices de mercado
Numa bolsa de valores são transacionados muitos
títulos porque as cotações são diferentes. Estes
índices são indicadores que nos fornecem
informações sobre o Estado do mercado bolsista.

Índices de acções
Um dos índices de acções mais antigos conhecidos é
Dow jones IndustrialAverage índex.
Foi calculado em 1896. Originalmente era calculado
somando os preços das acções de 20 empresas.
Actualmente considera 30 empresas e é calculado
somando os preços dessas 30 acções dividindo por um
factor de ajustamento.
Um outro índice muito popular que usa a metodologia
ponderando cada acção da empresa no valor agregado
do mercado é o standar & poors (composite 500
Stock índex por S&p500). Ele não inclui dividendos,
apenas indica a mais-valia e não a rentabilidade.

Mas já existem índices que também levam em conta os


dividendos e podem ser utilizados como indicadores
da rentabilidade (construídos pelos center for Research
in Security Prices - CRSP).
O NYSE inclui todas acções transaccionadas na
bolsa.
Os índices de acções internacionais são Aggregate
Word Index publicado pela Morgam Stanley
International, Euronext Lisboa o índice é o PSI,
IBOVESPA, FTSE.

Índices de obrigações
Os mais conhecidos são os construídos pelas
empresas Lehman Brothers, Merril Lynch e Solomon
Brothers.
Todos eles levam em conta não só a mais-valia, mas
também o pagamento dos juros.

Investimentos Financeiros
Há muitas formas de classificar os investimentos
financeiros. Um dessas classificações distingue entre
títulos primários e títulos secundários.
Os títulos primários são emitidos pelas empresas
ou pelo Estado.
Os títulos derivados são emitidos por investidores
individuais.

O Estado e as empresas emitem títulos primários. O


Estado emite obrigações de vários tipos.
As obrigações emitidas pelo Estado são obrigações
sem risco de incumprimento.
As empresas emitem vários tipos de títulos, desde
obrigações até ás acções passando por títulos com
características intermédias.

A grande diferença entre um accionista e um


obrigacionista é que o accionista é um co-proprietário
da empresa. Enquanto o obrigacionista é um credor
da empresa e tem o direito a receber um montante
definido e limitado, o accionista tem direito de
participar nos lucros da empresa.

Os investimentos financeiros classificam-se em:


➢ Investimentos directos
➢ Investimentos indirectos
Instrumentos Financeiros do mercado Monetário:
❖ Bilhete do tesouro (BT) – são títulos de dívida
com maturidade 91, 182, 364 dias. Não pagam
qualquer cupão, os juros estão implícitos na
diferença entre preço de aquisição e o valor
nominal do título.
❖ Certificado de aforro – títulos da dívida pública,
nominativos, com períodos de capitalização de três
meses, contados a partir da data de emissão.
❖ Papel comercial – tem características
semelhantes aos bilhetes do tesouro, mas são
emitidos pelas empresas.

Instrumentos Financeiros do mercado de capitais


No mercado de capitais é o mercado onde têm lugar
operações de compra e venda de títulos financeiros de
longo prazo.
Estes títulos podem ser obrigações, acções ou
títulos mistos que têm elementos das obrigações e das
acções (equity linked bonds).

Obrigações – é um título, negociável, através do qual


seu emissor se compromete a pagar, a quem o
detenha, um rendimento (juro) em condições
definidas a data de emissão e durante o período de
tempo, para além do reembolso do capital.

Elementos importantes das obrigações


❖ Valor nominal ou valor facial – é o valor
inscrito no título;
❖ O preço de emissão – é o montante a pagar para
adquirir a obrigação quando ela é emitida.
Se o preço de emissão for inferior ao valor nominal,
diz-se que a emissão é abaixo do par e o contrário
diz-se que a emissão é acima do par, se for o mesmo
preço diz-se emissão ao par.

Instrumentos Financeiros derivados


Os instrumentos derivados são instrumentos
financeiros cujo valor depende de um título ou de
conjunto de títulos em que se baseiam. Os mais
comuns são as opções e os futuros.

Opções – uma opção dá ao seu detentor o direito de


adquirir (opção de compra) ou de venda (opção de
venda) um determinado activo ou conjunto de activos,
numa data futura, por um determinado preço.
O comprador da opção paga um preço pela opção,
mas tem a vantagem de no futuro usar ou não o
direito que a opção lhe confere.

Futuros – obriga o seu detentor a comprar um


determinado bem, título financeiro ou conjunto de
títulos, a um determinado preço, numa determinada
data. Logo, é uma promessa de compra futura.

A grande diferença relativamente ás opções é que as


opções concedem direito que pode ou não ser
exercido; ao passo que um futuro obriga o detentor a
comprar. Repare que o detentor de um futuro pode
perder dinheiro.

É conveniente distinguirmos entre o mercado


forward e o mercado de futuros.
Os produtos transaccionados tem características
idênticas, a diferença é que o mercado forward é
informal.
No mercado forward são os vendedores e
compradores que têm de acordar todos os
pormenores da transação. Em contrapartida, o futuro
é um contrato padronizado e é negociável.

Os agentes nos mercados financeiros


Os investidores (retalhistas e institucionais)
❖ Retalhistas:
❖ Institucionais
o Bancos comerciais e de investimentos
o As companhias de seguro
o Fundos soberanos (sovereogn wealth funds)
o Fundos de pensões (pension funds)
o Fundos especulativos (hedge funds)
o Fundos privados de acções
o ETF (Exchange traded funds)
o Fundos de investimentos tradicionais
Na verdade, o sistematiza os fundos em três
categorias, a saber:
❖ Fundos convencionais – que incluem os fundos
de pensões, os fundos de investimento tradicionais
e os fundos das companhias de seguros,
movimentado qualquer coisa como USD 75 bilhões
em 2007.
❖ Fundos alternativos – que incluem os fundos
soberanos, os fundos especulativos, os ETFs e os
fundos privados de acções;
❖ Fundos privados – com cerca de USD 40 bilhões.

Os fundos soberanos – são fundos de investimentos


detidos por Estados soberanos que os alimentam com
os excedentes das contas públicas e das balanças de
pagamentos.

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