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UNIDADE I
Ass 1 INTRODUÇÃO
A Gestão de Pessoas na Administração Pública é um assunto de fundamental importância e
relevância no âmbito do Exército Brasileiro, uma vez que o capital humano é a principal e mais
preciosa ferramenta de trabalho.
As atividades relacionadas à gestão de pessoas são fundamentais para o desenvolvimento de
qualquer organização, seja ela pública ou privada. As cobranças impostas aos novos gestores do setor
público, fruto da facilidade do acesso à informação, estão aumentando gradativamente devido à
exigência da sociedade por mais informações e prestações de conta relativas à utilização dos recursos
públicos. A gestão pública costuma ter restrições dos setores sociais e econômicos, tendo atitudes
tipicamente humanas como a honestidade, a probidade, entre outras, como fundamentais para um
serviço público de qualidade.
Com estes desafios, todos os servidores públicos e militares têm a responsabilidade de gerir cada
vez melhor todos os seus recursos, incluindo as pessoas, para atender a sociedade brasileira.
A maneira pela qual uma organização estabelece sua forma de gerenciar e orientar as pessoas no
trabalho facilita enormemente o cumprimento de sua missão. Esta organização deve definir
princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de gestão. Por meio desses mecanismos a
organização implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores e dos trabalhadores. As
mudanças ocorridas nos últimos anos têm feito com que as organizações busquem novas maneiras de
gerir seus recursos. Elas buscam melhorar sua eficiência, eficácia e efetividade para sobreviver em um
mercado extremamente competitivo ou simplesmente tentam alcançar resultados e atingir a missão
institucional com recursos que tendem a se reduzir cada vez mais.
As pessoas inseridas atualmente no mercado de trabalho são mais participativas, têm mais
informações, possuem maior autonomia em suas atividades, buscam cooperar nas decisões com seus
gestores e têm facilidade na interação inicial com outras pessoas, mas a organização não pode esperar
que essas pessoas, seus trabalhadores, tenham, a todo momento, as condições acima descritas. Devem
existir planejamentos capazes de permitir que a gestão de pessoas seja efetiva.
Mas como uma organização deve estabelecer a forma de gerir as pessoas que nela trabalham?
Para Fischer (2002), as diferentes formas de organização do trabalho são, na verdade, diferentes
maneiras de buscar o comportamento exigido pelo processo de trabalho adotado.
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Questões de provas:
Assinale a opção correta.
As diferentes formas de organização do trabalho são maneiras de buscar ou estabelecer:
(_x_) O comportamento exigido pelo processo de trabalho adotado.
(___) O gerenciamento dos lucros.
(___) A forma mais eficaz de produção.
(___) A forma mais eficiente de produção.
As pessoas são responsáveis pelo sucesso ou fracasso das organizações modernas. Portanto, a
organização depende muito do investimento nas pessoas e deve identificar e aproveitar seu capital
intelectual, estimulando-as a se desenvolverem constantemente.
As instituições devem construir e manter um ambiente e um clima de trabalho propício ao bem-
estar, à motivação e à satisfação de todos os servidores, utilizando-se de rotinas que busquem o bem-
estar de seus trabalhadores.
As pessoas devem ter perfeita noção de seu compromisso com a visão, os princípios, os valores e
as crenças compartilhados na organização. Quando as pessoas conhecem a visão pretendida, elas ficam
sabendo exatamente para onde ir e como ir.
Mas como é possível saber que princípios devem ser utilizados a fim de motivar pessoas a
realizar um trabalho cada vez melhor nas instituições? De acordo com Miranda e Miranda, o setor de
gestão de pessoas:
(...) deve ter uma grande responsabilidade na formação do profissional que a instituição deseja,
objetivando o desenvolvimento e crescimento da instituição como o do próprio profissional, tido como
colaborador para adquirir os resultados esperados. Para isso a gestão de pessoas procura conscientizar
os colaboradores de que suas ações devem ser respaldadas nos seguintes princípios:
• Desenvolvimento responsável e ético de suas atividades;
• Capacidade de atuação baseada nos princípios da gestão empreendedora;
• Capacidade de realização de tarefas que incorporem inovações tecnológicas;
• Capacidade de trabalhar em rede;
• Capacidade de atuar de forma flexível;
• Conhecimento da missão e dos objetivos das organizações em que atuam;
• Dominar o conteúdo da área de negócio da organização;
• Capacidade de atuar como consultor interno das organizações em que trabalham, entre outros
(2009, p.3).
Questões de provas:
Assinale a alternativa correta.
O desenvolvimento responsável e ético de atividades é um princípio que deve pautar as ações:
(_x_) Dos colaboradores/funcionários.
(___) Da organização.
(___) De busca da eficiência.
(___) Das políticas organizacionais.
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Com base no descrito, é possível ressaltar que as pessoas que trabalham na organização devem
se conscientizar de seu papel e suas ações devem ser respaldadas em princípios. Mas que princípios
devem ser seguidos pela organização no que diz respeito à sua gestão de pessoal?
Lopes (2012) estabelece alguns princípios da gestão de pessoas: um relativo à liderança e seis
relativos às práticas de gestão, que serão apresentados a seguir.
2.1 PRINCÍPIO DA LIDERANÇA
A melhor forma de administrar uma organização é por meio da colaboração de muitas pessoas,
procurando a todo momento disseminar conhecimento.
A essência de uma proposta concreta de gestão de pessoas está na escola de formação de líderes
que dela se inspira e que, em contrapartida, a ela retoma, fazendo-a evoluir em coerência e dinamismo.
Questões de provas:
Assinale a opção que complementa corretamente.
O princípio da liderança estabelece que:
A melhor forma de administrar uma organização é por meio da colaboração de muitas
(_x_)
pessoas, procurando a todo o momento distribuir o conhecimento.
Deve-se buscar melhorar a eficiência, eficácia e efetividade para sobreviver em um mercado
(___)
extremamente competitivo.
A organização deve investir nas pessoas e aproveitar seu capital intelectual, estimulando-o a
(___)
desenvolver-se constantemente.
A organização deve definir princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de
(___)
gestão.
A melhor forma de administrar uma organização é por meio da colaboração de muitas pessoas,
procurando a todo momento distribuir conhecimento. Esta definição se refere ao Princípio da(s):
Escolher uma resposta.
(_x_) Liderança.
(___) Práticas de Gestão.
(___) Motivação.
(___) Colaboração.
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Questões de provas:
A transformação constante do trabalho obedece à evolução de um conjunto de princípios de
práticas de gestão.
Assinale a opção que apresenta um destes princípios:
(_x_) Coesão social.
(___) Foco nos processos.
(___) Da informação.
(___) Desenvolvimento das pessoas.
PRINCÍPIOS
Desenvolvimento responsável e ético de suas atividades.
Capacidade de atuação baseada nos princípios da gestão empreendedora.
Capacidade de realização de tarefas que incorporem inovações tecnológicas.
Dos Capacidade de trabalhar em rede.
participantes Capacidade de atuar de forma flexível.
da organização Conhecimento da missão e dos objetivos das organizações em que atuam.
Dominar o conteúdo da área de negócio da organização.
Capacidade de atuar como consultor interno das organizações em que trabalham,
entre outros.
Princípio de liderança.
Da própria
Princípio das práticas de gestão: Comunidade; competências; confiança; circulação
organização
do saber coesão social; comunicação transversal.
Quadro 2 – Princípios necessários às organizações brasileiras
Fonte: O autor
Objetivos específicos
• Identificar as posturas e políticas estratégicas na gestão de pessoas;
• Apresentar o conceito de competitividade;
• Identificar o conceito de nepotismo;
• Evidenciar nepotismo x quadros técnicos;
• Conhecer o cargo amplo;
• Apresentar o mapeamento de competências.
As pessoas atualmente podem ser consideradas como o diferencial competitivo das organizações
na busca pelo sucesso organizacional. Elas podem ser consideradas a principal vantagem competitiva
que as empresas têm no mundo globalizado e concorrencial de hoje. Para que seja possível mobilizar
as pessoas, as organizações estão continuadamente alterando seus conceitos e modificando suas
práticas gerenciais. As empresas estão cada vez mais investindo nas pessoas, que passaram a constituir
a grande chave para o sucesso empresarial.
3.1 ORGANIZAÇÕES
A área de gestão de pessoas é uma área que pode ser considerada como uma das mais
importantes e sensíveis de uma organização. As organizações não existiriam sem as pessoas, pois são
elas que criam, dinamizam e possibilitam o seu funcionamento. De acordo com Chiavenato (2010a,
p.5), “as organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e
cumprir suas missões”. A figura 1 a seguir estabelece a importância que as pessoas têm na ligação
entre as organizações e a busca pela consecução de seus objetivos.
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para os conceitos referentes ao modelo estratégico da gestão de
pessoas:
As pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e as fraquezas de uma organização,
dependendo da maneira como elas são tratadas, podendo assim ser a fonte de sucesso verdadeiro
ou de problemas.
As empresas estão cada vez mais buscando ampliar sua visão e atuação estratégica
dentro do mercado competitivo, pois se não se adequarem às necessidades do cliente verdadeiro
estarão fadadas ao fracasso.
As empresas estão cada vez mais investindo nas pessoas, que passaram a constituir a
verdadeiro
grande chave para o sucesso empresarial.
As organizações existiriam sem as pessoas, pois não são elas que criam, dinamizam e
falso
possibilitam o seu funcionamento.
Administrar as pessoas e suas competências representa hoje uma questão obrigatória de
falso
bom senso para as organizações.
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3.2 COMPETITIVIDADE
Muitos temas são debatidos relacionados à gestão de pessoas. A seguir, será abordado o tema
competitividade, peça fundamental para o sucesso de qualquer organização.
A área de Gestão de Pessoas pode ser considerada uma das mais importantes e ao mesmo tempo
mais suscetíveis a mudanças decorrentes do mundo globalizado.
Segundo Chiavenato:
O mundo moderno se caracteriza por tendências que envolvem: globalização, tecnologia,
informação, conhecimento, serviços, ênfase no cliente, qualidade, produtividade e competitividade.
Todas essas tendências estão afetando e continuarão a afetar a maneira pela qual as organizações
utilizam as pessoas (2010, p.42) (grifo nosso).
Mas como conceituar competitividade?
Competitividade pode ser definida como uma capacidade (ou uma característica) que uma
organização deve possuir para atingir seus objetivos com superioridade frente às outras
organizações competidoras concorrentes. É baseada na satisfação das necessidades e
expectativas do cliente. Haverá competição onde houver a disputa por algo que uma ou duas
organizações desejem.
O assunto competitividade tem sido constantemente abordado pelas organizações e diversas
estratégias empresariais têm sido desenvolvidas visando aumentar a longevidade das empresas.
Podemos entender a competitividade, ainda, como uma capacidade que as empresas devem ter a fim
de estabelecer estratégias que possam manter ou até mesmo superar a sua participação no mercado
competitivo.
3.3 NEPOTISMO
O nepotismo é um assunto comumente discutido e presente nas organizações. O tema é
comumente abordado e discutido em reportagens de televisão, internet, em jornais e revistas,
particularmente na administração pública. Em sua essência, o nepotismo significa favorecer alguém
em prol de outrem e fere os princípios básicos da administração pública. Ele pode estar relacionado a
fatores como lealdade, confiança entre o “chefe” e o favorecido, sendo praticado com o fim precípuo
de resguardar os interesses daquele. Pode ser exemplificado por um prefeito que com o intuito, por
exemplo, de desviar recursos da administração municipal, nomeia um parente para “controlar” ou
“gerenciar” os recursos da administração pública municipal. Ou seja: considera-se nepotismo a
designação por um servidor efetivo da administração pública de um parente para uma função
comissionada (ou cargo de confiança).
Questões de provas:
O nepotismo é um assunto comumente discutido e presente nas organizações. Assinale a opção
que apresenta uma definição correta para o termo.
O favorecimento de alguém em prol de outrem, o que fere os princípios básicos da
(_x_)
administração pública.
Uma composição de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa, em função da
(___)
lealdade e confiança no seu “chefe”.
Um repertório de comportamentos capazes de integrar, mobilizar, transferir conhecimentos,
(___) habilidades, julgamentos e atitudes que agregam valor econômico à organização e valor social
à pessoa.
O processo pelo qual a organização seleciona as competências desejadas pela organização e
(___)
em torno das quais deverão ser desenvolvidas as competências individuais de seus integrantes.
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Questões de provas:
Assinale a opção que complementa corretamente a frase: “Podemos definir as competências
funcionais como sendo aquelas que...”:
(_x_) a organização deve possuir para servir de referência às suas competências essenciais.
(___) toda empresa deve ter para se sobrepor competitivamente em relação as demais organizações.
(___) cada pessoa deve possuir para atuar na organização.
(___) são desejáveis a cada gerente para que possa atuar como gestor de pessoas.
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de competência que deve ser construída para servir de
referência às competências essenciais dessa organização:
Escolher uma resposta.
(_x_) Funcionais.
(___) Gerenciais.
(___) Éticas.
(___) Individuais.
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Questões de provas:
Competências individuais podem ser consideradas pelas organizações como atributos pessoais
desejáveis.
Assinale as alternativas que representam competências individuais:
Escolha pelo menos uma resposta.
(_x_) Capacidade de inovação.
(_x_) Comunicabilidade.
(___) Produtividade.
(___) Relacionamento impessoal.
Objetivos específicos
• Conhecer a estrutura formal do gerenciamento estratégico de pessoas;
• Conhecer o papel do gestor de RH;
• Identificar a nova relação de técnicos e gestores;
• Apresentar os conceitos de interconexão de setores.
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Estratégia funcional – São as estratégias que dizem respeito aos setores e divisões de operação,
determinando processos e cadeia de valor, desenvolvendo e coordenando recursos para que as
estratégias de negócios sejam executadas com eficiência e eficácia.
De acordo com Dessler (2003), a Gestão estratégica de pessoas deve atender às necessidades
estratégicas da empresa, tornando-as clara para todos; unindo seus processos com as práticas de
gestão; criando competências e comportamentos necessários; realizando as estratégias e atendendo os
resultados previstos pela empresa; e gerenciando aspectos fundamentais para os recursos humanos,
como: o seu desempenho, as recompensas e o reconhecimento, a comunicação, o treinamento e o
desenvolvimento, a liderança, programas de assessoria, seleção e sucessão.
Desta forma, percebemos que a área de Recursos Humanos tem cada vez mais seu valor ligado
não somente a cuidar do pessoal, mas principalmente, focado para a estratégia de negócios e para a
estratégia funcional da organização. Esta função é realizada quando busca desenvolver as pessoas de
acordo com as necessidades estratégicas da organização, criando reflexos na competitividade e na
melhoria da eficiência e efetividade dos processos.
4.2 O PAPEL DO GESTOR DE RH
As mudanças tecnológicas, sociais e econômicas apresentam reflexos nas organizações. A
velocidade dessas mudanças exige rápida e ágil adaptação aos novos cenários para que as empresas
mantenham a competitividade em um mercado cada vez mais exigente. As organizações bem
sucedidas apresentam como diferencial a competência de saber consolidar o conhecimento entre seus
funcionários, desenvolvendo treinamento e preparando suas equipes para lidar com a mudança e a
inovação.
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta o aspecto que identifica as organizações bem sucedidas:
Escolher uma resposta.
Competência de saber consolidar o conhecimento entre seus funcionários, desenvolvendo
(_x_)
treinamento e preparando suas equipes para lidar com a mudança e a inovação.
(___) Competência de obter uma vantagem competitiva.
(___) Flexibilidade, inovação e agilidade.
(___) Competência de saber treinar suas equipes.
Neste contexto, a gestão de pessoas assume papel central e estratégico no desempenho das
empresas, através da capacidade de flexibilidade, inovação e agilidade, permitindo assim que se
obtenha uma vantagem competitiva. A principal função dos gestores de recursos humanos é promover
a eficiência e a eficácia dos trabalhadores da organização, para que se consiga atingir os seus objetivos
da melhor forma possível. Para isso, eles precisam estar atentos a fundamentos simples, mas essenciais
da administração, como os elementos da função administrativa de Fayol: Planejar, Organizar,
Coordenar, Comandar e Controlar as atividades dos trabalhadores, criando condições que contribuam
para a sua realização profissional e satisfação pessoal, de modo que tenham uma atitude perante o
trabalho mais empenhada e motivada.
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Chiavenato (2010) ensina que, para atender às demandas causadas por tais transformações, os
papéis do Gestor de Pessoas (GP) vêm se adaptando e assumindo múltiplos e complexos papéis,
como é possível verificar no quadro 3 a seguir.
DE PARA
Operacional e burocrático Estratégico
Policiamento e controle Parceria e compromisso
Curto prazo e imediatismo Longo prazo
Administrativo Consultivo
Foco na missão Foco no negócio
Foco Interno Foco no cliente
Reativo Proativo
Foco na atividade Foco no resultado
Quadro 3: Os novos papéis do GP
Fonte: Chiavenato (2010, p. 46)
É possível definir quatro papéis fundamentais para o Gestor de Pessoas da atualidade, segundo
Ulrich (1997). São eles:
• Administração de estratégias de RH: realiza o ajuste das estratégias de RH com a estratégia
da empresa, com o foco em alcançar os objetivos organizacionais.
• Administração da infraestrutura da empresa: ajuda a organização a se tornar mais eficiente
e eficaz, através do seu pessoal.
• Administração da contribuição dos funcionários: ouvir, compreender e responder aos
funcionários, assim conseguindo aumentar o comprometimento, tornando-os agentes empreendedores
e parceiros.
• Administração da transformação da mudança: gerenciar a mudança com o objetivo de criar
uma organização criativa, renovadora e inovadora.
Sobre estes novos papéis do Gestor de Pessoas, Dutra e Bittencourt apresentam uma relevante
consideração para que não se tenha a ideia errada de que a gestão de pessoas é uma função fechada em
somente um departamento:
É importante ficar claro que os novos papéis da Gestão de Pessoas não ocorrem apenas nos
Departamentos de Recursos Humanos das Organizações. Algumas atividades passam a ser percebidas
pelos gestores das diversas unidades da organização como parte do trabalho que, se realizado
corretamente, permitirá à empresa atingir seus objetivos estratégicos com maior efetividade (2008, p.
56).
4.3 NOVA RELAÇÃO DE TÉCNICOS E GESTORES
Como já apresentado anteriormente, os novos tempos exigem mudanças e transformaram a
forma como víamos a organização e a relação entre as pessoas. Neste sentido, lidar com isso sempre
foi e sempre será algo complexo. A responsabilidade pela gestão cabe aos gerentes e é possível
definir, dentre outras, as seguintes responsabilidades, segundo Chiavenato (2010, p. 26-27):
• Colocar a pessoa certa no lugar certo;
• Integrar e orientar os novos integrantes;
• Treinar e preparar as pessoas para o trabalho;
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Questões de provas:
Assinale a alternativa que indica a quem cabe a responsabilidade pela gestão da relação entre as
pessoas na organização:
Escolher uma resposta.
(_x_) Aos gerentes.
(___) Aos consumidores.
(___) Ao chefe do RH.
(___) Ao presidente da Organização.
A gestão de pessoas possui um princípio de que gerir pessoas é uma responsabilidade de linha e
uma função de staff. O responsável por gerir as pessoas é o próprio gerente, chefe ou líder de equipe,
de acordo com a unidade de comando, ou seja, uma responsabilidade de linha.
Em contrapartida, para realizar esta função corretamente ele utiliza da assessoria e consultoria
dos órgãos de Assessoria de Recursos Humanos (ARH), que lhe proporcionam os meios e o apoio
técnico para cumprir essa missão.
As organizações maiores necessitam de uma gestão especializada de pessoas. Neste contexto,
surge o Staff de GP, que especializa a gestão de RH, descentralizando-a e proporcionando um
assessoramento com produtos e serviços que auxiliam o gerente a cumprir seus objetivos, visando à
eficiência (menor custo) e a eficácia.
Na figura 6 a seguir, é possível entender a função do Gestor de GP e a responsabilidade do
gerente de linha que deve gerenciar a equipe.
Função de Staff Resposabilidade de Linha
Órgão de ARH (especialista) Gestor de pessoas (Gerente)
• Cuidar da políticas de RH • Cuidar da sua equipe de pessoas
• Prestar assessoria e suporte • Tomar decisões sobre funcionários
• Dar consultoria interna • Executar as ações de RH
• Proporcionar serviços de RH • Cumprir metas de RH
• Dar orientação de RH • Alcançar resultados de RH
• Cuidar da estratégia de RH • Cuidar da tática e operações
Figura 6: Staff x Gerente de Linha
Fonte: Fonte: Chiavenato (2010, p. 27).
Questões de provas:
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em relação à nova relação de técnicos e gestores:
A gestão de pessoas possui um princípio que gerir pessoas é uma responsabilidade de
linha e uma função de staff, que quer dizer que o responsável por gerir as pessoas é o Verdadeiro
próprio gerente, chefe ou líder de equipe, de acordo com a unidade de comando.
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Importante salientar que por se tratar de um sistema de gerenciamento de pessoas, este abrange
toda a organização, não ficando restrito a uma área ou departamento. Por isso se apresenta como
fundamental para a interconexão entre os setores de uma organização.
A própria área de ARH, tradicionalmente departamentalizada por funções, privilegiava a
especialização de cada órgão, o que gerava a subobjetivação (foco nos objetivos do departamento em
detrimento aos organizacionais) e uma enorme dificuldade de cooperação entre os setores, impedindo
uma visão sistêmica da organização (CHIAVENATO, 2010a).
Segundo Chiavenato:
Com a abordagem sistêmica, a velha tradição cartesiana de dividir, segmentar e separar foi
substituída por uma nova maneira de organizar a empresa. A ênfase agora está em juntar e não mais
em separar. O foco não está mais nas tarefas (que são detalhes), mas nos processos que transitam de
ponta a ponta. Não mais em cargos individualizados, separados e confinados, mas no trabalho conjunto
realizado em equipes autônomas e multidisciplinares. É o holismo: focar o todo e não as partes. Os
movimentos de reorganização empresarial, como a reengenharia e o downsinzing, provocaram a
substituição da organização em rede de equipes focadas em processos (2010, p. 18).
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Na figura 8 a seguir é possível verificar como fica a Gestão de Pessoas com este novo formato,
realizando a interconexão entre os setores, através do uso da gestão por processos:
UNIDADE II
Objetivos específicos
• Conhecer sistemas baseados em cargos;
• Apresentar as formas organizacionais em evolução;
• Evidenciar as limitações dos sistemas tradicionais.
Chiavenato (2005) ensina que a administração de pessoas mudou de nome ao longo dos
tempos. Na era da industrialização clássica (1900 até 1950) era chamada de relações industriais, já na
industrialização neoclássica (1950 até 1990) foi nomeada de administração de recursos humanos,
posteriormente, com a chegada da Era da Informação (1990 em diante) passou a ser conhecida como
Gestão de Pessoas.
Questões de provas:
A administração de pessoas foi, ao longo dos tempos, mudando de nome.
A alternativa que apresenta a sua denominação na industrialização neoclássica (1950 até 1990) é:
Escolher uma resposta.
(_x_) Administração de recursos humanos.
(___) Administração de pessoal.
(___) Gestão de pessoal.
(___) Gestão de recursos humanos.
A gestão de pessoas mudou de nome, ao longo dos tempos. Assinale a opção que apresenta a sua
denominação na era da industrialização clássica (1900 até 1950).
Escolher uma resposta.
(_x_) Relações industriais.
(___) Relações de pessoas.
(___) Administração de pessoas.
(___) Administração de recursos humanos.
empresas, embora venham sendo crescentemente questionados por sua inflexibilidade e dificuldade de
compatibilização com as novas formas organizacionais e com a velocidade da organização do trabalho.
O método dos pontos, que é uma forma de avaliação quantitativa dos cargos para determinar a
remuneração, foi criado por Merrill Lott e tornou-se o método de avaliação de cargos mais utilizado no
mundo (1999, p.236).
Questões de provas:
O método dos pontos é uma forma de avaliação:
Escolher uma resposta.
(_x_) Quantitativa dos cargos para determinar a remuneração.
(___) Do desenvolvimento das pessoas.
(___) Psicológica das pessoas.
(___) Qualitativa dos resultados das pessoas.
Apesar das novas tendências estabelecidas com a gestão por competências, a gestão por cargos
continua muito utilizada. Toda organização realiza a descrição de seus cargos, pois estes são seu
sustentáculo. As pessoas que ocupam os cargos são avaliadas com um método que transforma os
parâmetros qualitativos em dados quantitativos para que seja possível estabelecer uma base única de
comparação e, por fim, definir a remuneração do cargo, que procura ser compatível com o perfil de
profissional que a empresa pretende atrair e reter.
As profundas transformações sociais, econômica, culturais e principalmente tecnológicas que o
mundo passa facilitam que o produto ou serviço de uma organização possa ser conhecido
mundialmente e isso permite que os clientes de todo o mundo possam ter referências globais. O
ambiente de concorrência das organizações está cada vez maior e a possibilidade de oferecer novos
produtos e serviços torna-se uma vantagem competitiva para qualquer organização. Todas as
mudanças capazes de permitir melhoras em produtos e serviços são importantíssimas e é nesse
contexto que as formas organizacionais sofrem sua evolução.
Segundo Dellagnelo e Silva (2000), nas duas últimas décadas têm surgido questões e discussões
a respeito dos estudos e teorias que compreendem as práticas organizacionais. Diante disto, destacam-
se vários temas relativos às novas formas organizacionais, como flexibilidade, redesenho
organizacional, novos paradigmas, pós-modernidade e, de uma forma mais específica, equipes de
trabalho, empowerment, organizações de aprendizagem e redes organizacionais.
Mas qual seria a forma organizacional que hoje está sendo substituída e que limitações estão
levando à sua substituição?
Barcellos e Dellagnelo (2013) ensinam que as ideias de Max Weber no desenvolvimento dos
conhecimentos da área de administração foram essenciais e inevitáveis para o desenvolvimento das
organizações, associando a modernidade da época a uma forma de organização que acabou sendo
definitiva. Esta forma organizacional tradicional e que até hoje é dominante é a burocracia, que se
alastrou por imprimir um ritmo técnico às organizações, quando comparada às outras formas
organizacionais, reduzindo enormemente a pessoalidade nas atividades e decisões. Entretanto, já na
época do auge de sua aplicação, alguns estudiosos diziam que a burocracia trazia uma série de
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limitações, já que o controle sobre as variáveis organizacionais é mais complexo do que imaginava o
modelo weberiano.
Tendo como referência autores clássicos, tais como Blau e Scott, Etzioni, Merton, Selznick,
Hage e Burns e Stalker, Clegg registra que ocorrem as seguintes limitações no modelo burocrático:
Os princípios burocráticos são aplicados em maior ou menor grau em função de quem se
beneficia das atividades da organização; os motivos que levam as pessoas a aderir às normas da
organização variam, e, com isso, a forma do exercício do poder e dos mecanismos de controle; a
rigidez no seguimento de normas pode levar à ineficiência; a adoção da forma burocrática nem sempre
conduz à eficiência e à eficácia, dado que alguns princípios da burocracia podem tornar-se
contraditórios internamente; "a existência das condições associadas às tendências burocráticas de
Weber pode mostrar-se adequada em algumas circunstâncias e revelar-se inadequada noutras" (apud
BARCELLOS e DELLAGNELO, 2013, p.4).
O controle burocrático que caracteriza a forma organizacional tradicional de gerenciamento, às
vezes, é ineficaz, principalmente quando as instituições são públicas ou privadas, e necessitam de
respostas rápidas a seus clientes ou a toda a sociedade.
De acordo com os estudos de Dellagnelo e Silva (2000), as novas formas organizacionais vêm
sendo discutidas, basicamente, sobre dois aspectos: como representação de uma lógica de ação
diferente da instrumental, que é típica do modelo modernista de organização, e como simples
aperfeiçoamento da abordagem contingencial da administração. Estas novas formas organizacionais
representariam a operacionalização de modos de racionalidade diferentes do modelo burocrático.
Os sistemas organizacionais tradicionais acabam sendo naturalmente substituídos nas
organizações por apresentarem algumas limitações em virtude de não se adequarem às suas novas
necessidades.
Essa evolução das teorias organizacionais caminha no sentido de permitir a criação de formas
organizacionais que aumentem a eficiência, eficácia e efetividade da organização. As formas
organizacionais tradicionais, bastante usadas durante o curso da Revolução Industrial e que geraram
a produção em massa, o modelo fordista de organização do trabalho, estão sendo substituídas em
inúmeras organizações por formas organizacionais que incluem as seguintes práticas:
• Valorização da equipe de trabalho;
• Redução dos níveis hierárquicos;
• Visão estratégica de longo prazo;
• Pessoas multifuncionais;
• Utilização de tecnologias mais flexíveis, capazes de facilitar tomadas de decisão melhores e
mais rápidas;
• Permanente aquisição de informação dentro e fora do ambiente de trabalho;
• Distribuição das informações;
• Inovação e aprendizagem organizacional.
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Questões de provas:
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as novas práticas adotadas em inúmeras organizações,
compatíveis com as novas formas organizacionais em substituição às tradicionais:
Aprendizagem organizacional. Verdadeiro
Valorização da equipe de trabalho. Verdadeiro
Pessoas multifuncionais. Verdadeiro
Ambiente de concorrência. Falso
Valorização do controle. Falso
Para Chiavenato,
São as pessoas que produzem, vendem, servem ao cliente, tomam decisões, lideram, motivam,
comunicam, supervisionam, gerenciam e dirigem os negócios das empresas. Inclusive dirigem outras
pessoas, pois não pode haver organizações sem pessoas. No fundo, as organizações são conjuntos de
pessoas. Ao falar em organizações, forçosamente se fala em pessoas que as representam, que as
vivificam e que lhes dão personalidade própria. A maneira pela qual as pessoas se comportam,
decidem, agem, trabalham, executam, melhoram suas atividades, cuidam dos clientes, tocam os
negócios das empresas varia em enormes dimensões. E essa variação depende, em grande parte, das
políticas e diretrizes das organizações a respeito de como lidar com as pessoas em suas atividades
(2004, p. 09).
Como foi apresentado na Unidade Didática I, administrar pessoas e suas competências representa
hoje uma questão de estratégia para as organizações. Os conceitos de gestão por competências têm
sido constantemente utilizados pelos mais diversos tipos de organizações e sua relevância tem recebido
ênfase, inclusive no Exército Brasileiro.
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Capacidade de assumir
Capacidade de um indivíduo
responsabilidades frente a situações
executar determinada tarefa.
de trabalho complexas.
Agrupamento de
Características das pessoas que
conhecimentos, habilidades e
são necessárias para a obtenção e a
atitudes correlacionadas, que
sustentação de uma vantagem
afetam parte considerável da
competitiva.
atividade de alguém.
Figura 1 – Definição de competências
Fonte: adaptado de Ribas e Salim (2013)
Questões de provas:
As competências são essenciais para o bom desempenho das atividades dentro de uma
organização, pois podem ser consideradas como um conjunto de habilidades que valorizam a
empresa. Assinale as opções que apresentam características que podem ser observadas quando
nos referimos ao serviço público: Escolha pelo menos uma resposta.
(_x_) Valor percebido pelo cliente-cidadão.
(_x_) Diferenciação.
(_x_) Capacidade de expansão.
(___) Desprendimento.
Além dos aspectos acima apresentados, é possível acrescentar mais três aspectos à definição de
competências:
• Podem ser aplicadas independentemente do cargo exercido, pois estão vinculadas ao
desempenho do indivíduo;
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Questões de provas:
Competência individual pode ser definida como: Escolher uma resposta.
(_x_) O conjunto de competências que cada pessoa deve construir e possuir para que possa
atuar em uma determinada empresa (ou organização).
Competências distintas que toda empresa precisa possuir para manter algum tipo de vantagem
(___)
competitiva em relação às demais.
Competência distinta que toda pessoa precisa construir e possuir de maneira que possa manter
(___)
algum tipo de vantagem competitiva em relação aos demais empregados.
O conjunto de competências que cada empresa deve construir e possuir para que possa atuar
(___)
em uma determinada empresa (ou organização).
Questões de provas:
Assinale a alternativa correta. As competências podem ser classificadas de acordo com as suas
características. Quanto à singularidade, as competências podem ser classificadas como:
Escolher uma resposta.
(_x_) Básicas e essenciais.
(___) Essenciais e estáveis.
(___) Básicas e emergentes.
(___) Básicas e estáveis.
Para que seja possível identificar as competências, sejam elas necessárias ou até mesmo as
disponíveis em uma organização, alguns instrumentos podem ser utilizados para a realização do
mapeamento. Técnicas de coleta de dados como, por exemplo, a análise documental, a entrevista, o
grupo focal, a observação e o questionário, podem ser utilizados. No quadro 1 a seguir estão as
definições de cada uma dessas técnicas de coleta de dados (ou informações), segundo Ribas e Salim
(2013, p.78):
TÉCNICA
DEFINIÇÃO
DE COLETA
Análise Análise dos documentos que compõem o planejamento estratégico da organização
Documental (missão, visão de futuro, objetivos organizacionais etc.).
Constitui outra técnica de pesquisa bastante aplicada ao mapeamento de
competências. Geralmente, é utilizada para analisar a percepção dos entrevistados
Entrevista
com os dados apurados na análise documental, visando identificar as competências
relevantes à organização.
Quando nem o pesquisador nem os profissionais objetos do estudo dispõem de tempo
para entrevistas individuais, a alternativa é a realização de uma entrevista coletiva,
Grupo Focal
também denominada grupo focal, no qual o entrevistador atua como moderador,
estimulando e coordenando a discussão dos participantes.
Constitui um exame detalhado das competências relevantes ao trabalho de indivíduos
Observação
e equipes.
Técnica de pesquisa mais utilizada para realizar o mapeamento de competências
Questionário
relevantes a determinado contexto ou estratégia organizacional.
Quadro 1: Mapeamento de competências necessárias
Fonte: Adaptado de Ribas e Salim (2013)
Questões de provas:
A implementação da gestão por competências no setor público poderá gerar algumas
dificuldades.
Assinale a opção que apresenta corretamente dois exemplos corretos dessas dificuldades:
Escolher uma resposta.
(_x_) Limitações tecnológicas e estruturais e captação de novos talentos limitada.
(___) Restrições legais e falta de pessoal qualificado.
(___) Atual processo seletivo e a falta de pessoal qualificado.
(___) Captação de novos talentos ilimitada e restrições legais.
Como foi possível verificar durante a abordagem do assunto, a gestão por competências tem
crescido de importância no âmbito das organizações e tem sido objeto de pesquisa por diversos
estudiosos.
Há, ainda, uma grande resistência e várias dificuldades na sua implantação, particularmente
quanto ao setor público. No entanto, devido à necessidade de atender as demandas da sociedade, esse
setor, mesmo perante esses obstáculos terá a difícil (mas não impossível) tarefa de se adequar a essa
nova realidade.
Objetivos específicos
• Conhecer os princípios e orientações fundamentais do SIGP;
• Identificar os pilares do SIGP;
• Identificar as características do SIGP.
Após verificar a evolução da gestão de pessoas e a gestão por competências, esse assunto
abordará o Sistema Integrado de Gestão de Pessoas, seus princípios, orientações, pilares e suas
características.
3.1 OS PRINCÍPIOS E ORIENTAÇÕES FUNDAMENTAIS DO SIGP
O Sistema Integrado de Gestão de Pessoas (SIGP) é uma ferramenta integradora para o
gerenciamento de pessoas, fundamentada em princípios e orientações.
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Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta uma ferramenta integradora para o gerenciamento de pessoas,
fundamentada em princípios e orientações:
Escolher uma resposta.
(_x_) Sistema Integrado de Gestão de Pessoas.
(___) BSC.
(___) Benchmarking.
(___) Gestão do conhecimento.
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para os diferentes processos adotados na gestão de pessoas
apresentados nas opções abaixo:
Recompensar. Verdadeiro
Agregar. Verdadeiro
Monitorar. Verdadeiro
Desenvolver. Verdadeiro
Orientar. Falso
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Escolha verdadeiro ou falso para as afirmações em relação aos processos de gestão de pessoas a
seguir:
O processo de agregar pessoas engloba o recrutamento e seleção. Verdadeiro
O processo de desenvolver pessoas engloba treinamento, desenvolvimento,
Verdadeiro
aprendizagem e gestão do conhecimento.
O processo de recompensar pessoas engloba remuneração, benefícios e incentivos. Verdadeiro
O processo de aplicar pessoas engloba dados de bancos e sistemas de informações
Falso
gerenciais.
O processo de monitorar pessoas engloba relações com os empregados e sistemas de
Falso
informações gerenciais.
• Os cargos devem ser delineados segundo o enfoque do cargo amplo, ensejando à instituição
maior flexibilidade no gerenciamento da mobilidade de seus recursos humanos, minimizando os
desvios de funções e assegurando ao empregado a oportunidade de maior crescimento funcional.
• As descrições dos cargos devem ser elaboradas de forma concisa, enfatizando os objetivos
essenciais e as tarefas críticas.
• As carreiras devem ser estruturadas sob a forma de trajetórias de competências.
• Há a necessidade de desdobramento das trajetórias de competências em estágios destinados a
proporcionar o desenvolvimento nas carreiras.
• A fixação de um perfil de competências para cada estágio, servindo como indicativo das
competências que o servidor deve desenvolver e ampliar deve ser considerada como uma das
condições fundamentais para seu desenvolvimento funcional.
• Deve haver o foco no desenvolvimento nas carreiras e no progresso salarial dos empregados,
baseado, essencialmente, no desenvolvimento e na aplicação das competências e dos resultados por
eles alcançados.
3.2 PILARES DO SIGP
O sistema está fundamentado em pilares que visam uma melhor fixação das características
essenciais do sistema de carreiras e remuneração. As carreiras podem ser definidas como a trajetória da
pessoa na empresa e são destinadas ao progresso profissional do funcionário, mediante promoção,
progressão e rodízio programado. A classe ampla é constituída não só com base na complexidade de
atribuições e responsabilidades, mas também com base nas competências que o servidor adquire,
desenvolve e aplica.
Para que haja desenvolvimento na carreira são necessárias três condições essenciais com o
objetivo que se obtenha a valorização do servidor e da própria carreira (TEIXEIRA, CARVALHO e
PEREIRA, 2013, p. 40):
• Capacitação sistemática;
• Competências desenvolvidas e aplicadas;
• Desempenho.
A avaliação de desempenho se orienta, necessariamente, na realização de aferição de como estão
sendo desenvolvidas e aplicadas as competências e da eficácia do desempenho. A capacitação é um
componente fundamental da carreira podendo preparar o servidor para atuar como agente de mudança
organizacional, por meio da busca e da otimização do desempenho e da proatividade.
Já a remuneração se apresenta como uma estrutura de vencimentos, que busca a criação de uma
gratificação que leva em consideração o desempenho individual e institucional para que se obtenha
justiça e incentive o melhor desempenho dos funcionários, levando em consideração também os
valores de mercado de referência.
3.3 CARACTERÍSTICAS DO SIGP
O sistema integrado é composto por características que definem como ele é estruturado e como
funciona.
As características, segundo Teixeira, Carvalho e Pereira são:
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Objetivos específicos
• Identificar conceitos de gestão do conhecimento;
• Apresentar os principais aspectos da gestão de conhecimentos;
• Identificar as áreas envolvidas na gestão do conhecimento;
• Conhecer o papel estratégico da TI;
• Identificar as etapas do processo de gestão do conhecimento;
• Mostrar a importância da gestão do conhecimento.
Muito se tem falado sobre Gestão do Conhecimento (Knowledge Management) nos dias atuais,
mas, na verdade, o que realmente este conceito representa?
A Gestão do Conhecimento faz referências à criação, identificação, integração, recuperação,
compartilhamento e utilização do conhecimento no interior das organizações, de modo a torná-la mais
competitiva. Tendo em vista as mudanças ocorridas, como a globalização da economia e o avanço
tecnológico, o conhecimento tornou-se valioso.
No seu desenvolvimento, as organizações passaram por três fases distintas: Era Industrial
Clássica, Era Industrial Neoclássica e Era da Informação. No passado, as empresas guardavam seus
conhecimentos a sete chaves e dizia-se que "quem tem informação tem poder". Com a Gestão do
Conhecimento, estes conceitos mudaram, já que para que essa informação tivesse valor, ela deveria ser
transformada em conhecimento e distribuída a todos aqueles que necessitam dela para a execução de
suas atividades.
O conhecimento passa a ser fundamental para a empresa, criando a necessidade de motivar,
recompensar e reter as pessoas que o detém.
A adoção da Gestão do Conhecimento promove a utilização e o melhor aproveitamento do
conhecimento já existente na empresa, para que esta cresça e permita também o crescimento de seus
funcionários, valorizando a ambos (CARBONE et al., 2009).
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conhecimento" (apud CARBONE et al., 2009, p. 218). Neste contexto, estaria intimamente ligada à
aprendizagem organizacional, organização de aprendizagem, memória organizacional e
compartilhamento de informações.
Por fim, o tema ainda encontra-se em estudo e em evolução, pois como é relativamente novo,
apresenta alguns debates interessantes e diversas perspectivas de análise.
4.3 PRINCIPAIS ASPECTOS DA GESTÃO DE CONHECIMENTOS
Um dos principais aspectos lembrados, quando estamos falando de Gestão do Conhecimento, faz
referência ao tipo de conhecimento existente nas organizações. Esse conhecimento pode ser dividido
em Conhecimento Tácito e Conhecimento Explícito, mas qual a diferença entre eles?
Polany propôs ser o conhecimento humano composto de duas dimensões, uma tácita e outra
explícita. O conhecimento explícito pode ser verbalizado e passado adiante no formato de documentos,
rotinas organizacionais, processos, "melhores práticas", normas, credos e valores expostos em painéis.
Já o conhecimento tácito é de difícil extração e manipulação sendo executado e exercido na ação, isto
é, na prática (GROPP e TAVARES, 2013, p. 04).
Além disso, é possível considerar que em uma organização, de maneira geral, há uma grande
quantidade de conhecimento tácito relacionado às pessoas que ali trabalham. Ou seja, existe um
conhecimento que emana das pessoas, adquiridos ou desenvolvidos durante sua história de vida
(TEIXEIRA, CARVALHO e PEREIRA, 2013).
A Gestão do Conhecimento tem como objetivo realizar o registro dos conhecimentos existentes
na organização e criar uma forma de disponibilizá-los para todos os envolvidos em uma determinada
tarefa. Dessa forma, estará acessível a todos e fará a diferença para toda a organização. Ou seja, a
gestão do conhecimento procura capturar, por diversos meios e formas, o conhecimento tácito que
existe na organização, com a intenção de transformá-lo em conhecimento explícito (Teixeira, Carvalho
e Pereira, 2013), conforme ilustrado a seguir:
CONHECIMENTO TÁCITO = INFORMAÇÃO SEM REGISTRO
CONHECIMENTO EXPLÍCITO = INFORMAÇÃO REGISTRADA E DISPONÍVEL
Embora esta estratégia de implantação se inicie a partir de uma decisão sobre as áreas
prioritárias, ocorrem a todo o momento e de maneira simultânea ações direcionadas para:
• Compartilhamento das informações internamente à organização;
• Atualização do conhecimento existente;
• Processamento e aplicação do conhecimento;
• Aquisição externa de novos conhecimentos;
• Reutilização dos conhecimentos;
• Criação de novos conhecimentos (TEIXEIRA, CARVALHO e PEREIRA, 2013, p. 44).
A forma para que isso aconteça está intimamente ligada à atuação em duas áreas
fundamentalmente envolvidas na GC que, quando interligadas, permitem o desenvolvimento e a
implementação desta estratégia, conforme mostra a figura 8.
A área de gestão de pessoas e ou recursos humanos é responsável por tudo o que envolve a
atuação das pessoas. Assim, para a GC ela apresenta papel fundamental, pois tem como objetivo
facilitar e organizar os processos para que haja a conversão do conhecimento tácito em explícito. Essa
conversão ocorre quando se documenta e registra todo o conhecimento das pessoas utilizando-as para
este fim (TEIXEIRA, CARVALHO e PEREIRA, 2013).
A área de Tecnologia da Informação (TI), por sua vez, propicia os meios de comunicação e
informática necessários ao armazenamento de informações de modo a construir a memória
organizacional da instituição e que haja a correta comunicação entre os componentes da instituição.
4.5 O PAPEL ESTRATÉGICO DA TI
A Tecnologia da Informação (TI), como visto anteriormente, tem um papel fundamental na
mudança da cultura organizacional para a Gestão do Conhecimento, pois auxilia na operacionalização
da transformação do conhecimento de tácito para explícito.
A TI se apresenta como um aliado fundamental para que o conhecimento possa ser registrado,
documentado e fique acessível para todos. Quando abordamos esta mudança sob o ângulo da
Tecnologia da Informação, três aspectos são considerados essenciais, segundo Teixeira, Carvalho e
Pereira.
1. A possibilidade de facilitação quanto à troca de experiências e o trabalho em conjunto, tão
divulgado e buscado atualmente, bem como a possibilidade de mapear e acompanhar a participação de
cada um em todos os eventos ou programas pertinentes.
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Questões de provas:
A mudança do conhecimento tácito em conhecimento explícito, considerando o ângulo da
tecnologia da informação, envolve três aspectos essenciais. Assinale as opções corretas:
Escolha pelo menos uma resposta.
A TI permite ainda a formação de comunidades de trabalho na organização, assim como a
(_x_) divulgação e o acompanhamento de indicadores objetivos quanto às realizações e ao alcance
de resultados.
(_x_) Existência de ferramentas tecnológicas de suporte ao conhecimento, flexíveis e fáceis de usar.
(___) A TI permite estabelecer uma tríade: pessoas, informação e suporte.
(___) A possibilidade de participação de cada um em todos os eventos ou programas.
Nesta etapa, devem ser identificados os responsáveis pela transmissão das informações, assim
como os responsáveis pelo gerenciamento das atividades de coleta e organização das informações,
esquema de segurança, controle do acesso ao conteúdo, periodicidade e esquematização dos ciclos de
atualização.
5. Definição da infraestrutura tecnológica
Simultaneamente à identificação das pessoas-chave para o gerenciamento do processo –
responsabilidade do RH –, é imprescindível a definição de que tecnologias serão necessárias à
efetivação do gerenciamento e em que escala – responsabilidade de TI –, visando prover o suporte
necessário à sua operacionalização.
6. Estruturação administrativa do processo (2013, p. 44).
A organização de um glossário e a indexação do conteúdo facilitam a pesquisa e a disseminação
dos conhecimentos a todos os níveis da organização. Bock (1998, apud CARBONE et al., 2009, p.90)
apresenta outra versão para as etapas do processo de Gestão do Conhecimento, conforme apresentado
na figura 10 a seguir:
Gestão do conhecimento - Etapas do processo
Conteúdo Objetivo
Registrar o conhecimento: documentar e registrar
Manter o conhecimento existente (inclusive o
o conhecimento em mídias apropriadas.
adquirido fora da organização).
Disseminar o conhecimento: controlar a
Definir metas de distribuição de conhecimento
distribuição de conhecimento em todos os lugares
relevante para os lugares corretos.
da empresa.
Utilizar o conhecimento: aplicar o novo
Garantir o sucesso permanente dos processos
conhecimento, com resultados mensuráveis.
de aprendizagem.
Figura 10: Etapas do processo de Gestão do Conhecimento
Fonte: Bock (1998, apud CARBONE et al., 2009, p. 90)
pretendemos analisar e avaliar esta ferramenta podem ser levantados: os processos, as informações, a
tecnologia e as pessoas.
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta uma importante ferramenta na construção de um novo sistema
que seja capaz de sustentar a gestão das organizações:
Escolher uma resposta.
(_x_) Gestão do conhecimento.
(___) Gestão de Recursos Humanos.
(___) Gestão por Competências.
(___) Gestão de Projetos.
Criar (sistema de
compartilhamento de Banco de novas ideias em plataforma Wiki Em desenvolvimento
conhecimentos)
Inteligência Competitiva
(sistema de informação Site de inteligência competitiva Implantado
competitiva)
Fóruns regionais de compartilhamento de
Encontrei (comunidades de
conhecimentos para desenvolvimento de Implantado
prática)
negócios
Diálogo (comunidades de
Oficina de desenvolvimento de competências
prática e desenvolvimento de Em desenvolvimento
gerenciais e compartilhamento de boas práticas
competências gerenciais)
Vale
PROJETOS ESPECIFICAÇÃO STATUS
Mapa de Competências Matriz de competências técnicas, gerenciais
Implantado
(gestão por competências) e que atendem aos valores Vale.
GED (repositório de
Gestão eletrônica de documentos. Implantado
documentos da organização)
GDC (gestão de desempenho Gestão de desempenho a partir de
Implantado
por competências) competências gerenciais.
Identificação de competências prioritárias
PDEquipe (gestão por
para as áreas e a elaboração de planos de Implantado
competências)
desenvolvimento das respectivas equipes.
Carreira & Sucessão Estratégia para planejar a provisão e o
(provisão e desenvolvimento desenvolvimento de talentos que possam Implantado
de talentos) representar uma vantagem competitiva.
Site na intranet da Valer - Educação Vale:
Portal de Educação - Valer
divulgação dos conceitos de educação na Implantado
(e-learning)
Vale e das ações de desenvolvimento
Itinerários de desenvolvimento profissional
Modelos Educativos (trilhas
baseados no mapa de competências da
técnicas e de
organização. Desenvolvimento de Implantado
desenvolvimento gerencial,
competências técnicas e gerenciais
mapa de desenvolvimento)
relacionadas aos valores da Vale.
Ambiente de Colaboração em Ambiente colaborativo para
Equipe (comunidades de compartilhamento de conhecimentos da Implantado
prática) empresa.
Certificação de competências
Sistema de mensuração do domínio de
técnicas (gestão por Implantado
conhecimentos, habilidades e atitudes.
competências)
Sistema de Gestão LMS (Learning Management System) para
Implantado
Educacional LMS gerenciar todas as ações de desenvolvimento
Site na intranet para divulgar conceitos,
Conhecer (gestão do
práticas e ferramentas da gestão do Implantado
conhecimento)
conhecimento.
Quadro 2: Práticas de Gestão do Conhecimento em Organizações Brasileiras
Fonte: Banco do Brasil, Vale e Câmara dos Deputados (2008, apud CARBONE et al, 2009, p. 93 à 95)
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UNIDADE III
Objetivos específicos
• Conhecer os conceitos de motivação e de liderança;
• Apresentar as diferenças entre chefe e líder;
• Conhecer o conceito de percepção.
Motivação e liderança são temas bem peculiares e muito presentes nas organizações e,
particularmente, na carreira militar. Nesta unidade didática – "Comportamento Humano nas
Organizações" – será apresentado o conceito de motivação. Temas como satisfação e
comprometimento também serão discutidos. Adicionalmente, será apresentada a primeira teoria
relacionada à motivação humana: a teoria de Maslow, de 1943.
1.1 MOTIVAÇÃO
No mundo globalizado as organizações tem constantemente buscado mudar suas estratégias e a
maneira de gerir seus funcionários, para que possam obter sucesso no mercado competitivo. Tendo em
vista essa necessidade constante de mudança e para que sejam atingidas as metas estabelecidas, é
necessário que os integrantes dessas organizações estejam realmente motivados.
Mas o que é motivação? Como pode ser definida?
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma
pessoa para o alcance de uma meta (ROBBINS et al, 2011). É considerado um processo intrínseco, que
leva uma pessoa a buscar a satisfação de suas necessidades. A palavra tem origem do latim (movere) e
indica a condição do organismo que influencia a direção do comportamento. Motivação nada mais é do
que motivar a ação. É como uma "força" que remete essa pessoa em direção a algum objetivo e que é
oriunda de suas necessidades interiores. A motivação é contínua, o que significa dizer que a cada novo
momento surge algo, algum novo objetivo que irá de alguma forma impulsionar tal pessoa a agir.
Algumas ideias chave, diretamente relacionadas à motivação, estão ilustradas na figura a seguir:
Figura 1 – Motivação
Fonte: Os autores
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Segundo Chiavenato (2010, p.478), motivação"é o processo que leva alguém a se comportar para
atingir os objetivos organizacionais, ao mesmo tempo em que procura alcançar também os seus
próprios objetivos individuais".
Motivação é diferente de estímulo. A diferença entre motivação e estímulo é que a primeira é
intrínseca (está dentro de nós) e o segundo é extrínseco (vem de fora de nós). Nem sempre o que
motiva uma pessoa serve de motivação para outra.
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para as afirmações em relação ao conceito de motivação:
Indica a condição do organismo que influencia a direção do comportamento. verdadeiro
Tem origem do latim (movere). verdadeiro
Nada mais é do que motivar a ação. verdadeiro
É descontínua, o que significa dizer que de vez em quando surge algo, algum novo
Falso
objetivo que irá de alguma forma impulsionar tal pessoa a agir.
É uma “força” que remete essa pessoa em direção a algum objetivo e que é oriunda
Falso
de suas necessidades exteriores.
De acordo com Ribas e Salim (2013), há três princípios importantes que explicam o
comportamento humano:
• O comportamento é causado por estímulos internos e externos;
• O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano;
• O comportamento é orientado para objetivos. Existe sempre impulso, desejo e necessidade que
servem para designar os motivos do comportamento (2013, p.309).
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para os princípios que explicam o comportamento humano:
É motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano. verdadeiro
É causado por estímulos internos e externos. verdadeiro
É orientado para objetivos. Existe sempre impulso, desejo e necessidade que servem
verdadeiro
para designar os motivos do comportamento.
É puramente instintivo, sem a necessidade de uma motivação externa. falso
Independe de estímulos internos e externos. falso
Uma vez que as pessoas são peças fundamentais para o alcance do sucesso em todas as
Organizações Militares, é importante adquirir conhecimentos sobre alguns conceitos relacionados à
motivação, tais como as definições de incentivo, necessidade (ou motivo), meta e desejo. O quadro a
seguir apresenta essas definições, segundo Chiavenato (2010, p.478).
É um estímulo externo que induz uma pessoa a tentar fazer algo ou esforçar-se para
Incentivo
conseguir algo. É geralmente denominado recompensa.
Necessidade É uma carência interna da pessoa, ou seja, um estímulo que dirige o comportamento
(ou motivo) para a sua satisfação.
É a finalidade em cuja direção se dirige o comportamento motivado. É também
Meta
denominada objetivo individual ou objetivo pessoal.
Desejo É uma meta ou objetivo individual conscientemente visado pela pessoa.
Quadro 1 – Conceitos relacionados à motivação
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2010, p. 478)
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Questões de provas:
Uma vez que as pessoas são peças fundamentais para o alcance do sucesso em todas as
Organizações Militares, é importante adquirir conhecimentos sobre alguns conceitos
relacionados à motivação. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o conceito e sua
definição.
Escolher uma resposta.
Necessidade: carência interna da pessoa, ou seja, um estímulo que dirige o
(_x_)
comportamento para a sua satisfação.
Desejo: finalidade em cuja direção se dirige o comportamento motivado. É também
(___)
denominada objetivo individual ou objetivo pessoal.
Incentivo: finalidade em cuja direção se dirige o comportamento motivado. É também
(___)
denominado objetivo individual ou objetivo pessoal.
(___) Meta: objetivo individual conscientemente visado pela pessoa.
quando as necessidades mais baixas estiverem satisfeitas. Há alguns anos, a Teoria de Maslow foi
desacreditada, pois já se sabe que as necessidades mencionadas não se processam dessa forma
hierárquica para os indivíduos. Na verdade, os indivíduos perseguem diversos estímulos advindos de
necessidades diferentes concomitantemente.
Como foi discutido e possível observar, o tema motivação é de extrema relevância para as
organizações, sejam elas públicas ou privadas, pois para que alcancem seus objetivos é fundamental
que seus funcionários realizem suas tarefas com alto nível de desempenho. Para que possam executar
essas tarefas com alto nível de desempenho, esses funcionários devem possuir estímulos adequados às
suas motivações intrínsecas, possuir as habilidades inerentes ao cargo, além de poder contar com o
suporte da organização. Esse suporte organizacional engloba diversas variáveis que podem interferir
diretamente no desempenho, como, por exemplo, informações relacionadas ao trabalho, equipamentos,
disponibilidade de serviços, capacitação, tempo disponível, dentre outras. Do exposto, podemos
deduzir que quanto maior a satisfação, maior será a motivação.
1.2 LIDERANÇA
A liderança é fundamental para toda organização. Os líderes são responsáveis por manter uma
organização em direção ao sucesso ou corrigir rumos e reconduzi-la ao sucesso. Se uma organização
possui trabalhadores motivados, treinados, competentes e habilidosos, com certeza possui grandes
líderes. Portanto, a liderança é de fundamental importância para a existência das organizações e, por
esse motivo, tem gerado muitos estudos sobre o tema.
Maximiano (2011) ensina que os estudiosos inicialmente tentaram estabelecer traços físicos,
como por exemplo, a altura, para identificar líderes, mas não obtiveram consenso e sucesso. Passaram
então para análises que identificam comportamentos comuns de líderes de diversos níveis da estrutura
organizacional. A forma de tentar identificar como surgem líderes é estudada até hoje.
De acordo com o mesmo autor:
A liderança ocorre quando há líderes que induzem seguidores a realizar certos objetivos que
representam os valores e as motivações - desejos e necessidades, aspirações e expectativas - tanto dos
líderes quanto dos seguidores.
A genialidade da liderança está na forma como os líderes enxergam e trabalham os valores e
motivações tanto seus como de seus seguidores (2011, p.256).
Portanto, é possível compreender que os valores e as motivações são fundamentais no exercício
da liderança e a percepção correta que o líder dever ter das pessoas e do ambiente é fundamental para o
seu sucesso.
O exercício da liderança pelos integrantes das organizações é um dos fatores fundamentais para
o sucesso, sejam empresas, órgãos públicos ou organizações militares.
Existem muitas definições do que é a liderança. Segundo Knapik:
Liderança é uma incrível capacidade que nós temos de influenciar as pessoas, através de nossas
ideias, exemplos e ações e fazer com que atinjam metas propostas ou passem a acreditar em crenças ou
conceitos. Na realidade, quando falamos em administrar, o que administramos são pessoas, e o desafio
dos líderes é "fazer fazerem", unir os esforços e inteligências para realização de uma tarefa, de uma
meta ou, em última análise, da Missão da empresa (2004, p.102).
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 51 .
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Questões de provas:
Marque a opção que correlaciona corretamente os estilos de liderança propostos por White e
Lippitt (1960):
Escolher uma resposta.
Liderança democrática: o líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação
(_x_)
das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo.
(___) Liderança liberal: o líder centraliza totalmente as decisões e a autoridade.
Liderança autocrática: o líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou
(___)
grupais, participando apenas quando solicitado pelo grupo.
Liderança gerencial: o líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação das
(___)
pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo.
A liderança democrática é um dos três estilos de liderança estabelecidos por White e Lippitt em
1960. Assinale a alternativa que identifica o perfil do líder nesse estilo de liderança:
Escolher uma resposta.
É extremamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa
(_x_)
igualmente com o trabalho e com o grupo.
(___) Permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou grupais.
(___) Centraliza totalmente as decisões e a autoridade.
(___) Realiza atividades preocupado com os resultados imediatos.
b) A liderança voltada para as tarefas ou para as pessoas, dos anos 1950 e 1960:
A liderança centrada na tarefa é um estilo de liderança preocupada com a execução da tarefa e
com seus resultados imediatos.
A liderança centrada nas pessoas é um estilo de liderança preocupada com os aspectos
humanos dos subordinados e que procura manter uma equipe de trabalho atuante, dentro de
maior participação nas decisões.
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 52 .
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Questões de provas:
Assinale a alternativa correta. A liderança centrada nas pessoas é um estilo de liderança
preocupado com: Escolher uma resposta.
Os aspectos humanos dos subordinados e a manutenção de uma equipe de trabalho
(_x_)
atuante.
(___) A perspectiva do cliente.
(___) A compreensão dos problemas dos subordinados.
(___) Estudar aspectos psicológicos da relação entre subordinado e líder.
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta o estilo de liderança alinhado com a ideia de que a preocupação
com as tarefas e as pessoas são complementares e não mutuamente exclusivas:
Escolher uma resposta.
(_x_) Grade gerencial.
(___) Liderança orientada para resultados.
(___) Liderança autocrática.
(___) Liderança parcial.
Questões de provas:
Assinale a alternativa correta. A liderança situacional consiste na habilidade e na competência
em saber utilizar os estilos de liderança, dependendo: Escolher uma resposta.
(_x_) Da situação, da equipe, das tarefas.
(___) Da missão, do cumprimento das metas e de pressões externas.
(___) Da relação com os subordinados, do prazo e da meta.
(___) Do custo, dos consumidores e do clima psicológico da equipe.
Não há um tipo de liderança correto e outro errado. A forma de liderar vai ocorrer de acordo com
o comportamento do grupo de trabalho e de diversas outras circunstâncias que envolvem o
cumprimento da missão, o alcance da meta ou as necessidades para alcançar o objetivo. A percepção
pessoal do líder torna-se fundamental para que ele identifique o tipo de liderança a ser empregada
naquela ocasião. Essa visão será apresentada no item 2.2.
Robbins et al. (2011) considera que a liderança pode envolver a utilização do poder para
influenciar efetivamente indivíduos e grupos a fazer o que o líder deseja, segundo sua vontade. O
poder, na verdade, pode ser utilizado por qualquer membro organizacional. As formas de poder são as
seguintes: legítimo, de recompensa, coercitivo, de especialização e o referente.
Questões de provas:
A liderança pode envolver a utilização do poder para influenciar efetivamente indivíduos e
grupos a fazer o que o líder deseja. Assinale a opção que apresenta corretamente essas formas de
poder: Escolher uma resposta.
(_x_) Legítimo; de recompensa; coercitivo; de especialização e o referente.
(___) Discricionário; coercitivo; de especialização; referente e o legítimo.
(___) De recompensa; coercitivo; de decisão; referente e o legítimo.
(___) Coercitivo; de especialização; de controle; legítimo e o de recompensa.
Realmente a liderança é algo muito importante, mas é possível reconhecer um grande líder?
Na tradução feita pelo General Job Lorena de Sant´Anna da obra do Padre Gaston Courtois,
grande educador francês, encontra-se a resposta para este questionamento:
Reconhece-se o verdadeiro chefe por este sinal: sua simples presença é, para os homens que ele
dirige, um estímulo para se superarem a serviço da causa comum. Substitua "presença" por
"lembrança" e teremos o grande chefe. (1984, p.19)
Liderar e chefiar são a mesma coisa?
Existe uma grande diferença entre chefiar e liderar. Chefiar é atingir os objetivos de um trabalho
por meio de um grupo de pessoas, e liderar está relacionado a inspirar, motivar este grupo de pessoas
para atingir as metas da organização.
Para Caravantes (2005, p.505) as "pessoas podem ser líderes sem serem gerentes, serem gerentes
sem serem líderes, ou podem ser tanto gerentes como líderes, simultaneamente."
As pessoas que têm obrigação funcional de chefiar indivíduos/grupos podem ou não ter liderança
sobre os indivíduos/grupos, mas devem ter consciência de que a liderança é sempre a situação ideal,
principalmente em se tratando de militares que podem vir a conduzir ações em conflitos com grande
risco de vida.
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Objetivos específicos
• Identificar o papel do líder no novo modelo;
• Conhecer a evolução histórica dos conceitos de liderança;
• Conceituar desenvolvimento e envolvimento;
• Identificar o papel do líder no desenvolvimento da equipe.
O mercado de trabalho nos dias atuais exige dos empresários e gestores a busca por profissionais
cada vez mais capacitados e engajados com os objetivos da empresa. Neste contexto, é essencial a
figura de um líder, de uma pessoa capaz de motivar todos ao seu redor a executar um trabalho de
qualidade e objetivo, através da aplicação de seus conhecimentos. Este líder deve desempenhar papéis
diferentes, de acordo com cada situação, sempre visando a satisfação do seu cliente e/ou do mercado
de trabalho em que atua. Mas antes de conhecer estes papéis é necessário conhecer o conceito de líder.
2.1 O PAPEL DO LÍDER NO NOVO MODELO
Penteado (1986) ensina que para definir amplamente liderança são necessárias três partes
importantes: um líder, um grupo e uma situação. Segundo Maximiano (2001), só há liderança
quando há liderados que seguem um líder ou aceitam sua influência por algum motivo.
Questões de provas:
Para definir amplamente liderança, são necessários três componentes importantes. Assinale a
opção correta:
Escolher uma resposta.
(_x_) Um líder, um grupo e uma situação.
(___) Um líder, um grupo e atitude.
(___) Uma organização, um grupo e uma situação.
(___) Um grupo, um setor e um líder.
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Para Kurcgant (1991, p.168) o conceito de líder" envolve a aceitação voluntária" da autoridade
de uma pessoa sobre os demais membros do grupo, assim como "o reconhecimento de sua
contribuição para o progresso" deste grupo. Desta forma, o grupo identifica a competência da pessoa
escolhida para liderá-lo e deposita nela confiança, tornando permissivas as ações conduzidas pelo seu
líder.
Para Weich:
O líder eficaz é alguém que procura pela melhor pergunta, aceita a inexperiência, mantém-se em
movimento, canaliza as decisões para aqueles que tem à mão o melhor conhecimento sobre
determinado assunto, cria boas soluções com arte, é obcecado pela atualização, encoraja a
improvisação e é profundamente consciente da ignorância pessoal (apud RODRIGUES et al, 2003,
p.110).
O líder deve possuir sabedoria para utilizar as competências profissionais de cada membro da
equipe, sabendo delegar as atividades para a pessoa com melhor capacidade de executá-las de forma a
alcançar o objetivo institucional.
Nos ambientes das organizações modernas é possível observar alguns cenários em que a
legitimação do poder torna essencial a utilização de diversos papéis por parte das lideranças. Esses
papéis ora se confundem, ora se mesclam, de acordo com o grau de abrangência de sua atuação ou de
sua formalização ou não (RODRIGUES et al, 2003).
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para as alternativas em relação ao papel do líder:
Nos ambientes das organizações modernas, é possível observar alguns cenários em
que a legitimação do poder torna essencial a utilização de diversos papéis por parte verdadeiro
das lideranças.
Só há liderança quando há liderados que seguem um líder ou aceitam sua influência
verdadeiro
por algum motivo.
O líder deve possuir sabedoria para utilizar as competências profissionais de cada
membro da equipe, sabendo delegar as atividades para a pessoa com melhor verdadeiro
capacidade de executá-las de forma a alcançar o objetivo institucional.
O conceito de líder envolve a imposição da autoridade de uma pessoa sobre os
falso
demais membros do grupo.
O líder eficaz é alguém que não aceita a inexperiência, mantém-se em movimento,
canaliza as decisões para aqueles que têm à mão o melhor conhecimento sobre falso
determinado assunto.
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta corretamente os três papéis que podem ser desempenhados por
um líder:
Escolher uma resposta.
(_x_) Chefe, gerente e gestor-líder.
(___) Administrador, gestor-líder e gerente.
(___) Gestor, líder, e gerente.
(___) Gerente, gestor e comandante.
outro no empregado, que estimula o desempenho do grupo, despertando o senso de espírito de equipe.
Essas duas categorias se subdividiriam em outras quatro, que são: construir relações, tomar decisões,
influenciar pessoas e dar e procurar informações, demonstrando que a junção de ambos os
comportamentos devem ser trabalhados. Deve-se ressaltar a combinação das habilidades interpessoais,
conceituais, técnicas e administrativas com as habilidades comportamentais já descritas, encaixando os
estilos de liderança na circunstância vivida. Ela também foi apresentada no item 2.1.
c) Teoria Situacional ou Contingencial
Posteriormente, os estudiosos passaram a crer que o líder não estava preso a um estilo definitivo
e que devido à forma dinâmica de trabalho eles reagiam de formas diferentes quando deparados a uma
nova situação. Esse pensamento resultou na Teoria Situacional ou Contingencial de Kenneth
Blanchard e Paul Hersey (MARQUIS e HUSTON, 2010).
Ainda segundo os autores, o estilo de liderança varia conforme as situações ou os indivíduos
envolvidos. A situação determina as diretrizes após o conhecimento do problema e as inter-relações
entre o líder e o grupo são influenciadas pela habilidade do administrador em ser um líder eficiente.
Baseado nos estilos sugeridos por Lewin e White (1939), Tannenbaum e Shmidt (1958) alertaram para
o fato de que os administradores precisavam variar entre o comportamento autocrático e o democrático
de liderança.
Em 1986, Hersey e Blanchard sugeriram que a liderança era uma forma de influenciar as ações
de um indivíduo ou grupo para a execução de um objetivo numa determinada situação, concluindo que
o processo de liderança incluiria uma das funções do líder, do liderado ou subordinado e de variáveis
situacionais.
Sendo assim, os líderes eficazes seriam capazes "de adaptar seu estilo de comportamento às
necessidades dos liderados e à situação", sendo que as variáveis para que este comportamento
ocorresse seriam: comportamento para a tarefa, no qual o líder organiza, define, explica e estabelece
padrões para as atividades e o comportamento de relacionamento, em que o líder mantém os canais de
comunicação abertos dando feedback positivo para a sua equipe (LOURENÇO e TREVIZAN, 2002).
Esta teoria se reflete intensamente nas práticas organizacionais, pois caracteriza a liderança como
resultado de um conjunto de variáveis, completando e facilitando o exercício do papel do líder que, por
sua vez, deverá tirar proveito dos pontos fortes do seu estilo, com atenção voltada ao grupo de pessoas
e à situação (LIMONGI-FRANÇA e ARELLANO, 2002).
A Teoria Situacional e Contingencial, apesar de ter causado substantivas modificações no
pensamento e na forma de administrar, ainda é estudada pelos teóricos que discutem a magnitude das
variáveis, incluindo valores do líder e de seus seguidores, cultura da organização, ambiente, trabalho,
influência do líder e complexidade da situação, dando origem às teorias de liderança interacional e
transformacional (MARQUIS e HUSTON, 2010).
d) Liderança Interacional
A Liderança Interacional proposta por Schein na década de 1970 expõe as relações entre a
personalidade do líder e a situação específica. Depois de diagnosticada a situação, o líder deverá
escolher a estratégia que melhor se encaixa às suas habilidades. O estudioso Hollander, em 1978,
sugeriu que os seguidores seriam a imagem da liderança. Líder e liderado colaborariam na relação de
trabalho, tendo algo em troca.
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 58 .
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Ouchi (1981), outro pioneiro desta teoria, usava o termo “Teoria Z”, que era caracterizada pelo
valor que atribui aos recursos humanos diante dos outros fatores que intervêm no processo da
produção, como também pela importância concedida ao ambiente organizacional. A concepção do
“estilo Z” se apoia na ideia da “família organizacional”, baseadas na consciência de grupo, na mútua
cooperação, permitindo assim um clima de satisfação e estabilidade, incluindo sistemas de benefícios e
incentivos, de maneira a estimular seus seguidores.
e) Teoria Transformacional
Por fim, Burns, conhecido estudioso de liderança, no início da década de 2000 identificou uma
nova forma de liderança, que chamou de Teoria Transformacional. Ele defendeu a ideia de dois tipos
de líderes, o transacional e o transformacional. O primeiro é o líder tradicional, preocupado em
estabelecer metas e proporcionando rumos para controlar as situações e seguidores. Já o segundo é
aquele que consegue realizar o que o transacional propõe, fortalecendo os demais com esta visão,
motivando o desempenho, além das expectativas (MARQUIS e HUSTON, 2010).
No quadro a seguir é possível verificar a evolução das teorias em uma linha do tempo desde o
seu início até os dias atuais.
1900 e 1940 1950 a 1960 Década de 1970 Década de 2000
Teoria
Teoria das Comportamental Liderança Teoria
Características Teoria Situacional Internacional Transformacional
ou Contingencial
Figura 3: Evolução histórica da liderança
Fonte: O autor
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta corretamente a evolução histórica das teorias da Liderança de
1900 até 2000.
Escolher uma resposta.
(_x_) Teoria das Características, Liderança Interacional e Teoria Transformacional.
(___) Teoria Transformacional, Teoria Situacional e Teoria das Características.
(___) Teoria Comportamental, Teoria das Características e Liderança Interacional.
(___) Liderança Interacional, Teoria Transformacional e Teoria das Características.
Segundo Teixeira, Pereira e Carvalho (2013), desenvolvimento pode ser compreendido, dentre
outras maneiras, como uma forma organizada de conciliar os interesses dos indivíduos e das
organizações, tendo em vista um processo de mudanças. Já envolvimento significa incluir-se, implicar-
se em, sendo que a palavra desenvolvimento se origina de envolvimento.
A partir do momento em que é possível se envolver com algo, independente de ser por sua
importância, pelas oportunidades que se consegue vislumbrar, seja pelo que vá ser adquirido, é
possível ter motivação para o aprofundamento em todas as formas de aprendizado, experiências e
atuações.
Excelências ignifica maximizar a contribuição dos colaboradores através do seu
desenvolvimento e envolvimento. Para que as organizações possam apresentar desempenho
excelente, devem identificar e compreender as necessidades de competências atuais e futuras, que
possibilitam a implementação de políticas, estratégias, objetivos e planos na organização.
Questões de provas:
Marque a opção que apresenta a correta definição de excelência:
Escolher uma resposta.
É a maximização da contribuição dos colaboradores através do seu desenvolvimento e
(_x_)
envolvimento.
É uma forma organizada de conciliar os interesses dos indivíduos e das organizações, tendo
(___)
em vista um processo de mudanças.
(___) É um processo de ampliação de nossos referenciais a partir de um processo de empowerment.
É o desenvolvimento das competências das pessoas, necessárias à organização, apoiando-as
(___)
ativa e positivamente em todo o seu potencial.
Como muitas vezes as equipes são formadas sem que seus integrantes se conheçam, tenham
trabalhado juntos ou às vezes até existam conflitos em seu interior, uma intervenção deve ocorrer.
Existem algumas técnicas de desenvolvimento de equipes que são derivadas dos fatores
críticos de desempenho e outras que podem ser utilizadas e geridas pela própria equipe ou por seu
líder. Estas estão listadas na figura a seguir (MAXIMIANO, 2011):
1. Definir objetivos
2. Organizar o grupo
3. Criar desafios para o grupo
5. Evitar a conformidade social
6. Promover o conhecimento mútuo
7. Criar identidade para o grupo
8. Instituir normas de alto desempenho
9. Estabelecer processos seletivos rígidos
10. Oferecer treinamento continuado
11. Oferecer recompensas pelo desempenho
12. Criar clima de abertura intelectual crítica
Figura 4: Estratégias de desenvolvimento de equipes
Fonte: Maximiano (2011, p. 294)
Para que possa existir uma equipe que busque o seu desenvolvimento é imprescindível a figura
do líder. Assim será possível perceber a necessidade de estabelecer objetivos próprios e trabalhar a
equipe para que se possa atingi-los com coesão e sinergia. Após esta fase, o líder pode conduzir todos
a se associarem aos objetivos organizacionais.
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para as alternativas em relação ao desenvolvimento e envolvimento:
O desenvolvimento de equipes é um processo no qual se busca aprimorar as
competências dos seus integrantes, a fim de tornar este grupo em um grupo de alto verdadeiro
desempenho.
Para que possa existir uma equipe que busque o seu desenvolvimento é
verdadeiro
imprescindível a figura do líder.
Excelência significa maximizar a contribuição dos colaboradores através do seu
verdadeiro
desenvolvimento e envolvimento.
O envolvimento pode ser considerado o processo de ampliação de nossos
falso
referenciais a partir de um processo de desenvolvimento.
A figura do líder é imprescindível para a contribuição dos colaboradores a partir de
falso
um processo de envolvimento.
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 61 .
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Mas, como é possível colocar em prática um plano de desenvolvimento de equipe que a torne de
alto desempenho?
Como não existe processo infalível para o estabelecimento de um programa de desenvolvimento,
alguns autores estabelecem itens que podem ser definidos como o papel do líder, para que o
desenvolvimento de uma equipe de trabalho seja alcançado. São eles (TEIXEIRA, PEREIRA e
CARVALHO, 2013):
• Analisar as necessidades de desenvolvimento;
• Estabelecer os objetivos pessoais;
• Identificar/conhecer os objetivos da organização;
• Associar objetivos organizacionais e pessoais;
• Estabelecer um plano eficaz para o alcance do objetivo resultante dessa associação.
Seguindo esses itens, o líder poderá estabelecer as necessidades de desenvolvimento de sua
equipe e assim:
• Corrigir possíveis dificuldades;
• Estabelecer quais os objetivos pessoais de seus integrantes de maneira a conhecer suas
características e necessidades;
• Conhecer os objetivos da organização para que se possa trabalhar com um rumo na direção
correta;
• Relacionar os objetivos da equipe com os da organização, buscando com isso envolver a
equipe nas metas e assim aperfeiçoar o desempenho;
• Estabelecer o plano que colocará toda esta associação de fatores em prática.
Essas atividades proporcionarão à equipe ter seu desempenho potencializado, tornando-se uma
equipe de "alto desempenho".
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 62 .
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UNIDADE IV
Ass 1 – TRABALHO EM EQUIPE
Objetivos específicos
• Apresentar os conceitos de trabalho em equipe.
No presente tópico serão apresentados e discutidos, à luz da legislação, quem são os agentes da
administração e seus auxiliares, bem como as suas atribuições.
Toda equipe pode ser considerada um grupo, porém nem todo grupo pode ser chamado de
equipe. De acordo com Ribas e Salim:
No grupo, todos podem trabalhar com o mesmo objetivo e têm papéis previamente definidos,
mas a comunicação pode ser prejudicada, pois não existe compromisso de clareza e alinhamento de
ideias, o que pode inviabilizar o alcance dos resultados esperados. No grupo não há cooperação e os
líderes ficam distantes dos demais membros (2013, p. 281).
Como afirmado anteriormente, toda equipe pode ser considerada um grupo, porém nem todo
grupo pode ser chamado de equipe. Isso ocorre porque na equipe, a colaboração, o ambiente e a
transparência são fundamentais para a consecução do sucesso almejado. Segundo Ribas e Salim:
O grupo se transforma em equipe quando apresenta, além de um objetivo em comum, as
atividades desempenhadas pelos membros da equipe devem ser complementares e deve haver relações
de interação e interdependência dinâmicas e complexas (sic). Além disso, é fundamental que as
competências individuais sejam relacionadas nas atividades desempenhadas (2013, p.281).
Várias pessoas trabalhando juntas em um determinado local são consideradas apenas como um
conjunto de pessoas, o que é muito diferente de equipe.
As equipes reagem melhor às mudanças e possuem uma maior capacidade de estruturação,
o que facilita a participação dos trabalhadores nos processos decisórios das organizações.
De acordo com Ribas e Salim (2013, p.282): "As equipes de trabalho geram uma sinergia
positiva por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de
desempenho maior do que a soma das contribuições individuais".
Pode-se citar como principais características de uma equipe a cooperação, a sinergia e a coesão.
A figura 1 a seguir apresenta as diferenças fundamentais entre grupos e equipes:
Grupos Equipes
São conjuntos de pessoas sem um objetivo São conjuntos de pessoas que trabalham
comum. visando à consecução de objetivos comuns.
As pessoas possuem e compartilham dos
As pessoas podem ter os mesmos interesses.
mesmos interesses.
As pessoas individualmente.
As decisões são tomadas de maneira conjunta.
As pessoas agem individualmente.
Como pode ser observado na figura 1, as equipes são muito mais do que simples conjuntos de
pessoas. Chiavenato (2010, p. 229) afirma que "a base fundamental do trabalho de cada gerente está na
equipe. Ela constitui a sua unidade de ação, a sua ferramenta de trabalho. Com ela, o gerente alcança
metas, supera objetivos e oferece resultados". Segundo Ribas e Salim (2013) existem três tipos de
equipes, ilustrados na figura 2, a seguir.
• Auto gerenciadas: são autônomas, podem solucionar problemas e implementar soluções. São
compostas por pessoas altamente treinadas para o desempenho de tarefas interdependentes dentro de
um mesmo local de trabalho.
• Multifuncionais (ou interfuncionais): são formadas por funcionários posicionados num
mesmo círculo hierárquico, mas de diferentes setores da organização, que se juntam para cumprir uma
determinada tarefa. Neste tipo de equipe de trabalho, as competências são complementares.
• Virtuais: este tipo de equipe de trabalho utiliza as Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) para reunir os membros da equipe (que podem estar dispersos) a fim de permitir a sua interação
e a consecução do objetivo da empresa e/ou de uma tarefa a ser realizada. Neste tipo de equipe podem
ser utilizados meios auxiliares, como vídeo conferências, redes internas, redes externas e correios
eletrônicos.
Questões de provas:
Segundo Ribas e Salim (2013) existem três tipos de equipes de trabalho. Assinale a opção que
indica corretamente esses tipos:
Escolher uma resposta.
(_x_) Virtuais, multifuncionais e autogerenciadas.
(___) Visuais, funcionais e gerenciadas.
(___) Virtuais, funcionais e autogerenciadas.
(___) Visuais, multifuncionais e gerenciadas.
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Os autores Ribas e Salim (2013, p.289) nos trazem 10 (dez) características apresentadas por
equipes de trabalho eficazes, conforme o quadro 1 a seguir.
01 – Comprometimento dos membros com propósitos comuns e significativos.
02- O estabelecimento de metas específicas para a equipe, que conduzam os indivíduos a um melhor
desempenho e energizem as equipes.
03 – Os membros defendem ideias, sem radicalismo.
04 – O líder age de acordo com o grau de maturidade da equipe, ou seja, de acordo com a
contingência (liderança situacional).
05 – Questões comportamentais são discutidas abertamente, principalmente as que podem
comprometer a imagem da equipe ou da organização.
06 – O nível de confiança entre os membros é elevado.
07 – Demonstram confiança nos líderes, tornando a equipe disposta a aceitar e a se comprometer com
as metas e as decisões do líder.
08 – Flexibilidade, permitindo que os membros da equipe possam completar as tarefas uns dos outros.
Isso deixa a equipe menos dependente de um único membro.
09 – Conflitos são analisados e resolvidos.
10 – Há preocupação/ação contínua em busca do autodesenvolvimento.
Quadro 1 – Características de equipes eficazes.
Fonte: Adaptado de Ribas e Salim (2013)
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso em relação às características típicas das equipes de trabalho
eficazes:
O nível de confiança entre os membros é elevado. verdadeiro
Há preocupação/ação contínua em busca do autodesenvolvimento. verdadeiro
Os membros defendem ideias, sem radicalismo. verdadeiro
Inflexibilidade. Cada membro da equipe deve executar plenamente a sua própria
falso
tarefa.
Conflitos constantes e radicalismo. falso
Cabe ressaltar que as capacidades individuais têm um papel fundamental na eficiência da equipe
de trabalho. O autor Idalberto Chiavenato (2010, p. 234) sugere algumas dicas e características para
que seja possível construir equipes bem sucedidas. Elas estão relacionadas na figura a seguir:
Compromisso com objetivos Consenso nas tomadas de Comunicação aberta e
compartilhados. decisão. honesta.
Reconhecimento do conflito e
sua resolução positiva.
Figura 3 – Construindo equipes bem sucedidas.
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2010)
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Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta corretamente as vantagens de trabalhar em equipe:
Escolher uma resposta.
Agilidade, enriquecimento de ideias, comprometimento com a organização e assunção de
(_x_)
riscos.
(___) Esforço coordenado, contribuições individuais, autonomia e enriquecimento de ideias.
Metas diferentes, diferenças de personalidade, diferença de percepção e relações
(___)
hierarquizadas.
Compromisso com os objetivos, consenso nas tomadas de decisão, liderança compartilhada e
(___)
reconhecimento do conflito.
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Objetivos específicos
• Conhecer os conceitos de comunicação e de administração de conflitos.
Para Rector e Trinta (1999), a comunicação, apesar de ser uma atividade humana conhecida e
praticada globalmente, é definida satisfatoriamente por pequeno número de autores, talvez por ser
rotina. Comunicar-se é um ato tão natural que dispensa explicações mais detalhadas. As situações de
comunicação são diversificadas e são a prática do dia a dia das relações sociais.
Os gestores devem ter habilidades no trato com as pessoas para a realização de um trabalho
eficaz no interior dos grupos. Eles devem compreender o seu papel para a interação do grupo e na boa
comunicação entre seus integrantes.
Mas o que é a comunicação em uma organização?
Segundo Knapik,
Nas organizações, a comunicação pode ser identificada como uma transmissão de ideias, com o
intuito de alcançar um objetivo através da organização dos grupos de trabalho. Para tanto, a
comunicação passa a ser uma questão de estratégia nas organizações, tendo um foco especial na
administração de equipes, integrando os participantes e fortalecendo o desempenho (2004, p. 120).
Questões de provas:
A comunicação pode ser identificada como uma questão de estratégia nas organizações. Assinale
a alternativa que apresenta a definição de comunicação:
Escolher uma resposta.
(_x_) Transmissão de ideias que permite ao grupo de trabalho atingir seus objetivos.
(___) Maneira de aumentar a eficiência, independente da necessidade de interação.
(___) Preocupação exclusiva da seção de pessoal das organizações.
(___) Forma de estabelecer metas individuais corretas.
A comunicação possui hoje um aliado cada vez mais presente e forte: a tecnologia. As pessoas
interagem no trabalho por meio do contato pessoal, de um simples telefonema, de e-mail, em redes
sociais, reuniões, entre outras inúmeras formas de comunicação e quanto mais intensa, mais efetiva
será a comunicação no grupo de trabalho.
Algumas pessoas julgam que toda forma de comunicação é válida, mas às vezes a informação
chega de forma distorcida.
Para Pedroso:
Este ditado popular "quem não se comunica se trumbica" é válido. No entanto, o comunicar-se
com alguém não garante que a mensagem transmitida seja corretamente entendida, interpretada e
executada. Existem alguns procedimentos que devem ser observados, antes da etapa de comunicação.
Em princípio, a comunicação em si é a etapa mais simples a ser executada. O maior problema reside
no adequado tratamento da informação para sua posterior transmissão, seja pela forma que desejar.
Dentre eles, desejamos destacar os seguintes cuidados:
a. Instrução clara e completa;
b. Instruções escritas e verbais;
c. Fiscalizar o cumprimento das instruções;
d. Explicar o motivo das instruções.
Questões de provas:
Uma boa comunicação é a chave para a interação completa dos grupos de trabalho, mas existem
alguns procedimentos que devem ser observados antes da etapa de comunicação. Assinale a
opção que apresenta um dos cuidados mais importantes que se deve realizar.
Escolher uma resposta.
(_x_) Instrução clara e completa.
(___) Descentralização das fontes da informação.
(___) Centralização das fontes da informação.
(___) Reunião com todos que devem receber a informação.
Um dos erros mais comuns na organização é o de se entender que uma instrução clara é,
naturalmente, uma instrução completa. Na realidade, uma instrução pode ser clara, mas falta conteúdo,
ou a instrução tem conteúdo, mas a sua leitura e compreensão são de complexo entendimento. Daí ser
indispensável explicar o motivo das instruções baixadas. Um outro obstáculo que se apresenta é o de
se entender quando deve ser utilizada a instrução verbal ou escrita. As duas formas de instrução são
válidas e importantes, mas têm vantagens e desvantagens (2004, p. 147).
Além disso, é preciso considerar o receptor da comunicação. As mensagens devem ser
adequadas a ele na forma, na linguagem e no conteúdo, conforme sua capacidade de entender e
interpretar o que foi transmitido. Também é necessário assegurar ao receptor a possibilidade de
indagar acerca do que foi comunicado, permitindo que se estabeleça um diálogo para a compreensão
plena do que foi comunicado.
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O líder ou o chefe tem que desempenhar bem a habilidade de comunicar-se, a fim de permitir um
ambiente de compreensão entre as pessoas e ter certeza de que todos os participantes da equipe
entendem claramente sua intenção. Ele deve enxergar com nitidez os seus subordinados, perceber suas
necessidades e opiniões, e concretizar relações proveitosas com todos.
O diálogo franco é essencial para a boa comunicação com os subordinados. Ouvir bem é
incomum e exige disciplina. Parece que há um impulso natural em ouvir pouco e falar muito, mas é
necessário ouvir as pessoas para compreendê-las.
A confiança e a clareza são vias de mão dupla: tanto o subordinado deve ter com seus superiores,
como os superiores com os seus subordinados. Sem isso a comunicação formal torna-se ineficiente e
gera comunicação informal e boatos dentro da organização.
A comunicação e o relacionamento entre as pessoas podem influenciar nos resultados de uma
organização. Os gerentes devem esforçar-se para que o trabalho em equipe ocorra com harmonia, mas
devido à complexidade humana, são inevitáveis alguns atritos no ambiente de trabalho. Quando ocorre
o conflito, todos esperam que, em última análise, o chefe seja capaz de contorná-lo e permitir que o
ambiente de trabalho continue harmonioso e produtivo.
Em relação à administração de conflitos, Nascimento e Sayed discorrem:
Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de evolução dos
seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar,
social, político e organizacional.
É possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes
podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar na evolução de
uma sociedade ou organização (2002, p. 47).
O que é um conflito?
De acordo com Robbins, conflito é:
Um processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte afeta ou pode
afetar negativamente alguma coisa que a outra considera importante (ROBBINS, 2002, p. 373).
Questões de provas:
Assinale a alternativa correta. Uma organização, por ser formada por seres humanos, precisa
gerenciar seus conflitos e, para isso, é importante que o chefe compreenda o que está gerando o
conflito. Um conflito será sempre um processo que ocorre quando...
Escolher uma resposta.
Uma das partes percebe que a outra parte afeta ou pode afetar negativamente alguma
(_x_)
coisa que considera importante.
(___) Os interlocutores são iniciantes, sem experiência em gestão de pessoas. Errado
(___) As partes entabulam negociações, conhecendo apenas em parte o contexto global.
(___) Os recursos financeiros são poucos, apesar dos objetivos serem pontuais. Errado
A organização necessita gerir seus conflitos e, para isso, é importante que o chefe compreenda o
que está gerando o conflito.
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Nascimento e Sayed (2002) tratam sobre visão positiva do conflito, possíveis causas do conflito,
níveis de conflito, tipos de conflito, áreas de conflito, conflitos interpessoais nas organizações, como
apresentado no quadro a seguir:
Em alguns momentos, e em determinados níveis, o conflito pode ser
VISÃO POSITIVA considerado necessário para não entrar num processo de estagnação.
DO CONFLITO Assim, os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como
lidamos com eles é que pode gerar algumas reações.
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para possíveis causas de conflitos:
Metas diferentes. verdadeiro
Diferenças de informações e percepções. verdadeiro
Diferenças de personalidade. verdadeiro
Valorização do controle. falso
Metas comuns. falso
Questões de provas:
Assinale a alternativa que apresenta definição correta em relação aos níveis de conflito:
Escolher uma resposta.
(_x_) A discussão é o estágio inicial.
(___) O debate é o estágio inicial.
(___) A falta de humanidade é identificada no nível 6.
(___) Os ataques generalizados começam no nível 5.
Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos
envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não
precisam ser trabalhados.
Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a
TIPOS DE existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas do
CONFLITO mesmo.
Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção
e forma consciente.
Conflito manifesto: trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é
percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.
Questões de provas:
Assinale a opção que apresenta o tipo de conflito em que os elementos envolvidos percebem,
racionalmente, a existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas:
Escolher uma resposta.
(_x_) Conflito percebido.
(___) Conflito consensual.
(___) Conflito manifesto.
(___) Conflito sentido.
Questões de provas:
Assinale a alternativa correta. É um tipo de conflito interpessoal que, nas organizações, coloca
em jogo as relações com a autoridade existente:
Escolher uma resposta.
(_x_) Hierárquico.
(___) Pessoal.
(___) Organizacional.
(___) Natural.
Ass 3 – NEGOCIAÇÃO
Objetivos específicos
• Conhecer os conceitos de negociação.
O conflito está presente em qualquer tipo de interação humana. Ele surge quando é necessário
resolver um impasse que envolve posições extremas.
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Questões de provas:
Assinale a alternativa que apresenta o conceito referente a está definição: o mais tradicional e
acessível recurso de solução de conflitos, no qual as partes, mediante tratativas, auto-compõem
seus conflitos, de forma amigável e independente.
Escolher uma resposta.
(_x_) Negociação.
(___) Líder.
(___) Organização.
(___) Conflito.
Algumas definições se mostram importantes para que possamos compreender melhor esse
recurso:
• "Consiste no uso da informação e do poder com o fim de influenciar o comportamento dentro
de uma rede" (COHEN, 1980, p. 14).
• “É o processo de tomada de decisões em conjunto. É a comunicação, direta ou tácita, entre
indivíduos que tentam estabelecer um acordo para benefício mútuo” (YOUNG, 1991, p. 47).
• “A forma básica de obter dos outros o que se pretende. É um processo de comunicação
bidirecional com vistas à obtenção de um acordo, em que ambas as partes possuem alguns interesses
em comum e outros díspares” (FISHER; URY, 1999, p.18).
• Negociação é a possibilidade de se fazer algo melhor por meio de uma ação conjunta; por
outro lado, não deverá ser surpresa caso as ações de não-negociação provem ser o meio superior de
realizar algo (LAX e SEBENIUS, 1987).
Silva apresenta uma síntese sobre o assunto:
Em suma, pode-se concluir que a negociação possui as seguintes características principais: é um
processo complexo do ponto de vista racional, emocional e comunicacional. Envolve necessidades
que, para serem cumpridas, estão dependentes de ações de outras entidades. As partes envolvidas
pressupõem que, para alcançar os seus objetivos, terão de obter um compromisso mútuo (2012, p. 08).
Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso para as afirmativas a seguir em relação às definições de um “cenário
de negociação”:
Consiste no uso da informação e do poder com o fim de influenciar o comportamento
verdadeiro
dentro de uma rede.
É o processo de tomada de decisões em conjunto ou a comunicação, direta ou tácita,
verdadeiro
entre indivíduos que tentam estabelecer um acordo para benefício mútuo.
Negociação é a possibilidade de se fazer algo melhor por meio de uma ação conjunta;
por outro lado, não deverá ser surpresa caso as ações de não-negociação provem ser o verdadeiro
meio superior de realizar algo.
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A forma básica de obter, dos outros, aquilo que se pretende, sem se preocupar com as
falso
necessidades dos atores da questão.
É um processo de interação oportunista entre dois ou mais partidos, com algum
conflito aparente, visando atingir de forma isolada algo melhor do que conseguiriam falso
em conjunto.
Questões de provas:
O processo de negociação se desenvolve a partir da exploração de cinco elementos essenciais.
Assinale a opção que apresenta corretamente esse elementos:
Escolher uma resposta.
(_x_) O objeto, o contexto, as apostas, o poder e os atores da negociação.
(___) O contexto, o objeto, as apostas, o conflito e os atores da negociação.
(___) O objeto, o contexto, a necessidade, o poder e os atores da negociação.
(___) O sujeito, o contexto, as apostas, o poder e os atores da negociação.
Polaco, Farinha e Fernandes (2007, apud Silva 2012, p. 17-18) apresentam estes elementos da
seguinte forma:
Objeto
Traçar o objeto da negociação é uma tarefa prioritária para o negociador. Saber o que se negocia
depende não só do domínio da negociação (social, internacional, comercial etc.), mas também do nível
de subjetividade com que o negociador operacionaliza o assunto. Este pode ser objetivo e determinado
ou pouco claro e suscetível a diferentes percepções. Assim, a identificação clara do tema da
negociação pelas partes intervenientes no processo de negociação é indispensável, de modo a que
negociador, em cada fase do processo, possa recordar-se do objeto inicial e promova avaliações
intermediárias em relação ao objeto que vai sendo conseguido, [que é] mutável pela própria natureza
do processo. [Desta forma, o negociador pode estabelecer propostas de resultados atrativas e
aceitáveis.]
Contexto
Por contexto da negociação entende-se toda a envoltória do objeto a negociar, isto é, todas as
condições bem como todas as variáveis da negociação. O contexto negocial compreende as
circunstâncias conjunturais ou temporais permanentes ou estruturais em que o objeto é negociado. O
contexto é determinado também pela esfera global da negociação por outros fatores, tais como a
situação política, social, econômica e cultural, [...] fatores geográficos ou ambientais, cabendo ao
negociador reconhecer os elementos do contexto mais relevantes e com maior capacidade de gerarem
resultados diretos ou indiretos no processo negocial em que está envolvido.
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Apostas
A negociação [é tomada] como um jogo que relaciona um conjunto de fatores em constante
interdependência entre si, com o objetivo de atribuir a vitória a ambas as partes. Isto difere de forma
substancial de um processo de conflito no qual existem vencedor e vencidos. No contexto das
negociações, os atores movimentam-se num jogo de interesses e expectativas. Neste sentido, a
concepção de aposta se configura como um conjunto de interesses, necessidades, expectativas
[limitações e riscos que cada ator considera necessário para a negociação]. Neste âmbito, a teoria do
jogo envolve um importante componente de risco que cada ator considera necessário para a negociação
e desenvolve quatro noções:
• A aposta: no âmbito da negociação, é tida como o que cada parte oferece, bem como o limite
acima ou abaixo do qual a negociação deixa de ser praticável;
• O preço: que se traduz nas compensações ou concessões que servem de troca a essa
compensação;
• Relação preço do jogo/aposta: tratando-se da proporção do que é oferecido na negociação
(partida) e o que se [tem] a perder no decurso da negociação;
• O produto do jogo: consiste na diferença entre os ganhos obtidos por via do preço e a perda da
aposta.
Poder
A negociação é diretamente afetada pela característica dos atores intervenientes na negociação.
Estes possuem recursos, vantagens e desvantagens, pontos fortes e vulnerabilidades e, através do
confronto e da dinâmica destes aspectos, estabelecem-se uma relação de forças entre as partes. Esta
relação adquire contornos de estabilidade e/ou instabilidade conforme seja mais ou menos benéfico a
cada um e a cada instante no decurso do processo. [...] Podemos enumerar cinco meios utilizados pelos
negociadores no exercício do seu poder:
• A capacidade de exercer pressão de forma direta ou indireta sobre a outra parte.
• A capacidade de retribuir, através da concessão de vantagens e de compensações, em
contrapartida à determinada condição.
• A capacidade de mobilizar recursos e de intervir sobre circunstâncias externas, a seu benefício,
levando a outra parte a aceitar as suas condições.
• A capacidade de exercer um ascendente sobre a negociação, que se fundamente nas
características pessoais do negociador, na sua superioridade, resultante da sua credibilidade, reputação
liderança e carisma que o coloque numa posição dominante em relação às restantes partes do processo.
• Valor normativo real da sua posição, que atribui valor as suas ofertas ou exigências, baseado
em leis e normas institucionais.
Atores
Os atores e os seus comportamentos assumem um protagonismo crescente no processo de
negociação. [...] No nível cognitivo, debatem-se os comportamentos dos atores e a sua inter-relação no
processo de negociação.
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Questões de provas:
Escolha verdadeiro ou falso em relação aos elementos essenciais da negociação:
Os atores e os seus comportamentos assumem um protagonismo crescente no
verdadeiro
processo de negociação.
A negociação é diretamente afetada pela característica dos atores envolvidos, que
possuem recursos, vantagens e desvantagens, pontos fortes e vulnerabilidades e, verdadeiro
através da interação, é estabelecida uma relação de força entre as partes.
Traçar o objeto da negociação é uma tarefa prioritária para o negociador. verdadeiro
Por objeto da negociação entende-se toda a envoltória do objeto a negociar, isto é,
falso
todas as condições, bem como todas as variáveis da negociação.
A negociação é tomada como um jogo que relaciona um conjunto de atividades
desempenhadas pelos membros da equipe com o objetivo de atribuir a vitória a um falso
dos atores.
Estilo catalisador
O negociador deste estilo é extremamente criativo, sempre com novas ideias, entusiasta de
grandes empreendimentos, inovador. É o homem das coisas novas, dos grandes projetos e decisões. Às
vezes, é visto como superficial, irreal e estratosférico em suas decisões e ações. Orientado para ideias,
tem necessidade de reconhecimento de sua competência pelos outros e, quanto à confiança, demonstra
mais sinceridade e menos credibilidade. Valoriza cumprimentos recebidos e precisa aprender
autodisciplina e moderação.
O negociador catalisador, segundo JUNQUEIRA (1988), mostra-se dinâmico, persuasivo,
estimulante, convincente, rápido, e às vezes também parece inconstante, superficial, exclusivista,
impulsivo, difícil de crer, irreal e manipulador. Para obter apoio usa habilidades sociais, persuade, usa
ideias novas. Sob tensão, fala alto e rápido, agita-se e explode.
Estilo apoiador
O negociador ou comunicador com este estilo considera que os seres humanos são mais
importantes que qualquer trabalho; aprecia atuar sempre em equipe, procura agradar os outros, fazer
amigos. Às vezes pode ser visto como incapaz de cumprir prazos, desenvolver projetos, enfim, mais
como um missionário do que um executivo.
Suas decisões são lentas e sempre busca não melindrar a outra parte. Orientado para
relacionamentos, tem necessidade de associação, aceitação pela comunidade e, quanto à confiança,
demonstra mais receptividade ou aceitação e menos coerência. Valoriza a atenção recebida e ser aceito
pelas pessoas, precisando aprender a ter mais autodeterminação e a fixar metas.
O negociador apoiador, segundo JUNQUEIRA (1988), mostra-se amável, espontâneo, dócil,
compreensivo, cooperador, prestativo, sensível, bom ouvinte, "joga para o time”, preocupa-se com os
outros, aceita bem as diferenças individuais. Muitas vezes, parece fingido, desorganizado, sem
vontade, subserviente, ineficiente e fácil de ser levado na conversa. Para obter apoio, procura fazer
amigos trabalhando para o grupo e buscando a paz e a harmonia. Sob tensão, finge concordar, mas
sabota, não se manifesta.
Estilo controlador
O controlador é aquele que toma decisões rápidas, está sempre preocupado com o uso do seu
tempo, com redução de custos; nas discussões, não faz rodeios, vai direto ao assunto, é organizado,
conciso, objetivo, sua meta básica é conseguir resultados. Orientado para resultados, tem necessidade
de realização pessoal, da conquista de sua independência financeira e, quanto à confiança, demonstra
mais coerência e menos receptividade ou aceitação. Valoriza os resultados, o cumprimento de metas e
precisa aprender a ouvir mais os outros e a ter humildade.
Às vezes, este negociador age sozinho, apresenta baixa competência interpessoal, pensando mais
em si mesmo e não se importando com as outras pessoas, que considera apenas recursos para realizar
as tarefas, procurando atingir as metas sem se importar com os meios. Simplificador e racional, ele
também apresenta dificuldades em aceitar e conviver com diferenças individuais, fazendo pré-
julgamentos.
Segundo JUNQUEIRA (1988), o negociador controlador é muito franco, organizado, decidido,
eficiente, objetivo, rápido, ambicioso, independente, esforçado, assume riscos, dizendo o que pensa e o
que sente. Às vezes, mostra-se egoísta, impaciente, insensível, exigente, rude, crítico e autoritário. Para
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 77 .
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obter apoio, confia na eficiência, no bom trabalho feito e entregue no prazo combinado. Sob tensão ou
ameaça, impõe, torna-se tirânico.
Estilo analítico
O analítico é o estilo típico de quem adora fazer perguntas para obter o máximo de informações,
coletar todos os dados disponíveis, sempre se preocupando em saber todos os detalhes de cada
empreendimento antes de iniciar qualquer tarefa ou tomar qualquer decisão, sem dividir com os outros
as informações relevantes que possui. O negociador analítico, segundo JUNQUEIRA (1988), é típico
de pessoa orientada para os procedimentos, para os detalhes, que tem necessidade de segurança e,
quanto à confiança, demonstra mais credibilidade e menos sinceridade ou clareza. Valoriza a
segurança, maior garantia, e precisa aprender a arriscar mais e a tomar decisões mais rápidas. Mostra-
se cuidadoso e muito organizado, sério, lógico, controlado, paciente e pragmático e não assume riscos.
Às vezes, é visto como perfeccionista, detalhista em excesso, meticuloso, maçante, indeciso, teimoso e
procrastinador, adiando a entrega para fazer sempre o melhor. Para obter apoio mantém-se atualizado,
a par do que está acontecendo, demonstra que conhece o trabalho, que é especializado. Sob tensão,
cala-se, retira-se ou evita conflito.
Objetivos específicos
• Conhecer os conceitos de planejamento e condução de reuniões.
Um dos itens mais comuns no universo corporativo é a reunião. Trata-se de uma atividade que
faz parte da vida e da rotina de profissionais, diariamente. No caso das Organizações Militares (OM),
existem reuniões e formaturas previstas em regulamentos e que são parte da cultura militar. Uma vez
que atualmente existe a sensação de que o tempo passa mais rápido e de que é cada vez mais escasso,
esses encontros parecem ser sempre mais longos.
De acordo com Teixeira, Pereira e Carvalho "reunião, no sentido exato da palavra, significa o
intercâmbio de ideias e experiências com a finalidade de esclarecer assuntos ou aprimorar processos de
trabalho" (2013, p.75).
Um problema frequentemente observado é a falta de planejamento. Diversos profissionais de
diferentes setores vão para reuniões sem uma agenda, sem saber o que vai ser discutido, quais são os
objetivos do encontro e qual é o tempo disponível para sua duração. O sucesso de uma reunião, mais
do que a metodologia adotada, depende, fundamentalmente, das atitudes dos participantes.
Sendo assim, como é possível aproveitar as reuniões de trabalho para atingir os objetivos
propostos em um tempo menor?
4.1 CONDUÇÃO DAS REUNIÕES
Como visto anteriormente, as reuniões são parte do dia a dia das organizações, sendo que, de
uma maneira geral, têm por objetivo:
• Estudar em profundidade um assunto por meio da coleta, troca e consolidação de informações;
• Planejar iniciativas;
• Tomar decisões.
. Resumo para a avaliação presencial de GPAP – CHQAO 2015/2016 78 .
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São precisos três fatores fundamentais para que a reunião tenha sucesso: informação,
participação e cooperação.
4.2 PRODUTIVIDADE NAS REUNIÕES
Porém, se a reunião é objetiva e bem planejada, é possível uma grande oportunidade de
aprimoramento dos processos de trabalho, assim como de entrosamento e da integração entre seus
participantes.
Se o custo de paralisação no trabalho é o principal fator negativo para a realização de reuniões,
alguns aspectos devem ser levados em consideração para que esses encontros se transformem em um
ponto positivo.
O quadro a seguir apresenta estes itens e suas descrições:
Aspecto Descrição
Administrar o tempo é fundamental. A duração de uma reunião deve ser sempre
estabelecida para assegurar o nível ideal de concentração dos participantes. Isso
Administração pode traduzir-se em um tempo médio de 120 minutos. É importante estabelecer
do tempo intervalos quando a reunião exige um tempo maior que 120 minutos. Deve ser
determinado um limite de tempo para a exposição de assuntos e comentários. É
recomendado um tempo aproximado de três minutos para cada abordagem.
Interrupções, quando ocorrem, constituem outro fator que dificulta o alcance dos
Interrupções objetivos de uma reunião. Ao evitar interrupções, reduzimos as dispersões no grupo
e não geramos problemas relativos à administração do tempo predefinido.
Inadequação A inadequação do local pode levar a interrupções constantes, desconforto e prejuízo
do local na programação da reunião.
Discussão de A discussão de assuntos pessoais leva à perda do conteúdo da reunião como também
assuntos impacta, negativamente, na motivação e participação dos componentes do grupo.
pessoais Isso deve ser evitado ao máximo, canalizando os debates para o conteúdo da reunião.
Quadro 5: Aspectos a serem considerados para a produtividade das reuniões
Fonte: Adaptado de Teixeira, Pereira e Carvalho (2013, p. 76-77)
Questões de provas:
O planejamento se apresenta como a maneira mais eficaz para o alcance de reuniões efetivas.
Para que o tempo investido em uma reunião seja produtivo, é necessário que seus itens tenham
sido corretamente estruturados. Assinale as opções que apresentam itens obrigatórios do
planejamento de reuniões:
Escolha pelo menos uma resposta.
(_x_) Definição de responsabilidades quanto à preparação das tarefas prévias.
(_x_) Elaboração e distribuição de uma agenda em que conste data, local, horário.
(___) Distribuição da cópia da ata para que sejam formalizadas as responsabilidades de cada um.
(___) Designação dos participantes para secretariar a reunião.
Após planejada a reunião, a sua execução deverá ocorrer de acordo com o planejamento inicial.
Para que seja efetiva, é necessário que os objetivos estabelecidos sejam alcançados e que sejam
produzidos resultados. Assim, antes do fim da atividade, o responsável (geralmente o militar mais
antigo) deve concluir os assuntos debatidos e definir planos de ação e responsabilidades de forma que
as decisões sejam colocadas em prática. Esta fase deve seguir as seguintes etapas:
• Os planos e acordos devem constar em uma ata ou em um relatório para posterior
acompanhamento;
• Para facilitar essas tarefas, no decorrer da reunião é preciso anotar, no vira-folhas, os pontos-
chave que foram consenso do grupo;
• Ao final da reunião, é preciso que todos recebam uma cópia da ata para que sejam
formalizadas as responsabilidades de cada um (TEIXEIRA, PEREIRA e CARVALHO, 2013, p.77).
Algumas regras apresentadas pelo SEBRAE para auxiliar as empresas a realizar reuniões mais
eficazes são muito interessantes para o cotidiano do EB:
• Pedir a todos que desejam apresentar um problema que se preparem antes, respondendo às
perguntas:
- Qual é o problema?
- Quais são as suas causas?
- Quais são as possíveis soluções?
- Qual é a melhor solução possível?
- E, finalmente, escrevendo sua própria solução.
• Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável.
• Deixe claro quem precisa participar e quem seria desejável que participasse.
• Estabeleça os objetivos, pauta e tempo para cada assunto.
• Envie material de preparação com antecedência (documentos, textos apoio, etc.).
• Não castigue os pontuais, premiando os atrasados.
• Lembre-se de que todos são humanos. Pessoas ficam dispersas; inove sempre. Se preocupe
com os detalhes de acolhimento.
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• Anote as questões “fora de pauta” em um lugar visível e as revise e enderece antes do final da
reunião.
• Coloque responsáveis e prazos para todas as ações.
• Designe um participante para secretariar a reunião.
• Envie uma minuta com tudo o que foi discutido com prazo para comentários e depois
transforme em ATA (documento).
• Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas (GOMES, 2008, p.10-14).
Por fim, deve ser realizada uma avaliação da reunião para o estabelecimento de parâmetros que
garantam sua eficácia. Esta atividade tem o objetivo de que cada elemento do grupo expresse sua
percepção sobre a atividade realizada, indicando fatores que necessitam ser reavaliados e ajustados.
Depois de levantados estes dados, é necessário promover ações corretivas para torná-las mais
produtivas, evitando o desperdício.
Sobre esse aspecto, Teixeira, Pereira e Carvalho comentam:
Portanto, reuniões são atividades fundamentais para o alcance de resultados nas organizações e
constituem--se em um poderosíssimo instrumento de trabalho. Por meio delas, opiniões diversificadas
são dirigidas para um comum acordo. Entretanto, para que reuniões realmente cumpram seu objetivo, é
necessário que as regras sugeridas sejam seguidas (2013, p.78).