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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO

- UNIRP

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Joelma Caparroz

NEUROCIÊNCIAS

SILVIO BEIRA ARCHILLA FILHO 20222791

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2023
SÍNTESE DO ARTIGO: COMO A COVID-19 DANIFICA O CÉREBRO

O artigo apresenta que mesmo os pacientes com infecções leves por


covid-19 apresentam alterações neurológicas importantes e reduz a espessura
das camadas corticais. No cérebro, o vírus infecta e “sequestra” os astrócitos,
controlando as vias metabólicas mais importante. Os astrócitos são os
principais armazenamentos de energia no cérebro, envolvido na absorção,
síntese e distribuição de metabolismo.
Essas células desempenham um papel importante na resposta de
defesa ao estímulo de danos celulares. Processos infecciosos ou inflamatórios.
No entanto, células infectadas com SARS-COV-2 reduzem metabolitos e é
usado para nutrir neurônios e produzir neurotransmissores, o que é uma das
mudanças mais críticas.
“diminuição dos níveis de lactato”. Além de seu papel no ciclo do
carbono, o lactato é essencial como agente neuro protetor, bem como um sinal
chave para regular o fluxo sanguíneo.
Cientistas liderados pelo professor da Unicamp Dr.Daniel Martins de Souza,
Ph.D.
A porta de entrada do SARS-COV-2 nos astrócitos não é o receptor
clássico da ECA, mas outro, a neuropilina 1.
Um estudo publicado no Journal of Neurochemistry, coordenado pelo Dr.
Jean Pierre Schatzmann Perón, Ph.D, pesquisador vinculado ao laboratório de
interações neuro imunes do instituto de Ciências Biomédicas da USP e da
Plataforma Cientifica Pasteur da USP (SPPU). Este trabalho confirma os
resultados do estudo anterior, mas vai além. Entre moléculas alteradas como
resultado da infecção são aquelas relacionadas ao metabolismo do carbono
(glicólise e Ciclo de Krebs), mas também a glutamina, que é convertida em
glutamato e é mais abundante, uma parte importante do SNC. A glutamina é
essencial para o funcionamento das sinapses excitatórias, principalmente
durante a formação de memorias encontradas na região do hipocampo. Os
pesquisadores notaram que assim como o vírus da imunodeficiência humano,
vírus vaccínia e citomegalovírus, o SARS-COV-2 usa a glutamina como fonte
de energia.

“Achamos que os astrócitos precisam de muita energia para


sintetizar partículas virais, então o vírus muda isso”.

“Faz com que ele use a glutamina como fonte de energia para
a sua replicação como fonte de energia para a sua replicação”.
Explicou o Dr. Jean Pierre.

Os autores sugerem que o efeito sobre a glutamina se correlaciona com


o comprometimento neurológico observado durante a Covid-19, como perda de
memória, confusão mental e comprometimento cognitivo.
O artigo apoia a hipótese e cita o caso de um paciente de 29 anos que
desenvolveu déficit de atenção transitório e problemas de memória durante a
infecção por SARS-CoV-2. A espectroscopia de ressonância magnética revelou
uma redução de glutamato, glutamina e N-acetil-aspartato no córtex pré-frontal
dorsolateral. Depois de três meses, quando os sintomas neurológicos
desapareceram, os níveis de glutamato/glutamina também foram restaurados.

“Recomendo que neurologistas e psiquiatras avaliem pacientes


com memória e confusão mental, acreditando que pode estar
relacionado a essas alterações neuroquímicas, principalmente
em relação ao metabolismo glutamato-glutamina", disse o Dr.
Jean Pierre.

Esse conhecimento pode ser traduzido em terapia. Dr. Jean Pierre


destacou ao Medscape que alguns medicamentos que modulam o metabolismo
da glutamina e do glutamato (por exemplo, recaptação de glutamato ou
inibidores de receptores) já são utilizados em condições neurológicas e
psiquiátricas e pode beneficiar pacientes com essas alterações. Vale a pena
mencionar que não foram observadas alterações na expressão de receptores
ou transportadores dessas moléculas.
Referências
TABAKMAN, R. Como a covid-19 danifica o cérebro. medscape, ago. 2022.

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