Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Protegido por lei, é o nome sob o qual a empresa mercantil exerce sua atividade e se obriga nos atos
a ela pertinentes, compreendendo os seguintes tipos:
firma individual;
firma ou razão social;
denominação social.
Serve também para identificar o tipo jurídico da empresa.
REGRAS BÁSICAS DE FORMAÇÃO
O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e identificará,
quando assim o exigir a lei, o tipo jurídico da sociedade.
Princípio da veracidade
Estabelece que deve ser verdadeiro o nome do sócio (no caso de razão social) ou do titular
da firma individual e sincera a indicação da atividade que venha a incorporar o nome (deve
estar explicitada no objeto da empresa).
Principio da novidade
Estabelece que deve ser adotado um nome novo e diferente de outro já existente a fim de
evitar erros e confusões nas identificações das empresas.
Havendo indicação de atividades econômicas no nome empresarial, essas deverão estar
contidas no objeto da firma individual ou da sociedade mercantil.
Não poderá haver colidência do nome empresarial por identidade ou semelhança com
outro já protegido.
PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
Proteção na unidade federativa onde se localiza a sede da empresa
A proteção do nome empresarial decorre, automaticamente, do arquivamento de ato
constitutivo ou de alteração que implique em mudança do nome e circunscreve-se à
unidade da federação em que se localiza a sede da empresa.
Proteção em outras unidades da federação
A proteção do nome empresarial pode ser estendida pela empresa interessada a outras
unidades da federação, mediante procedimentos próprios perante a Junta Comercial da
unidade da federação onde se deseja a proteção.
FORMAÇÃO DO NOME DE FIRMA INDIVIDUAL
Conceito de firma individual
É aquela em que a titularidade é unipessoal e a responsabilidade do seu titular é ilimitada,
respondendo o seu patrimônio pelas dívidas da empresa.
Formação do nome empresarial
O comerciante individual:
DEVERÁ adotar o seu nome civil, por extenso ou abreviado;
PODERÁ aditar designação mais precisa de sua pessoa ou da atividade a ser exercida
para diferenciar de outro nome já existente;
NÃO PODERÁ abreviar o último sobrenome, nem excluir qualquer dos componentes do
nome.
Observação:
Não constituem sobrenome: Filho; Júnior; Neto; Sobrinho; etc., que indicam uma ordem ou
relação de parentesco.
Exemplos:
Pedro Xavier de Jesus;
Pedro X. de Jesus - Comércio de Bebidas;
P. X. de Jesus - Supermercado.
Alteração do nome empresarial
O comerciante individual:
DEVERÁ alterar o nome empresarial quando houver modificação do nome civil do titular da
firma individual ou quando houver modificação da atividade constante do nome.
Exemplos:
Maria Joaquina Santos para Maria Joaquina Santos de Azevedo;
Pedro de Jesus - Açougue para Pedro de Jesus - Mercearia.
FORMAÇÃO DO NOME DA SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE
LIMITADA
Conceito de sociedade por cotas de responsabilidade limitada
É a empresa mercantil constituída por duas ou mais pessoas onde cada uma é diretamente
responsável pela integralização de suas cotas e indireta e subsidiariamente responsável
pela integralização das cotas dos demais sócios, respondendo inclusive, com seus bens
particulares.
Formação do nome empresarial
Para formar o nome empresarial, a sociedade por cotas de responsabilidade limitada
poderá adotar RAZÃO SOCIAL ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, sempre seguida, qualquer
delas, da expressão "limitada', por extenso ou abreviadamente.
RAZÃO SOCIAL
É constituída pelo nome civil completo ou abreviado de um, de alguns - nesses casos
acrescida a expressão "e companhia" ou "e Cia.", para indicar a existência de outros sócios
-, ou de todos os sócios, além da palavra "limitada", por extenso ou abreviada.
A expressão "e companhia" indica tratar-se de uma sociedade que na composição da
Razão Social não declinou o nome de todos os sócios, podendo ser substituído por
qualquer outro capaz de exercer a mesma função, por exemplo: "e Filhos", "e Irmãos", "e
Sobrinhos", "e Amigos".
Exemplos:
Oliveira, Xavier e Silva Ltda.;
P. de Jesus e Cia. Ltda.;
P. de Jesus e Irmãos Limitada.
DENOMINAÇÃO SOCIAL
É formada por expressões de fantasia incomuns (termos criados) e/ou por palavras de uso
comum ou vulgar livremente escolhidas pelo sócios, seguidas da palavra "limitada",
abreviada ou por extenso. Omitida a palavra "limitada", os sócios passam a responder
ilimitadamente pela empresa.
Caso figurem no nome empresarial uma ou mais atividades econômicas, essas deverão
constar expressamente no objeto social da empresa.
O nome empresarial não pode incluir ou reproduzir em sua composição sigla ou
denominação de órgão público da administração direta, indireta e fundacional, federal,
estadual ou municipal, bem como de organismos internacionais.
Exemplos:
Farmácia São Pedro Ltda.;
Casa Beija-Flor - Artigos Agrícolas Ltda;
Padaria e Mercearia Oliveira Limitada.
Desenvolvimento do conceito jurídico de empresa
A empresa, como organismo autônomo e institucionalizado, domina hoje a vida
econômica universal. Suas formas jurídicas, no Brasil, são as das Companhias de
Comércio ou Sociedades Anônimas ou das sociedades por quotas de responsabilidade
limitada, de preferência às firmas individuais ou em nome coletivo, que dia a dia
desaparecem para tomar as duas outras formas.
obs.dji: Denominação social; Desenvolvimento; Elementos de identificação da empresa;
Empresa; Empresa de pequeno porte; Empresa jornalística; Empresas impedidas de
impetrar concordata; Filial; Microempresa; Penhora, depósito e administração de empresa
e outros estabelecimentos; Regulamento das Empresas; Registro Público de Empresas
Mercantis e Títulos Afins; Sociedades Comerciais; Sociedades em Nome Coletivo ou com
Firma; Usufruto de imóvel ou de empresa
Comércio em Geral
Comércio Marítimo - Quebra - Falências - Administração da Justiça nos Negócios e
Causas Comerciais
Microempresa
Constitucional Disposições transitórias - CF
- tratamento jurídico diferenciado: Art. 179, - considera-se: Art. 47, § 1º, ADCT - CF
CF - liquidação dos débitos; sem correção
monetária; período: Art. 47, I, ADCT - CF
Pessoa jurídica ou firma individual que tenham receita bruta anual igual ou inferior ao
valor nominal de 250.000 UFIR (Unidades Fiscais de Referência), ou qualquer outro
indicador de atualização monetária que venha a substituí-la.
A L. 8.864, de 28.3.1994 - revogada pela L-009.841-1999, que disciplina as
microempresas e as empresas de pequeno porte, garante a estas tratamento jurídico
simplificado e favorecido nos campos administrativo, tributário, trabalhista, previdenciário e
creditício.
As firmas individuais e as sociedades comerciais e civis enquadráveis como
microempresa ou empresa de pequeno porte que, durante cinco anos, não tenham
exercido atividade econômica de qualquer espécie, poderão requerer e obter a baixa no
registro competente, independentemente de prova de quitação de tributos e contribuição
para com a Fazenda Nacional. Antes mesmo da L. 8.864 - revogada pela Lei 9.841-99
supramencionada, que revogou o antigo Estatuto da Microempresa (L. 7.256, de
27.11.1984), já a CF de 1988, ora vigente, trata, no seu Art. 179 e no Art. 47 das DT.
(jurisprudência)
- Microempresa de representação comercial - Imposto de renda - STJ Súmula nº 184
obs.dji: Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte - Microempresas (ME)
e empresas de pequeno porte (EPP), tratamento diferenciado e simplificado - campos
administrativo, fiscal, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento
empresarial - L-008.864-1994; Desenvolvimento do conceito jurídico de empresa;
Elementos de identificação da empresa; Empresa; Empresa de pequeno porte; Empresas
impedidas de impetrar concordata; Empresa pública; Instituição de sociedades de crédito
ao microempreendedor, altera dispositivos das Leis nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
8.029, de 12 de abril de 1990, e 8.934, de 18 de novembro de 1994 - L-010.194-2001;
Microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), tratamento diferenciado e
simplificado - campos administrativo, fiscal, previdenciário, trabalhista, creditício e de
desenvolvimento empresarial - L-008.864-1994; Normas integrantes do estatuto da
microempresa, relativas a isenção do imposto sobre circulação de mercadorias - ICM e
imposto sobre serviços - ISS - LC-000.048-1984; Penhora, depósito e administração de
empresa e outros estabelecimentos; Regulamento das empresas; Registro público de
empresas mercantis e títulos afins; Regulamenta a L-009.841-1999, Estatuto da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte - D-003.474-2000; Sistema integrado de
imposto e contribuições das microempresas e das empresas de pequeno porte - SIMPLES
- L-010.034-2000; Usufruto de imóvel ou de empresa
Filial
- de pessoa jurídica estrangeira: Art. 12, § 3º, CPC
obs.dji: Desenvolvimento do conceito jurídico de empresa; Empresa
Empresa Jornalística
- propriedade: Art. 222 e §§ 1º e 2º, CF
obs.dji: Comunicação social; Desenvolvimento do conceito jurídico de empresa; Duração e
condições de trabalho dos jornalistas profissionais; Emissoras de rádio e televisão;
Empresa; Empresas de radiodifusão; Jornais; Jornalismo; Meios de comunicação
Ao positivar a teoria da empresa, o novo Código Civil passa a regular as relações jurídicas
decorrentes de atividade econômica realizada entre pessoas de direito privado.
Evidentemente, várias leis específicas ainda permanecem em vigor, mas o cerne do direito
civil e comercial passa a ser o novo Código Civil.
O novo Código Civil, na Parte Especial, trata no Livro II Do Direito de Empresa. Esse Livro
II, por sua vez, está dividido em quatro títulos: Título I - Do Empresário, Título II - Da
Sociedade, Título III - Do Estabelecimento, Título IV - Dos Institutos Complementares.
A teoria empresa está em oposição à teoria dos atos de comércio, que fora adotada pelo
Código Comercial de 1850.
Em linhas muito gerais, de acordo com a teoria dos atos de comércio, parte da atividade
econômica era comercial, isto é tinha um regime jurídico próprio, diferenciado do regime
jurídico de uma outra parte da atividade econômica, que se sujeitava ao direito civil. Isso
significava dizer que certos atos estavam sujeitos ao direito comercial e outros não. Os
atos de comércio eram os atos sujeitos ao direito comercial; os demais eram sujeitos ao
direito civil. Ou seja, atos com conteúdo econômico poderiam ser civis ou comerciais. Na
verdade a questão não era tão simples, pois a doutrina não conseguia estabelecer
exatamente um conceito científico do que seria o ato de comércio, sendo mais fácil admitir
que ato de comércio seria uma categoria legislativa, ou seja, ato de comércio seria tudo
que o legislador estabelece que teria regime jurídico mercantil.
A teoria da empresa não divide os atos em civis ou mercantis. Para a teoria da empresa, o
que importa é o modo pelo qual a atividade econômica é exercida. O objeto de estudo da
teoria da empresa não é o ato econômico em si, mas sim o modo como a atividade
econômica é exercida, ou seja, a empresa, com os sentidos que veremos adiante.
O novo Código Civil não define o que seja "atividade econômica organizada" ou o que seja
"empresa". Essas definições cabem à doutrina.
O que é empresa?
Já é célebre a definição de empresa dada por Asquini, para quem ela compreende quatro
perfis. Vejamos três significados jurídicos para o vocábulo técnico, que correspondente aos
três primeiros perfis:
2.perfil funcional. A empresa é uma atividade, que realiza produção e circulação de bens e
serviços, mediante organização de fatores de produção (capital, trabalho, matéria prima
etc). Quando se diz "a empresa de estudar será proveitosa", temos a palavra empresa
empregada com esse significado.
4.perfil corporativo. A empresa é uma instituição, uma organização pessoal, formada pelo
empresário e pelos colaboradores (empregados e prestadores de serviços), todos voltados
para uma finalidade comum.
Para fins do art. 966, a palavra empresa tem como significado o segundo perfil mencionado
acima. Empresa, portanto, é a atividade econômica organizada. A organização é a união
de vários fatores de produção, com escopo de realização de bens ou serviços. O
empresário, assim, é quem realiza essa empresa, expressão tomada como sinônimo de
atividade.
Pouco importa o regime jurídico das pessoas que trabalharem para o empresário. Poderá
ser o regime trabalhista ou civil (em caso específicos, até mesmo o administrativo). Os
colaboradores do empresário poderão ser empregados, regidos pelo direito do trabalho, ou
trabalhadores autônomos, que são prestadores de serviço, regidos pelo direito civil. Pouco
importa. Ou seja, empresário não é sinônimo de patrão; mas o empresário sempre contrata
pessoas para trabalhar, ele sempre organiza o trabalho de outrem.
Mas a organização não compreende apenas a contratação de serviços sob regime civil ou
trabalhista. Juridicamente, a organização definida no art. 966 é a organização de fatores
produção. Abrange capital e trabalho. O capital compreende o estabelecimento, que é o
conjunto de bens utilizados pelo empresário na sua atividade econômica (estoque, matéria
prima, dinheiro, marcas, automóveis, computadores etc).
Essa organização deve ser profissional. Isso significa que deve ser contínua e com intuito
de lucro, objetivando meio de vida. Atos isolados não são empresariais, mesmo que
tenham conteúdo econômico.
Toda essa atividade organizada deve ter um sentido econômico. Se o objeto não for a
produção ou a circulação de bens ou de serviços, não estaremos diante da empresa.
Essa é a teoria da empresa. Ela estuda isto: a atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços. É o que se lê, claramente, no caput do
art. 966 do novo Código Civil.
Mas o art. 966 tem um parágrafo. Esse parágrafo diz que não é empresário "quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística (...)".
O que significa isso? Estaria o parágrafo único o art. 966 a excluir parte da atividade
econômica do conceito de empresa?
Isso pode causar uma certa perplexidade quando temos em mente que a teoria dos atos
de comércio é que fazia isso. A teoria dos atos de comércio é que dividia a atividade
econômica em atos sujeitos e atos não sujeitos ao regime mercantil.
No caso concreto, pode-se interpretar o parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil
como uma exceção à regra do caput ou como uma explicação. Vamos analisar as duas
possíveis interpretações a esse parágrafo único, para, ao final, concluir por uma ou outra
interpretação.
Se visto como uma exceção, o novo Código Civil estaria positivando a teoria da empresa,
mas conteria uma pequena ou não pequena exceção: toda atividade econômica
profissional organizada seria considerada empresa, com exceção dos serviços intelectuais.
Vamos frisar este ponto: se for dado ao parágrafo único, que se refere à profissão
intelectual, for tomado como excepcionador da regra do caput, significará dizer que a
atividade de prestação de serviços intelectuais realizada por uma grande organização não
seria empresarial. Ou seja, uma sociedade de advogados, titular de um grande escritório
de advocacia, com muitos empregados, com muitos computadores em rede, máquinas de
xerox, acesso rápido à Internet, bibliotecas, enfim, com uma grande estrutura, não seria
considerada empresa. Essa sociedade de advogados, com seu grande escritório de
advocacia, reuniria todas as definições teóricas do caput do art. 966 do novo Código Civil,
mas não seria considerada empresa em razão do parágrafo único ter excluído a profissão
intelectual da atividade econômica sujeita ao regime empresarial.
Esse parágrafo único conta, na sua parte final, com a expressão "salvo se o exercício da
profissão constituir elemento da empresa".
Vamos ler de novo o parágrafo único do art. 966 e novamente tentar interpretá-lo:
"Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa".
Interpretado o parágrafo único desse modo, isto é, no sentido de ser ele excepcionador da
regra do caput, teremos dois incontornáveis problemas de hermenêutica:
1.O novo Código Civil positiva a teoria da empresa, que não divide a atividade econômica
pelos atos em si considerados, mas sim pelo modo em que ela é exercitada. A teoria que
divide os atos em si considerados (atos comerciais versus atos civis) é a teoria dos atos de
comércio, do Código Comercial de 1850. Caso se diga que a profissão intelectual em si
não é empresarial, estaremos interpretando o parágrafo único do art. 966 de acordo com a
teoria dos atos de comércio e não de acordo com a teoria da empresa.
2.A segunda parte do parágrafo único do art. 966 não teria qualquer sentido lógico ou
prático.
A idéia do parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil é que a princípio a profissão
intelectual não é empresarial por características próprias, isto é, não compreende a
organização de fatores de produção. O parágrafo único do art. 966 diz a profissão
intelectual, a despeito de ter conteúdo econômico (o parágrafo único usa a palavra
"profissão", o que denota o caráter econômico) não é empresarial, mesmo se existentes
auxiliares ou colaboradores.
Como vimos acima, de acordo com a teoria da empresa, não basta a contratação de
pessoas ("auxiliares ou colaboradores", no dizer do parágrafo único do art. 966) em uma
atividade econômica para a configuração da existência jurídica da empresa. É preciso um
elemento a mais, que é o estabelecimento, o conjunto de bens. Isso fica mais claro quando
nos lembramos dos quatro perfis de Asquini, mencionados acima, que compõem a noção
jurídica de empresa.
Assim, de acordo com o parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil, embora a
princípio a profissão intelectual não seja empresarial, excepcionalmente pode ela constituir
elemento de empresa. Nesse caso, ela será empresarial.
Retornemos ao exemplo do grande escritório de advocacia, com sua biblioteca, sua rede
de computadores da mais alta tecnologia, com acesso à Internet. Ou mesmo pensemos em
um grande hospital, de propriedade de um médico, com os mais modernos aparelhos
cirúrgicos. Penso não haver dúvida de que tais constituem o estabelecimento, parte da
organização empresarial prevista no caput do art. 966.
Portanto, tecnicamente parece ser mais adequado interpretar o parágrafo único do art. 966
do Código Civil como uma explicação e não como uma exceção ao disposto no caput. A
princípio, a atividade intelectual não é empresarial (primeira parte do parágrafo único), mas
se presente todos os elementos de uma empresa, ela será empresarial (segunda parte do
parágrafo único). Em outras palavras, a profissão intelectual pode ser empresarial, se
presentes todos os requisitos previstos no caput. Essa é a explicação do parágrafo único
do art. 966.
Embora a interpretação ora adotada seja tecnicamente lógica e esteja de acordo com a
teoria da empresa, ela não deverá prevalecer, pelos motivos políticos e culturais a seguir
expostos:
O regime jurídico do empresário, de acordo com o novo Código Civil, é o regime jurídico do
comerciante. É o que diz o art. 2.037, do novo Código Civil:
Disso decorre que empresários e sociedades empresárias estão sujeitas ao regime jurídico
mercantil, ainda que não exerçam qualquer atividade que antes seria considerada como
ato de comércio.
Este aspecto que é importante: perdeu relevância jurídica a noção de ato de comércio! Só
que, culturalmente, continuamos com a divisão da atividade econômica em atividades
"civis" (ex. advocacia), de um lado, e "comerciais", de outro lado (embora juridicamente
isso não existe mais).
Vejam que as sociedades de advogados, ainda que estejam regidas por lei específica, Lei
nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia), deveriam se sujeitar às
disposições do art. 967, do novo Código Civil, caso se conclua que sociedade de
advogados possam vir a ser sociedades empresárias. É verdade que o art. 15, § 1º, do
Estatuto da Advocacia, lei especial, é expresso no sentido de que a sociedade de
advogados adquire personalidade jurídica com o registro dos seus atos constitutivos no
Conselho Seccional da OAB (e não no cartório de registro civil, muito menos na Junta
Comercial). Contudo, o art. 2.031 do novo Código Civil dá o prazo de 1 (um) ano paras as
sociedades constituídas sob a forma de leis anteriores (inclui a Lei nº 8.906/94?)
adaptarem-se às disposições no novo Código, contado a partir da sua vigência.
Culturalmente, é muito difícil aceitar a mudança, sendo mais fácil aceitar que a "sociedade
civil" é agora a "sociedade simples" e a "sociedade comercial" é agora a "sociedade
empresarial". Sem trocadilhos, seria tudo muito simples, se ainda estivéssemos na teoria
dos atos de comércio e não na teoria da empresa...
Embora tecnicamente equivocada, é bem provável que prevaleça interpretação ao art. 966
do novo Código Civil no sentido de que a profissão intelectual (incluindo, portando, as
sociedades de advogados), mesmo se tiverem trabalhadores contratados e contem com
forte estrutura material, não são sociedades empresárias.
Desta forma, o novo Estatuto passa a prever tratamento favorecido às MPEs (Micro e
Pequenas Empresas) nos campos previdenciário, trabalhista, creditício, desenvolvimento
empresarial, não abrangidos pela lei do Simples.
a. microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta
anual igual ou inferior a R$ 244.000,00;
empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não
enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a R$ 244.000,00 e igual
ou inferior a R$ 1.200.000,00.
Estão excluídas dos conceitos acima as pessoas jurídicas em que haja participação:
a. de pessoa física domiciliada no exterior ou de outra pessoa jurídica;
de pessoa física que seja titular de firma mercantil individual ou sócia de outra empresa
que receba tratamento jurídico diferenciado na forma desta Lei, salvo se a participação não
for superior a 10% do capital social de outra empresa desde que a receita bruta global
anual ultrapasse os limites previstos no item 2.1, acima.
As empresas que se enquadrarem nos conceitos previstos acima e desejarem obter o
registro de microempresa e empresa de pequeno porte, deverão manifestar o seu interesse
junto ao respectivo órgão de registro sem qualquer ônus:
a. Junta Comercial do Estado: empresas mercantis (indústria e/ou comércio - com ou sem
prestação de serviços);
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas - empresas, exclusivamente, prestadoras
de serviços.
Regime Previdenciário e Trabalhista
As microempresas e as empresas de pequeno porte estão dispensadas do cumprimento
das seguintes obrigações acessórias previstas na legislação trabalhista:
afixação de quadro de horário de trabalho dos empregados, exceto do menor;
anotações das férias dos empregados em livros ou ficha de registro no momento da
concessão;
manutenção do livro de inspeção do trabalho;
empregar e matricular menores de 18 anos (aprendizes) nos cursos especializados
mantidos pelo Senai;
O Estatuto prevê que as fiscalizações trabalhista e previdenciária, sem prejuízo da sua
ação específica, prestarão, prioritariamente, orientação à microempresa e à empresa de
pequeno porte.
E quando for realizada a fiscalização trabalhista, será utilizado o critério da dupla visita
para lavratura de autos de infração, salvo quando for constatada infração por falta de
registro de empregado, de anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS
ou ainda na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.
Apoio Creditício
O capítulo que trata do apoio creditício traz importantes previsões com relação a
concessão de créditos pelas instituições financeiras às MPEs, entretanto tais dispositivos
dependem de normas a serem baixadas pelo Poder Executivo para tornarem-se aplicáveis.
Com o objetivo de dar maior publicidade aos créditos direcionados às microempresas e
empresas de pequeno porte, as instituições financeiras oficiais deverão:
a. informar os valores das aplicações previstas para o ano seguinte, por setor e fonte de
recursos, inclusive, o montante estimado e condições de acesso;
informar o montante de recursos aplicados, para capital de giro e para financiamento de
investimento;
criar relatório especifico, onde constem o montante previsto pelo planejamento destas
empresas, o montante efetivamente por elas utilizado e análise do desempenho alcançado;
divulgar os relatórios de que trata este item pela Internet.
O Estatuto prevê ainda a utilização de conceitos de microempresa e empresa de pequeno
porte, segundo as regras adotadas pelo MERCOSUL, exclusivamente para apoio creditício
à exportação:
III - empresa de pequeno porte industrial, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual
que exerçam atividade industrial e que tiverem receita bruta anual igual ou inferior a R$
6.303.850,00;
Desenvolvimento Empresarial
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Do Tratamento Jurídico Diferenciado
Art. 1º - Nos termos dos artigos 170 e 179 da Constituição Federal, fica assegurado às
microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado e
simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de
desenvolvimento empresarial, em conformidade com o que dispõe esta Lei e a Lei nº
9.317, de 5 de dezembro de 1996 e alterações posteriores.
Parágrafo único - O tratamento jurídico simplificado e favorecido, estabelecido nesta Lei,
visa facilitar a constituição e o funcionamento da microempresa e empresa de pequeno
porte, de modo a assegurar o fortalecimento de sua participação no processo de
desenvolvimento econômico e social.
CAPÍTULO II
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte
Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, ressalvado o disposto no art. 3º, considera-se:
I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta
anual igual ou inferior a R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro mil reais);
II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não
enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a R$ 244.000,00
(duzentos e quarenta e quatro mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e
duzentos mil reais).
§1º No primeiro ano de atividade, os limites da receita bruta de que tratam os incisos I e II
serão proporcionais ao número de meses em que a pessoa jurídica ou firma mercantil
individual tiver exercido atividade, desconsideradas as frações de mês.
§2º O enquadramento de firma mercantil individual ou da pessoa jurídica em microempresa
ou empresa de pequeno porte, bem como o seu desenquadramento, não implicarão
alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente
firmados.
§3º O Poder Executivo atualizará os valores constantes dos incisos I e lI com base na
variação acumulada pelo IGP-DI, ou por índice oficial que venha a substituí-lo.
Art. 3º - Não se inclui no regime desta Lei a pessoa jurídica em que haja participação:
Art. 6º - O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos constitutivos de firmas mercantis
individuais e de sociedades que se enquadrarem como microempresa ou empresa de
pequeno porte, bem como o arquivamento de suas alterações, fica dispensado das
seguintes exigências:
I - certidão de inexistência de condenação criminal, exigida pelo inciso II, do art. 37, da Lei
nº. 8.934, de 1994, que será substituída por declaração do titular ou administrador, firmada
sob as penas da lei, de não estar impedido de exercer atividade mercantil ou a
administração de sociedade mercantil, em virtude de condenação criminal;
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a tributo ou
contribuição de qualquer natureza, salvo no caso de extinção de firma mercantil individual
ou de sociedade;
Art. 15 - As instituições financeiras oficiais que operam com crédito para o setor privado
manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e empresas de pequeno
porte, devendo o montante disponível e suas condições de acesso serem expressas, nos
seus respectivos documentos de planejamento, e amplamente divulgados.
Parágrafo único - As instituições de que trata este artigo farão publicar, semestralmente,
relatório detalhado dos recursos planejados e aqueles efetivamente utilizados na linha de
crédito mencionada neste artigo, analisando as justificativas do desempenho alcançado.
Art. 16 - As instituições de que trata o artigo 15, nas suas operações com as
microempresas de pequeno porte, atuarão, em articulação com as entidades de apoio e
representação daquelas empresas, no sentido de propiciar mecanismos de treinamento,
desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica articulados com as operações de
financiamento.
Art. 18 - (VETADO)
CAPÍTULO VII
Do Desenvolvimento Empresarial
Art. 19 - O Poder Executivo estabelecerá mecanismos de incentivos fiscais e financeiros,
de forma simplificada e descentralizada, às microempresas e às empresas de pequeno
porte, levando em consideração a sua capacidade de geração e manutenção de ocupação
e emprego, potencial de competitividade e de capacitação tecnológica, que lhes garantirão
o crescimento e o desenvolvimento.
Art. 28 - O contrato de garantia solidária tem por finalidade regular a concessão da garantia
pela sociedade ao sócio participante, mediante o recebimento da taxa de remuneração
pelo serviço prestado, devendo fixar as cláusulas necessárias ao cumprimento das
obrigações do sócio beneficiário perante a sociedade,
Parágrafo único - O agente fiduciário, de que trata o caput, não tem direito de regresso
contra as empresas titulares dos valores e contas a receber, objeto de securitização.
Parágrafo único - Para o cumprimento deste artigo, o Poder Executivo fica autorizado a
criar o Fórum Permanente da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, com
participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor.
Art. 42 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a contar da
data de sua publicação.
Sociedades
Participação de Cônjuges
Os cônjuges podem contratar entre si, exceto se casados sob o regime da comunhão
universal ou separação obrigatória (maiores de 60 anos). (Art. 977 e 978)
Averbações: Além do Registro Civil, serão arquivados e averbados nos Órgãos de Registro
das Empresas todos os atos que alteram ou possam alterar a situação patrimonial do
empresário, tais como, separação judicial, doações de herança, pacto antenupcial, etc...
Sociedade Empresária
- A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts.
1.039 a 1.092: (art. 983)
Sociedade Simples
Conceito: Sociedade Simples é a sociedade constituída por pessoas que reciprocamente
se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a
partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de
empresário. (arts. 981 e 982)
São sociedades formadas por pessoas que exercem profissão intelectual (gênero), de
natureza científica, literária ou artística (espécies), mesmo se contar com auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (§ único
do art. 966)
Conforme ensina Fábio Ulhoa Coelho "Esse dispositivo alcança, o chamado profissional
liberal (advogado, dentista, médico, engenheiro etc.), que apenas se submete ao regime
geral da atividade econômica se inserir a sua atividade específica numa organização
específica numa organização empresarial (na linguagem normativa, se for `elemento de
empresa´). Caso contrário, mesmo que empregue terceiros, permanecerá sujeito somente
ao regime próprio de sua categoria profissional."
A Sociedade Simples pode ser "pura", caso se subordine às normas que lhe são próprias,
ou, ainda, constituir-se como:
Nota: *A parte final do art. 983, estabelece que as Sociedades Simples podem constituir-se
de conformidade com os tipos societários regulados nos arts. 1.039 a 1.092. Ora,
considerando que a Sociedade Simples é gênero, e que a Sociedade Anônima espécie de
Sociedade Empresária, independentemente do seu objeto, o dispositivo não está claro por
incluir, entre os tipos da Sociedade Simples, a Sociedade Anônima, assim como, a
Sociedade em Comandita por Ações por ser esta uma variante daquela, ambas reguladas
pela Lei nº 6.404/76.;
Normas e Registro: Caso a Sociedade Simples opte por uma dos tipos de sociedade acima
(art. 983), deverá se submeter às normas da respectiva sociedade.
Características
e) Responsabilidade solidária do sócio cedente das cotas com o cessionário, até 2 anos
após alteração e averbação de sua saída;
h) O credor de sócio de empresa pode, não havendo outros bens, requerer a execução nos
lucros da empresa;
i) Retirada espontânea de sócio: Aviso prévio de 60 dias, em caso de contrato por prazo
indeterminado; ou judicialmente se o contrato for por prazo determinado.
Administração
c) São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a
quem não seja sócio; (art. 1.019, § único)
b) Em caso de empate, a decisão caberá ao maior número de sócios, ou, não sendo
possível, pelo juiz; (art. 1010, §§ 1 e 2)
c) Alterações do contrato social será por unanimidade dos sócios sempre que envolver
mudança de endereço, razão ou firma social, capital social, sua forma de realização,
participação nos lucros, todos previstos no art. 997;
d) Demais alterações do contrato se darão por maioria absoluta dos votos dos sócios, caso
o contrato não preveja unanimidade;
Dissolução
A sociedade simples dissolve-se em razão de uma das ocorrências abaixo: (art. 1033)
Com a entrada em vigor, no último dia 11, da Lei no 10.406/02, que instituiu o “Novo
Código Civil”, foram revogadas a Lei nº 3.071/16 (Código Civil de 1916) e a Parte
Primeira da Lei nº 556/1850 (Código Comercial de 1850), bem como derrogado o
Decreto nº 3.708/19, que dispunha sobre as sociedades por quotas de
responsabilidade limitada.
O Novo Código Civil inovou em substituir a defasada e sempre polêmica teoria dos
atos de comércio pela mais moderna teoria da empresa, já adotada e defendida
internacionalmente. E assim procedendo, o conceito de direito comercial baseado na
figura do comerciante e nos atos do comércio foi substituído pelo direito de empresa,
que regula os empresários e as atividades empresárias.
Com a entrada em vigor do Novo Código Civil, ficou extinta a classificação das
sociedades entre civis e comerciais, que passam a serem classificadas, quanto à
forma de sua organização, em empresárias e não-empresárias, independentemente
de seu tipo jurídico, conforme tenham sua atividade organizada para produção de
bens ou serviços, com a coordenação dos fatores da produção, e dotada de
habitualidade e sistemática. Nota-se, também, que além de manter a exceção das
sociedades por ações enquanto sociedades empresárias independentemente de seu
objeto, o Novo Código Civil também excepcionou as sociedades cooperativas, que
serão sempre não-empresárias, não importa sua atividade e forma de organização.
Com o advento do Novo Código Civil, a sociedade que exerce atividade empresária
somente pode se revestir dos tipos jurídicos regulados no artigos 1.039 a 1.092, que
são, a sociedade em nome coletivo, a sociedade em comandita simples, a sociedade
limitada, a sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações, ficando
vedado, nesse caso, o tipo jurídico de sociedade simples.
Vale mencionar, também, que não existe mais previsão acerca da sociedade de
capital e indústria anteriormente prevista no Código Civil de 1916, sendo lícito
portanto concluir pela extinção do referido tipo jurídico.
Por esse motivo, existe um sem número de sociedades civis, atualmente registradas
em Cartórios Civis de Registro de Pessoas Jurídicas, que são organizadas como
empresas e que, portanto, deverão passar a manter seus registros perante as Juntas
Comerciais. Esse é o caso, por exemplo, de todas as sociedades prestadoras de
serviços não regulamentados, incluindo as prestadoras de serviços administrativos
para terceiros, de transporte de valores, cargas e passageiros, de administração de
cartões de crédito e meios de pagamentos, de beneficiamento de materiais, de
processamento de dados, entre muitas outras.
As sociedades civis que tiverem seus atos registrados junto aos Cartórios Civis de
Registro de Pessoas Jurídicas, e que se enquadrarem no conceito de empresa acima
apresentado, terão o prazo de um ano, a partir da entrada em vigor do Novo Código
Civil, para escolher um dos tipos jurídicos empresárias e adaptar seus estatutos e
contratos sociais, o que inclui a migração para a Junta Comercial competente. Caso,
entretanto, decidam implementar qualquer modificação de seus atos constitutivos
antes disso, terão de antecipar tal prazo e imediatamente adaptar seus estatutos e
contratos sociais, o que inclui a migração para a Junta Comercial competente.
Com a nova teoria da empresa do Novo Código Civil, caíram em desuso os conceitos
de comerciante e sociedades comerciais, com a substituição pelos conceitos de
empresários e empresas, que passaram até mesmo a estar obrigados a manter
escrituração e contabilidade dotados de formalidades especiais. O Projeto de Lei no.
4.376/93, com suas emendas e subemendas aglutinativas, pretende recepcionar a
teoria da empresa na legislação falimentar.
Conclusão