Você está na página 1de 4

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

Usa a folha de respostas, pois nada do que possas escrever no enunciado será avaliado.

GRUPO I (50 pontos)

TEXTO A

O Jardim
O jardim está brilhante e florido
Sobre as ervas, entre as folhagens,
O vento passa, sonhador e distraído,
Peregrino de mil romagens.

É Maio ácido e multicolor,


Devorado pelo próprio ardor,
Que nesta clara tarde de cristal
Avança pelos caminhos
Até os fantásticos desalinhos
Do meu bem e do meu mal.

E no seu bailado levada


Pelo jardim deliro e divago
Ora espreitando debruçada
Os jardins do fundo do lago,
Ora perdendo o meu olhar
Na indizível verdura
Das folhas novas e tenras
Onde eu queria saciar
A minha longa sede de frescura.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética

Após uma leitura atenta do texto, responde, de forma clara, correta e completa, às
questões que se seguem:

1. Localiza o sujeito poético no espaço e no tempo.

2. O espaço destacado é um lugar colorido, luminoso e ameno. Preenche o quadro com


elementos textuais comprovativos desta adjetivação.

Colorido Luminoso Ameno

3. O sujeito poético não fica indiferente ao vento.


3.1. Que efeito(s) lhe provoca o vento?
3.2. Transcreve os versos que justificam a resposta anterior.
4. Indica as atividades a que se dedica o sujeito lírico no jardim.

5. Essas atividades parecem durar algum tempo.


5.1. Diz se concordas ou não com esta opinião e porquê.

6. Que desejo conduziu o sujeito poético àquele lugar?

7. “O vento passa, sonhador e distraído”


7.1. Reconhece os recursos estilísticos aqui presentes.

8. Efetua a análise formal do poema:


8.1. Classifica a estrutura estrófica;
8.2. Identifica os tipos de rima a partir da elaboração do esquema rimático;
8.3. Efetua a escansão do 1º verso da 1ª estrofe.

TEXTO B

O último dia do Ballet Gulbenkian

Houve trocas de aplausos calorosos e de flores entre a plateia e o palco

Os lugares foram notoriamente escassos, ao contrário das palmas dos que aplaudiram,
longa e calorosamente, de pé, os bailarinos da Gulbenkian, que ontem dançaram pela última
vez e retribuíam, ao público, tanto os aplausos como as flores que lhes eram atiradas do
auditório. Há muito que não se via uma manifestação assim, no palco da fundação ou no Teatro
Camões, em Lisboa, onde se despediram.
“São os últimos de muitos que ao longo de 40 anos encheram, com uma arte única,
palcos que se tornaram territórios de sonhos, viagens e fantasias”. Esta foi a frase inicial de
uma mensagem com que os bailarinos agradeceram a presença dos colaboradores, amigos e do
público em geral – algum até nunca tinha visto a companhia mas quis solidarizar-se. A primeira
peça só começou 20 minutos depois das 19.00, hora marcada para o início. A mensagem
mencionava bailarinos, coreógrafos, músicos e artistas plásticos; recordava digressões pelo País
e pelo estrangeiro.
Antigos bailarinos e coreógrafos, figuras conhecidas do mundo das artes e do
espectáculo, gente anónima, muitos acorreram ao Teatro Camões, com a esperança de
conseguir um ingresso para assistir ao último espectáculo do Ballet Gulbenkian. Mas poucos
mais de 800 tiveram acesso, dada a lotação da sala, pelo que, no final, toda a companhia veio
continuar a dançar no exterior, acompanhada pela música do Danças Ocultas.
Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães foram só duas presenças entre
individualidades ligadas à dança, como o último director da companhia, Paulo Ribeiro, e o
encenador, cenógrafo e figurinista Nuno Carinhas ou o coreógrafo Rui Horta.
Luís Madureira, João Lourenço, Vera San Payo de Lemos, Margarida Cardoso, Raquel
Freire, Fernanda Lapa, Fernando Gomes e Beatriz Batarda foram algumas das muitas figuras
do teatro e do cinema que também compareceram. Cantata, música de Cristina Vetrone,
coreografia de Mauro Bigonzetti, abriu o espectáculo, seguindo-se Aqui e Agora, improvisação
colectiva, com participação do grupo Danças Ocultas.

in DN, 01/08/2005 (texto adaptado)

De entre as afirmações seguintes, identifica a que melhor se adequa ao sentido do texto:


1) A peça que constituiu o início do espetáculo foi:
a) Aqui e Agora, de Luís Madureira e Nuno Carinhas.
b) Danças Ocultas, de Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães.
c) Improvisação colectiva, realizada pelo grupo “Danças Ocultas”.
d) Cantata, com música de Cristina Vetrone e coreografia de Mauro Bigonzetti.

2) A expressão “uma manifestação assim” (l.4) procura dar uma determinada dimensão à
despedida do Ballet. Seleciona a hipótese mais adequada à caraterização dessa dimensão:
a) Uma dimensão de grandeza exclusivamente devida ao número de pessoas presentes.
b) Uma dimensão meramente emocional.
c) Uma dimensão exibicionista.
d) Uma dimensão de grandeza emocional, ampliada pelo grande número de espetadores
presentes.

3) “São os últimos de muitos que ao longo de 40 anos encheram, com uma arte única, palcos
que se tornaram territórios de sonhos, viagens e fantasias” (ll. 6-7). Considera as palavras
sublinhadas e identifica os referentes:
a) Os espetadores habituais do Ballet Gulbenkian.
b) Os espetáculos realizados ao longo de quarenta anos.
c) Os bailarinos, coreógrafos, músicos e artistas plásticos.
d) Os que se dedicam à música.

4) Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F):

a) Os espetadores aplaudiram de pé o Ballet Gulbenkian, no seu último espetáculo.


b) Os lugares no Teatro Camões eram superiores ao número de espetadores presentes.
c) Os aplausos não revelaram uma adesão entusiástica do público.
d) A maioria dos espetadores presentes nunca tinha ido ao ballet.
e) Os bailarinos tiveram de dançar no exterior devido à lotação da sala.
f) Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães compareceram ao espectáculo, tal como
Paulo Ribeiro e Nuno Carinhas.
g) A este espetáculo compareceu um número elevado de individualidades ligadas à dança,
à música e ao teatro.

TEXTO C

5) Após a leitura do poema “O Jardim”, de Sophia de Mello Breyner (Texto A), um professor
propôs aos alunos a criação de uma antologia poética. Tendo em conta que este poema seria
o primeiro a integrar essa antologia, os alunos propuseram três títulos para essa compilação:
a) Mãe Natureza;
b) O poder das sensações;
c) Natureza e estados de alma.

Em qual destas antologias incluirias o poema de Sophia de Mello Breyner?


Num texto expositivo, com um mínimo de 80 e um máximo de 120 palavras, justifica a tua
opção, apresentando três argumentos que a justifiquem e fundamentando-a com elementos do
poema.

Não te esqueças que o teu texto deve estar estrutrado em introdução, desenvolvimento e
conclusão!
GRUPO II (20 pontos)

1. Identifica a função sintática desempenhada pelas expressões sublinhadas nas respetivas


frases:

a. “O jardim está brilhante e florido/ Sobre as ervas…”

b. O sujeito poético observa a natureza à sua volta.

c. Aquele jardim despertou-lhe imensas emoções.

d. Imediatamente, ela foi conduzida pelo vento.

2. Indica a subclasse dos verbos destacados nas frases seguintes:

a. O vento parecia sonhador e distraído…

b. O sujeito poético queria saciar a sua sede de frescura.

c. O vento passeava pelo jardim.

3. Tendo em conta o texto A, refere se as afirmações são verdadeiras (V) ou Falsas (F):

a. O segundo verso do poema é constituído por dois grupos preposicionais.

b. Na primeira estrofe, há cinco adjetivos qualificativos.

c. A maior parte dos verbos presentes no texto estão no Presente do Indicativo.

d. No último verso da segunda estrofe, as palavras “bem” e “mal” são advérbios de


modo.

e. No final do poema, “sede” e “frescura” são dois nomes comuns contáveis.

GRUPO III (30 pontos)

Não há dúvidas que as novas tecnologias permitem estabelecer relações de


proximidade, independentemente do lugar do mundo onde nos encontramos.

Partindo da tua experiência, escreve um texto, entre 180 e 240 palavras, que pudesse ser
divulgado num jornal escolar, no qual expresses a tua opinião relativamente à importância que
as novas tecnologias assumiram na sociedade atual.

Você também pode gostar