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O jogo de tração da corda e sua

influência no desenvolvimento
psicomotor e socioemocional das
crianças. Um estudo na zona E do
município de Benguela.
DE:
EMÍLIA GANGULA EMILIANA PATISSA EDVALDO TELES
Introdução

 Nesta pesquisa, abordamos sobre quais são as mudanças apresentadas no


desenvolvimento psicomotor e socioemocional de crianças de 5 a 7 anos de idade
na prática do jogo da tração da corda?, a importância do brincar para elas e para
o seu próprio desenvolvimento, assim como também para a nossa sociedade.
 O homem brinca e utiliza a brincadeira para recreação, mas também para interagir com o
mundo (Reganham e Parra, 2016).
 Actualmente, os velhos brinquedos e brincadeiras, estão transportando os seus valores para
um processo de transição (Vygotsky 1994).
Metodologia

 Participantes
O estudo será aplicado a um grupo de doze (12) crianças de uma comunidade do bairro da
Massangarala, Zona E, municipio de Benguela.
 Objectivos
 Objectivo geral:
 Identificar a influência da prática do jogo da tração da corda no desenvolvmento da
criança.
 Objectivos específicos:
 Mostrar as mudanças no desenvolvimento psicomotor;
 Mostrar as mudanças no desenvolvimento socioemocional;
 Problema
Existem uma influencia exercida pelo jogo da tração da corda no desenvolvimento das
crinças em estudo?
Conceitos bases

 Brincadeira: é uma actividade flexiva com construções de novas ideias e


comprotamentos que servem para expressar o sujeito.
 Brinquedo: é o objeto suporte da brincadeira, que tem como objectivo estimular e
convidar a criança para a brincadeira.
 Jogo: é “uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e
determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas,
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, [...]” (Huizinga,
2007:p. 33-34, ap. Lisbôa, 2010:11).
O jogo de tração da corda

 "O jogo se desenvolve assim: duas equipes posicionadas em colunas, frente a frente,
segurando uma única corda grossa que se apóia na mão de todos os participantes
das equipes. A prova consiste em cada equipe puxar a corda para seu lado,
tentando deslocar um objeto que marca o ponto central da corda, até que a
equipe contrária se renda pela força” (VINHA, 2004:4).
Brincar para desenvolver

 Quando se brinca, se exerce influências entre os sujeitos e que "pela colaboração


mútua do adulto com a criança, ou das crianças entre si; a própria criança participa
do estabelecimento [...]" (Piaget, ap. Vigotski, 2008:29) de regras morais para si
própria.
 Para Alves & Bianchin (2010, ap. Abed, 2022) o jogo tem relacionamento directo com
desenvolvimento: social, afetivo, criativo, histórico, cultural, comunicacional,
cognitivo. Ainda assim, estimula o interesse, a motivação, o desenvolvimento
psicomotor e habilidades como atenção, afetividade e concentração, pela
atratividade. Porque, quando as crianças jogam estimulam experiências, invenções e
descobertas no modo de lidar com a realidades em constantes mudanças e
recheada de novos objetos desconhecidos por ela.
Aspectos que se desenvolvem pela brincadeira

Físico-Sensorial
 Os aspectos físicos e sensoriais são desenvolvidos quando a criança brinca. Para Smith (1982, ap.
Cordazzo e Vieira, 2007)“os jogos sensoriais, de exercício e as atividades físicas", apresentados na
brincadeira "auxiliam a criança a desenvolver os aspectos referentes à percepção, habilidades
motoras, força e resistência e até as questões referentes à termorregulação e controle de peso"
(p.97).
psico-emocional
 O psico-emocional também é observado na brincadeira, mais precisamente no desenvolvimento
emocional e da personalidade da criança. Friedmann (1996) e Dohme (2002) consideram que as
crianças possuem vários motivos para brincar, destacando-se "[...] o prazer que podem usufruir
enquanto brincam. Além do prazer, as crianças também podem, pela brincadeira, exprimir a
agressividade, dominar a angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais" (ap.
Cordazzo e Vieira; 2007: 97).
Socio-cognitivo
 No socio-cognitivo destaca-se os aspectos de sociabilidade, linguagem e cognição de forma
simbolica também são evidentes na brincadeira (Cordazzo e Vieira, 2007).
Eu também posso brincar tendo NEE!

 Baranita (2012), considera que "as ideias defendidas por Rosseau de uma educação
sensório-motora onde através das sensações as crianças aprendiam; levaram a uma
nova forma de educação infantil e contribuiu também para a educação da criança
com deficiência mental. (p.57)
 A criança que tem “atrasos no seu desenvolvimento motor e/ou cognitivo, necessita
de atividades lúdicas no seu dia a dia”, até com um maior grao de necessidade do
que as crianças normais, “uma vez que tem necessidade de estimular capacidades
como sensoriais, cognitivas e motoras” (Baranita, 2012:59).
 "A utilização do jogo também possibilita uma melhor interação da criança com NEE
com os seus colegas normais e com o professor" (Baranita, 2012:59).
Análise dos dados

Consoante as fichas de observação, os resultados foram os seguintes:


 Na tonicidade, regista-se uma ligeira diferença da primeira sessão com as outras
duas, onde uma delas apenas mostrou diferença;
 No equilibio, as três sessões obtiveram resultados semelhantes com diferenças não
medíveis pela ficha, tudo por conta da sua pequena idade e ainda estarem a
desenvolver o sentido de equilibrio;
 Na lateralização houve o aumento da escala de bom para muito bom apois as duas
primeiras sessões;
 A noção do corpo aumentou, nas duas primeiras sessões com duas criança, tendo
uma melhora mais notável apois a primeira sessão;
 A estruturação espacio-temporal, não registou alterações, mantendo-se nos mesmos
dados desde a primeira sessão;
Análise dos dados (continuação)

 A praxia global a todos já era muito boa, permaneceu assim em todas as sessões;
 As competencias cognitivas foram das que melhor resultados apresentara, onde
destaca-se uma crianç, que na ultima sessão saiu do normal e ficou no excelente, e
os outros quatros estavam no muito bom e ficarm também no excelente;
 No perfil do comportamento também se regista grandes mudanças com duas
crianças que estavam a baivo do bom e passaram a muito bom, principalmente no
que diz respeito a interação;
 No Ambiente/material, não ouve mudanças consideráveis, por contado local que já
lhes era confortável e não as insentivava a exploração e curiosidade;
 E por último, desta-se também a linguagem e comunicação que passou a ser mais
aberta depois de duas sessões, onde crianças mais isoladas e caladas se abriram
para os outro.
Considerações finais

 Partindo de todas as constatações feitas no processo de observação, constata-se


que com apenas duas áreas a não registarem avanços significativos, atenção que
não houve retrocesso no desenvolvimento, que deveu-se ao período de observação,
e onde oito (efectivamente seis pelos resultados que estão aos pares) apresentaram
avanços significativos durante as três sessões.
 Cumpri-nos, ainda destacar os enormes ganhos adquiridos pelas crianças mais
reservadas e fechadas a si mesma, pela timidez. Conseguindo superar essa timidez
durante a prática do que elas mais fazem de melhor, brincar!
 Assim, a hipótese fica provada, que durante a prática da brincadeira do jogo de
tração da corda a criança se desenvolve em muitos aspectos, principalmente os
aspectos psicomotor e socioemocional.
Referências

 REGANHAM, M. B; PARRA, C. R. (2016). O lúdico como mediador para o desenvolvimento das competências socioemocionais na escola.
Psicologia.pt, 1-17. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1041.pdf

 VYGOTSKI, L. S. (1994). A formação social da mente (4ª ed.). São Paulo: Livraria Martins FontesEditora Ltda.

 LISBÔA, T. W. (2010). Categorias de jogo e jogos textuais: uma leitura de o jogo da amarelinha (Dissertação). Universidade de Santa Cruz do
Sul. Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. Disponível em: http://repositorio.unisc.br:8080/jspui/bitstream/11624/300/1/Tania.pdf

 VINHA, M. 2004Tradição Recentemente Inventada: Terras indígenas e jogo Cabo-de-Guerra. Anais do XVII Encontro Regional de História — O
lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004.

 VIGOTSKY, L. S. (2008). A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança (Zoia Preste, trad.). Revista Virtual de Gestão de
Iniciativas Sociai, 8, 23-36. Disponível em: https://isabeladominici.files.wordpress.com/2014/07/revista-educ-infant-indic-
zoia.pdf&ved=2ahUKEwjUg-S35038AhWLasAKHUv7BQgQFnoECBIQAQ&usg=AOvVaw3LlkY__vWN0a2wgwfeYUN-

 ABED, A. L. Z. (2022). Ensaio sobre a utilização de jogos de regras como recurso mobilizador do desenvolvimento socioemocional no ensino
fundamental (Tese). Universidade federal de São Paulo. Guarulhos, SP, Brasil. Disponível em:
https://repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/65539/Tese%20Anita%20Lilian%20Zuppo%20Abed%202022.pdf?sequence=1&isAllowed=y

 CORDAZZO, S. T. D; VIEIRA, M. L. (2007). A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Estudos e
pesquisas em psicologia, 7(1), 92-104. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4518/451844613011.pdf

 BARANITA, I. M. C. (2012).A importância do Jogo no desenvolvimento da Criança. Escola Superior de Educação Almeida Garrett. Lisboa,
Portugal. Disponível em: http://www.saosebastiao.sp.gov.br/ef/pages/Corpo/Habilidades/leituras/a1.pdf
MUITO OBRIGADO!

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